sábado, 24 de julho de 2010

Dilma abre 8 pontos à frente de Serra, aponta Vox Populi

Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi e encomendada pela TV Band mostra a candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, oito pontos porcentuais à frente de seu principal adversário na disputa, José Serra (PSDB).



Na primeira pesquisa de intenções de voto realizada após o início oficial da campanha eleitoral (6 de julho), Dilma aparece com 41% e Serra, com 33%. A candidata Marina Silva, do PV, tem 8%, e os demais candidatos somaram 1%. O total de votos brancos e nulos é de 4% e 13% não sabem ou não responderam em quem vão votar.


No cenário para segundo turno, Dilma venceria Serra por 46% a 38%. Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não foram apresentados aos eleitores, Dilma teve 28%, Serra, 21% e Marina, 5%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não concorre às eleições, foi citado por 4% dos entrevistados.


O instituto também mediu os índices de rejeição dos candidatos. Na pesquisa, 24% dos entrevistados responderam que não votariam em Serra de forma alguma. Marina tem 20% de rejeição e Dilma, 17%.


Na última pesquisa Vox Populi, divulgada em 29 de junho, Dilma tinha cinco pontos porcentuais a mais que Serra e liderava a disputa eleitoral com 40%, seguida pelo tucano, com 35%, e Marina, com 8% das intenções de voto. O total de votos brancos e nulos era de 5% e 11 % não quiseram ou não souberam responder em que irão votar.


A pesquisa foi realizada com 3.000 eleitores, entre os dias 17 e 20 de julho. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro máxima é de 1,8 ponto porcentual, para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o protocolo nº 19.920/2010.

24/07/2010 - 03h00
Serra e Dilma continuam empatados na corrida presidencial, aponta Datafolha
Na terceira semana oficial da campanha, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) seguem empatados na corrida presidencial. O tucano está com 37% contra 36% de Dilma, mostra o Datafolha.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23, com 10.905 entrevistas em todo o país. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Na última pesquisa, de 30 de junho e 1º de julho, Serra havia registrado 39%, contra 37% de Dilma. Ambos oscilaram negativamente, mas dentro da margem de erro.

Marina Silva (PV) tinha 9% e agora foi a 10%. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) pontuou pela primeira vez nesta eleição, marcando 1%.

Zé Maria (PSTU) também tem 1%. Outros quatro candidatos de partidos pequenos que concorrem a presidente foram incluídos na pesquisa, mas não atingiram 1%.

O Datafolha continua a captar uma estabilidade no número de eleitores indecisos ou que votam em branco ou nulo: 4%, o mesmo percentual do último levantamento. Os indecisos são 10%, contra 9% no levantamento anterior.

Numa simulação de segundo turno, o cenário repete o de maio, com Dilma numericamente à frente de Serra, mas dentro da margem de erro: a petista tem 46% contra 45% do tucano.

ESPONTÂNEA

Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado responde em quem pretende votar sem ver a lista de candidatos, o resultado é favorável a Dilma Rousseff.

Ela tem 21% e se manteve estável em relação aos 22% da outra pesquisa. Já Serra tinha 19% e recuou para 16%.

A petista também tem potencialmente a seu favor as respostas dos 4% que declaram querer votar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros 3% respondem ter intenção de escolher o "candidato do Lula" e 1% quer um "candidato do PT".

Na sondagem sobre intenção de voto espontânea, os indecisos são 46%, contra 42% no início do mês. Marina Silva (PV) tem melhorado sua marca lentamente: 2% em abril, 3% em maio e junho, e, agora, foi a 4%.

Há também um quadro de poucas mudanças na rejeição dos candidatos. Os que não votariam no ex-governador "de jeito nenhum" são 26% (eram 24% da última pesquisa).
Dilma tem 19% (antes o percentual era 20%). Entre os candidatos mais competitivos, Marina é a menos rejeitada (apenas 13%).

Na divisão do voto por regiões do país, não houve também inversão de posições. O tucano lidera no Sul e no Sudeste. Dilma ganha no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste


23/07/2010 - 21h47
Disputa no Paraná começa com empate técnico entre Beto Richa e Osmar Dias, diz Datafolha
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DE SÃO PAULO

Atualizado às 21h48.

A disputa pelo governo do Paraná começou com empate técnico na liderança entre os candidatos Beto Richa (PSDB) e Osmar Dias (PDT). Segundo o Datafolha, o tucano tem 43% das intenções de voto, e o pedetista, 38%.

Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível afirmar que um dos concorrentes esteja isolado na frente.

O candidato do PV, Paulo Salamuni, aparece com 1%, e os demais não pontuaram.

Não sabem quem escolher 14% dos eleitores, e outros 3% dizem que pretendem votar nulo ou em branco.

O levantamento mostra que o Paraná está dividido geograficamente entre os principais candidatos ao governo. Em Curitiba e na região metropolitana, Richa lidera a disputa por 65% a 22%.

A situação se inverte no interior, onde Osmar venceria por 45% a 35%.

RENDA E ESCOLARIDADE
O tucano tem melhor desempenho entre os eleitores com maiores índices de renda e escolaridade. Nas famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos, por exemplo, ele lidera por 61% a 32%. A disputa está equilibrada entre os mais pobres e os que estudaram menos.

Os dois principais concorrentes apresentam índices baixos de rejeição. Dos eleitores ouvidos pelo Datafolha, 15% dizem que não votariam de jeito nenhum em Osmar, e 12%, em Richa.


Dilma ultrapassa Serra entre as mulheres

Na pesquisa Vox Populi/Band, Dilma aparece 6 pontos a frente de Serra, entre as mulheres.

Intenção de votos entre as mulheres:

Dilma: 38%
Serra: 32%

Intenção de votos entre os homens:

Dilma: 43%
Serra: 34%

Durante um bom tempo os demo-tucanos alardearam uma suposta supremacia de Serra entre o eleitorado feminino.

Nós sempre dissemos que isso era falso, e com o correr do tempo os votos femininos e masculinos em Dilma convergiriam para valores semelhantes, o que já está acontecendo.

As mulheres ainda tem uma participação política menor, tanto é que há menos mulheres candidatas, menos parlamentares mulheres, etc. Da mesma forma há um interesse menor em acompanhar o noticiário político por grande parte das mulheres. Daí que Serra se beneficiava do efeito memória mais entre o público feminino. O nome de Serra é mais conhecido, já participou de eleições nacionais em 2002 e no Estado de São Paulo em 2004 e 2006. Então, na pesquisa estimulada, havia mais mulheres que "chutavam" o nome de Serra, porque ainda não conheciam Dilma. Agora que mais mulheres já sabem quem é Dilma e como ela é, declaram seu voto nela.

No dia 1º de março deste ano, na nota "Porque Dilma tem menos votos entre as mulheres?", daqui do blog, já fizemos uma análise aprofundada do cruzamento dos números, e antecipamos esta tendência.

Na realidade, Dilma tende a ter um percentual de votos maior entre as mulheres do que entre os homens. Além dela ser mulher, a primeira candidata a presidenta com chances reais de ganhar, Serra errou muito em seu discurso. Cometeu a grosseria de aconselhar em público seu vice a ter amantes com discrição. Andou distribuindo "coices" a jornalistas mulheres que fizeram perguntas que o incomodaram. O estilo do vice, assimilado pelo próprio Serra, de tratar Dilma com deselegância, recorrendo a desqualificação, xingamentos e baixaria, é menos tolerado pelas mulheres do que pelos homens.

Serra ainda tem muita "gordura" nestes índices de intenção de votos. Quanto mais conhecido, mais ele deve enfrentar rejeição. Sobretudo das mulheres.


ANÁLISE

Minas Gerais e Rio de Janeiro são fiéis da balança presidencial
DE BRASÍLIA

Dois Estados despontam como fiéis da balança na disputa presidencial deste ano: Minas Gerais e Rio de Janeiro, segundo os números apurados pelo Datafolha na pesquisa concluída ontem.
O eleitorado de Minas Gerais é de 14,5 milhões (10,7% do país). O do Rio é de 11,6 milhões (8,5%). O Datafolha mostra Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) muito próximos na preferência de eleitores mineiros e fluminenses. Um quadro bem diferente de eleições presidenciais anteriores, quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu por largas margens.
Em Minas Gerais, Lula ganhou a disputa em 2002 com 47% contra 20% de José Serra. Em 2006, o petista pontuou 46% contra 37% do tucano Geraldo Alckmin.
Agora, Dilma aparece com 35% contra 38% de Serra entre os eleitores mineiros (a margem de erro nesse caso é de três pontos percentuais).
Em tese, portanto, a candidata de Lula ainda tem espaço para repetir a votação de seu padrinho político -mas não há elementos que possam provar o quanto ela conseguirá avançar, ou não.
O Rio tem um cenário parecido. Lula teve 38% em 2002. Serra ficou com apenas 8%. É que naquele ano também foi candidato a presidente Anthony Garotinho, pelo PSB, obtendo uma votação parecida com a de Lula entre os fluminenses.
Em 2006, o petista subiu para 44% no primeiro turno, contra 26% de Alckmin.
Agora, a vantagem de Dilma para Serra no Rio é de seis pontos: 37% contra 31%.
Juntos, Minas e Rio respondem por 19% dos eleitores do país. Quase um quinto dos votos. Por enquanto, o comportamento final dos mineiros e dos fluminenses ainda é uma incógnita.
Há outros Estados no país nos quais essa indefinição também existe -mas não têm o peso de Minas e Rio, donos do segundo e do terceiro eleitorados estaduais.
Esse é um fenômeno também visto em eleições presidenciais nos EUA. Estados relevantes eleitoralmente são chamados de pêndulos, por ainda não estar certo para qual lado poderão balançar na disputa.
No Brasil, o lado que Minas Gerais e Rio de Janeiro escolherem até outubro será vital para se saber se o vencedor será Dilma ou Serra.
(FERNANDO RODRIGUES)

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