urubu
ou o filho da violência ou o destino manifesto
Son of Sam Peckinpah
Filmes exibem mundo hostil de Peckinpah
"Pat Garrett e Billy the Kid" e "Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia" são de período conturbado do "poeta da violência"
Vera Cruz classic western - ending scene - Lancaster Cooper
urubuzada pós-moderna - Scarface - Finale macunaímico lembre da cena da piscina / Joaquim Pedro
ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA
Dois lançamentos em DVD jogam luz sobre um dos cineastas mais radicais de Hollywood, o americano Sam Peckinpah (1925-1984): "Pat Garrett e Billy the Kid" (1973) e "Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia" (1974).
Chamado de "o poeta da violência", Peckinpah criou um estilo visual poderoso e histórias sobre homens sem esperança. Influenciou Tarantino, John Woo, Takeshi Kitano, Brian de Palma e todo o cinema de ação pós-70.
Sua marca registrada é a montagem fragmentada, em que a mesma cena é filmada de vários ângulos, com lentes variadas e diferentes velocidades, e montada de forma a obter máximo de impacto visual. Nos filmes de Peckinpah, tiroteios parecem balés. Ninguém jamais usou a câmera lenta como ele.
O tema central de sua obra é o homem em um mundo hostil. Seus personagens parecem viver na época errada: são velhos desesperançados habitando o crepúsculo da vida. Não há jovens no mundo de Peckinpah, ou alegria.
Em "Pat Garrett e Billy the Kid", Peckinpah reescreveu a história de duas lendas do oeste americano. Pat Garrett (James Coburn) e Billy the Kid (Kris Kristofferson) são ex-parceiros que se veem em lados opostos da lei. Bob Dylan compôs a música do filme e faz uma ponta.
O filme marcou um dos períodos mais conturbados da vida de Peckinpah: afundado no alcoolismo, terminou a produção com atraso e estourou o orçamento.
Irritado, o presidente do estúdio mandou cortar quase 20 minutos da versão do diretor, tornando a história incompreensível e prejudicando a bilheteria. Mas a versão que sai no Brasil é a integral. Decepcionado com Hollywood, Peckinpah foi ao México fazer "Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia", rodado com uma equipe local.
AME OU ODEIE
Nas cenas iniciais, um senhor de terras mexicano põe um prêmio na cabeça do rapaz que engravidou sua filha. E a escória dos EUA e México parte atrás dele. Ao bando se junta um pianista de bordel (o fabuloso Warren Oates) que, com a ajuda de uma prostituta (Isela Vega), descobre uma pista sobre o paradeiro do fugitivo.
O filme é do tipo "ame ou odeie". Quando lançado, alguns o consideraram uma obra-prima. Outros, um dos piores filmes já feitos.
De fato, não é fácil gostar do filme: é um "road movie" sanguinolento, com personagens repulsivos e cenários que variam de bordéis imundos a cemitérios abandonados. Mas é uma das obras mais intensas e pessoais de Peckinpah e ecoa os sentimentos anti-Hollywood que ele sempre demonstrou.
Descendente de índios paiutes e formado em Arte Dramática, Peckinpah começou sua carreira em 1954, como escritor de diálogos no filme Rebelião no presídio, de Don Siegel. Paralelamente, ele se tornou ator realizando pequenas participações em filmes e seriados.
Levado para a televisão, escreveu roteiros para seriados conhecidos como Gunsmoke, The Rifleman e The Westerner. Estreou como diretor de televisão em Lança partida, dirigindo depois vários capítulos de outras séries televisivas.
Foi só em 1960 que ele escreveu o roteiro para um faroeste que seria filmado como A face oculta, estrelado por Marlon Brando.
Consagrou-se como um dos mais vigorosos e hábeis cineastas estadunidenses pela utilização estética da violência e da brutalidade na maioria das suas obras. Ele desenvolveu um cinema cheio de realismo, onde a característica principal não era a violência que os filmes continham e sim a forma como ele a manipulava em função de seus personagens.
Mas a grande contribuição de Peckinpah foi na concepção de um cinema moral (não moralista) que buscou pensar a tomada de decisão, as escolhas éticas e todas as perturbações daí decorrentes. Seu diálogo está em linha direta com o western anterior, marcado por uma certa ingenuidade moral, notadamente naquelas obras de John Ford. Em Peckinpah o mundo está deserdado de seus mitos redentores, os homens se deparam com a crise histórico-social em processo e ascensão da sociabilidade capitalista. Um forte exemplo disso está em sua obra máxima, The wild bunch (Meu ódio será sua herança). Ali, o contexto é aquele da formação das grandes fortunas, numa acumulação primitiva de capital perpetrada pelos famosos "Barões bandidos". Nessa acumulação, os indivíduos que não souberam acompanhá-la caem para as margens, lutando contra a nova tecnologia de guerra e os novos meios de gestão com um código de conduta pré-capitalista.
Ele morreu aos 59 anos de idade em um hospital de Los Angeles, depois de ter sofrido um ataque cardíaco no México, onde passava as férias com a mulher, a atriz Begona Palácios e a filha Guadalupe. O mundo perdia, naquele momento, um dos maiores cineastas de sua história, aquele que teve coragem de romper com a pasmaceira do cinema industrial americano sem medir as conseqüências
wikipedia
Descendente de índios paiutes e formado em Arte Dramática, Peckinpah começou sua carreira em 1954, como escritor de diálogos no filme Rebelião no presídio, de Don Siegel. Paralelamente, ele se tornou ator realizando pequenas participações em filmes e seriados.
Levado para a televisão, escreveu roteiros para seriados conhecidos como Gunsmoke, The Rifleman e The Westerner. Estreou como diretor de televisão em Lança partida, dirigindo depois vários capítulos de outras séries televisivas.
Foi só em 1960 que ele escreveu o roteiro para um faroeste que seria filmado como A face oculta, estrelado por Marlon Brando.
Consagrou-se como um dos mais vigorosos e hábeis cineastas estadunidenses pela utilização estética da violência e da brutalidade na maioria das suas obras. Ele desenvolveu um cinema cheio de realismo, onde a característica principal não era a violência que os filmes continham e sim a forma como ele a manipulava em função de seus personagens.
Mas a grande contribuição de Peckinpah foi na concepção de um cinema moral (não moralista) que buscou pensar a tomada de decisão, as escolhas éticas e todas as perturbações daí decorrentes. Seu diálogo está em linha direta com o western anterior, marcado por uma certa ingenuidade moral, notadamente naquelas obras de John Ford. Em Peckinpah o mundo está deserdado de seus mitos redentores, os homens se deparam com a crise histórico-social em processo e ascensão da sociabilidade capitalista. Um forte exemplo disso está em sua obra máxima, The wild bunch (Meu ódio será sua herança). Ali, o contexto é aquele da formação das grandes fortunas, numa acumulação primitiva de capital perpetrada pelos famosos "Barões bandidos". Nessa acumulação, os indivíduos que não souberam acompanhá-la caem para as margens, lutando contra a nova tecnologia de guerra e os novos meios de gestão com um código de conduta pré-capitalista.
Ele morreu aos 59 anos de idade em um hospital de Los Angeles, depois de ter sofrido um ataque cardíaco no México, onde passava as férias com a mulher, a atriz Begona Palácios e a filha Guadalupe. O mundo perdia, naquele momento, um dos maiores cineastas de sua história, aquele que teve coragem de romper com a pasmaceira do cinema industrial americano sem medir as conseqüências
tombstone 1 de 13
Tombstone Part 1 Of 13
http://www.youtube.com/watch?v=WMgp97cODCA&feature=related
13
passion and poetry
2
pesquisa google
http://www.google.com.br/search?q=sam+peckinpah+documentary&rlz=1I7GGLL_pt-BR&ie=UTF-8&oe=UTF-8&sourceid=ie7
Wild Bunch - Final Shootout
The Wild Bunch (The movie moment) Great Scene
The Wild Bunch - Final Shootout
la golondrina
La Golondrina The Wild Bunch - meu ódio sewrá tua heranaça - Directors Cut 1969 oo7JB1
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!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
the unforgiven, cena final
Clint Eastwood UNFORGIVEN (GQ) The Final Show Down
Sam Peckinpah's Pat Garrett & Billy The Kid-SamFanatic Restoration (Part 1 of 14)
Sam Peckinpah's Pat Garrett & Billy The Kid-SamFanatic Restoration (Part 5 of 14
Pat Garret & Billy The Kid - Final
altamirosouza1
Bob Dylan, Knocking on heaven's door..mpg
Bob Marley Tribute- Knocking on Heavens Door
Bring me the head of Alfredo Garcia - finale
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