sexta-feira, 26 de junho de 2009

O PODER DOS BANCOS E A FOME

Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto os países pobres receberam, em meio século, cerca de US$ 2 trilhões em doações de países ricos, bancos e outras instituições financeiras ganharam, em apenas um ano, US$ 18 trilhões em ajuda pública.

Um dos efeitos desta perversa distorção foi apontado pela FAO: a quantidade de pessoas desnutridas aumentará no mundo em 2009, superando a casa de um bilhão. “Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de desnutrição em todo o mundo”, advertiu a entidade. A FAO considera subnutrida a pessoa que ingere menos de 1.800 calorias por dias.

Do total de pessoas subnutridas hoje no mundo, 642 concentram-se na Ásia e na região do Pacífico e outras 265 milhões vivem na África Subsaariana. Na América Latina e Caribe, esse número é de 53 milhões de pessoas. Em 2008, o total de desnutridos tinha caído de 963 milhões para 915 milhões. O motivo foi uma melhor distribuição dos alimentos, Mas com a crise, o quadro de fome no mundo voltará a se agravar. Segundo a estimativa da ONU, um milhão de pessoas deverão passar fome no mundo nos próximos meses

POR QUE A GRANDE MÍDIA É CHATA?

A fábrica de escândalos em que se transformou o noticiário transforma a grande mídia nacional num meio chato e constrangedor para o leitor ou para o telespectador, que tem de engolir um monte de suposições e versões. Depois de meses, descobrimos que ao invés das versões sobram só aversão - aversão contra o sistema político, contra todos os políticos, contra toda a mídia, já cognominada de Partido da Imprensa Golpista justamente pelos exageros e do denuncismo de suposições que jamais se comprovam ou não dão em nada.

O maior problema desse desvirtuamento dos fatos, dos exageros, da manipulação da informação, é que essa fábrica de escândalos, por mais que tenham a ver com a nossa trajetória histórica de patrimonialismo e expropriação do poder pelos privilegiados de sempre, acaba desviando da principal questão que interessa à população: as leis, as decisões parlamentares - ou a omissão - que interferem no cotidiano, influenciam a vida de todos.

Quantas questões importantes que afetam o nosso dia-a-dia mas não são focalizadas pelos meios de comunicação?
Saúde, educação, oligopólio privado das telecomunicações, indústria das multas, emprego, bancos...

MANIPULAÇÃO

Como a grande mídia é pautada (ou pauta) pelos demotucanos e seus interesses, nada noticia contra as maracutaias deles. Daí termos a impressão de que há sempre um clima de golpe contra o governo atual, a demonização, a criminalização
- tudo o que os adversários dos demotucanos fazem é ilegal, antiético, principalmente os movimentos sociais, etc.

INTRERESSES E GOLPISMO
Depois de muito tempo as coisas começam a clarear.
Os verdadeiros interesses vêm à tona.

A denúncia de crise no Senado parece que tem o objetivo de denunciar esse patrimmonialismo histórico da classe dirigente brasileira, esse estamento, por exemplo, dos latifundiários (que evolui, no entanto, para o coronelismo eletrônico jamais criticado pela mídia, obviamente!).

Mas descobre-se que tinha o objetivo de derrubar o presidente do senado José Sarney para colocar no lugar dele um demotucano, que é vice presidente da Casa.

As denúncias são feitas sem que se tenha uma visão abrangente da questão.

Por exemplo, há uma luta óbvia pelo poder entre os burocratas do Senado, mas a grande mídia usa-os para aprofundar a crise, mas nada conta sobre como funciona essa burocracia - aliás, uma boa oportunidade para conhecer mais a fundo como isso funciona.

A (IR)RELEVÂNCIA E OS EXAGEROS
LEVAM ÁS REPETIÇÕES E Á CHATICE.
CRIAM OUTRA FÁBRICA DE DESVIOS!

Isto é, o noticIário releva e superdimensiona tudo e depois não tem como comprovar o que denunciou. Exagera.

O articulista Jânio de Freitas diz que "é de dentro da burocracia do Senado que tem saído tudo o que situa Sarney no centro do noticiário pejorativo".

Para ele, os acontecimentos no Senado "entram na fase perturbadora, comum a todos os grandes casos anormais no Brasil, em que tudo pode ser lançado no noticiário, não só por jornalistas. Se faltar fundamento ou sobrar desproporção, a relevância dada no início leva às repetições, e poucas vezes à verificação e às correções devidas -e embarcamos todos no mesmo desvio".

Vide o caso Collor - meses de denúncias, mas ele só caiu por causa do depoimento de um motorista.

Agora, no dito escândalo do senado, segundo ele, as duas contas ultrassecretas do Senado na Caixa, mais do que suspeitas, segundo a associação das revelações do senador Renato Casagrande com, digamos, a ansiedade jornalística. Não tardaram as explicações de que as contas são legais, de serviços externos da informática do Senado (o Prodasen) e de conhecimento do Tribunal de Contas da União. O que ficará valendo e influindo? Por ora, o segredo suspeito das contas, não verificada nem avalizada a explicação.

INVERDADES E INJUSTIÇAS
INVIABILIZAM A APURAÇÃO

Para Jânio, "os riscos que essas precipitações criam tanto implicam inverdades e injustiças, como embaralhamentos que inviabilizam a apuração dos fatos reais e dos seus responsáveis verdadeiros. Até hoje rolam por aí vários casos conturbados, também pela própria polícia, como o da maleta de dólares em São Paulo, aquele dos dólares apresentados como alegada intromissão de Cuba na eleição, e vários outros. Se bem que não desvirtuassem o desfecho necessário, os malabarismos no escândalo de Collor foram fartos, desde a grande dimensão atribuída à cascata na Casa da Dinda aos inquéritos, que se voltaram erradamente para dois Ermírio de Moraes, enquanto grandes empresários do esquema PC/Collor nem foram citados jamais."

Ele admite a verdade de que "não faltam, com frequência, concessões muito baratas ao sensacionalismo, sejam por fraqueza de jornalistas, sejam por decisão de um ou outro meio de comunicação. Mas não há como sustentar que alterações na segurança do noticiário decorram, como norma, de má-fé ou campanhas deliberadas. Razões e propósitos são complexos, e também nesse sentido o escândalo Collor serve de exemplo: revistas, jornais, e TVs que projetaram o processo de denúncias contra Collor foram, quase todos, os mesmos que mais o apoiaram até aquele momento e desde a campanha eleitoral."

Aliás, a própria Folha de São Paulo encabeçou o esquema para derrubar Collor.

MATURIDADE RETARDADA

Com a experiência inclusive desse e de outros períodos da história do jornalismo, Freitas diz que "a entrada no descontrole, a meio dos chamados escândalos, tem a ver sobretudo com o problema de maturidade do jornalismo brasileiro, retardada pela interrupção de seu percurso por duas décadas de ditadura militar. Tal maturidade não depende só, no entanto, do jornalismo mas também das circunstâncias de sociedade e instituições. E nisso estamos bastante mal."

Acrescenta que a convicção exposta ontem pelo senador José Sarney, de que há uma "campanha midiática", da imprensa & cia., para destituí-lo da presidência do Senado não é de todo equivocada. Mas incompleta e insuficiente para explicar sua posição de figura central nas revelações e nos comentários, inclusive de senadores, da realidade oculta do Congresso. Por menos que conte com a simpatia do jornalismo, Sarney está na original posição de alvo daquilo que procura proteger. É de dentro da burocracia do Senado, e não de artifícios de uma "campanha midiática", que tem saído, para os jornalistas, tudo o que o situa no centro do noticiário pejorativo sobre o Senado.

MEMÓRIA E APURAÇÃO SELETIVAS

Um dos motivos da grande mídia ser denominada de Partido da Imprensa Golpista, além de querer derrubar o atual governo para os demotucanos reassumirem o poder em 2010,
é o fato de que quer editar os fatos históricos, classificando por exemplo o período ditatorial como "ditabranda". como fez a Folha de São Paulo.

As organizações Globo usam a síndrome do esquecimento para omitir sua participação no golpe de 64 contra o regime democrático e eleito de Jango. Há centenas de exemplos.

Ao utilizar-se dessa memória seletiva, ao selecionar adversários, a grande mídia perde o foco central ou do todo. E perde a moral para criticar.

Segundo Freitas, isso que ocorre agora é prejudiciual ao próprio noticiário e para o conhecimento dos fatos ocultos.

Exemplifica: isso permite que "Renan Calheiros se ponha atrás das colunas e fique em sossego, como se nada tivesse com manobras e segredos do Senado nos anos em que o presidiu com carga incomum de poder e arbitrariedade. E assim também com outros componentes de Mesa Diretora. E isso está obscurecido, para conveniência dos diferentes grupos que manobram por um sigilo ainda maior que os descobertos."

Poderia ter incluído aí os demotucanos, que são notórios pauteiros da grande mídia e provocadores dos ditos escândalos fajutos que nunca dão em nada. Mesmo porque os escândalos são datados - só valem os do governo atual, mas esquecem que boa parte deles começou no governo FHC, que deixou a chamada herança maldita.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

ARGENTINA CONVIDA POR E-MAIL GOVERNADOR CASADO DOS EUA E ELE VAI, DANÇA O TANGO, E CHORA O LEITE DERRAMADO!

Os neocons republicanos dos EUA estão se humanizando
e utiizando a política democrata do multiculturalismo!

Os habitantes da Carolina do Sul, nos EUA, passaram uma semana sem ter notícias de seu governador, enquanto os assessores do republicano Mark Sanford tentavam arrumar desculpas para o repentino sumiço. Primeiro, ele teria tirado uns dias para escrever; depois, teria ido escalar nos Montes Apalaches.
Ontem, no entanto, depois de desembarcar no aeroporto de Atlanta, voltando de Buenos Aires, Sanford confessou o motivo de sua ausência: "Fui infiel à minha mulher. Tive uma relação com alguém que começou como uma querida amiga na Argentina".
Casado, pai de quatro filhos e um dos nomes potenciais do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2012, Sanford, 49, era também líder da Associação de Governadores Republicanos (RGA) -posto ao qual renunciou ontem. Ele não deixou claro se vai renunciar também ao cargo no governo da Carolina do Sul, que ocupa desde 2002.
"O que fiz foi errado. Passei os últimos cinco dias chorando na Argentina", disse, contendo as lágrimas, ao pedir desculpas à sua família e a "todos na Carolina do Sul".
Segundo o político, ele e a amante se conhecem há oito anos, e ele fez três visitas a Buenos Aires. O caso extraconjugal começou "inocentemente, por e-mail, mas recentemente evoluiu para muito mais do que isso", disse, agregando que sua família sabia do relacionamento. Sua mulher prometeu perdoá-lo.
Sanford foi acusado de negligência por ter deixado um vácuo no Poder Executivo no caso de catástrofes ou emergências em seu Estado.
O escândalo é mais um da série de reveses sofridos pelo Partido Republicano desde a derrota na disputa pela Casa Branca em 2008. Na semana passada, John Ensign, outro potencial candidato a 2012, renunciou à liderança do Senado ao confessar um caso extraconjugal.

ATÉ A CIA É MAIS CAUTELOSA DO QUE A MÍDIA GOLPISTA NO PLEITO IRANIANO

No Irã, a mídia ocidental agiu como a grande mídia brasileira age em relação ao país - uma visão elitista e mercantilista, um olhar da Avenida Paulista ou do Jardim Botânico para o mundo, isto é, o outro, sempre desprezado cultural e político-economicamente.

Veja só - não tão só que não possa relacionar esse texto com a nossa realidade!

"Esperamos que fatos novos surjam nas próximas semanas, incluindo evidências críveis de que a eleição foi fraudulenta. Mas até lá devemos ter máxima cautela com os relatos sobre o Irã", escreveu na revista "Time" Robert Baer, um ex-agente da CIA no Oriente Médio.
Segundo Baer, a mídia europeia errou ao concentrar sua cobertura pré-eleitoral nos bairros de classe média alta de Teerã, onde vive, segundo ele, uma população "que ama música americana e está mais propensa a falar com jornalistas ocidentais".
Com a atenção focada nos setores liberais, não teria sido dada a devida atenção aos iranianos pobres e dos meios rurais, que formam a base eleitoral do presidente.
"A verdade é que Ahmadinejad talvez seja o presidente que os iranianos querem, e talvez tenhamos que conviver com um Irã em sintonia com o gosto deles, e não com o nosso", escreveu Baer.
Concordam os autores de estudo publicado três semanas antes do pleito de 12 junho. Pesquisa de Ken Ballen e Patrick Doherty, conduzida a pedido de dois institutos americanos, previu vitória de Ahmadinejad com o dobro de votos do reformista Mir Hosein Mousavi -mais até do que os 62,7% contra 33% divulgados oficialmente.
"Enquanto a mídia ocidental retratava dias antes da eleição um público entusiasmado com Mousavi, nossa mostra científica colhida em todas as 30 Províncias do Irã mostrava Ahmadinejad bem à frente", escreveram Ballen e Doherty nos jornais "Washington Post" e "Guardian".
Ballen e Doherty coordenaram a pesquisa a pedido do Terror Free Tomorrow e do New America Foundation.
O próprio governo iraniano admite irregularidades em cerca de 3 milhões dos votos -mas nada que mude a vitória de Ahmadinejad, que teve 11 milhões de votos a mais do que Mousavi."

Alguns dados jamais citados antyeriormente:

Aiatolá Ali Khamenei afirma que continuará "insistindo na aplicação da lei", descartando rever reeleição de Ahmadinejad

Protesto de 200 pessoas em local próximo a Parlamento é dispersado;
governo volta a acusar Ocidente e ameaça rever laços com Reino Unido


CHINA: O QUE VALE É O INTERESSE ESTRATÉGICO
As notícias sobre protestos no Irã desapareceram da mídia chinesa nos últimos dias, coincidindo com o anúncio de que o Irã se tornou o maior fornecedor de petróleo da China.
Até a semana passada, os principais diários chineses davam destaque às acusações de fraude nas eleições e aos violentos protestos.
As novas regras chegaram no fim de semana. Agora, o noticiário sobre o Irã precisa antes ter aprovação da agência estatal Xinhua.

ENQUANTO ISSO NO "DEMOCRÁTICO"
IRAQUE INVADIDO PELOS EUA:


Bomba mata 72 em Bagdá dias antes de recuo dos EUA

Ataque em Cidade Sadr, bairro pobre da capital, foi um dos mais letais do ano

Onda de atentados levanta dúvidas sobre habilidade das forças de segurança locais em controlarem o país após a retirada americana

A MÍDIA SÓ ESCANDALIZA O QUE LHE INTERESSA

Mais uma prova de que a mídia só escandaliza indícios de corrupção ou de malversação do dinheiro público só quando lhe interessa. A mídia usa então a chamada seletividade da informação, através de edições seletivas que demonizam os adversários e omitem ou amenizam as críticas aos amigos de sempre, os demotucanos.

Para o escândalo dos nossos inimigos, primeira página, destaques, repetições por meses.
Para os nossos amigos, página interna, sem destaque, a ligação, a contextualização entre a aprovação das contas e a possível participação em escândalos anteriores, nada.

Suspeito de ter ajudado a Alstom para obtenção de contrato de R$ 110 milhões em 1998 no governo peessedebista, quando já era conselheiro do TCE, o conselheiro Robson Marinho, virou autor do parecer do TCE que aprova as contas do governo José Serra(PSDB).

Uma conta atribuída a Marinho foi bloqueada pelo Ministério Público da Suíça.

PARA OS AMIGOS, A SUPOSTA IMPARCIALIDADE,
JÁ O OUTRO LADO, NEM É OUVIDO,SÓ LEVA PAU!

O Ministério Público da Suíça bloqueou uma conta atribuída a Marinho por ter reunido indícios de que ela recebeu pagamento de propina da Alstom. A conta recebeu mais de US$ 1 milhão (cerca de R$ 2 milhões), segundo promotores suíços.
Ex-chefe da Casa Civil no governo Mario Covas, Marinho é suspeito de ter ajudado a empresa, mediante propina, a ganhar contrato de R$ 110 milhões (correspondente a R$ 221 milhões, em valor atualizado, pelo IGP-M).

Nesse caso, a Folha ouviu o conselheiro Marinho, que rechaça a acusação e nega ser titular de conta na Suíça.

Geralmente, para os adversários, a mídia diz que ele não foi encontrado para rebater as informações e as denúncias!

Agora, foi ouvir o ex-presidente da Alstom (a empresa acusada!) no Brasil, José Luiz Alquéres, que disse ontem, na posse como novo presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, que a investigação na Suíça envolvendo conta atribuída ao conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo Robson Marinho apura supostas irregularidades cometidas pela Cegelec, empresa comprada posteriormente pela Alstom, e não da Alstom.
Alquéres saiu da Alstom em 2006 e hoje é presidente da Light. "Posso assegurar que não houve pagamento de um centavo indevido a qualquer autoridade ou segmento."

Viva a imparcialidade - só que seria melhor adotá-la para todos e não seletivamente para beneficiar o governo peessedebista e prejudicar os outros. Sim, os outros, porque todos que colocarem alguma pedra no projeto demotucano são demonizados impiedosamente.


ESCAPES!!!
O governador José Serra (PSDB-SP), que deveria ter comparecido à posse de Alquéres, cancelou a viagem ao Rio alegando forte gripe.

A NAÇÃO SOMOS NÓS - NÓS, QUEM, CARA-PÁLIDA?

Pobre chama o ladrão.

Rico e poderoso e patrimonialista chama a polícia e o Estado e diz, gloriosamente: a
nação somos nós!

Veja o que diz o articulista da Folha Clóvis Rossi sobre os tais escândalos do Senado - tudo para derrubar o presidente da Casa José Sarney e substituí-lo por um representante demotucano, o vice, que é do PSDB, conhecido partido paulista.

Como costuma fazer com os movimentos sociais, chamando a polícia para prender os que lutam pela terra, por exemplo, os patrimonialistas a chamam agora para substituir um patrimonialista pelo outro, esquecendo que a questão é de renovação da política, com a necessária partipação dos mais interessados, o povo.


Rossi chefa a sugerir que o Senado virou um prostíbulo, comparando com os escândalos sexuais do líder Berlusconi na Itália.

No final do texto, diz:

"Não me venham, por favor, com violação da Constituição, respeito a um outro poder etc. O Senado caiu na clandestinidade. Clandestinos, ainda mais quando fazem trambiques com dinheiro público, são alvo da polícia necessariamente."

Não levanta a discussão sobre o fim do Senado, numa movimentação da sociedade, e não só dos patrimonialistas donos do poder até midiático eletrônico.

Curiosamente, como sempre, porém, no próprio texto, Rossi, que é um dos melhores repórteres internacionais, diz:

"O descontrole foi longe demais.

Ou melhor, o que já se sabe sobre a Casa foi longe demais,

mas, pelo andar da carruagem, ainda pode-se chegar bem mais longe."

Conclusão: sabe-se que há muito mais, como o interesse dos demotucanos em tirar Sarney e colocar um representante que interessa a eles, mas sobre isso nada é dito.

Sempre o mesmo equívoco dos patrimonialistas do estamento conservador:

a nação somos n ós!

Nós, quem, cara-pálida?

quarta-feira, 24 de junho de 2009

LULA NA INTERNET

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passará a usar a internet mais frequentemente. Durante o Fórum do Software Livre, que começa hoje em Porto Alegre, ele fará o pré-lançamento de seu perfil na rede: terá blog, portal de comunicação no Twitter e um canal no site de videos YouTube. A estreia está prevista para julho.

LULA CRITICA A MÍDIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem a crise do Senado e criticou a imprensa por sua "predileção pela desgraça", ao lançar um projeto de revitalização da zona portuária do Rio.
Segundo Lula, "o povo brasileiro já viu muitos escândalos. Ao longo da história o que mais vemos são escândalos, divulgados em verso e prosa, que depois não dão em absolutamente nada". Para ele, a mídia prefere as desgraças.
"Quando leio jornal já me assusto. Em maio foram cento e poucos mil empregos, mas a manchete é o emprego no Senado. É uma perda de valor. Não consigo entender por que a predileção pela desgraça! Há tanta coisa boa que acontece. Quando liga a TV e lê jornal, o que está estampado é a desgraça!"
Lula disse que "o problema do Senado o Senado resolve"e que o país tem coisas mais importantes a discutir: "Se tem problema, só tem uma solução, que é consertar o problema. Se não tiver, mostrar que não tem problema. E é essa a disposição do presidente Sarney, na conversa que tive com ele. O Senado, a Câmara, o governo federal, quando têm problema, resolvem. Não vamos fazer disso uma causa nacional, porque temos coisas mais importantes para discutir no Brasil".
É a terceira vez em que Lula defende o Congresso, o Senado e seu presidente, José Sarney (PMDB-AP). Em viagem ao Cazaquistão, na semana passada, Lula condenou o "denuncismo" da imprensa e disse que "Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum".
O projeto lançado ontem prevê a reurbanização da praça Mauá e de seu entorno. O custo é de R$ 392 milhões.

OS DONOS DO PODER - DOS MISERÁVEIS E DOS RICOS

"É claro que a perversão política brasileira vai muito além de oligarquias e que no Sul "rico" há bandalha similar (vide a Câmara dos Deputados ou Assembleia e a Câmara de São Paulo). Mas a situação de fato do Senado é de domínio de oligarcas da miséria, muitos deles no PMDB."

O final desse texto maravilhoso
de Vinicius Torres Freire na Folha mostra como é distribuído o poder no Brasil.

Claro, ele esqueceu - porque certamente está sentado numa das cadeiras desse poder dos ricos - de dizer que os donos do poder dos ricos são justamente os proprietários dos meios de comunicação e dos que exploram o Brasil também há quinhentos anos, desde as capitanias hereditárias, das sesmarias.

Tanto é que os donos da grande mídia são donos das chamadas, humoristicamente,
SE(I)SMARIAS!

Indício claro de que os chamados patrimonialistas - tanto os que dominam os pobres quanto os que representam os ricos - sempre se uniram para espoliar a maioria.

Mas pela primeira vez há uma luta política para mudar isso.

Essa luta fica clara nas informações divulgadas pela imnprensa, que agora confronta-se com os patrimonialistas dos outros estados para que eles continuem ligados umbilicalmente aos patrimonialistas do capital do sudeste, principalmente São Paulo e Rio, onde está a força da grande mídia.

O jurista Raymundo Faoro, em seu livro Os Donos do Poder, desmascarou esse patrimonialismo. Imperdível.

Leia o texto de Freire:
"Uma história do saque do Senado

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Oligarcas da miséria, antigos e arrivistas, chantageiam os governos federais e estão na base da crise parlamentar
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É UM CLICHÊ barato dizer que a política brasileira é lambuzada de patrimonialismo (isto é, grosso modo, o costume de tornar indistintos os bens públicos e privados). O termo vinha servindo mais como metáfora do que descrição exata. Mas no Senado (aliás, no Parlamento todo) a definição serve exatamente, como um verbete de dicionário, nos seus casos mais aberrantes e caricatos, como as despesas da casa de senhores senatoriais pagas pelo público. Se fosse apenas este, o problema seria ainda limitado, porém. As "casas" de que se trata aqui são os domínios dos oligarcas dos lugares mais atrasados do país. Trata-se da "Casa de Sarney", da "Casa de Renan" etc. "Casa" no sentido de "domínio", de linhagem, sentido obviamente temperado de sarcasmo.
Por um lado, há os oligarcas mais ou menos tradicionais do Nordeste, que em geral sobraram no PFL-DEM. De outro, há a nova oligarquia que emergiu nos anos 80, com as vitórias do PMDB, as quais levaram ao poder figuras da pequena classe média (e daí para baixo), que acabaram por fazer carreira e fortuna na política: Quércias, Barbalhos, Rorizes, Rezendes, Geddeis, ao que se somaram Renans e similares, eles mesmos senadores ou "donos" de bancadas.
O poder de vários desses "quadros" dominantes foi reforçado com as doações de rádios e TVs, intensificada quando José Sarney presidia a República. Além do mais, a fragmentação partidária reforça o poder do PMDB, esse partido dito sem rosto mas que reúne a parte mais pujante do empreendedorismo político nacional, digamos. Antes do PT, o PMDB foi um grande instrumento político de ascensão social.
As "casas" da oligarquia, nova ou velha, dominam seus Estados distribuindo favores na máquina política local. Transferindo benefícios federais que recebem na troca fisiológica com o governo federal. Dominando meios de comunicação regionais e o dinheiro dos "fundos de desenvolvimento" (e outros), com os quais levantam seus negócios de fato (lembrem-se de Sudam e Sudene), quando não recebem ajudas diretas (caso de usineiros nordestinos). Tratar o Senado como parte de sua "casa" é um meio de sustentar seu poder.
Vindos na maioria dos Estados mais miseráveis (Maranhão de José Sarney, Alagoas de Renan Calheiros, entre outros) ou quase em estado de natureza (os ex-territórios, caso de Romero Jucá), tais senhores detêm alguns oligopólios políticos. Têm razoável controle sobre o eleitorado local, dependente do Estado. A rarefeita esfera pública, a baixa instrução e a escassa diferenciação social e econômica nesses rincões favorece o domínio das "casas", que só recentemente começou a ser contestado, pela ascensão do PT (Piauí, Paraíba e Bahia). As "casas" controlam ainda os votos da maioria no Congresso. Trocam favores com o presidente e com os candidatos a presidente da República do "Sul" rico. Não é por outro motivo que Lula, mas também todos os presidentes pós-ditadura, os tolera ou mesmo os defende.
É claro que a perversão política brasileira vai muito além de oligarquias e que no Sul "rico" há bandalha similar (vide a Câmara dos Deputados ou Assembleia e a Câmara de São Paulo). Mas a situação de fato do Senado é de domínio de oligarcas da miséria, muitos deles no PMDB."

PARA ONDE VAI O NOSSO DINHEIRO?

Enquanto a grande mídia está preocupada com a corrupção no varejo, jamais aborda a questão crucial das taxas de juros no país, que beneficia só os rentistas de sempre.

O Brasil tem os maiores juros do mundo, que os beneficia.

Veja os números das dívidas e tire a sua conclusão:

Custo da dívida pública tem recuo em maio
Resultado no mês ocorreu devido à queda da inflação e dos juros e à desvalorização do dólar ante o real

A melhora dos indicadores de inflação, câmbio e juros levou à redução dos custos da dívida pública federal em maio. Os juros médios pagos no mês passado foram de 14,36% ao ano -em abril, haviam sido de 15,13% ao ano.
A redução de 0,77 ponto do custo médio da dívida ocorreu principalmente porque o dólar se desvalorizou em 9,4% em relação ao real. Embora a dívida indexada ao câmbio seja pequena, a variação fez diferença no juros pagos pelo Tesouro Federal. A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e os juros básicos (Selic) também caíram no mês passado.
"A redução da taxa básica de juros obviamente teve impacto no custo menor da dívida pública. Mas os vários indicadores que compõem os títulos públicos também tiveram melhora", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Guilherme Pedras.
Segundo Pedras, os juros que serão pagos no futuro pelos títulos emitidos no mês passado também caíram, cerca de 0,5 ponto. Ele crê que essa redução foi possível graças à perspectiva de redução da Selic e de melhora da economia brasileira.
A rentabilidade de cada título vendido pelo Tesouro Nacional é composto por um indicador (Selic, inflação ou câmbio), mais uma taxa de juros. No caso dos prefixados, o rendimento é definido no momento da emissão, por isso independe da variação dos indexadores.
No mês passado, a dívida pública federal somou R$ 1,388 trilhão -R$ 4 bilhões a menos que em abril, uma diferença de 0,31%. Apesar do aumento da dívida em maio, o valor é menor se comparado com o nível do final do ano passado, de R$ 1,397 trilhão.
A dívida externa caiu, beneficiada pela valorização do real em comparação com o dólar. Como essa dívida aparece nas estatísticas em reais, sempre que a moeda nacional se valoriza, o estoque de dívida externa cai. Em maio, a redução foi de 6,70% em comparação com abril, para R$ 114 bilhões.
A dívida interna aumentou 1% no mês passado em comparação com abril, para R$ 1,274 trilhão, por causa da despesa com juros de R$ 10,03 bilhões e da emissão de novos papéis em valor R$ 2,45 bilhões maior do que os resgates.
Mesmo com a redução da Selic, em maio aumentou a participação dos títulos indexados à taxa básica de juros para 39,24% do total da dívida interna. No mês anterior, esses papéis representavam 37,06% do total da dívida.
A participação dos títulos prefixados passou de 28,51% para 29,83%. Os títulos que perderam espaço na composição da dívida total foram os indexados à inflação, de 30,59% para 28,44%.

EDITAR, SIM. SACANEAR, NÃO

A manchetge da Folha é essa:



"Lula diz que dar dinheiro a pobre é melhor que desonerar"

Ela foi editada, como foi editada a chamada da matéria:

"Presidente, porém, não disse se irá suspender a redução do IPI sobre veículos"

"Para Lula, o governo deveria parar de desonerar produtos e dar dinheiro diretamente aos pobres com o objetivo de estimular a economia"

Esqueceram - para beneficiar os interesses demotucanos e colocar Lula contra os empresários - de dizer que o presidente estava alertando os empresários para que revertessem em favor dos consumidores o dinheiro que ganharam com o fim da CPMF e o fim do IPI para uma série de produtos como automóveis e geladeira, por exemplo.

EDITAR FAZ PARTE DO JORNALISMO,
MANIPULAR JÁ É SACANAGEM,
COMO DIZEM OS BLOGUEIROS.

veja a matéria da folha, já cognomiNada de FALHA:

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, no Rio, a substituição da política de desoneração de impostos de produtos industriais, praticada pelo próprio governo, pela transferência direta de dinheiro aos pobres, como mecanismo de estímulo à economia. Em discurso no lançamento do projeto de Revitalização da Zona Portuária do Rio, Lula disse que sua gestão já desonerou o equivalente a R$ 100 bilhões em impostos. Para ele, porém, o repasse do montante à população pobre seria uma medida mais eficiente.
Tal mecanismo já é adotado pelo governo por meio do Bolsa Família, que destina de R$ 62 a R$ 182 mensais a famílias de menor renda e com crianças em idade escolar. Para 2009, o orçamento do programa é de R$ 12 bilhões.
O presidente reclamou ainda que a redução de impostos não se reflete no preço final. "Tenho tido reuniões no Ministério da Fazenda e dito que, em vez de ficar desonerando o tanto que está desonerando, é melhor pegar esse dinheiro e dar ao pobre. Se os pobres tiverem dinheiro e forem comprar, vocês [empresários] terão de produzir. A gente desonera e vocês não repassam para o custo dos produtos", disse.
Pelos dados da Fazenda, só com os recentes programas de desoneração de veículos, eletrodomésticos da linha branca e artigos da construção civil, o governo já perdeu R$ 1,6 bilhão em arrecadação. Todos os programas foram lançados para dinamizar a economia.
"Perdi R$ 40 bilhões [com o fim da CPMF] para cuidar de saúde e não vi ninguém reduzir 0,38% da CPMF nos [preços dos] produtos. A gente queria levar médico e dentista para cuidar da criança na escola. Se deixar R$ 40 bilhões na mão do Lula, ele vai ganhar as eleições. Ganhei e vamos ganhar de novo!", disse.

Indefinição
Apesar das críticas, o presidente não revelou se vai suspender as desonerações, inclusive a do IPI sobre veículos, cujo término está previsto para o fim deste mês. Lula disse que a pessoa com poucos recursos não poupa. "Imagine R$ 100 bilhões na mão do pobre. Cada R$ 1 que der na mão do pobre, ele volta automaticamente para o comércio, para o consumo, nem que seja para tomar uma canjebrina [cachaça]. Não vai para o banco nem para derivativos."
Ao mesmo tempo em que ponderava sobre a desoneração, Lula disse que a medida obteve resultados positivos. "Nesta crise agora, quando desoneramos o IPI da linha branca e da indústria automobilística, vemos a recuperação da indústria automobilística e de geladeiras, fogões e máquinas de lavar, e de construção civil. Essas coisas acontecem de forma positiva quando se tem uma crise como esta e se reduz impostos para fazer vender."

Berlusconi, a mídia e os donos do poder

Ao contrário do Brasil, onde a grande mídia hegemônica na área das comunicações sempre critica o governo Lula, mas é elogiado pela imprensa estrangeira pelo sucesso de sua política, na Itália o presidente Berlusconi é criticado pela mídia estrangeira e elogiado pelos meios de comunicação italianos.

Por exemplo:
Berlusconi nega que tenha levado prostitutas a suas casas, matéria que gira o mundo.
"Nunca paguei por uma mulher. Eu nunca entendi como satisfação outra coisa que não conquistar uma mulher."

Para o repórter Carlos Rossi, a crise, de todo modo,
está mais presente na mídia internacional do que na italiana,
o que é fácil de explicar:

a televisão é a grande fonte de informação, e Berlusconi é proprietário de metade dos seis canais nacionais.

A outra metade é do Estado, comandado por ele.

Comenta Edmondo Berselli, colunista do jornal "La Repubblica", o mais duro crítico de Berlusconi:

"Em um país todo televisivo, faz ao menos dois decênios que a política foi substituída pelas imagens dos telejornais. Compreende-se facilmente então como, nos últimos dias, não obstante as denúncias de jornais como "La Repubblica", foi possível zerar o escândalo de prostituição do regime".

LULA E O IRÃ

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a dizer, ontem, que acha muito difícil ter havido fraude nas eleições do Irã, mas defendeu que a Justiça iraniana interceda, ou governo e oposição entrem em acordo para frear a onda de violência.
O brasileiro repetiu seu argumento anterior, calcado na diferença apontada pela apuração entre os votos do presidente reeleito, Mahmoud Ahmadinejad (62,7%), e os 33% do opositor reformista Mir Hossein Mousavi.
"Tenho conversado muito com Celso Amorim. Existem coisas quase inexplicáveis no Irã. Você tem uma eleição em que o cidadão tem 62% dos votos. Estamos acostumados aqui no Brasil a ter fraude eleitoral quando a diferença é de 1%, 0,5%, 2%. Mas de 62% a 33% não é possível, é difícil ter", disse Lula ontem, no Rio, no lançamento de um projeto para a revitalização da zona portuária.
O presidente responsabilizou, porém, as autoridades iranianas, por "vitimar" o povo nas ruas. "A oposição não se conforma. O resultado desse conflito são inocentes morrendo, o que é lamentável e inaceitável por parte de qualquer democrata do mundo. Então o que tem de acontecer agora é ou a Justiça iraniana ou a situação e a oposição sentarem, para parar com esse conflito. Ou se tem novas eleições, ou fica do jeito que está, mas o povo não pode continuar sendo vitimado pela irresponsabilidade dos agentes políticos."

BRASIL MAIS ATIVO NA NOVA ORDEM MUNDIAL

O governo Lula comprova sua eficiência e eficácia ao colocar o Brasil como um dos chamados players mais importantes do mundo atualmente.


Thomas Trebat, diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos da Universidade Columbia, postou em coluna no site RGE Monitor, de Nouriel Roubini, análise sobre "Brasil e os Brics". Destaca que os "investidores deveriam ver a liderança do Brasil na cúpula Bric como novo sinal da profunda transformação em seu papel internacional... na direção de um papel mais ativo dentro de um status quo mundial reformado".


Brazil and the BRICS
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Thomas Trebat | Jun 22, 2009

Investors should see Brazil’s leadership in the recent BRIC meeting as another sign of a profound transformation in its international role. While Brazil prides itself on being structurally anti-status quo, and still seeks opportunities to distance itself from U.S. and European institutions, Brazil is moving toward a more active role within a (reformed) international status quo. It is a transformation that Brazil has long awaited and one that the U.S. and the rest of the G-7 should welcome and accommodate.

Until recently, Brazil’s regarded engagement with the global economy with suspicion. Over many decades, its business and diplomatic elites fashioned a world view defined by inherently unequal exchange between the wealthy countries of the North and the impoverished commodity producers of the South, in other words, between the technological haves and have-nots separated by an unbridgeable divide.

This traditional world view has led Brazil to be overly protectionist in terms of its industrial sector and helps explain why Brazil has downgraded bilateral U.S. and E.U. trade talks while rushing to sign economically marginal agreements on trade with the global South, including the India-Brazil-South Africa Initiative and the emphasis in South America given to UNASUR, a framework for integration that conveniently excludes both Mexico and the United States. In the realm of ideology, President Lula’s has been a leading voice demanding a more equal distribution of international wealth and power, reform of the IMF and the UN and other global bodies, and a stronger role for governments in regulating global market forces which Brazil distrusts. His remarks in China just prior to the BRIC summit calling for a new global currency to replace the dollar generated headlines.

The leadership dilemma for Brazil can be traced to a mismatch between aspirations for a global role and its own modest capabilities to project itself on the global stage. What is changing the game now for Brazil is that aspirations and capabilities are, slowly, coming into better balance. While still a minor player in world affairs, Brazil is beginning to test its voice on this larger stage, likes the sound of that voice, and is finding a more attentive audience.

We see this change in Brazil’s projection in the unfolding of the economic crisis.

First, Brazil’s main reaction to the crisis has been to accept a shared responsibility for global management within the context of existing world institutions. At home, Brazil has been able to implement significant counter-cyclical policies, especially in terms of monetary and credit policy. Externally, Brazil last week agreed to subscribe to $10 billion in the new IMF bond issue. Ironically, Brazil is now prospectively a creditor to an institution – the IMF – it more often criticizes.

Second, the domestic debate in Brazil following the crisis of global capitalism has been to reaffirm, rather than repudiate, a rules-based approach to economic management which has consolidated over the last fifteen years in Brazil. Brazil is somewhat ambiguous about joining the OECD if invited, but increasingly its economic policies and practices resemble those of European OECD members such as Germany and Italy. I can see little in the campaign rhetoric for the 2010 presidential elections that suggest any significant change of orientation will occur in fiscal monetary, and exchange rate policies. With some exaggeration, it might be said concerning economic policy in Brazil in the light of the global crisis: The Washington Consensus is dead; long live the Washington Consensus.”

Third, the much closer integration of Brazil into the global economy in the 2003-2008 “golden era” brought transformational changes, especially the growth of the commodity trade with China, the rise of Brazil-based multinational firms, and the emergence of a global agribusiness based in Brazil. In particular, the success of agribusiness has injected a more offensive tone into Brazil’s trade policies, offsetting and diminishing the force of the traditional protectionist lobby.

In sum, the above factors of global integration are very powerful forces that suggest that the predominant tendency in Brazil over the next decades will be marked by cooperation with the global North within the context of a gradual reform of the global institutions.

It is not difficult to think of a large variety of global initiatives on behalf of which Brazil’s position as a reliable bridge to the global South can be of enormous benefit: reform of the IMF and the BIS, restarting the stalled Doha Round talks, and striking a post-Kyoto grand bargain on climate change. Of course, Brazil will be an important player in global energy, particularly trade in biofuels and development of its own pre-salt crude reserves. Brazil can also play an important role in re-capitalizing and strengthening non-market sources of development finance, including the World Bank and IADB, to play in the future a much greater role when private financing for investment emerging economies dries up as it so evidently has in this crisis.

Finally, Brazil seems to be emerging from this crisis on substantially more solid ground than its regional neighbors. The ALBA countries, which Ecuador has just joined, seem to be in competition with one another to jump off an economic cliff. Mexico is consumed by drugs, crime, and excessive dependence on the U.S. economy. Argentina is going through another of its disheartening eras of political infighting and bumbling economic mismanagement. While the Latin American countries have been reluctant to follow Brazil’s lead, none of them at present can aspire to the global role which seems to be within Brazil’s grasp.

Obama: Lula é o "cara" - e faz reformas inteligentes

O presidente Obama, em entrevista coletiva, aponta a "relação de trabalho" com Lula como "o caminho para outros países":

"O presidente Lula tem uma orientação política muito diferente da maioria dos americanos. Ele subiu através do movimento sindical, foi visto como forte esquerdista e no fim era uma pessoa muito prática, que instituiu toda sorte de reformas inteligentes de mercado que fizeram o Brasil prosperar."

DILMA É LINDA - E COMPETENTE

Dilma é irresistível - diz uma moça que pede autógrafo a ela, num encontro do lançamento no Paraná do plano safra de 2010.

Ela é razão e coração, mente e afeto, diz outro, depois de ouvir o discurso da ministra, competente e positivo, sobre números locais e nacionais, o que impressionou a todos, porque não eram lidos, "tudo de cabeça, impressioinante, e ela é linda", diz um produtor rural.

Isso corre em todos os lugares em que ela vai.

Frases

"Dilma Rosseti, cadê você?"
Coro de manifestantes que pediam a presença de Dilma Rousseff na entrada do CCBB

"Essa gravata de bolinhas está linda"
DILMA ROUSSEFF
para um rapaz que também queria foto ao lado da ministra

SÃO PAULO É PATRIMÔNIO DE SERRA?!

Compare essa matéria com as outras que demonizam os movimentos sociais e o governo federal do presidente Lula.
Aí você entenderá porque tornou-se famoso o termo Partido da Imprensa Golpista - Pig - que pauta-se pelos interesses demotucanos para voltar ao poder em 2010, de qualquer jeito, não importa se através de denúncias fajutas ou de puxa-saquismos que impressionam pela própria confissão de como age esse tal de Pig.

O texto comprova isso. Pior: desmascara inclusive historicamente esses interesses conservadores, coronelísticos.

Basta entender um pouco de História.O jurista Raymundo Faoro em seu livro Os Donos do Poder diz que uma das desgraças brasileiras é o tal do patrimonialismo dos coronéis e dos latifundiários durante a nossa história, quinhentos anos de espoliação.

Surpreendentemente, nesse texto, aparece uma frase que, sem querer, desmascara o esquema demotucano:

"SERRA REPETE QUE NÃO PRETENDE CONTRARIAR OS PAULISTAS, SEU PATRIMÔNIO" (!!!).

Quer melhor confissão? Assim, de graça, de bandeja?!



CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes com programação concentrada nos fins de semana, o governador de São Paulo e potencial candidato à Presidência, José Serra, estenderá sua agenda de viagens a outros Estados também nos dias úteis.
Rendendo-se a apelo de aliados, Serra deverá viajar mais pelo país em cumprimento de atividade de governador.
Um dos pontos fracos do tucanato, o Rio será destino mais frequente a partir de agora. Hoje, assiste à posse do presidente da Associação Comercial do Estado, José Luiz Alquéres, presidente da Light e ex-presidente da Alstom no Brasil, investigada na Suíça, na França e no Brasil sob suspeita de pagar comissões ilegais para obter contratos com governos da Ásia e da América Latina, como o de SP.
O governador deverá voltar ao Rio em agenda oficial, para a comemoração dos 200 anos da associação e a feira agropecuária de Rezende.
Segundo tucanos, Serra atenderá a convites oficiais, especialmente os destinados à discussão da crise, como um da associação comercial da Bahia.
O governador -que estará em Goiás no dia 13 para seminário sobre desemprego- também avalia convite da Federação de Indústrias do Ceará.
Afirmando que Serra estará em Mato Grosso e em Maceió nos próximos dias, o vice Alberto Goldman nega que a intensificação da agenda seja fruto da mudança de estratégia. Diz que não é o governador que está mais receptivo aos convites. "Serra está mais requisitado."
Ele participará ainda de seminários em Pernambuco e na Bahia. Para a definição da agenda, leva-se em conta a magnitude do evento. Antes do embarque, Serra recebe uma radiografia do Estado que visitará.
Até o mês passado, ele resistia mais à ideia de viajar, sob o argumento de que é cedo para a campanha. No tucanato, porém, ganha força a tese de que ele deve percorrer o país em atividades oficiais.
Serra repete que não pretende contrariar os paulistas, seu patrimônio. Mas uma pesquisa, encomendada ao instituto Ipesp, serve de aval para um passo mais ousado. Segundo o Ipesp, 83% dos entrevistados afirmam que a entrada do governador na disputa pelo Planalto seria boa para São Paulo.

LULA DESMASCARA A MÍDIA

Ao invés de olhar os fatos em seu contexto mais abrangente e insistir em denúncias repetitivas que depois não são confirmadas, criando-se a idéia de que tudo acaba em pizza, a mídia mostrou ontem mais uma vez que está em campanha para derrubar o presidente do Senado e colocar em seu lugar - adivinhem quem - o vice presidente da Casa que é do PSDB...

Isso comprova um fato que ocorre desde a posse de Lula: a grande mídia chamada de Partido da Imprensa Golpista - Pig - une-se aos demotucanos, pautam-se mutuamente, com o claro objetivo de voltar ao poder em 2010, de qualquer jeito, mesmo assustando as instituições, mentindo, ou sempre com suas meias -verdades, suas edições sempre culpando o governo...que vai fundo para tentar resolver os problemas seculares - como os das favelas cariocas, mas o jornal desvia o assunto principal e cai de porrada em cima do Lula.

Veja o que o presidente falou da mídia, segundo a própria Folha de São Paulo:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem a crise do Senado e criticou a imprensa por sua "predileção pela desgraça", ao lançar um projeto de revitalização da zona portuária do Rio.
Segundo Lula, "o povo brasileiro já viu muitos escândalos. Ao longo da história o que mais vemos são escândalos, divulgados em verso e prosa, que depois não dão em absolutamente nada". Para ele, a mídia prefere as desgraças.
"Quando leio jornal já me assusto. Em maio foram cento e poucos mil empregos, mas a manchete é o emprego no Senado. É uma perda de valor. Não consigo entender por que a predileção pela desgraça! Há tanta coisa boa que acontece. Quando liga a TV e lê jornal, o que está estampado é a desgraça!"
Lula disse que "o problema do Senado o Senado resolve"e que o país tem coisas mais importantes a discutir: "Se tem problema, só tem uma solução, que é consertar o problema. Se não tiver, mostrar que não tem problema. E é essa a disposição do presidente Sarney, na conversa que tive com ele. O Senado, a Câmara, o governo federal, quando têm problema, resolvem. Não vamos fazer disso uma causa nacional, porque temos coisas mais importantes para discutir no Brasil".
É a terceira vez em que Lula defende o Congresso, o Senado e seu presidente, José Sarney (PMDB-AP). Em viagem ao Cazaquistão, na semana passada, Lula condenou o "denuncismo" da imprensa e disse que "Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum".
O projeto lançado ontem prevê a reurbanização da praça Mauá e de seu entorno. O custo é de R$ 392 milhões.

terça-feira, 23 de junho de 2009

PALAVRAS FINGEM

lagrimas ainda nao sao palavras que se expressam,
sao apenas sofrimentos que rolam na face sem pressa...

(chorou hoje?)

segunda-feira, 22 de junho de 2009

RESQUÍCIOS E INJUSTIÇAS DA DITADURA

durei porque dedurei, dedurei,
mas ninguém sabe o duro que dei

(Criticam o maior cantor brasileiro da década de 70 - Wilson Simonal -por ter supostamente dedurado pessoas, mas quase nada está comprovado. É preciso analisar a questão no contexto da época, quando a barra era pesada para todo mundo.

Culpar pessoas não leva à quase nada - é o sistema, é o sistema, como se repetia na época).

EU SOU SÓ UM, O DIABO É O OUTRO!

A Ciência não foi nem é neutra.
Ou: na prática a teoria é outra,
eu sou só um, o diabo é o outro

O diabo é que fatura o divino futuro

se tudo é maduro
nada é por menor
nesse chão duro

e eu dou o duro
e você dedura,
fatura o futuro


é por isso que faz careta
quando diz só como o capeta:
deus é só uma grande muleta
só boboca não gosta de buceta

Boca de siri, o xará gosta de xiri

ô meu querido xará,
não veste a carapuça,
mas quase se empapuça
de cará e de xiri
e mora no Bacacheri

(Dizem que as francesas e
polacas do início do século 19
recostavam-se à janela e diziam:
vamo jogá bacará, cherry?)

Só o espírito supera a palavra?

O QUE A FARSA DA PALAVRA ATA,
ESSA FORÇA DO ESPÍRITO DESATA

INVISIBILIDADE É APELIDO!

sou invisível na internet,
por isso posso dizer tudo
o que quero porque ninguém
me vê do jeito que eu sou
nem saberá de onde vim,
nem menos para onde vou!

A privatização da ética ou o jogo das chantagens privadas

O neonliberalismo pretende minimiar sempre o Estado e liberar e privatizar todo o resto, inclusive a ética.

Veja a decisão do ministro Gilmar Mendes, que acaba com a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Isso é o de menos.
O demais é que ele privatiza a ética não para toda a sociedade, ]mas para um grupo de privilegiados donos do poder e dos meios de comunicação.

"tal atividade prescinde de controle ético
por um órgão público, o que acaba sendo
realizado pelos próprios leitores das matérias
jornalísticas e ainda por editores e outros
responsáveis pelas empresas jornalísticas.
(...) De fato, a regulamentação de atividades
profissionais decorre do poder de polícia do
Estado, mostrando-se irrazoável no caso da
profissão de jornalista, pois o jornalismo
constitui uma atividade intelectual,
desprovida de especificidade que exija diploma
para seu exercício” (fl. 1658). Conclui então
o MPF que “os requisitos principais para ser
um bom jornalista, quais sejam, bom caráter,
ética e o conhecimento sobre o assunto
abordado, não são matérias a serem aprendidas
na faculdade, mas no cotidiano de cada
indivíduo, nas suas relações intersubjetivas,
de forma que o exercício da profissão em
comento prescinde de formação acadêmica
específica” (fl. 1663)."

MEDO DA MORTE OU DA MENTIRA?

Preciso perder essa mania estranha
de que vou morrer daqui a cinco minutos.

OU: alguém vai mentir pra mim
daqui a cinco minutos
- quando você chegar ou quando eu ligar a TV.

DESMISTIFICANDO OS MITOS

o sapo Ed Poh, de tão só,
vira tudo de ponta-cabeça
e casa com príncipe Rã Lete

Não me leve a nau, mas a minha dor não sai no jornal

Qualquer problema com teles, liguem 133 da Anatel,
com o número do protocolo à mão, e registrem queixa.

DA PAZ E DO AMOR ÁS VOZES METÁLICAS

Follow your inner moonlight; don't hide the madness.
Siga o sua lua interior, não esconda a loucura.
Allen Ginsberg

eu, depois de 40 anos de estrada ou de janela, não morri ainda, nem aceito as perdas para sempre (Accept loss forever.Jack Kerouac)! :



não esconda seu plástico
e triste olhar metálico
nem sua loucura trágica,
duvido de todo o ouvido
mas você de nada duvida,
como pode ser que alguém
diga a verdade mágica
com essa voz metálica
e no final só diga amém
à insanidade fantástica?

Pensamentos poéticos!

To be born woman is to know - although they do not speak of it at school - women must labor to be beautiful.
Para ser mulher é bom saber - embora eles não falam disso na escola - que a mulher batalha para ser bela.
William Butler Yeats


The one charm about marriage is that it makes a life of deception absolutely necessary for both parties.
O único encanto do casamento é que ele torna uma vida de engano absolutamente necessária para ambas as partes. Oscar Wilde.

No casamento há muitas dores,
mas no celibato não há nenhum prazer." Samuel Johnson

From the middle of life onward, only he remains vitally alive
who is ready to die with life.
Da metade da vida em diante o homem permanece tão vital que está pronto para morrer com vida.Samuel Johnson

eu: quem tem tesão convida
e quem não tem não envida
nem vê a hora da partida?

Man should forget his anger before he lies down to sleep.
O homem deve esquecer a sua ira/angústia antes que ele se deite para dormir.

Gandhi, que desconhecia o comportamento dos alunos e a angústia depois de um dia de trabalho dos professores brasileiros.

Um beijo não vale nada até que você beije alguém mais. (O enciumado)


Beware of dissipating your powers; strive constantly to concentrate them.
Genius thinks it can do whatever it sees others
doing, but is sure to repent of every ill-judged outlay.
Cuidado ao dissipar os seus poderes; esforce-se constantemente para concentrar-los.
O gênio acha que pode fazer tudo o que vê outros
fazendo, mas é certo que se arrependa de todos os contínuos maus-julgamentos que faz.

O MITO DA IIDENTIDADE NACIONAL

"Identidade" é uma coleção de ideias e características que definem como vemos a nós mesmos como indivíduos e como parte de um grupo. Criar uma identidade nacional unificada, especialmente em Estados de grande diversidade, é um passo em direção à união, à estabilidade e -para os líderes- ao controle.

ESSE MITO DA IDENTIDADE NACIONAL FAVORECEU A DITADURA MILITAR QUE, ATRAVÉS DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, FORJOU ESSA FARSA, QUE PERMANECE ATÉ HOJE, MAS COMO QUASE TRAGÉDIA E EMPULHAÇÃO. OU COMO UMA PROVA DE QUE ESSA CONCENTRAÇÃO DA MÍDIA NA MÃO CINCO OU SEIS FAMÍLIAS SÓ PODE SER UM RESQUÍCIO DA DITADURA.

Razões mistificadoras

O que mais uma vez se comprovou, porém, é que a teoria econômica não nos oferece nenhuma certeza,
a não ser a de que, além de arrogantes,
esses modelos matemáticos que partem da suposição de racionalidade
-em vez de partir dos fatos-
são mistificadores e perigosos.

Luis Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda.

SER OU NÃO SER VISTO

"Não queremos desperdiçar essa oportunidade. Levamos muito tempo para deixar de ser invisíveis."

Walter Kategari, membro da cúpula da Aidesep

(Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana), que dialoga com o ogverno sobre uso das terras da região amazônica, inclusive por empresas estrangeiras que extraem petróleo das zonas indígenas.

SONHOS E PERGUNTAS QUE VIRAM PESADELOS

Frases

"É irracional, mas acontece nos sonhos:

e se ele não morreu?

E se ele ainda está sendo torturado?

E se ele perdeu a memória?

São perguntas que torturam"

...as novas investigações poderão ajudar as famílias
a "encerrar seu processo de luto".


CRIMÉIA DE ALMEIDA
mulher do desaparecido André Gribois


"São mortes anunciadas mas não concluídas,
que se arrastam por quase 40 anos.
Vivemos a expectativa da morte"

Enquanto estivermos vivas vamos reivindicar
o direito de saber como ocorreram os
desaparecimentos dos nossos familiares".

AMPARO ALMEIDA ARAÚJO
irmã do desaparecido Luiz Almeida Araújo

A LOUCURA ENGARRAFADA, A JAULA DE SONHOS E O SOL LÁ FORA

Leio os jornais, como sempre as mesmas notícias.

Resolvo que não incluirei neese meu dia esses dados catastróficos
sobre tudo, típico de gente que tem por costume perder muito tempo
no tráfego engarrafado das grandes cidades e por isso anda sempre de mau-humor.

Prefiro navegar na Internet
do que enfrentar essa loucura éngarrafada.

Seria uma bela frase se não olhase para a janela
e visse o sol sobre as verdejantes árvores do parque.

Sobre mim só as sombras -
mas se os meus olhos
que a tudo perguntam vêem
o sol já é um prenúncio de
que poderia senti-lo.

É só desligar oo computador
e sair dessa fria jaula de sonhos.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

TRADUTORE, TRADITORE

Tradutor é um traidor, dizem os poetas

quarta-feira, 17 de junho de 2009

PODER MIDIÁTICO MUDA ATÉ FUSO HORÁRIO

Jamais esqueço a manchete de um jornal puxa-saco da da ditadura
que mancheteou no dia 22 de setembro um release do governo, dizendo:

PRESIDENTE GEISEL INAUGURA A PRIMAVERA(!!!)

Eram os donos do tempo e do poder!

Hoje a grande mídia da época mantém o poder de mudar até fuso horário:

veja matéria da Folha:

Projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado unifica os três fusos horários do Brasil, ordenando que todo o país seja regido pelo horário de Brasília.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Relações Exteriores. Depois, pode ser votado no plenário do Senado. Se aprovado, segue para tramitação na Câmara. Poderá virar lei se for aprovado e sancionado pelo presidente Lula.
Um dos argumentos do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), autor do projeto, é que a unificação dos fusos facilitará as transmissões de TV e rádio, que em 2007 trabalharam para reduzir de quatro para três os fusos horários no país.
A eventual unificação dos fusos atende ao lobby das TVs. Em 2007, uma portaria federal obrigou as emissoras a respeitarem os fusos do país na veiculação dos programas. Uma novela com classificação indicativa para 14 anos, por exemplo, não pode ser levada ao ar antes das 21h, seja no horário de Brasília ou do Acre (uma hora atrasado em relação à capital).
Para as emissoras, porém, é comercialmente mais vantajoso unificar a programação. O lobby das TVs é capitaneado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), entidade que congrega Globo, SBT e Record.
Na justificativa do projeto, Arthur Virgílio argumenta que o atraso de uma hora em Estados do Norte e do Centro-Oeste dificulta a integração econômica e causa "descompasso no ritmo de progresso nas comunicações e nos transportes".
Ainda segundo a justificativa do projeto, um único fuso horário "se justifica ante a unificação e informatização do sistema financeiro, o desenvolvimento dos transportes aéreos e das comunicações via satélite".

Danos ao sono
Segundo o neurologista Flávio Alóe, do centro de sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP, a unificação causará sono nas pessoas que terão de adiantar o relógio ao horário de Brasília.
"Anos atrás, estudos no Canadá mostraram que, nos dias após a mudança de horário, aumentavam os acidentes relacionados a dormir no volante."
Os fusos brasileiros foram definidos em 1913: o Acre ficou cinco horas atrás do meridiano de Greenwich (que passa pela Inglaterra); AM, MT, MS, RO e RR ficaram quatro horas atrás; o resto do país ficou com três horas de atraso; e Fernando de Noronha, com duas horas.
Em abril do ano passado, o fuso do Acre foi incorporado ao de MT, MS, AM, RO e RR.

DISCIPLINA, SOLIDARIEDADE E VONTADE POLÍTICA, ALGUNS DOS MAIORES PROBLEMAS DA EDUCAÇÃO

Os professores brasileiros são os que mais desperdiçam com outras atividades o tempo que deveria ser dedicado ao ensino. No período em que deveriam estar dando aula, eles cumprem tarefas administrativas (como lista de chamada e reuniões) ou tentam manter a disciplina em sala de aula (em consequência do mau comportamento dos alunos), segundo a conclusão de um dos mais detalhados estudos comparativos sobre as condições de trabalho de professores de 5ª a 8ª séries de 23 países, divulgado ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). A pesquisa foi feita em 2007 e 2008, publicado pela Folha.

O professor sabe que muito do tempo dele é roubado por tarefas que não deveriam ser dele.
Precisa muitas vezes fazer a função de psicólogo, pai ou assistente social, já que todos os problemas sociais acabam convergindo para a escola.

Resolve questões que deveriam ser de responsabilidade de outros profissionais.

Perde tempo falando de outros assuntos, em vez de tratar do conteúdo daquela disciplina.

Problema é mundial

O relatório da OCDE mostra que a maioria (71%, maior percentual registrado) dos professores brasileiros começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos países nesse quesito é de 25%.
Os brasileiros também são dos que mais afirmam (84%) que gostariam de participar de cursos de desenvolvimento profissional. Esse percentual só é maior no México (85%).
As informações foram colhidas em questionários respondidos por diretores e professores de escolas (públicas e privadas) selecionadas por amostra. No Brasil, 5.687 professores responderam ao questionário, aplicado em 2007 e 2008.

Poucos professores passam por um processo de adaptação.

O Secretário da Educação tem que preencher logo as vagas após um concurso para não deixar alunos sem aula. É como trocar o pneu do carro em movimento, quando o ideal seria ter um tempo para preparar melhor o profissional que começará a dar aulas, dizem
os professores.
Esse problema se agrava com a constatação na pesquisa de que os professores brasileiros trabalham com turmas com número de alunos (32, muitas salas começam o ano com 50 alunos ou mais!!!) acima da média (24). Apenas no México, na Malásia e na Coreia do Sul essa relação é maior.
Eles também têm menos experiência em sala de aula do que a média -só 19% dão aula há mais de 20 anos; a média de todas as nações comparadas é 36%. Estão abaixo da média (89,6%) ainda no nível de satisfação com o trabalho: 84,7%, o quarto menor índice.

Diretores
A pesquisa investigou a visão dos diretores sobre problemas que afetam o aprendizado. O Brasil fica acima da média em questões como absenteísmo de docentes, atrasos e falta de formação pedagógica adequada.

VANDALISMO E VIOLÊNCIA

Também foram listados problemas relacionados a alunos, como vandalismo, agressões ou trapaças no momento da prova.

A indisciplina se mostrou um problema mundial. Na média dos países, 60% dos diretores afirmaram ter, em alguma medida, distúrbios em sala de aula provocados pelo problema.
O México tem o maior percentual (72%); o Brasil tem exatamente o índice da média.

ONDE A AUTONOMIA?

Diretores brasileiros foram dos que mais relataram ter pouca ou nenhuma autonomia para contratar, demitir ou promover professores por seu desempenho em sala de aula. No Brasil, só 27% disseram que podem escolher os professores. A média dos países é de 68%.

GEOMETGRIA DISCIPLINAR

Há colégios que mantém uma geometria própia (Foucaultiana?) para evitar a indisciplina e aqueles alunos bagunceiros da "turma do fundão".
Com média de 30 alunos (ao contrário da maioria com quase 50), são largas e mais compridas do que profundas e têm três fileiras de carteiras.

Também não há lugar fixo. Um rodízio é promovido periodicamente para mudar a posição dos estudantes, que acompanham as aulas sempre em pares e estão à distância de poucos palmos dos professores.
Com essas medidas, raramente há expulsão administrativa entre os alunos.
As famílias são convocadas para conversas individuais com a direção da escola. Alunos e pais assinam uma carta-compromisso e fszem matrícula condicionada ao bom comportamento.
"Mantenho a ordem fazendo com que o aluno participe da aula, criando situações em que ele pode ser chamado a qualquer momento", dizem os professores.

E essa participação entra no sistema de avaliação dos alunos. Além das notas em prova, eles recebem nota por bom comportamento, pontualidade e relações interpessoais.

NA SALA COM MAIS DE 30 ALUNOS
PROFESSOR PERDE VINTE MINUTOS

Trabalhos diários que valem nota, diálogo, gritos -cada professor adota sua própria estratégia para conter a indisciplina diária.

As advertências adotadas como única forma de "punir" os alunos bagunceiros, na prática, não surtem efeito.

Seja qual for a tática adotada, para organizar os 36 alunos por turma, em média, e poder começar a matéria do dia, os educadores perdem de 15 a 20 minutos - a aula dura 50.

Entre outras razões, há três principais:

1) alto número de alunos por turma;
2) ausência de perspectiva de ascensão social dos alunos por meio do estudo;
3) falta de acompanhamento, pelos pais, do desempenho dos filhos.

O professor sabe que o primeiro passo é educar os pais dos adolescentes. "Se as mães choram dizendo não saber o que fazer com seus filhos, o que esperar desses jovens?" (e dos professores?!!!)
A participação da família é considerada importante.

Quando isso ocorre, os pais participam. os alunos são educados - bem comportados - também, prestam atenção e se esforçam.

Quando os pais e a comunidade participam,ativamente, do cotidiano da escola, o resultado positivo é visível."

COM APOIO E SOLIDARIEDADE, TUDO MUDA

POR pouco -quatro meses de atraso na mensalidade- que Wilson Ranieri não abandonou os estudos de moda na faculdade. Isso significa que ele não seria o único estilista negro a apresentar suas criações na SPFW (São Paulo Fashion Week).

Professores e colegas se comoveram e fizeram uma "vaquinha" para ajudá-lo a saldar a dívida. "Estava disposto a desistir, não tinha a quem pedir ajuda." Diante dos apelos, a direção da escola concordou que ele assinasse uma promissória facilitando o pagamento. "Naquela época, eu nem mesmo tinha clareza se queria fazer carreira na moda."
Neste ano, pela primeira vez, a questão de raça entrou nos desfiles, após o Ministério Público pedir que uma cota de modelos fosse negra, segundo revela o colunista Gilberto Dimmenstein.

PROUNI, O GRANDE E COMOVENTE EXEMPLO

Pode-se criticar o jornalista Elio Gaspari por vários motivos, mas o seu texto na Folha de hoje sobre o Prouni é comovente e um exemplo de como as coisas podem mudar para melhor se os eternos privilegiados da chamada elite brasileira deixarem seus preconceitos de lado e abrirem a guarda e permitirem (sem obstaculizar politicamente)que a maioria da população participe da vida da sociedade.

Leia o texto:

A cota de sucesso da turma do ProUni


Os pobres que entraram nas universidades
privadas deram uma aula aos demófobos do andar de cima



A DEMOFOBIA pedagógica perdeu mais uma para a teimosa insubordinação dos jovens pobres e negros. Ao longo dos últimos anos o elitismo convencional ensinou que, se um sistema de cotas levasse estudantes negros para as universidades públicas, eles não seriam capazes de acompanhar as aulas e acabariam fugindo das escolas. Lorota.

Cinco anos de vigência das cotas na UFRJ e na Federal da Bahia ensinaram que os cotistas conseguem um desempenho médio equivalente ao dos demais estudantes, com menor taxa de evasão. Quando Nosso Guia criou o ProUni, abrindo o sistema de bolsas em faculdades privadas para jovens de baixa renda (põe baixa nisso, 1,5 salário mínimo per capita de renda familiar para a bolsa integral), com cotas para negros, foi acusado de nivelar por baixo o acesso ao ensino superior.

De novo, especulou-se que os pobres, por serem pobres, teriam dificuldade para se manter nas escolas.

Os repórteres Denise Menchen e Antonio Gois contaram que, pela segunda vez em dois anos, o desempenho dos bolsistas do ProUni ficou acima da média dos demais estudantes que prestaram o Provão. Em 2004, os beneficiados foram cerca de 130 mil jovens que dificilmente chegariam ao ensino superior (45% dos bolsistas do ProUni são afrodescendentes, ou descendentes de escravos, para quem não gosta da expressão).
O DEM (ex-PFL) e a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino foram ao Supremo Tribunal Federal, arguindo a inconstitucionalidade dos mecanismos do ProUni.

Sustentam que a preferência pelos estudantes pobres e as cotas para negros (igualmente pobres) ofendiam a noção segundo a qual todos são iguais perante a lei.

O caso ainda não foi julgado pelo tribunal, mas já foi relatado pelo ministro Carlos Ayres Britto, em voto memorável. Ele lembrou um trecho da Oração aos Moços de Rui Barbosa: "Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real".

A "Oração aos Moços" é de 1921, quando Rui já prevalecera com sua contribuição abolicionista. A discussão em torno do sistema de acesso dos afrodescendentes às universidades teve a virtude de chamar a atenção para o passado e para a esplêndida produção historiográfica sobre a situação do negro brasileiro no final do século 19.

Acaba de sair um livro exemplar dessa qualidade, é "O jogo da Dissimulação - Abolição e Cidadania Negra no Brasil", da professora Wlamyra de Albuquerque, da Federal da Bahia. Ela mostra o que foi o peso da cor. Dezesseis negros africanos que chegaram à Bahia em 1877 para comerciar foram deportados, apesar de serem súditos britânicos. Negros ingleses negros eram, e o Brasil não seria o lugar deles.

A professora Albuquerque transcreve em seu livro uma carta de escravos libertos endereçada a Rui Barbosa em 1889, um ano depois da Abolição. Nela havia um pleito, que demorou para começar a ser atendido, mas que o DEM e os donos de faculdades ainda lutam para derrubar:

"Nossos filhos jazem imersos em profundas trevas. É preciso esclarecê-los e guiá-los por meio da instrução".

A comissão pedia o cumprimento de uma lei de 1871 que prometia educação para os libertos.

Mais de cem anos depois, iniciativas como o ProUni mostraram não só que isso era possível mas que, surgindo a oportunidade, a garotada faria bonito.


A ESTRUTURA VERTICAL DA UNIVERSIDADE

"Estou aqui por uma simples razão: para fazer um protesto veemente contra a intervenção da força policial no campus universitário. [Isso] é um atentado aos direitos mais sagrados que as pessoas têm de discutir, debater e agir sem nenhuma pressão do poder público."
Foi assim que Antonio Candido, 90, um dos mais importantes críticos literários do país e professor emérito da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP começou seu discurso ontem, em um ato de repúdio à repressão na universidade por causa da greve na entidade.

"Não basta propormos como palavra de ordem "Diretas Já'", afirmou a professora Marilena Chaui. "Não é só a escolha de um reitor que vai fazer a diferença. Temos que pensar a maneira pela qual vamos

desestruturar essa estrutura vertical e centralizada que a USP se tornou", disse.

Brasil investirá mais que países desenvolvidos em propaganda, publicidade e Internet até 2.013

O relatório "Entretenimento e Mídia Global - 2009-2013", divulgado ontem pela consultoria PricewaterhouseCoopers, após consulta a anunciantes, agências de publicidade e empresas de comunicações de 48 países, informa que os países desenvolvidos investirão menos em propaganda, mas na América Latina os investimentos não encolherão, ao contrário, aumentarão.


Na América Latina, o Brasil será o país com a maior expansão média nos investimentos gerais, com alta de 4,6% ao ano. Deverão ser movimentados aqui US$ 33 bilhões em 2013, ante os US$ 26 bilhões de 2008.
Apenas com publicidade, o valor total estimado de investimentos para 2013 é de US$ 10,6 bilhões. No ano passado, os gastos somaram US$ 9,4 bilhões.


Outro ponto dissonante da América Latina em relação ao resto do mundo diz respeito à continuidade do crescimento das mídias tradicionais. Apesar de internet, videogame, música digital e outras novas mídias terem previsão de forte alta, jornais, revistas e TV não devem perder receita na região.

A América Latina, segundo a pesquisa, também será a área de maior crescimento nos gastos em entretenimento e mídia, com alta anual média de 5,1%. Apesar de a consultoria esperar retração de 1% para este ano, a expectativa é que o crescimento volte à casa de dois dígitos em 2013.


Não é o que deve acontecer em outros países. O mercado de jornais (que inclui faturamento com publicidade e circulação) na América do Norte cairá 5,8% entre 2009 e 2013, prevê a pesquisa. A mesma tendência se dará na Europa. Na Ásia, o número crescerá só 0,1%. Já na América Latina, a alta será de 1,9% no período. No Brasil, prevê-se avanço de 1,4%.


Em sua décima edição, a pesquisa estima que, neste ano, os investimentos feitos em propaganda no mundo cairão 12,1%. No ano que vem, o declínio deve ser de 2,7% e, em 2011, haverá leve alta, de 1,4%. Mesmo assim, até 2011, a receita gerada com investimentos em propaganda continuará 13,3% menor do que a do ano passado.

OS CHUTADORES DA ECONOMIA

Economista é certamente um escravo dos números e dos interesses para quem trabalha, em suma, tenta acertar mas não com uma visão universal dos problemas - todos os problemas! -, a não ser alguns poucos.

A maioria repete a mesma lengalenga de sempre- alguns têm a cara-de-pau de, em plena derrocada neonliberal, continuar defendendo as mesmas políticas econômicas e financeiras de dez ou vinte anos atrás.

Por isso, a frase do economista Paulo Rabello de Castro resume a questão:

"As crenças de hoje são fruto, sobretudo, de mera repetição, mais do que de qualquer convicção formada por análise fria dos acontecimentos."

HOMOSSEXUALIDADE E MUDANÇA EVOLUTIVA - EM ANIMAIS!

Ser diferente não significa ser homossexual.

E para classificar qualquer uma das formas de comportamente a ciência primeiro se pergunta qual é a vantagem evolutiva (para as espécies) para que sejam isso ou aquilo!

Antes de fazer sexo alguém pergunta por isso?
(Obviamente essa pergunta não é científica)

Muitos duvidam. Com muito prazer, diria Barthes.



Leia o texto de Ricardo Mioto, publicado pela Folha de São Paulo.

"Relações homossexuais são quase universais no reino animal e podem ser agentes importantes de mudança evolutiva, afirma uma dupla de pesquisadores dos EUA. No entanto, eles alertam que os zoólogos podem estar rotulando de "homossexualismo" uma série de comportamentos diferentes.
O estudo, publicado hoje no periódico "Trends in Ecology and Evolution", é uma revisão das pesquisas já feitas sobre relações homossexuais animais.
Essa área ganhou grande atenção do público após 1999, quando o zoólogo Bruce Baghemil publicou o livro "Biological Exuberance", documentando homossexualismo em mais de 400 espécies. Há milhares de exemplos na literatura.
Que machos gostem de fazer sexo com machos e fêmeas com fêmeas é um enigma evolutivo. Afinal, um gene gay (ou vários genes) seria eliminado, pois à primeira vista ele não ajuda a espécie a se perpetuar.
"A grande questão é como explicar qual é o sentido evolutivo", diz César Ades, etólogo (especialista em comportamento animal) da USP (Universidade de São Paulo).
Qual é, então, a vantagem da homossexualidade para os animais? Os autores do novo estudo, Nathan Bailey e Marlene Zuk, da Universidade da Califórnia em Riverside, dão um exemplo. Veja as fêmeas do albatroz-de-laysan (Phoebastria immutabilis), do Havaí.
Essas aves se unem em casais lésbicos que às vezes duram a vida inteira para criar os filhotes, especialmente quando há escassez de machos. Até um terço dos casais da espécie são formados por fêmeas. O resultado é que elas têm mais sucesso do que fêmeas "solteiras" na criação dos filhotes. O comportamento homossexual, portanto, muda a dinâmica da população -e pode ter consequências evolutivas importantes.
A conclusão do estudo é que não existe apenas uma vantagem universal. Ao contrário, a homossexualidade ajudou as espécies de diferentes formas ao longo da evolução. O nome designa, então, vários fenômenos diferentes, com motivações distintas.

Humanos
Por isso, é complicado transpor essas conclusões para humanos. "Existe homossexualidade numa variedade grande de animais: moscas, lagartos, golfinhos. Qual animal tomar como medida para comparar conosco?", diz Ades.
Entre os animais, os mais próximos de nós são os bonobos. As fêmeas dessa espécie de chimpanzé são vistas frequentemente se relacionando sexualmente - e não raro atingem o orgasmo dessa maneira. Alguns machos se beijam e praticam sexo oral uns nos outros.
É mais difícil entender as causas do homossexualismo em primatas, especialmente em humanos. A quantidade de fatores envolvidos é muito maior. Ao contrário do que acontece com os peixes-mexerica, por exemplo, não se trata de algo simples como não saber diferenciar machos e fêmeas.
Algumas coisas, entretanto, se sabe. Estudos com gêmeos mostram que existe uma tendência hereditária a ser gay ou lésbica. Mas esses trabalhos não conseguem mostrar quais os mecanismos por trás disso.
Além disso, comportamento homossexual é diferente de orientação sexual. Foram encontradas boas explicações para o primeiro item no reino animal, mas ainda é complicado entender quais as vantagens evolutivas que se pode ter simplesmente nunca se relacionando com seres do outro sexo.

GAY POR QUÊ?

Animais diferentes têm motivos diferentes para a comportamento homossexual

>> Para fazer as pazes
Nada melhor do que o sexo para criar um ambiente de intereção que facilite reconciliações
É visto no macaco japonês

>> Por engano
Algumas espécies não possuem maneiras boas de saber quem é macho e quem é fêmea
É visto no peixe mexirica

>> Para formar alianças
Relações entre indivíduos do mesmo sexo permitem a formação de fortes laços, prevenindo conflitos
É visto nos golfinhos-nariz-de-garrafa

>> Para praticar
Indívíduos com pouca experiência sexual aprendem a cortejar com animais do mesmo sexo
É visto na mosca-das-frutas

>> Para reforçar a hierarquia
Para mostrar quem manda em que quem, os bichos estabelecem relações de poder através do sexo homossexual
É visto nos bisões.

>> Para criar os filhos
Fêmeas podem se unir depois de a prole nascer, tendo mais sucesso do que as não-lésbicas"
É visto nas albatrozes-de-laysan

MÍDIA VENEZUELANA QUER A CABEÇA DE CHAVEZ - DE PREFERÊNCIA DEPENDURADA PARA BAIXO. E MORTO!!!

Em entrevista concedida à GLOBOVISIÓN o diretor do jornal "El Nuevo Pais" Rafael Poleo disse que
Chávez deverá acabar como o ditador italiano Benito Mussolini, "dependurado com a cabeça para baixo", isso recentemente.


O governo venezuelano abriu ontem um novo processo administrativo contra a TV opositora Globovisión e reajustou em 80% uma milionária multa imposta no início do mês.
Membros da Comissão Nacional de Televisão foram à sede da Globovisión para notificá-la sobre processo "por supostamente ter sido coadjuvante de ações de delito".

A Globovisión diz que as declarações foram feitas ao vivo e rapidamente rechaçadas pelo apresentador do programa. O processo pode levar à revogação da concessão da TV.
Já a multa a Globovisión, originalmente de US$ 2,3 milhões, subiu para US$ 4,2 milhões. O motivo teria sido o reajuste do valor da unidade tributária do Fisco venezuelano.

GOLPISMO


É só ver alguns vídeos no Youtube - busque pelo Golpe Midiático de 2002 na Venezuela - para cientificar-se da maneira como a grande mídia (que tanto fala em liberdade DA imprensa e não DE imprensa) pretende derrubar de qualquer jeito o governo Hugo Chavez, aliás coronel (mas parece que quem age coronelísticamente é a grande mídia, que não respeita governos eleitos democraticamente, voltando aos velhos tempos do século 19 quando a elite colocava e tirava os governos de plantão com toda facilidade, aliada sempre, claro, aos aparelhos de dominação da época).

É por essas e outras que a grande mídia brasileira critica tanto Chavez e defende essa grande mídia golpísta.

O sistema de pressão dessa mídia para retomar o poder em qualquer lugar é sempre o mesmo: demonizar o outro, os movimentos populares e os que foram eleitos democraticamente ´para defender os interesses do povo - vide os casos Vargas e Jango, quando o lacerdismo desenfreado e a falsa pureza ética e a enlouquecedora e farsesca luta contra a "corrupção" (dos outros, claro, não a deles)e o "comunismo" fizeram com que o primeiro se suicidasse e o outro fosse deposto, embora ambos fossem eleitos democraticamente.

O MUNDO MUDOU E SOMOS MAIS IGUAIS, DIZ LULA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira no Cazaquistão que a crise tornou os países mais iguais, abalou certezas e abriu espaço para a construção de uma nova ordem global.

"Antes da crise, tínhamos países que sabiam mais do que os outros. Antes da crise, o Estado não tinha nenhum papel relevante. Depois da crise, todos nós ficamos mais iguais".

JÁ NÃO HÁ MAIS CERTEZAS FUNDAMENTALISTAS

"Já não existe mais ninguém no mundo com certeza absoluta do que faz", disse o presidente durante a visita ao palácio presidencial de Akora, sede do governo cazaque.

"Por isso, existe uma possibilidade enorme de trabalho para a nova ordem financeira mundial. Para isso, temos que reformar as Nações Unidas e fortalecer e reformar as instituições financeiras internacionais, sobretudo o FMI e o Banco Mundial", acrescentou Lula ao lado do presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev.

O MUNDO MUDOU E É PRECISO COMPREENDER

Lula é o primeiro presidente da América Latina a visitar o país, que tem umas das maiores reservas inexploradas de petróleo do mundo.

Segundo Lula, Brasil e Cazaquistao convergem na iniciativa de democratização da ordem mundial. "O mundo mudou, e é preciso agir conforme as novas regras", disse.

Ao descrever o encontro com o presidente cazaque, Lula disse: "Mencionamos as iniciativas para reformas das instituições econômicas e políticas", disse, referindo-se à ordem global e não à situação interna do Cazaquistão, cujo presidente vem sendo reeleito em pleitos criticados por diversas organizações.


As declarações de Lula sobre a nova ordem global, ao lado do presidente do Cazaquistão, reforçam o resultado da cúpula dos países emergentes do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), realizada nesta terça-feira na cidade russa de Ecaterimburgo.

No documento final, eles defenderam uma serie de interesses comuns principalmente na área econômica e financeira.

O presidente cazaque mencionou que existe grande potencial de ampliar a relação entre os dois países, citando possibilidades na área de economia e também de intercâmbio político, sem dar detalhes.

Durante o discurso, Lula mencionou também um projeto que levou 26 adolescentes do Cazaquistão para jogar futebol no Brasil. O projeto, Olé Brasil F.C., tem mais 11 na lista de espera.

"Espero que os jovens no Cazaquistão não fiquem melhores do que os brasileiros, no máximo, iguais", brincou Lula.

TWITTER substitui grande mídia até nos golpes!

O mundo segue o mousavi1388, a página de Twitter do líder reformista que vem comandando as manifestações -e informando o que se passa no "levante".

O Departamento de Estado dos EUA espalhou por Reuters, CNN e outros que solicitou ao Twitter o adiamento de uma operação de melhoria que tiraria o site do ar, no Irã.
Foi uma forma de responder à crítica republicana de que a Casa Branca não tem apoiado a oposição como devia. Como destacou o "Washington Post", a estratégia de Obama para o Irã, de maior negociação, "põe os EUA do lado do governo".



Já o governo iraniano decidiu proibir ontem o trabalho de todos os jornalistas estrangeiros do país. Todos os cartões de imprensa necessários para o trabalho dos enviados especiais foram cancelados ontem.
"Se você for encontrado em qualquer lugar público com seu visto de jornalista, você pode ser preso" foi a mensagem enviada a todos os correspondentes ontem pelo Ministério da Cultura e Orientação Islâmica.
"Nenhum jornalista tem permissão para reportar, filmar ou tirar fotografias na cidade", afirmava o texto.
O aviso foi dado poucas horas antes da realização da segunda marcha convocada pela oposição contra o resultado da eleição presidencial de sexta-feira passada -que acusa ter sido fraudada.
As TVs estrangeiras foram as únicas a exibir imagens da concentração da véspera, estimada em mais de 1 milhão de pessoas.
A rede estatal iraniana tem ignorado os protestos desde o último sábado

"Pela inexistência de segundo turno,
não haverá renovação dos vistos,
favor não insistir na renovação do seu visto",
diz o governo aos jornalistas que querem ficar.

O mundo mudou mas a grande mídia não percebeu e, para saber, só lendo em outras línguas!!!

A grande mídia não dá bola para os Brics - Brasil,Rússia, Índia e China, mas um dos maiores economistas do mundo, Nouriel Roubini disse:

"A ascensão dos mercados emergentes é uma mudança fundamental".

A grande mídia brasileira pouco destacou sobre isso, embora os "líderes de algumas das maiores potências se reunissem para obter maior controle sobre o sistema financeiro (porém sem nenhum americano ou europeu ocidental).

Os quatro "discutiram formas de reduzir sua dependência dos EUA"

Talvez seja por isso que a nossa grande mídia ache tudo isso muito pouco - talvez para os interesses dela.
O "Jornal Nacional" deu só no fim :

"O presidente Lula se reúne com líderes da Índia, da China e da Rússia", nada mais (talvez contra a corrente!)


A próxima reunião dos Brics será no Brasil em 2.010 (segundo a BBC Brasil)!

E já que a grande mídia brasileira não destaca, resta-nos ler no El País a palavra de Lula traduzido para o espanhol!!!

Nuestro encuentro no es sólo la primera cumbre de BRIC. Representa un hito importante en la relación de nuestros países con un mundo que está experimentando cambios profundos. Sellaremos el compromiso de ayudar a ofrecer respuestas nuevas para viejos problemas y un liderazgo audaz frente a la inercia y la indecisión.

Al fin y al cabo, el mundo se enfrenta hoy a unos retos de gran complejidad pero que requieren respuestas urgentes. Tenemos ante nosotros amenazas que nos afectan a todos pero a las que algunos han contribuido enormemente, mientras que otros no son más que sus víctimas impotentes.

Pero vivimos en medio de paradigmas rotos e instituciones multilaterales en declive. La actual crisis económica no hace más que aumentar un sentimiento creciente de complejidad e impotencia ante el cambio climático y el peligro de escasez mundial de alimentos y energía. Es evidente que la sociedad moderna debe revisar un sistema que desperdicia de manera brutal los limitados recursos naturales de la Tierra y, al mismo tiempo, condena a miles de millones de personas a la pobreza y la desesperación.

Ésa es la razón por la que en la Asamblea General de Naciones Unidas en 2008 dije que había llegado "el momento de la política". Ha llegado la hora de tomar decisiones difíciles y asumir las responsabilidades colectivas.

¿Están dispuestos los países ricos a aceptar una supervisión y un control supranacionales del sistema financiero internacional con el fin de evitar el riesgo de otra crisis económica mundial?

¿Están dispuestos a renunciar a su control de las decisiones en el Banco Mundial y el FMI?

¿Estarán de acuerdo en cubrir los costes de la adaptación tecnológica necesaria para que las personas de los países en vías de desarrollo también se beneficien del progreso científico sin hacer daño al medio ambiente mundial?

¿Eliminarán los subsidios proteccionistas que hacen que la agricultura moderna sea inviable en muchos países en vías de desarrollo y dejan a los campesinos pobres a merced de los especuladores de materias primas y los donantes generosos?

Éstas son las preguntas para las que los países BRIC quieren respuestas.

Por eso, durante la reciente reunión del G-20 en Londres exigimos que los países avanzados se comprometieran a reformar el sistema de votos y cuotas de las instituciones de Bretton Woods. Sólo así se oirá la voz de los países en vías de desarrollo. Asimismo obtuvimos el compromiso de establecer un fondo que suministre ayuda económica rápida y eficaz -sin dogmas neoliberales- a los países perjudicados por la repentina caída de las exportaciones y la crisis crediticia.

Éste no es más que un primer paso en la revisión fundamental de las estrategias que deseamos ver planteada en la próxima cumbre del G-20. Presionaremos para que haya un nuevo intento de llevar la Ronda de Desarrollo de Doha a una conclusión rápida y equilibrada.

También es urgente la renovación en Naciones Unidas para que las instituciones multilaterales recuperen su importancia. Posponer más la reforma, sobre todo del Consejo de Seguridad, sólo servirá para erosionar todavía más la autoridad mundial.

En 2004 patrociné el Plan de Acción contra el Hambre de la ONU. Me complace, por tanto, que la seguridad alimentaria esté presente en el orden del día de Ekaterimburgo.

Estas iniciativas demuestran que BRIC es más que una agrupación de grandes países a los que sólo unen la dimensión de sus economías, la amplitud de sus recursos naturales y el deseo de proyectar sus valores e intereses.

En los últimos años, nuestras cuatro economías han destacado por experimentar un sólido crecimiento. El comercio entre nosotros ha aumentado un 500% desde 2003. Eso ayuda a explicar por qué hoy generamos el 65% del crecimiento mundial, lo cual nos convierte en la principal esperanza para una rápida recuperación de la recesión mundial.

Todo ello hace que haya cada vez más esperanzas depositadas en que nuestros cuatro países sean capaces de ejercer un liderazgo responsable con el fin de ayudar a reconstruir un gobierno global y un crecimiento sostenible para todos. Es un reto que estoy seguro que todos aceptaremos. Porque a lo largo de toda mi carrera política, desde mi experiencia como organizador sindical, he aprendido una lección básica: para ser eficientes no basta con tener razón ni con que la justicia esté de nuestro lado. Nadie habla en nombre de los pobres y los vulnerables si ellos no se unen previamente entre sí. Para hablar con energía, para dialogar, pero desde una posición de firme convicción respaldada por nuestro peso político. Es una tarea y un compromiso que, espero, los países BRIC reafirmarán en Ekaterimburgo.


Luiz Inácio Lula da Silva es presidente de Brasil. Traducción de María Luisa Rodríguez Tapia

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Os donos do poder, dos cartórios e do atraso

15/06/2009
O jurista Raymundo Faoro já disse em Os Donos do Poder, que o sistema judiciário e cartorial brasileiro constituiu-se historicamente num exemplo do patrimonialismo que marca até hoje o Brasil.

O procurador da República de Minas Gerais Edmundo Dias Netto Jr. analisa a questão que, acho, é fulcral para resolvermos os problemas brasileiros e para retirar entulhos autoritários e privilégios inconcebíveis de uma casta econômica e política que tem um poder extraordinário na vida da nação.

“O Sistema cartorial brasileiro constitui, hoje, o mais expressivo exemplo do patrimonialismo que marca nosso país. Basta ver que os tabeliães daqui são comumente tratados por “donos” de cartórios, que, no compasso da mesma metáfora, ressoam em suas placas e timbres os nomes pessoais dos seus titulares. Ocorre que a atividade notarial e de registro consiste em um serviço público que o Estado delega à exploração em caráter privado. Para remunerar-se, o particular delegatário recolhe emolumentos -que nada mais são que uma espécie de taxa- dos usuários do serviço. Apenas parte disso é repassada ao Estado, pela função fiscalizatória que desempenha no setor. Em clara inversão de valores, o que cabe ao particular supera, em geral, algumas vezes o que é recolhido aos cofres públicos. Como tal atividade é exercida em caráter privado, não tem incidência o teto remuneratório do serviço público. Também não tem aplicação a súmula vinculante do STF que veda o nepotismo. Assim, o constituinte de 87/88 acabou mantendo uma classe, a dos notários e registradores, com privilégios que nem sequer os agentes políticos tiveram a ousadia de prever expressamente para si mesmos. Indaga-se, porém -sem fazer pouco do papel do tabelião, indispensável a que se confira certeza a determinados registros de interesse público-, qual dessas funções é mais importante (ou seja, pressuposto de existência das demais atribuições do Estado) para o desenvolvimento de um país. Na última semana, o Conselho Nacional de Justiça editou duas resoluções que estabelecem regras para a realização de concursos públicos em cartórios, inclusive para os que, mesmo após a Constituição de 88, foram preenchidos à margem do procedimento impessoal nela determinado. Na contramão disso, dois movimentos se articulam. O primeiro é para que os serviços notariais e de registro deixem de ser fiscalizados pelo Judiciário. O segundo é a tramitação de proposta de emenda constitucional, que em breve deve ser votada na Câmara dos Deputados, com o objetivo de efetivar nas funções os tabeliães que, à margem de concurso público, tenham-nas exercido entre 88 e 94. Bem ao contrário do disposto na resolução 80 do CNJ, a citada PEC põe os notários e registradores no ponto de fuga de uma perspectiva privada que muitos lutam para banir da cena pública nacional. Nessa distorcida maneira de enxergar o mundo, tais cartorários não concursados, não podendo ser considerados donos de suas serventias, passam a assumir o sentido figurado de meros possuidores. Assim, nada mais natural aos nossos patrimonialistas que possam esses tabeliães, pelo exercício de posse longa e pacífica, ter finalmente reconhecido seu domínio sobre as serventias extrajudiciais, mediante a invenção de nova espécie de usucapião que os efetive, enfim, em seus cartórios. De acordo com dados que foram divulgados na página do CNJ na internet, somente em 2006 as serventias extrajudiciais arrecadaram no país mais de R$ 4 bilhões. Em 2005, a arrecadação global dos cartórios ultrapassou R$ 3,5 bilhões. Esses valores compreendem o faturamento das serventias privatizadas e das oficializadas. Sustentamos que todos os cartórios deveriam ser oficiais, vertendo para os cofres públicos os importantes recursos que auferem. A PEC 356/04, apresentada na Câmara, tinha essa finalidade, mas foi devolvida ao autor por não contar com o número mínimo de assinaturas. Bastaria que outra PEC fosse oferecida, acolhendo modelo cujo pressuposto é a existência de quadro de servidores remunerados em patamar condizente com a responsabilidade, mas distante das cifras milionárias de hoje. Recursos não faltariam. Embora não estejam divulgados os dados de 2008, o faturamento dos cartórios do país, em 2006, seria suficiente para bancar toda a despesa prevista no Orçamento de 2009 relativamente à Câmara dos Deputados (R$ 3.532.811.091), ao Senado Federal (R$ 2.742.975.855), ao Ministério do Meio Ambiente (R$ 3.460.640.619) ou ao Ministério das Relações Exteriores (R$1.891.740.902). Trata-se, como se vê, de reinventar nosso sistema cartorial, redesenhando-o com o traço firme das instituições republicanas. A reinvenção do sistema, nos moldes sugeridos, apresenta óbvia dificuldade política. Haverá ainda, todavia, uma maneira simples de corrigir as distorções atuais na remuneração dos notários e registradores. Basta que uma lei preveja o aumento do número de cartórios conforme uma equação que combine quantitativos populacionais e um mínimo de atos remunerados em cada serventia. Assim, mais serventias extrajudiciais permitiriam uma mais equânime divisão do que é recolhido dos particulares, oferecendo-lhes uma melhor prestação do serviço, mais descentralizada e menos congestionada.”



Parabéns à coragem do procurador em abordar esse espinhoso tema.

OS DONOS DA VERDADE AGORA JÁ NÃO SABEM DE MAIS NADA!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (15) que o desemprego no mundo não é culpa dos imigrantes. Ao participar da 98ª Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra (Suíça), ele destacou que a crise econômica mundial traz efeitos “perversos” para imigrantes pobres – sobretudo africanos, latino-americanos e asiáticos.

“Eles transitam pelo mundo à procura de trabalho e começam a ser enxergados como responsáveis por ocupar o lugar de pessoas de pais ricos. Os responsáveis pela crise são os mesmos que, por muito tempo, sabiam ensinar como administrar os Estados”, disse Lula, acrescentando que "esses mesmos senhores que sabiam de tudo um tempo atrás hoje não sabem de mais nada”.

Lula quer democratizar ainda mais o Estado e a Mídia

A partir do dia 7 de julho (uma terça-feira), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responderá perguntas de leitores de jornais impressos em uma coluna semanal intitulada “O Presidente Responde”.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República abriu hoje (15) as inscrições para os jornais interessados em publicar o material. De acordo com a secretaria, a coluna terá o formato de perguntas e respostas e será publicada sempre às terças-feiras.

Os leitores deverão enviar as perguntas para os jornais com nome completo, idade, profissão e cidade onde residem. Por sua vez, os jornais encaminharão as perguntas à Presidência da República, que irá selecionar três, a cada semana.

Conforme comunicado da Secretaria de Imprensa, as perguntas devem tratar de temas relacionados às políticas do governo federal, “considerando que a coluna visa ser mais um instrumento de prestação de contas à sociedade das ações do governo federal”. A coluna ficará disponível ao público no site da Presidência da República depois da publicação nos jornais cadastrados.