sexta-feira, 12 de junho de 2009

É TEMPO DE OUVIR O OUTRO

Acompanhe as conclusões do estudo feito por LUIZA DE AGUIRRE NASSIF,
"GESTÃO INTEGRADA NO UNIVERSO COORPORATIVO GLOBALIZADO"

Serve para todas as áreas e, na minha opinião, aos professores
e jornalistas que se propõem a novos desafios.

Leia:

"CONCLUSÃO
Com a globalização e o avanço tecnológico entramos em um novo
panorama mundial, onde organizações sofreram mudanças significativas.
Para acompanhar esta onda de mudanças, as estruturas organizacionais
das multinacionais passaram de organizações verticais centralizadas,
onde o poder de decisão estava concentrado em uma só pessoa, para
organizações horizontalizadas, onde existe a divisão entre as partes
intermediarias e até mesmo operacional do poder decisório. Isso gera
mais autonomia e liberdade na condução das tarefas diárias.
Quando tratamos das organizações multinacionais, podemos dizer que
são diversas empresas diferentes rodeadas por um mesmo objetivo,
missão e valor. Porém cada uma opera em um território geográfico
diferente, com suas peculiaridades, sejam elas culturais, de idiomas e
maneira de trabalhar. Num modelo territorial onde há uma administração
geral (no caso estudado, a Suíça), existe o controle do desempenho de
cada unidade regional e no conjunto (por exemplo, Argentina, Chile,
Brasil) A verificação dos resultados pode ser tanto individual como
integral.
Cada região contida da sua própria gestão dos processos integrados, que
podem ser divididos pelas áreas de logística, financeiro, marketing,
recursos humanos, P&D etc.. As organizações operam efizcamente em
territórios totalmente distintos uns dos outros, com características
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culturais diversificadas, que por sua vez geram culturas organizacionais
específicas.
Cada organização possui sua própria Cultura Organizacional que a
caracteriza. Para que essas diferenças não se tornem problemas, é
necessário compreender a cultura do outro, seus costumes e, além disso,
manter uma comunicação aberta tentando se adaptar às diferenças.
O papel da gerencia é fundamental para a condução e motivação da
equipe. Além de entender os traços culturais e estruturar sua equipe, o
que inclui também a seleção de pessoas, de maneira sinérgica, o gerente
precisa manter a integração fazendo com que as diferenças culturais
sejam enriquecedor como trocas de experiências, e não um fator
limitante.
A comunicação é um processo de extrema importância dentro da
organização, pois une todos os departamentos da empresa e, desta
maneira, define a missão que a corporação deve seguir. Além disso, é um
dos instrumentos mais importantes no gerenciamento de mudanças no
ambiente organizacional, auxilia na assimilação efetiva e eficaz das
alterações tanto pelo publico interno quanto externo. A comunicação é o
fator mediador de conflitos e crises causados pelas novas posições e
ações adotadas pela organização.
Já vimos que a comunicação pode ser ponto limitante no processo de
integração, segundo a idiossincrasia de cada lugar, a diferença do idioma,
o uso do tom da voz, maneira de se expressar, ênfases durante a
comunicação, peculiaridades que podem gerar distorção da comunicação.
Por esta razão é essencial entender os diferentes costumes e hábitos.
Para uma comunicação eficaz, sugiro sistematizar os diferentes traços
culturais. Esta sistematização poderia ser através de um treinamento
básico realizado pelo Recursos humanos, como por exemplo: cursos de
antropologia, de sociologia sobre as diferenças culturais entre os grupos
nacionais, que permitiria aos funcionários uma visão geral das
particularidades de cada cultura, especialmente as que podem afetar
diretamente no relacionamento pessoal.
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O Estudo de Caso confirmou minhas hipóteses levantadas no inicio do
trabalho, quando acreditava que a palavra-chave de todo estudo era
flexibilidade. Por exemplo, como relatei em minha experiência
profissional no exterior, no começo do Estudo de Caso, mesmo me
considerando flexível e apta a me adaptar a mudanças, somente quando
entendi que teria de deixar a cultura organizacional que conhecia e me
integrar a uma nova foi possível assimilar as mudanças.
Ser flexível é ser adaptável às circunstâncias diferentes das que estamos
acostumados, é estar aberto a mudanças e saber gerenciá-las.
Segundo o Professor José Ângelo Lopes, “ser flexível é aceitar a
realidade sem criar barreiras. É acolher as mudanças e responsabilidades
que o seu papel venha a solicitar para que se mantenha sempre
competitivo e atualizado. É estar disposto até mesmo a mudar suas
próprias idéias muitas vezes ou seu enfoque perante uma nova situação
e/ou informação ou uma evidência oposta, compreendendo as
perspectivas e idéias provenientes de outras pessoas É também saber
gerenciar as situações e colaboradores de forma que, em muitas ocasiões,
você consiga refletir com discernimento e agir com profissionalismo e
competência, aplicando procedimentos que se adaptem a uma
determinada realidade para alcançar objetivos e metas globais da
Organização”.
O novo panorama mundial faz com que as mudanças ocorram com uma
velocidade impiedosa, e temos que nos adaptar às novas inovações que
são impostas. Neste novo modelo, a flexibilidade é considerada
imprescindível."

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