Publicado em 23/02/2011
Por sugestão do infatigável Stanley Burburinho (quem será ele ?), o Conversa Afiada reproduz o Blog do Miro.
Miro Borges participou da memorável batalha pela Ley de Medios, em Fortaleza.
Blog do Miro
Jornalista argentino apóia Ley de Medios
Reproduzo matéria publicada no sítio Vermelho:
Pesquisa realizada na Argentina revelou dado animador sobre a opinião dos jornalistas a respeito da Lei dos Meios Audiovisuais, normativa que vem gerando tensões e embates judiciais entre o governo e os grandes grupos de mídia. De acordo com o levantamento, 73% se declararam favoráveis à nova legislação, que recebe o apoio integral da presidente Cristina Kirchner.
De acordo com a agência estatal Télam, a pesquisa de autoria da Ibarómetro revelou ainda que 80% dos 240 entrevistados consideram haver liberdade de expressão no país. Sobre o jornalismo argentino, os entrevistados o definiram com palavras duras, como “medíocre, condicionado e ideologizado”.
A Ley de Medios
Aprovada em outubro de 2009, a Lei dos Meios Audiovisuais dividiu as frequências de transmissão da mídia privada de rádio e televisão, a mídia estatal e os grupos da sociedade civil, segundo informa o Knight Center for Journalism in the Americas.
Outro ponto controverso da lei foi a limitação do número de licenças de rádio e televisão nas mãos de um único proprietário, regra combatida com veemência pelas empresas do setor. A norma, porém, tem apoio da sociedade argentina.
Como diz o Mino Carta, o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega.
O Brasil é o único lugar do mundo em que o PiG (*) foi contra a revisão da lei de Anistia.
Clique aqui para ler “Procurador do Rio descobre como pegar os torturadores protegidos pela Lei da Anistia”.
Se a mesma pesquisa fosse feita aqui no PiG, o resultado seria esmagador: 73% dos jornalistas do PiG (*) são contra a Ley dos Medios.
Primeiro, porque, genuinamente acham que a Ley de Medios equivale a censurar a imprensa.
Ou seja, a Ley de Medios criaria alguns obstáculos à liberdade dos donos das empresas.
Segundo, porque eles não gostam de contrariar o patrão.
E chamam o patrão de colega.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
blog do miro - mídia e poder - Ceará inspira caravana pela Ley de Medios
Por Altamiro Borges
O debate sobre “mídia, regulação e democracia”, que lotou o auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará na noite de sexta-feira (18), mostra todo o potencial da luta pela democratização dos meios de comunicação no país. Cerca de mil pessoas compareceram ao evento, no qual o jornalista Paulo Henrique Amorim fez corrosivas críticas ao PIG (Partido da Imprensa Golpista) e defendeu a urgência de um novo marco regulatório para o setor, a Ley dos Medios.
A empolgação dos participantes foi contagiante, emocionante. No auditório lotado, com pessoas em pé nos corredores, os jovens compunham a ampla e animada maioria. Muitos eram estudantes de jornalismo da UFCE e de várias faculdades particulares. A jovem Lia, aluna do primeiro ano do curso de comunicação, fez questão de pedir a palavra para ressaltar seu orgulho pela opção. “Esse é o jornalismo humanista, comprometido com a ética, que pretendo desempenhar no futuro”.
Blogueiros, sindicalistas, parlamentares
Também estavam presentes vários blogueiros e twitteiros, como Daniel Pearl, o incansável produtor do Blog da Dilma – que agora se empenha na organização do primeiro encontro de blogueiros do Ceará. Ativistas sindicais de inúmeras categorias participaram do evento, o que indica que cai a ficha do sindicalismo sobre a batalha estratégica contra a ditadura midiática que criminaliza a luta dos trabalhadores. Claylson Martins, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, representou o movimento na ocasião.
Os parlamentares também compareceram. O deputado Lula Morais (PCdoB) representou oficialmente a Assembléia Legislativa, sendo convidado para constituir a mesa do evento. A corajosa deputada Rachel Marques (PT), alvo de furiosa campanha da mídia por ter apresentando o avançado projeto de criação do Conselho de Comunicação Social do Ceará, fez uso da palavra e reafirmou a sua determinação de lutar pela “verdadeira liberdade de expressão no país”.
Percorrer o país pela regulação da mídia
Ativistas reconhecidos por seu empenho na luta pela democratização dos meios de comunicação, como o jovem Daniel Fonseca, do Intervozes, o veterano jornalista Luiz Carlos Antero e o blogueiro Inácio Carvalho, dirigente do PCdoB, também compareceram ao evento. Vários integrantes da academia ocuparam as primeiras filas do auditório. Em síntese, o que há de mais representativo na sociedade cearense foi ao debate para manifestar seu desejo por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil.
Já no final do debate, muitos insistiram na urgência de se desencadear uma campanha nacional pela “Ley de Medios”. Um jovem professor de jornalismo me disse que era preciso pressionar o governo Dilma e “ajudá-lo a ter coragem” para regulamentar a mídia no país. No blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, dezenas de comentaristas elogiaram o exemplo dos cearenses e propuseram o início imediato de uma caravana nacional pela democratização dos meios de comunicação.
O exemplo da Argentina
A idéia está lançada. Por que não organizar atos massivos e unitários, como o de Fortaleza, em várias capitais e centros urbanos do país? Por que não convocar os estudantes de comunicação, os blogueiros, os acadêmicos, os lutadores dos movimentos sociais e os autênticos democratas para iniciar uma campanha nacional por um novo marco regulatório da mídia? Por que não construir uma sólida unidade, avessa a qualquer exclusivismo, na batalha prolongada e árdua pela democratização da comunicação?
Na Argentina, a presidenta Cristina Kirchner precisou da força das ruas para aprovar seu projeto de “Ley de Medios”. Numa das inúmeras manifestações ocorridas em meados do ano passado, mais de 60 mil pessoas ocuparam as ruas de Buenos Aires para exigir o fim da “ditadura do Clarín”. Os latifundiários da mídia chiaram, mas foram derrotados no parlamento argentino. Em outros países latino-americanos também avança a legislação contra o monopólio midiático e a manipulação informativa.
A urgência da pressão das ruas
A pressão das ruas também será necessária no Brasil. Do contrário, o proposta de regulação da mídia, que teve suas linhas gerais traçadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em dezembro de 2009, e que virou um esboço no projeto apresentado pelo ex-ministro Franklin Martins, será novamente enterrada. A ditadura midiática tem força, bota muito medo nas “autoridades”. Só com atos massivos, como o do Ceará, será possível conquistar a verdadeira liberdade de expressão e avançar na democracia.
O debate sobre “mídia, regulação e democracia”, que lotou o auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará na noite de sexta-feira (18), mostra todo o potencial da luta pela democratização dos meios de comunicação no país. Cerca de mil pessoas compareceram ao evento, no qual o jornalista Paulo Henrique Amorim fez corrosivas críticas ao PIG (Partido da Imprensa Golpista) e defendeu a urgência de um novo marco regulatório para o setor, a Ley dos Medios.
A empolgação dos participantes foi contagiante, emocionante. No auditório lotado, com pessoas em pé nos corredores, os jovens compunham a ampla e animada maioria. Muitos eram estudantes de jornalismo da UFCE e de várias faculdades particulares. A jovem Lia, aluna do primeiro ano do curso de comunicação, fez questão de pedir a palavra para ressaltar seu orgulho pela opção. “Esse é o jornalismo humanista, comprometido com a ética, que pretendo desempenhar no futuro”.
Blogueiros, sindicalistas, parlamentares
Também estavam presentes vários blogueiros e twitteiros, como Daniel Pearl, o incansável produtor do Blog da Dilma – que agora se empenha na organização do primeiro encontro de blogueiros do Ceará. Ativistas sindicais de inúmeras categorias participaram do evento, o que indica que cai a ficha do sindicalismo sobre a batalha estratégica contra a ditadura midiática que criminaliza a luta dos trabalhadores. Claylson Martins, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Ceará, representou o movimento na ocasião.
Os parlamentares também compareceram. O deputado Lula Morais (PCdoB) representou oficialmente a Assembléia Legislativa, sendo convidado para constituir a mesa do evento. A corajosa deputada Rachel Marques (PT), alvo de furiosa campanha da mídia por ter apresentando o avançado projeto de criação do Conselho de Comunicação Social do Ceará, fez uso da palavra e reafirmou a sua determinação de lutar pela “verdadeira liberdade de expressão no país”.
Percorrer o país pela regulação da mídia
Ativistas reconhecidos por seu empenho na luta pela democratização dos meios de comunicação, como o jovem Daniel Fonseca, do Intervozes, o veterano jornalista Luiz Carlos Antero e o blogueiro Inácio Carvalho, dirigente do PCdoB, também compareceram ao evento. Vários integrantes da academia ocuparam as primeiras filas do auditório. Em síntese, o que há de mais representativo na sociedade cearense foi ao debate para manifestar seu desejo por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil.
Já no final do debate, muitos insistiram na urgência de se desencadear uma campanha nacional pela “Ley de Medios”. Um jovem professor de jornalismo me disse que era preciso pressionar o governo Dilma e “ajudá-lo a ter coragem” para regulamentar a mídia no país. No blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, dezenas de comentaristas elogiaram o exemplo dos cearenses e propuseram o início imediato de uma caravana nacional pela democratização dos meios de comunicação.
O exemplo da Argentina
A idéia está lançada. Por que não organizar atos massivos e unitários, como o de Fortaleza, em várias capitais e centros urbanos do país? Por que não convocar os estudantes de comunicação, os blogueiros, os acadêmicos, os lutadores dos movimentos sociais e os autênticos democratas para iniciar uma campanha nacional por um novo marco regulatório da mídia? Por que não construir uma sólida unidade, avessa a qualquer exclusivismo, na batalha prolongada e árdua pela democratização da comunicação?
Na Argentina, a presidenta Cristina Kirchner precisou da força das ruas para aprovar seu projeto de “Ley de Medios”. Numa das inúmeras manifestações ocorridas em meados do ano passado, mais de 60 mil pessoas ocuparam as ruas de Buenos Aires para exigir o fim da “ditadura do Clarín”. Os latifundiários da mídia chiaram, mas foram derrotados no parlamento argentino. Em outros países latino-americanos também avança a legislação contra o monopólio midiático e a manipulação informativa.
A urgência da pressão das ruas
A pressão das ruas também será necessária no Brasil. Do contrário, o proposta de regulação da mídia, que teve suas linhas gerais traçadas na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, em dezembro de 2009, e que virou um esboço no projeto apresentado pelo ex-ministro Franklin Martins, será novamente enterrada. A ditadura midiática tem força, bota muito medo nas “autoridades”. Só com atos massivos, como o do Ceará, será possível conquistar a verdadeira liberdade de expressão e avançar na democracia.
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