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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

mídia,política-psdb e poder - TV Globo esconde sujeira no ninho tucano - Altamiro Borges

O Portal R7 foi o primeiro a retomar as denúncias de corrupção envolvendo as multinacionais Alstom e Siemens e os governos de São Paulo e do Distrito Federal. Na sequência, a TV Record, pertencente ao mesmo grupo, amplificou o escândalo no seu principal telejornal. Outros veículos também repercutiram o caso. Já a TV Globo até agora não abriu o bico – será de tucano? Será que as denúncias não são importantes ou a famiglia Marinho continua com a sua linha editorial de esconder as sujeiras demotucanas?

Segundo o Portal R7, o caso é dos mais escabrosos – justificando a cobertura jornalística de qualquer veículo minimamente ético e imparcial. A reportagem encontrou agora uma testemunha-chave, que detalhou as maracutaias das multinacionais para vencer licitações das obras do Metrô paulistano, da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô de Brasília, ainda no governo do demo José Roberto Arruda. Ele garante que tudo foi feito irregularmente, mediante pagamento de propinas.

Reuniões em casas noturnas de São Paulo

A testemunha F, conforme relato do R7, acompanhou de perto as negociatas e denuncia que houve superfaturamento de 30% no contrato com a Siemens, em São Paulo. A multinacional alemã repassava a grana à empresa MGE Transportes, responsável pela manutenção de dez trens. O repasse destinava-se exclusivamente ao pagamento de propina. Na realidade, não havia a prestação dos serviços previstos, que constavam apenas como fachada para viabilizar contabilmente os pagamentos, acusa a fonte.

Já no que se refere ao contrato da linha 5 do Metrô de São Paulo, a testemunha afirma que a Alstom influenciou “decisivamente” o edital de licitação para obter vantagens sobre os concorrentes e garantir o controle sobre o processo. “As reuniões para tratar de assuntos que não poderiam constar em atas eram feitas em casas noturnas como o Bahamas”, denuncia. Nos documentos sob investigação, ele aponta os nomes de diretores de áreas comerciais, de engenharia e de obras que comandariam as operações.

Bilhões para subornar “autoridades”

“Um desses diretores ficou encarregado de guardar a sete chaves o documento que estabelecia as regras do jogo. Isto é, o documento que estabelecia o objeto de fornecimento e os preços a serem praticados por cada empresa na licitação. A Alstom, naturalmente, ficou com a maior e a melhor parte do contrato. A Procint e a Constech devolviam parte da comissão para a diretoria da Alstom”, afirma a testemunha ao Portal R7.

Todas as denúncias já foram encaminhadas, com farta documentação, ao Ministério Público de São Paulo. O caso das propinas pagas pelas duas multinacionais também está sendo investigado na Europa. Alstom e Siemens são acusadas de subornar políticos da Europa, África, Ásia e América do Sul. Somente a Siemens desembolsou US$ 2 bilhões em corrupção na fase recente, conforme denúncia de um tribunal de Munique. Reinhard Siekaczek, ex-diretor da empresa, garante que esquema envolveu o Brasil.

Demos e tucanos com insônia

No caso da Alstom, a Justiça da Suíça calcula que ao menos US$ 430 milhões foram utilizados no suborno de políticos, inclusive do Brasil – aonde é acusada de pagar US$ 6,8 milhões em propina para receber um contrato de US$ 45 milhões do Metrô de São Paulo. A forte suspeita de que a maior parte desta grana foi utilizada nas campanhas eleitorais de candidatos do PSDB e do DEM – o que tem deixado os demos e os tucanos com insônia.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bullying eleitoral e fascismo tucano

Eduardo Guimarães,
blog da Cidadania:

Estou impressionado com um caso relatado pelo amigo Arnóbio Rocha, tuiteiro com quem dividi os corredores do hospital em que minha filha Victória e Letícia, uma das filhas dele, estiveram internadas ao mesmo tempo há alguns meses.

Esse caso dá uma idéia das barbaridades que estão sendo praticados nesta campanha eleitoral, que pode passar à história como uma das mais sujas que este país já viu depois da redemocratização.

Vale relatar que tudo se deve ao candidato da mídia, bem como a própria, não estarem aceitando limites sobre o que usar para vencer a eleição presidencial.

Arnóbio relata, via Twitter, bullying que uma de suas filhas sofreu na escola em que estuda devido aos seus pais serem eleitores declarados de Dilma Rousseff.

O caso me parece extremamente grave. Inaceitável numa democracia. Este é o primeiro relato de dois que pretendo fazer hoje sobre o clima que o candidato José Serra, o jornal Folha de São Paulo, a Rede Globo, o Estadão e a revista Veja, entre outros, estão impondo ao país.

Arnóbio começa seu relato explicando o que é bullying: “Termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully – «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender”.

Segundo Arnóbio, sua filha de 9 anos estuda em uma escola cristã de classe média de São Paulo e foi vítima de “bulliyng pesado” por “defender Dilma”. Teria sido importunada por coleguinhas cujos pais votaram em Serra, que debochavam dela alegando que o tucano teria “vencido” o primeiro turno e Dilma, “perdido”.

A garota, segundo o relato, teria revidado dizendo que havia “mais eleição” pela frente – bela resposta para uma criança de nove anos. Todavia, naquele momento os coleguinhas começaram a gritar “Dilma Assassina”, e que ela “foi presa”, que “roubava” e que “mata crianças”.

Agora a parte mais revoltante e assustadora: a filha de Arnóbio diz ter sido caçada, encurralada e recebido socos e pontapés, além de os agressores terem pisado na mochila dela enquanto gritavam insultos e deboches.

Quando a mãe da menina foi buscá-la na escola, encontrou a filha aos prantos tentando relatar a agressão que sofrera.

Ainda segundo meu companheiro de hospital – alguém que tem a filha primogênita, de doze anos, sofrendo de leucemia -, este é o perfil dos pais dos alunos da tal escola: curso superior e salários, em média, de R$12 a 15 mil.

Arnóbio ainda assevera que “Nem em 1989 Collor ousou pregar o ódio de forma tão aberta” e que “Transformaram as eleições num inferno, em São Paulo”. E conclui dizendo que “não dá mais para ficar calado”.

Na classe da vítima dessa nova forma de bullying inventada pela campanha de Serra, o “bullying eleitoral”, dos 21 alunos 4 dizem que os pais votam em Dilma e todos estão sendo vítimas dos demais.

Arnóbio não quer revelar o nome da escola, no que julgo que está certo. Mas só até o ponto em que essa instituição tomar providências. Se tal não ocorrer, penso que ele deve tomar uma atitude. Não denunciar essa barbaridade equivale a aceitar ter a sua liberdade de expressão e de opinião desrespeitada.

Aguardemos…

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Editor do VALOR, principal jornal económico do país, diz que promessas de Serra “arruinariam as contas públicas de uma vez por todas”

favre

…mas insinua que é só campanha e que promessas do tucano não seriam para valer

O que esperar de Dilma e Serra
Cristiano Romero – VALOR
A campanha presidencial foi marcada, até agora, pela ausência de debate em torno de questões concretas. Os candidatos temem se posicionar sobre temas considerados impopulares, como reforma da Previdência, privatizações e controle de gastos. Parte desse temor resulta da falsa ideia de que defender essas bandeiras tira voto. Na disputa do segundo turno, a tendência é que Dilma Rousseff e José Serra sejam confrontados com assuntos que passaram ao largo da campanha.

Como os dois candidatos não expuseram claramente o que pretendem fazer a partir de 1º de janeiro, resta aos observadores avaliar o que eles disseram sobre os vários temas no passado. Melhor ainda é ver o que fizeram.

No primeiro mandato do presidente Lula, Dilma disputou o modelo macroeconômico baseado na geração de superávits primários nas contas públicas, no regime de metas para inflação e no sistema de câmbio flutuante. Em 2003, chegou a sugerir a adoção de um rumo alternativo, mas, provocada por Lula, nunca apresentou uma proposta. Ascendendo ao posto de ministra da Casa Civil em 2005, tornou-se mais pragmática, passando a conviver melhor com o modelo vigente. Mesmo em conversas reservadas, quando pôde expor com mais liberdade suas opiniões, defendeu o tripé de política econômica, inclusive, a autonomia operacional do Banco Central (BC).

Seja quem vencer, política fiscal deve voltar a ser a âncora

Questionada certa vez sobre as inamovíveis críticas do PT ao tripé, a então ministra concedeu: “O partido tem o direito de criticar”. Foi o reconhecimento de que, apesar do sucesso do governo Lula, seu partido jamais vai se conciliar com o ideário econômico herdado de Fernando Henrique Cardoso.

Há na sociedade, entretanto, dúvidas quanto ao compromisso firme da candidata com o modelo consagrado por Lula. Não se deve nunca descartar a possibilidade de um presidente eleito, com todo o poder que o cargo encerra no regime presidencialista brasileiro, escolher as políticas que considera mais adequadas para seu governo. Os sinais dados por Dilma não autorizam, porém, a expectativa de ruptura.

Antes mesmo do início da campanha oficial, a candidata anunciou que, se for eleita, reduzirá a dívida líquida do setor público para 30% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014 – em agosto, essa dívida estava em 41,4% do PIB. Dilma acredita que, se fazer isso, criará as condições para a taxa de juros brasileira convergir para padrões internacionais.

Para atingir a meta anunciada, União, Estados e municípios terão que apertar o cinto, produzindo, nos próximos quatro anos, superávit primário em torno de 3,3% a 3,5% do PIB ao ano. O compromisso com redução da dívida, em vez de com uma meta de superávit primário, é politicamente mais palatável, embora, na prática, produza o mesmo resultado. Para chegar lá, o governo terá que segurar os gastos correntes, principalmente, as despesas com pessoal, que saíram do controle no segundo mandato de Lula.

Há razões para acreditar na promessa de Dilma? Novamente, é preciso recorrer aos sinais, mais do que ao discurso. Quando se observa o núcleo da campanha petista, o que se vê é um triunvirato de políticos da ala moderada do PT – Antônio Palocci, José Eduardo Dutra e José Eduardo Cardozo. Palocci dispensa apresentações; Dutra é uma liderança de fora de São Paulo que, quando passou pelo Senado, se notabilizou pela moderação; Cardozo é um expoente da tendência “Mensagem ao Partido”, que, depois do mensalão, chegou a defender a refundação do PT.

O candidato José Serra critica desde sempre não o tripé da política econômica, mas a sua execução, particularmente, no governo Lula. Acha que o BC erra para cima na condução da política de juros e que isso ajuda a distorcer o câmbio, valorizando excessivamente o real, o que, por sua vez, prejudica a competitividade da indústria nacional. É um crítico ácido também da gastança promovida em Brasília, outro elemento que, em última instância, leva a juros altos e câmbio apreciado.

A exemplo do PT, Serra defende, portanto, a mudança do tripé de política econômica? Não se pode fazer essa afirmação. Sua trajetória em São Paulo mostra que ele é um gestor austero. Em seus três anos de gestão, controlou a evolução dos gastos correntes, liberando recursos para aumentar a capacidade de investimento em infraestrutura – num dado momento, São Paulo, quando comparados apenas os orçamentos fiscais (sem incluir a estatais), investiu mais do que o governo federal com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O segredo de Serra pode estar justamente na área fiscal. O tripé prescinde do equilíbrio entre as políticas. Uma política fiscal mais restrita cria espaço para a queda dos juros e a desvalorização do real. O candidato tucano reiterou que manterá o modelo, logo, a mudança real que ele pretende fazer está na área fiscal. Se produzir um ajuste além do que vem sugerindo sua oponente na disputa presidencial, Serra teria condições de colocar juros e câmbio nos lugares certos. É esta a expectativa de seus apoiadores.

Na campanha, no entanto, Serra tem feito promessas, como o aumento do salário mínimo para R$ 600, o reajuste de 10% para aposentados, a restauração da aposentadoria integral dos funcionários e a concessão de 13º salário aos beneficiários do Bolsa Família, que, ao fim e ao cabo, arruinariam as contas públicas de uma vez por todas. Essas promessas foram feitas no calor da campanha e contradizem tudo o que o candidato sempre defendeu. Só podem ser entendidas nesse contexto.

Cristiano Romero é editor-executivo e escreve às quartas-feiras

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Serra causou polêmica ao legalizar o aborto em 1998



do blog amigos do presidente


Há muito tempo nos estamos denunciando a demagocia e mentiras do candidato José Serra(PSDB). Inclusive hoje o Zé Augusto publicou aqui neste post documentos que provam que Serra é mentiroso quando trata do tema aborto. Finalmente o jornal de panfleto tucano a Folha, resolveu publicar o que nós estamso mostrando aqui ha muito tempo.


Neste link para assinate, está a notícia "Serra causou polêmica ao normatizar aborto"


Em 1998, quando era ministro da Saúde, José Serra foi acusado de atender a grupos pró-aborto por normatizar a realização do aborto nos casos previstos em lei (risco de vida para a grávida ou gravidez após estupro).Mesmo permitido desde 1940, poucos serviços públicos faziam o aborto. A normatização deu respaldo político e técnico para que mais hospitais o realizassem.O então deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE) apresentou um projeto de decreto legislativo para sustar a normatização. Para ele, Serra via "o ato de ceifar uma vida inocente" como "o esvaziamento da cavidade uterina".


Ele ganhou apoio de entidades contrárias ao aborto, mas o projeto foi derrubado.Em 2001, o Ministério da Saúde começou a distribuir com Estados e municípios a pílula do dia seguinte. Serra ocupava a pasta. Entidades católicas foram a público dizer que a pílula é abortiva.Ouça no vídeo o que um padre fala durante a missa




Repasse este link http://www.youtube.com/watch?v=yst5IM8Q2os o Padre Leo criticando Serra e FHC por permitir o aborto no Brasil PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 78 de 1993

Do ex tucano, Gabriel Chalita, amigo de Geraldo Alckmin, em entrevista para a Folha hoje...



Como o sr. avalia a polêmica em torno da posição de Dilma Rousseff sobre o aborto?


A crítica é boa quando baseada em fatos. Mas essa tentativa de desconstruir pessoas com boatos é muito ruim. Dilma nunca disse ser a favor do aborto. Ela se posicionou, abordando o tema como uma questão de saúde pública. Eu particularmente sou contra. Mas a questão central nesse caso é a boataria. Isso aconteceu com o Lula, em 2002. Diziam que ele ia mudar as cores da bandeira e fechar igrejas.

Serra causou polêmica ao normatizar aborto

fsp

Em 1998, quando era ministro da Saúde, José Serra foi acusado de atender a grupos pró-aborto por normatizar a realização do aborto nos casos previstos em lei (risco de vida para a grávida ou gravidez após estupro).
Mesmo permitido desde 1940, poucos serviços públicos faziam o aborto. A normatização deu respaldo político e técnico para que mais hospitais o realizassem.
O então deputado federal Severino Cavalcanti (PP-PE) apresentou um projeto de decreto legislativo para sustar a normatização. Para ele, Serra via "o ato de ceifar uma vida inocente" como "o esvaziamento da cavidade uterina".
Ele ganhou apoio de entidades contrárias ao aborto, mas o projeto foi derrubado.
Em 2001, o Ministério da Saúde começou a distribuir com Estados e municípios a pílula do dia seguinte. Serra ocupava a pasta. Entidades católicas foram a público dizer que a pílula é abortiva

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Como Dilma e Lula tiraram o Brasil da estagnação







ANTOLÓGICO: Maria Inês Nassif - Uma campanha com saudades dos quartéis

Enviado por luisnassif, qui, 30/09/2010 - 10:04
Uma democracia sem adjetivos vai às urnas | Valor Online



"Hegel observa em uma de suas obras que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa." Esta é uma das mais repetidas afirmações do filósofo alemão Karl Marx, que abre "O 18 Brumário", talvez porque a realidade sempre se confronte com formas de farsas saudosas de tragédias.

O clima criado nestas eleições foi uma farsa inspirada na tragédia de 1964. Chegou-se ao grotesco. A guerra eleitoral ressuscitou de um passado que merece ser deixado para trás teses paranoicas de implantação de uma república sindicalista ou do comunismo totalitário, e acusou e pintou de tintas fortes supostos algozes da democracia. É uma situação irreal, pois o cenário dessa batalha é uma campanha eleitoral onde todas as instituições democráticas estão a postos e operantes: partidos legalmente constituídos apresentam seus candidatos aos eleitores e pedem seus votos; o acesso ao eleitor é democraticamente garantido por leis estáveis; uma Justiça que bate a cabeça, mas julga, mantém-se como poder independente; um governo eleito e reeleito pelo voto direto governa; o Congresso faz leis; a polícia investiga, criminosos vão para a cadeia. O país tem um presidente que, a despeito da alta popularidade, rejeitou artifícios constitucionais comuns no continente para concorrer a um terceiro mandato, afastando os exemplos de Hugo Chávez, da Venezuela, e Álvaro Uribe, da Colômbia. A oposição fala o que quer - e raras vezes na história falou tantos desaforos contra autoridades elevadas ao poder pelo voto popular. Aliás, não disse um centésimo deles a militares eleitos por Colégios Eleitorais, na ditadura militar.

Enfrentar a candidata de um presidente com 79,4% de aprovação, segundo o CNT/Sensus divulgado ontem, não é uma tarefa fácil, mas a disputa democrática em nenhum momento deve usar de qualquer meio para chegar a um fim. A mobilização de setores conservadores, a ida à caserna com discursos de "denúncia" de supostos atentados à democracia, o insuflamento do clima de Guerra Fria 20 anos depois da queda do Muro de Berlim, o terror à mobilidade social - tudo isso traz do passado o que o Brasil não gostaria de recriar para o seu futuro. Os velhos medos conservadores não cabem no novo mundo. Nem no Brasil de 2010. E são eles que estão sendo chamados às urnas, na impossibilidade de interlocução com setores que fogem ao controle da política tradicional.

Clima de Guerra Fria tirou os programas do debate eleitoral

Esse clima tirou do eleitor oportunidades preciosas. Como, por exemplo, a de ouvir do candidato do PSDB, José Serra, algum projeto coerente de Brasil para um eventual governo tucano. A campanha de Serra voltou ao período pré-governos FHC, onde as promessas surgiam do nada e visavam atingir um público sem discernimento. As campanhas eleitorais pós-Collor - que deram dois governos a Fernando Henrique Cardoso e dois a Luiz Inácio Lula da Silva - introduziram no linguajar de campanha a promessa responsável, que tinha que vir com a devida prova de que o Orçamento permitiria seu cumprimento. Serra vai asfaltar a Transamazônica, aumentar o salário mínimo para R$ 600 e dar 10% de aumento para os aposentados no ano que vem - e vai prometer o que mais vier à cabeça com o fim de suplantar o apelo popular de Dilma Rousseff (PT), a candidata que vem com o carimbo de Lula.

Dilma, por sua vez, ao se colocar na defensiva e grudar a sua imagem no governo de Lula, deixou de dizer muito. "Estamos no meio de uma guerra cambial internacional", constatou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os EUA e a China protagonizam a guerra. "Quando dois elefantes deste porte lutam, os espectadores podem ser pisoteados", alerta Martin Wolf, do Financial Times, no artigo "Guerras cambiais e demanda fraca", publicado no Valor de ontem. O eleitor vai para as urnas sem saber o que a candidata favorita da disputa fará para desarmar a armadilha cambial, como ela vê a política de juros de Lula e como conduziria a política monetária, antes que as patas dos elefantes repousem num país que vive o seu maior período de estabilidade, e gostaria de aproveitá-lo para vencer a desigualdade e a pobreza.

Do debate eleitoral, também escapou o que pensa Marina Silva (PV), que cresceu nos últimos dias de campanha e tende a se consolidar como uma nova e bem-vinda liderança no cenário nacional. Para não ser acusada de candidata de uma nota só, engrossou o seu programa com vários outros temas, mas sem conseguir vencer a contradição de ser uma candidata que veio da esquerda e se encontrou no centro com outras pessoas - pessoas de bem, que se diga. Um programa bem intencionado não revela, todavia, uma proposta que transcenda a ideia central da sustentabilidade.

Vamos para as urnas no domingo. Faltou informação relevante para a decisão do voto, sobraram boatos e vitupérios. Ainda assim, vamos votar num país governado por um presidente eleito pelo voto popular, com um Congresso funcionando e uma Justiça atuante. Nosso voto será direto e secreto. Os eleitos serão empossados. Os derrotados à Presidência farão oposição; os vencedores serão legítimos governantes. Assim é a democracia. Que o bom senso dos atores políticos não a levem de novo para dentro dos quartéis. Deixem o país fora disso. O voto direto e secreto tem que ser capaz de resolver as diferenças políticas entre os brasileiros.

Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras

E-mail maria.inesnassif@valor.com.br

sábado, 25 de setembro de 2010

FHC admite vitória de Dilma

SAIU NO JORNAL CONERVADOR INGLÊS fINANCIAL TIMES
I suggest we already know who will win the election, still three and a half weeks away at our lunch. “Yes,” he admits – Dilma Rousseff, Lula’s anointed candidate from his Workers Party”.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Frases de Lula no Terra Magazine sobre Serra

"O Serra foi candidato contra mim em 2002 quando o povo queria mudança e eu era mudança e ele, situação. Agora, ele quer mudança quando o povo quer continuidade. Então, foram dois momentos muito delicados. A mesma coisa fui eu. Fui candidato contra o Plano Real e era um massacre"

"Já faz tempo que o Serra fez oposição, foi 1970, porque depois já virou secretário da Fazenda do (Franco) Montoro. Então as pessoas desabituaram a fazer oposição e fazem isso com certo preconceito, com uma certa raiva. Eu antigamente ficava ofendido com o preconceito. Hoje, eu acho que nós já vencemos todos os preconceitos. O PT também errou muito quando era oposição. Nós erramos muito"

Alvaro Dias diz que PSDB-PR abandonou Serra e anuncia voto no irmão Osmar

DE SÃO PAULO - O senador Alvaro Dias afirmou ontem que o PSDB do Paraná abandonou a candidatura de José Serra à Presidência e declarou que vai votar em seu irmão, Osmar Dias (PDT), para o governo do Estado, e não no tucano Beto Richa.
"A campanha estadual abandonou a candidatura nacional", disse Alvaro.
"Nos programas de TV, vejo um massacre publicitário do PT, com presença de Lula e Dilma em todos os horários dos candidatos estaduais. Do outro lado não vejo a presença de Serra. Este abandono é de certa forma desleal."
A declaração foi dada à rádio Banda B, de Curitiba.
Em junho deste ano, Alvaro havia sido escolhido por Serra para ocupar a vaga de vice-presidente em sua candidatura. A decisão foi revertida dias depois, e o deputado Índio da Costa (DEM-RJ) ficou com a vaga.
O senador afirmou ainda que pretende votar em seu irmão, que é aliado do PT no Estado, por razões familiares e que jamais pediu votos para Richa. (JEAN-PHILIP STRUCK)

domingo, 29 de agosto de 2010

Oposição defunta.

VINICIUS TORRES FREIRE

Pavana para uma infanta defunta

Fracasso da oposição também se deve a elitismo e ao descolamento da realidade social e regional


DEFUNTA é a oposição. Uma pavana é também uma descompostura, mas, principalmente, uma dança da Renascença, embora a oposição esteja sendo varrida em ritmo de pancadão. O PSDB dança primeiro, pois é o príncipe da oposição defunta.
O tucanato existia já, "avant la lettre", no governo de Franco Montoro em São Paulo (1983-86). O partido surgiu no final dos anos 1980 como uma dissidência de "poucos e bons" do PMDB.
Saíram porque foram atropelados pelo domínio quercista no Estado (1987-1994). Porque se diziam enojados com a fisiologia, a inépcia e o populismo do governo peemedebista de José Sarney (1985-90), aliás características de muito governador e líder do PMDB eleito graças ao estelionato eleitoral do Plano Cruzado. Esse PMDB mantém-se até hoje forte e sacudido.
Tinham convicções parlamentaristas. Tal crença talvez se devesse em parte à consciência de que o partido teria dificuldades de vencer eleições diretas. Era de fato um partido de quadros políticos e intelectuais da elite mais ilustrada do país, mas sem raiz popular.
Quase deram um "primeiro-ministro" e um gabinete a Fernando Collor. Acabariam por assumir tais funções sob Itamar Franco. Graças à habilidade de Fernando Henrique Cardoso e seu Plano Real, chegaram ao poder. Mas suas conexões sociais jamais foram muito além da universidade, de altos quadros das grandes empresas, de organizações civis de classe média (alta) e empresariais.
O fim do governo FHC marcou a debandada de muitos quadros tucanos, que foram ganhar a vida no mercado. Suas lideranças mais importantes envelheceram, se aposentaram ou morreram. Algumas das restantes se odeiam.
As derrotas de 2002 e 2006 não fizeram o partido mover uma palha a fim de se recompor. "Tucanos de alma", como peemedebistas gaúchos e pernambucanos, não se tornaram PSDB de fato devido a quizilas regionais. O PSDB também não procurou agregar novos nomes "bons" da política dos Estados menos centrais. Seus governos melhores são de gerentes sem ideias ou inspiração. Os demais não diferem do padrão PMDB.
O PSDB perdeu vínculos com a nova universidade. Nada fez para ir ao movimento estudantil. Ignora a organização de base. Quando muito, sua raiz são comitês de prefeitos. Os tucanos não têm nem quiseram ter vínculos com os "movimentos sociais", de resto filiados ao petismo. Têm o vício de identificar "popular" com "populista". Tampouco procuraram congregar outros setores sociais em torno de um programa próprio -agregar militantes em torno de temas como educação ou os impostos, tanto faz. Não o fizeram.
Sendo por vício de origem um "partido de quadros", acabou se tornando um partido elitista sem elite. Vivia de nomes "históricos", hoje apenas nomes de rua. Poderia ao menos ter nomeado um "ministério paralelo", quadros aptos a criticar Lula com base em programas. Mas qual programa?
O PSDB não entendeu o "contrato social" de Lula, que, mal ou bem, mudou o Brasil. Deixou parte do país entregue ao atraso do PMDB, parte à carcomida oligarquia nordestina do DEM. O PSDB descolou-se da realidade social, econômica e regional do país. Padece de inanição política.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quem lucra com o vazamento

bLOGO DO Nassif

Jorge Furtado

Quem ganha com isso?

Quem se beneficiou com o "escândalo dos aloprados" em 2006, uma suposta tentativa de compra de um suposto dossiê – que nunca ninguém viu – supostamente contra José Serra?

Quem supostamente se beneficia com o suposto vazamento do sigilo fiscal de dirigentes tucanos?

X

Trecho de duas notícias publicadas no Globo de hoje dão a pista.


Notícia 1:

Queda de Serra até em SP preocupa tucanos

Pesquisa do Datafolha mostra que Dilma cresceu mais e abriu vantagem de 20 pontos sobre o adversário

O resultado da pesquisa Datafolha, divulgado ontem pela "Folha de S.Paulo" e que mostra que a petista Dilma Rousseff abriu vantagem de 20 pontos sobre o tucano José Serra, provocou um clima de desânimo na oposição. De forma reservada, a avaliação no PSDB é que, com este cenário, dificilmente haverá segundo turno.

Para tucanos, o maior pesadelo foi concretizado: Dilma ultrapassou Serra até mesmo em São Paulo, onde ele era governador até março. O sentimento generalizado no ninho tucano era de surpresa e perplexidade. E também de que, agora, só mesmo uma reviravolta na campanha poderia mudar este quadro. A pesquisa, realizada nos dias 23 e 24, mostra Dilma com 49% das intenções de voto, contra 29% de Serra e 9% da candidata do PV, Marina Silva. Segundo a pesquisa, a dianteira de Dilma se consolidou em todas as regiões do país e também em todas as faixas de renda, inclusive entre os que ganham mais de dez salários mínimos: entre esses eleitores, em pouco mais de 15 dias, Dilma passou de 28% para 40%, enquanto Serra caiu de 44% para 34%.

Numa última tentativa, a ordem, ainda que não consensual na campanha tucana, foi de jogar todas as fichas no episódio da violação do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de outras três pessoas ligadas ao partido.

Notícia 2:

Vazamento de dados fiscais ‘beneficia candidata’

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, cobrou ontem de sua adversária petista, Dilma Rousseff, explicações sobre o vazamento de dados fiscais de pessoas ligadas a ele e voltou a chamar o episódio de "crime contra a Constituição".

Dilma negou o envolvimento de sua campanha e atribuiu os ataques de Serra ao "desespero".

O tucano lembrou ter sido alvo do chamado dossiê dos aloprados, na eleição de 2006, quando petistas foram flagrados com R$ 1,7 milhão para comprar documentos contra o PSDB. E disse que, novamente, querem prejudicá-lo eleitoralmente:

— Esse é um crime contra a Constituição e com finalidade claramente eleitoral. A candidatura e a candidata se beneficiam dele. A Dilma Rousseff tem que dar explicações ao Brasil sobre quem são os responsáveis pelo crime, pois o país precisa se defender disso — afirmou em São Paulo.

(...)

No programa de Serra, no horário eleitoral de ontem à noite, um locutor fez referência à quebra do sigilo dos tucanos e comparou o fato ao escândalo dos aloprados, em 2006.

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Repito a pergunta: quem lucrou eleitoralmente com o “escândalo dos aloprados” em 2006? Quem lucra com esse?

sábado, 7 de agosto de 2010

SP: berço de Serra tem mais de 3.000 processos eleitorais para julgar

Maioria dos políticos vetados pela lei teve as contas reprovadas
Tribunais regionais registravam, até as 20h de ontem, 142 candidaturas indeferidas com base na Ficha Limpa

Segundo o calendário eleitoral, os pedidos de registro deveriam estar julgados, mas alguns TREs estão atrasados

DE SÃO PAULO

Mais de 40% dos políticos considerados "fichas-sujas" pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) estaduais tiveram suas candidaturas barradas porque tiveram contas de suas administrações rejeitadas por tribunais de controle de finanças públicas, como o TCU (Tribunal de Contas da União).
Cerca de 20% dos indeferimentos de candidaturas por conta da Lei da Ficha Limpa tiveram como causa a existência de condenações por improbidade administrativa, segundo levantamento concluído pela Folha ontem em todos os TREs do país.
No ranking das causas de impedimento dos "fichas-sujas", ainda aparecem punições por abuso de poder político e econômico nas eleições (7%), condenações criminais (7%) e penalidades por compra de votos (5%).
A apuração feita pela reportagem em todos os 27 TREs estaduais indicou que até as 20h de ontem os tribunais registravam 142 candidaturas indeferidas com base na Lei da Ficha Limpa.
Os cálculos da reportagem levaram em consideração 117 casos nos quais os tribunais informaram as causas dos indeferimentos dos políticos considerados "fichas-sujas".
A Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em junho deste ano, criou 14 categorias de "fichas-sujas" no sistema legal brasileiro.
A maioria delas refere-se a condenações por órgãos colegiados do Judiciário, como os TJs (Tribunais de Justiça), e de fiscalização de finanças, como os tribunais de contas.
Segundo o calendário eleitoral fixado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), todos os pedidos de candidatura do país deveriam estar julgados até anteontem.
Porém, alguns TREs ainda deixaram um pequeno número de processos para julgar na próxima semana.
O andamento dos julgamentos de candidaturas no TRE de São Paulo, todavia, está fora do quadro geral das cortes eleitorais do país.
Com mais de 3.000 processos eleitorais para julgar, o tribunal ainda deve gastar mais algumas semanas para finalizar o exame dos pedidos de candidatura.
Os casos dos políticos impugnados com base na Lei da Ficha Limpa no Estado- cerca de 60- devem ser julgados pelo TRE-SP a partir da semana que vem.
Agora aqueles com candidaturas indeferidas podem apresentar recursos ao TSE e ao STF (Supremo Tribunal Federal) para buscar autorização para participar das eleições de outubro. De acordo com o calendário eleitoral, o TSE deve julgar seus recursos até o dia 19. (ALINE PELLEGRINI, ELIDA OLIVEIRA, FILIPE MOTTA e FLÁVIO FERREIRA)

Parece que Serra quer que o Brasil e a AL sejam "quintais " dos EUA

MARK WEISBROT

Serra faz campanha em Washington?

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Será que Serra deseja realmente que o Brasil compre brigas com todos os seus vizinhos?
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O QUE JOSÉ SERRA está tentando fazer? Em sua campanha pela Presidência do Brasil, ele acusou a Bolívia de cumplicidade no tráfico de drogas e criticou Lula por tentar mediar a disputa entre Washington e o Irã, e por recusar (em companhia da maioria dos demais países sul-americanos) reconhecimento ao governo de Honduras, "eleito" sob uma ditadura.
Por algum tempo ele optou por não aderir à campanha internacional de Washington contra a Venezuela, mas agora Serra e seu candidato a vice, Indio da Costa, também adentraram aquele pútrido pântano, alegando que a Venezuela "abriga" as Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), o principal grupo guerrilheiro que combate o governo da Colômbia.
Que conste: a despeito de uma década de alegações, Washington ainda não conseguiu apresentar publicamente um traço de prova de que o governo de Chávez de fato apoie as Farc.
A única "prova" de que existe em domínio público vem de laptops e outros equipamentos de computação supostamente capturados pelas Forças Armadas colombianas em sua incursão ao território do Equador em março de 2008.
Blogueiros de direita como Reinaldo Azevedo repetem o mito de mídia de que a Interpol teria confirmado a autenticidade desses arquivos supostamente capturados, mas um relatório da Interpol nega enfaticamente essa possibilidade. Tudo que temos é a palavra das Forças Armadas colombianas -organização que sabidamente assassinou centenas de adolescentes inocentes e os vestiu como guerrilheiros.
Será que Serra realmente deseja que o Brasil compre brigas com todos os seus vizinhos a fim de se colocar desafiadoramente do lado errado da história? E isso apenas para se tornar o maior aliado direitista de Washington? Sim, caso Serra não tenha percebido, os Estados Unidos, sob o governo Obama como sob o governo Bush, só têm governos de direita como aliados no hemisfério: Canadá, Panamá, Colômbia, Chile, México. Existe um motivo para isso: a política norte-americana com relação à América Latina não mudou sob Obama.
Mesmo de um ponto de vista puramente maquiavélico -deixando de lado qualquer ideia de fazer da região ou do mundo um lugar melhor-, a estratégia "Serra Palin" faz pouco sentido. O Brasil tinha boas relações com Bush e pode ter boas relações com Obama sem incorrer nessa espécie desonrosa de servidão.
O Brasil não é El Salvador, país cujo governo vive sob chantagem por ameaças de enviar de volta ao seu território os milhares de emigrantes salvadorenhos que vivem nos Estados Unidos. E nem El Salvador tomou a estrada que Serra está percorrendo.
Não é apenas na Venezuela e na Bolívia que os Estados Unidos investem dezenas de milhões de dólares para adquirir influência política. Em 2005, como reportou este jornal, os Estados Unidos bancaram um esforço para mudar a lei brasileira de maneira a reforçar a oposição ao Partido dos Trabalhadores.
Washington tem grande interesse no resultado da eleição deste ano porque procura reverter as mudanças que tornaram a América Latina, no passado o "quintal" dos Estados Unidos, mais independente que nunca em sua história. José Serra está fazendo com que esse interesse cresça a cada dia.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

TRE usa Ficha Limpa e barra Joaquim Roriz

Notificado no dia do aniversário, candidato do PSC ao governo do Distrito Federal poderá continuar em campanha até a decisão definitiva do recurso
05 de agosto de 2010 | 0h 00
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No dia em que completou 74 anos, Joaquim Roriz (PSC) teve a candidatura ao governo do Distrito Federal barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. A defesa contestará a decisão no TSE, que tem até o dia 19 para julgar o recurso. Até a decisão em definitivo, Roriz pode continuar em campanha.


Roriz foi governador da capital por quatro vezes e, em 2007, renunciou ao mandato de senador para escapar de processo disciplinar que poderia culminar com sua cassação - ato que, segundo a lei, torna o político inelegível. Se não conseguir reverter a decisão, Roriz estaria fora das urnas até 2022, quando terá 86 anos.

"Não há dúvidas de que a Lei Ficha Limpa trás novas causas de inelegibilidade e considera a vida pregressa do candidato. Essa é a oportunidade da Justiça brasileira passar o Brasil a limpo. A capital federal tem de dar o exemplo", defendeu o procurador eleitoral Renato Brill de Góes.

Durante o julgamento, o advogado de Roriz, Pedro Gordilho, defendeu a tese de que a lei não poderia retroagir para prejudicar o candidato. "A renúncia em 2007 era um ato lícito e não teria sido praticada se o autor tivesse a percepção extrassensorial de que três anos depois seria ilícita."

Góes disse que a defesa do ex-governador estava tentando "confundir a clareza da discussão". "Não se discute a validade da renúncia ou como era vista moralmente. A renúncia é um ato unilateral, outra coisa são suas consequências jurídicas, que afasta a capacidade eleitoral."

Confiança. Ao fim do julgamento, Pedro Gordilho disse que o histórico político de Roriz é cheio de "decisões adversas" nas instâncias inferiores, mas com muitas "vitórias" nas instâncias superiores. Caso perca no TSE, ele informou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF). "O recurso será apresentado no prazo idôneo e esperamos obter a vitória definitiva", disse.

O ex-governador não cumpriu evento de campanha e passou o dia de ontem em casa, recebendo amigos. Foi representado no tribunal por um grupo de partidários armados com pandeiros e megafones. "Roriz, de novo, governador do povo", gritavam os manifestantes. Mas quem saiu cantando vitória foi outro grupo, de militantes do PSOL, que comemorou a decisão do TRE com outra versão da mesma música: "Roriz, de novo, roubando dinheiro do povo."

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

serra, o indormível

Novo apelido de Serra, certamente melhor do que vampiro e gargamel....

Aécio sob pressão

SÃO PAULO - Aécio Neves sempre disse que sua prioridade este ano seria eleger seu então vice, Antonio Anastasia, governador de Minas. Insistiu muito na importância estratégica da sua sucessão para resistir à pressão de que fosse vice de José Serra. Ao mesmo tempo em que costurava o jogo local, o mineiro vendeu até quando foi possível a ideia de que, no cenário nacional, ele representaria o "pós-Lula". Fazia um evidente contraponto a Serra, o "anti-Lula", quisesse ou não.
O "pós-Lula" foi atropelado pelos fatos. E o futuro de Aécio, para além da votação consagradora que terá ao Senado, está um tanto nebuloso. A dois meses da eleição, emplacar Anastasia parece mais complicado do que se imaginava.
As pesquisas mostram que Hélio Costa, sustentado pela aliança PMDB-PT, hoje venceria com folga. No último Datafolha, apareceu com 44%, contra 18% de Anastasia. Como os demais candidatos são inexpressivos, é praticamente certo que a fatura se liquide em 3 de outubro.
Hélio Costa tem fama de cavalo paraguaio, bom de largada, ruim de chegada. Em 1994, teve quase 49% dos votos no primeiro turno e acabou perdendo o governo para o tucano Eduardo Azeredo. Mas, desta vez, o ex-ministro de Lula tem o PT. E de verdade -o que muita gente até no PT duvidava ser possível.
Lula submeteu o partido ao projeto Dilma Rousseff e jogou Aécio no colo de Serra. O mineiro queria ser "pós", mas foi parar na oposição. Aécio não acreditava que Patrus Ananias, ex-ministro do Bolsa Família, aceitasse ser vice de Costa. Pediu a bênção à sua mãe e aceitou.
Minas viverá a sua guerra particular. Anastasia tem Aécio, tem a maioria das 853 prefeituras e o Palácio da Liberdade (que, diz-se, é o maior partido mineiro). Costa tem a máquina federal, o PT e Lula, além desse monstro tentacular, o PMDB -o "Polvo Paul" da nossa política.
Se Dilma ganhar, Aécio tende a ser o futuro da oposição, o pós-Serra. Mas se Anastasia perder, ele também terá de recolher os cacos.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Não há risco Serra porque mercado acha que Dilma vai ganhar

No despacho "No Brasil, Serra está perdendo status de favorito do mercado", a Reuters ouve "diversos investidores" e escreve que ele "levanta dúvidas sobre autonomia do Banco Central", câmbio e juros. "Com histórico de intervenção governamental, é ligado a escola que advoga estado forte e controle de capital." Avisa que "alta nas pesquisas poderia disparar movimentos no mercado".

O sistema financeiro prefere Rousseff ", disse Tony Volpon , chefe pesquisa de mercados emergentes das Américas,
da Nomura Securities em Nova York.

Dilma também se comprometeu a continuar as políticas pró-mercado em grande parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ajudou a impulsionar a economia do Brasil nos últimos anos.
Serra é o risco maior. Ele traz mais incerteza e possibilidade de mudança ", disse Alexandre Barros, um analista político que acompanhou Serra , uma vez que ambos eram activistas estudantis em São Paulo em 1962. " Suas propostas refletem suas crenças - não é marketing. Mas de qualquer forma, gera insegurança ", disse Barros.

O mercado não se preocupa com o risco-Serra porque ele acha que Rousseff vai ganhar ",disse Rafael Cortez, um analista político da Tendências , maior consultora de empresas do país.

Coordenador de campanha de Dilma: "Serra por si só se destrói" Ou: "o mal por si só se destrói"

Direto de Recife
Anunciado nesta quinta-feira (29) como coordenador da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco, o ex-prefeito do Recife e candidato a deputado federal João Paulo (PT) disse que não há interesse em "desconstruir" a campanha à Presidência de José Serra (PSDB) no Estado. "Serra por si só se destrói", alfinetou o petista, nesta quinta-feira (29), fazendo uma alteração no dito popular que diz: "o mal por si só se destrói". "Não estamos preocupados em desconstruir Serra aqui, mas em construir Dilma. Temos que cuidar da nossa vitória e dar o maior resultado do Brasil a ela".

João Paulo acredita que não haverá problemas em assumir a coordenação da campanha de Dilma Rousseff e cuidar de sua candidatura em paralelo. "Coordenei as duas campanhas de Lula no Estado e nunca tive problema. Além dessa experiência, tenho a minha própria de eleição e sucessão", avaliou o ex-prefeito. Segundo o novo coordenador, a primeira etapa é coletar sugestões dos petistas pernambucanos e levar para coordenação nacional da campanha.

A reunião com a direção estadual do PT ainda não tem data, mas pode ocorrer ainda nesta semana. Antes de assumir a candidatura ao cargo de deputado federal, João Paulo tentou a indicação para disputar o Senado. No entanto, o PT nacional, com base em uma pesquisa de intenção de votos, indicou o nome do ex-ministro Humberto Cost

quinta-feira, 29 de julho de 2010

agenda comprova direitização de Serra

AGENDA
E Serra está agendando encontro com José María Aznar, ex-primeiro ministro conservador da Espanha.