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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mídia esconde enterro da CPMI do MST - blog do miro

Por Altamiro Borges

O Blog da Redação da Repórter Brasil informou neste final de semana que foi encerrada oficialmente a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "A instância criada pelos ruralistas para vasculhar as contas do movimento foi coberta com uma pá de cal no último dia 31 de janeiro, sem que o relatório final fosse submetido à votação dos membros da comissão".

Durante meses, a finada CPMI foi capa dos jornalões e assunto predileto dos "calunistas" das emissoras de televisão - com destaque para os comentários sempre venenosos de Willian Waack, âncora da TV Globo. A revista Veja produziu várias "reporcagens" para atacar os movimentos de luta pela reforma agrária. Editoriais foram fartamente usados para atacar caluniosamente o MST por "desvio de recursos públicos".

Silêncio dos jagunços da mídia

Agora, a mesma mídia venal deixa de destacar o enterro formal da CPMI - o que confirma que ela é um instrumento dos latifundiários, muitos deles travestidos de modernos empresários do agronegócio. O que era manchete, virou notinha de roda-pé ou simplesmente foi omitido no noticiário. Josias de Souza, Boris Casoy, Willian Waack e outros inimigos da reforma agrária fazem um silêncio cúmplice - lembram os jagunços do latifúndio.

Conforme relembra o sítio Repórter Brasil, o requerimento que criou a chamada "CPMI do MST" foi apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em 21 de outubro de 2009. Seu intento explítico era o de criminalizar a luta pela reforma agrária. O requerimento definia como objetivos:

"Apurar as causas, condições e responsabilidades relacionadas a desvios e irregularidades verificados em convênios e contratos firmados entre a União e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrários, investigar o financiamento clandestino, evasão de recursos para invasão de terras, analisar e diagnosticar a estrutura fundiária agrária brasileira e, em especial, a promoção e execução da reforma agrária”.

Inexistência de provas

"Ao longo das 13 reuniões oficiais, foram ouvidas dezenas de pessoas – de integrantes de entidades e associações que desenvolvem atividades no meio rural a membros das mais diversas pastas do Executivo federal, passando por especialistas na questão agrária. Além das oitivas, o processo contou ainda com apurações paralelas (por meio de requisições de documentos e informação, por exemplo) que constam do plano de trabalho previamente aprovado pela comissão presidida pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE)", descreve o sítio Repórter Brasil.

Ao final dos trabalhos, o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) apresentou o relatório final em julho de 2010, no qual frisava a “inexistência de qualquer irregularidade no fato de as entidades [denunciadas pelos idealizadores da CPMI] manterem relações e atenderem público vinculado a movimentos sociais”. Restava apenas a votação da peça conclusiva na própria comissão. Mas os propositores originais pressionaram com a ameaça de um voto em separado e conseguiram forçar a prorrogação da CPMI por mais seis meses.

Palanque eleitoral dos ruralistas

Na ocasião, a secretaria nacional do MST divulgou nota em que repudiou a manobra e enquadrou a CPMI como uma tentativa ruralista “para barrar qualquer avanço da reforma agrária, fazer a criminalização dos movimentos sociais, ocupar espaços na mídia e montar um palanque para a campanha eleitoral”. Enquanto isso, o vice-presidente da comissão (Onyx) declarava que, se confirmada a prorrogação dos trabalhos até janeiro de 2011, haveria condições de provar que o governo utilizou dinheiro público para financiar ações do movimento.

"O prazo da prorrogação chegou ao fim, no final de janeiro, sem que nada mais fosse votado ou discutido. Em tempo: a confirmação do encerramento formal da CPMI do MST surge no bojo do anúncio da decisão unânime da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que determinou o trancamento do processo instaurado contra integrantes do MST, acusados da prática de crimes durante a ocupação da Fazenda Santo Henrique/Sucocitrico Cutrale entre agosto e setembro de 2009, mesma época em que foi articulada a ofensiva contra os sem-terra que veio a dar origem à comissão".

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

agricultura - Produção de grãos em 2010 foi recorde, diz IBGE

Safra do ano foi de 149,5 milhões de toneladas, 2,4% superior à de 2008

Soja e milho puxaram o bom resultado; para o instituto, as condições climáticas excepcionais foram o principal fator

FÁBIA PRATES
DO RIO

Mesmo com ligeira redução da área plantada (-1,3%), a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2010 atingiu recorde de 149,5 milhões de toneladas, alta de 11,6% sobre a produção registrada em 2009.
O resultado, divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), supera em 2,4% a safra de 2008 (146 milhões de toneladas), até então a maior desde o início do levantamento, em 1975.

CLIMA BOM
Condições climáticas "excepcionais" foram responsáveis pelo recorde histórico, segundo análise do IBGE.
"O produtor plantou e o tempo ajudou", disse Mário Antônio de Souza, técnico da Gerência de Agricultura do instituto.
Soja e milho, que juntos respondem por 83% da produção de grãos do país, puxaram o bom resultado.
A produção de soja (68,5 milhões ou 45,8% do total), também recorde, cresceu 20,2% na comparação com 2009 e obteve o melhor rendimento médio da série, com 2.939 quilos por hectare.
Por causa dos bons preços do grão, a área plantada cresceu 7,1%.
A área de colheita do milho foi 6,5% menor, mas, mesmo assim, a produção avançou 9,4%. Nesse caso, o efeito da "chuva certa na hora certa" é mais evidente, segundo o IBGE.
"O milho não estava com os preços tão favoráveis e o país tinha um estoque elevado. O produtor plantou menos, mas as condições climáticas garantiram a colheita", diz Souza.
Com pouco mais de 56 milhões de toneladas, a produção de milho foi a segunda maior da série, menor apenas do que a verificada em 2008 (59 milhões).

PREVISÃO DE RECUO
Para 2011, o IBGE projeta produção de 145,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, o que representa um recuo de 2,5% sobre o verificado em 2010.
"Há uma estimativa de menos chuva no Sul, mas o grau de imprevisibilidade na produção agrícola é grande. Tudo pode mudar", disse o técnico do IBGE.
A região Sul é a principal produtora de grãos do país, com participação de 42,9% no total.
Em segundo lugar, o Centro-Oeste responde por 35,1% da produção brasileira.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) também divulgou ontem projeção para a produção de grãos para a safra 2010/11: 149,4 milhões de toneladas.
A previsão é que a colheita da soja atinja 68,6 milhões de toneladas (a estimativa do IBGE é de 67,9 milhões).
Os dois órgãos estimam excelente desempenho para o algodão. O IBGE fala em aumento de 37% na produção. A Conab, em 55,2%.
José Mário Schreiner, presidente da comissão de grãos da CNA (Confederação Nacional de Agricultura), diz que as cotações da fibra, "as melhores dos últimos anos", fazem do algodão uma das grandes apostas da safra deste ano.
"Muitos estão substituindo a cultura do milho pela do algodão", disse Schreiner

sexta-feira, 12 de junho de 2009

CORONÉIS E VIGARISTAS

Não podemos cair no canto da sereia. Amanhã vão pedir para parar
a reforma agrária, o crédito para a agricultura familiar. Não confiem nesses vigaristas!"
CARLOS MINC
ministro do Meio Ambiente, em 27.mai, durante evento da Contag, em Brasília

GRICULTURA