sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Telebrás prevê fornecer banda larga ainda este ano

VALOR
É improvável que o prazo venha a ser cumprido, mas ainda assim a Telebrás garante que, até 31 de dezembro, cem cidades do país serão “iluminadas” por sua rede de banda larga. O plano era ter iniciado a venda de “links” de internet para provedores este mês, mas houve atraso no cronograma. Nas últimas semanas, a Telebrás publicou uma série de consultas públicas e editais para compra de equipamentos e infraestrutura. “Em licitação, há o risco do imponderável, como questionamentos de concorrentes, mas trabalhamos para cumprir o prazo”, diz Rogério Santana, presidente da empresa.

A reativação da estatal – uma das decisões mais polêmicas anunciadas pelo governo no ano passado – prevê que o Tesouro injete R$ 1,4 bilhão na Telebrás entre 2010 e 2011 e repita a dose no ano seguinte. Em 2009, o governo aplicou R$ 200 milhões na Telebrás, sob a forma de adiantamento para futuro aumento de capital. Atualmente, o caixa da empresa soma R$ 284 milhões, dinheiro que será usado para acionar parte da rede de 30,5 mil km de fibras ópticas que o governo quer ter até 2014.

Segundo Santana, um pedido de mais R$ 600 milhões deve ser aprovado até o fim do ano. Da proposta orçamentária apresentada pelo governo para 2011, está previsto o aporte de mais R$ 413 milhões. “A ideia é chegar a R$ 1 bilhão no ano que vem, e se precisarmos de mais recursos, acionar o governo em mais R$ 400 milhões.”

Nesta semana, parte dos funcionários da estatal mudou-se para o novo endereço da empresa, em Brasília. O escritório antigo, de 600 m2, foi trocado por uma estrutura quatro vezes maior. O quadro de funcionários também sofreu aumento substancial. Até maio, eram só quatro empregados. Agora a previsão é chegar a 150 pessoas até o fim do ano. Para 2011, diz Santana, está prevista a realização de concurso público para ampliar o quadro da Telebrás, que deverá chegar a 360 funcionários.

A reativação da Telebrás se apoia na tese de que as operadoras de telefonia deixaram de lado a população que vive em regiões distantes dos grandes centros. A fase inicial de implementação do programa prevê a oferta de conexão com velocidade de 512 kilobits por segundo (kbps), ao preço de R$ 35 por mês. Entre as cem primeiras cidades a serem atendidas, estão 15 capitais, além do Distrito Federal. Hoje, existem pouco mais de 13 milhões de casas com acesso à internet rápida no Brasil. A meta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é levar a rede para mais 28 milhões de residências nos próximos quatro anos, com custo total superior a R$ 10 bilhões.” (AB

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