quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dilma rebate Serra e defende a investigação rápida

Em entrevista ao SBT, Dilma Rousseff acusou José Serra de caluniá-la ao imputar a ela responsabilidade sobre a quebra de sigilos da Receita.



“Quero, mais uma vez, de forma enfática, repudidar essa prática sistemática de levantar acusações e não fazer uma única prova...”



“...Usar a calúnia ou a leviandade para [obter] qualquer vantagem eleitoral eu não considero prova de respeito em relação ao outro”.



Perguntou-se a Dilma se não acha que a elucidação dos malfeitos, agora adensados pela violação de dados fiscais da filha de seu rival, deveria ocorrer antes da eleição.



E ela: “A maior interessada nessa apuração sou eu. [...] Acho que tem de ser apurado de forma drástica, antes da eleição...”



“...Para mim, importa que seja antes da eleição. Sou a maior interessada, porque estou sendo acusada sistematicamente de forma leviana”.



Dilma informou que, nesta quarta (1º), os advogados de sua coligação ingressaram com duas novas ações judiciais contra Serra. Não deu detalhes.



Referindo-se espeficiamente ao caso que envolve Verônica Serra, a filha de seu antagonista, Dilma disse:



“Vamos aos fatos. Há um procurador, vai à Receita e, com o reconhecimento de firma num documento, que a receita não tem como, naquele momento saber se é falso ou não, pede as declarações. E elas são entregues...”



“...Pode ser fraudulento esse papel. A partir daí é que a Receita e a Polícia Fedeeral tem de invesigar profundamente, punindo, se for o caso”.



Em seguida, Dilma mirou em Serra: “Eu não etendo as razões, alias até algumas eu entendo, que levam o candidato da oposição, a fazer contra a minha campanha acusação tão leviana. Não tem provas nem fundamentos...”



“...Isso aconteceu em setembro de 2009. Minha campanha não existia. Aliás, eu nem pré-candidata era”.



Insinuou que Serra tenta retirar proveito eleitoral do episódio: “Acho interessante. E julgo importante que, nessa eleição, a gente tenha cuidado com leviandades e calúnias”.





Não acha que Serra tem razões para ficar indignado? “Ele pode ficar indignado com o fato, até entendo. Agora, a partir daí chegar à conclusão de que a responsabilidade é da minha campanha ou da minha pessoa, ele tem que provar...”



Lembrou que, além dos sigilos de pessoas ligadas a Serra, foram violados, segundo já foi noticiado, os dados fiscais de 140 pessoas.



“A maioria não tem ligação com a política”, disse Dilma. Ela acrescentou:



“Se tem algum nível de mercantilização, como disse o secretário da Receita, balcão de compra e venda, acho que tem de ser apurado de forma drástica”.



Noutro trecho da entrevista, perguntou-se à candidata petista se ela contempla a hipótese de aproveitar na equipe de seu eventual governo petistas envolvidos no mensalão.



Pela primeira vez, Dilma soou peremptória sobre a matéria. Disse que, antes de serem julgados e absolvidos pelo STF, os mensaleiros não tem chance numa eventual gestão comandada por ela.

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