Ou seja, o cidadão pode ser jornalista. Mas nem sempre o Jornalista pensa como cidadão, só pensa nos interessas das empresas, na chamada - pelo famoso Partido da imprensa golpista,Pig - liberdade de empresa mas não fundamentalmente na liberdade de expressão e de imprensa, que é o que realmente interessa à comunidade e às instituições.
WALTER CENEVIVA fsp
--------------------------------------------------------------------------------
Subsiste uma questão essencial: o jornalista deve revelar toda a informação segura que consiga obter?
--------------------------------------------------------------------------------
NA ÚLTIMA TERÇA-FEIRA, jornais daqui e de fora destacaram o vazamento de informações sigilosas sobre ações militares dos Estados Unidos e do Paquistão, em face do Taliban, no Afeganistão. A divulgação poria em risco vidas de soldados americanos, naquela área da Ásia, o que Obama amenizou em avaliação feita um dia depois.
Subsiste a questão essencial: o jornalista deve revelar toda a informação segura que consiga obter? Sem outro parâmetro que não o interesse da cidadania, dos pagadores de impostos, ainda que a divulgação possa gerar perigos?
É possível pensar a resposta em termos da Constituição brasileira. O parágrafo único de seu artigo 1º determina: "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente". Só valem limites fixados na própria Carta.
Nesse perfil, o veículo de comunicação pode optar por revelar ou não o fato, avaliando o interesse do povo. Que interesse?
No vazamento sobre o Taliban, o "New York Times" trouxe boa contribuição. Informou ter recebido a notícia há meses, mas só a divulgou agora, depois de inserida no diário britânico "Manchester Guardian" e na revista alemã "Der Spiegel". Predominou antes a preservação das forças armadas de seu país.
A Constituição brasileira, no artigo 5º, e a jurisprudência americana aceitam que certos assuntos sejam mantidos em segredo. Entre nós há duas normas gerais. A primeira se acha no polo do informante: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato" (inciso IV). Ou seja: o direito de manifestar (aí incluída a informação) compreende todos os assuntos.
No polo do recebedor da notícia "é assegurado a todos o acesso a informação e resguardado o sigilo de fonte quando necessário ao exercício da profissão" (inciso XIV).
A liberdade é a regra, com responsabilidades inafastáveis, também aceitas, desde que não ofendidos os direitos e as garantias dos interesses individuais nem os interesses coletivos de pessoas físicas e jurídicas, indicados na Constituição.
Mesmo na normalidade democrática há assuntos que, provisoriamente, podem ser negados ao conhecimento da comunidade.
Exemplo corriqueiro é o de áreas imobiliárias nas quais haverá melhoramentos públicos aptos a aumentar o valor delas. O administrador que, sabendo disso, compra imóveis na mesma região comete crime, mas mantendo o segredo, sem se servir dele, defende o interesse geral.
Boa definição nesse sentido saiu no recente livro "Necessary Secrets", de Gabriel Schoenfeld (edição da N. W. Norton, 485 pág.), no cotejo de segredos governamentais e deveres do jornalismo.
Schoenfeld é um conservador estudioso, mas deixa certo que -embora provisoriamente- certas informações possam ser restringidas se puserem a ordem democrática em risco ou sacrificarem a segurança da nação.
São postas na balança as valorações do que se perde no segredo mantido e o que se ganha na informação transmitida. Na dúvida, a solução ideal está na revelação.
Quando, como na invasão do Iraque, a omissão oculta o interesse político da facção dominante, o segredo arma o poder contra o povo, apenas reparado quando a verdade vem à tona, mas sem recuperar perdas e danos de vidas e bens.
Mostrando postagens com marcador midia e educacao. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador midia e educacao. Mostrar todas as postagens
domingo, 1 de agosto de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Unesco condena concentração da mídia
Carta Maior:
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), lancou o estudo “Indicadores de desenvolvimento da mídia: marco para a avaliação do desenvolvimento dos meios de comunicação”. Segundo o documento da Unesco o Estado deve impedir a concentração indevida no setor de mídia e assegurar a pluralidade. “Os governos podem adotar regras para limitar a influência que um único grupo pode ter em um ou mais setores”, diz o estudo.
A organização afirma que os responsáveis pelas leis antimonopólio precisam atuar livres de pressões políticas. “As autoridades devem ter, por exemplo, o poder de desfazer operações de mídia em que a pluralidade está ameaçada”, destaca.
O estudo recomenda ainda a divisão equitativa das frequências de rádio e televisão entre as emissoras públicas, privadas e comunitárias, e entre as estações nacionais, regionais e locais.
Para a Unesco, a distribuição de concessões deve ser transparente e aberta ao público. “O processo deve ser supervisionado por órgão isento de interferência política ou interesses particulares”, afirma.
Na primeira categoria de indicadores proposta para avaliar a mídia de um país, a Unesco questiona se a liberdade de expressão e o direito à informação são garantidos por lei e respeitados na prática.
A publicação ressalta ainda a importância de se preservar a independência editorial e o sigilo das fontes jornalísticas. Além disso, conforme o texto, é preciso averiguar se a população e as organizações da sociedade civil participam da formulação de políticas públicas relativas à mídia.
A Unesco recomenda que o Estado não imponha restrições legais injustificadas à mídia e que as leis sobre crimes contra com a honra (como a difamação) imponham restrições o mais específicas possível para proteger a reputação dos indivíduos.
“Restrições à liberdade de expressão, o discurso do ódio, a privacidade, o desacato a tribunal e a obscenidade têm de ser definidas com clareza na lei e devem ser justificáveis em uma sociedade democrática”, diz o estudo.
Segundo o documento, a mídia não pode estar sujeita à censura prévia – ou seja, qualquer violação às regras para o conteúdo da mídia deve ser punida apenas após sua publicação ou divulgação.
Além disso, o Estado não deve tentar bloquear ou filtrar conteúdo da internet considerado sensível ou prejudicial. “Os provedores, sites, blogs e empresas de mídia na internet não têm a obrigação de registrar-se em um órgão público ou obter uma permissão dele”, informa.
Com relação ao sistema de rádio e televisão, a Unesco recomenda que haja às emissoras garantias legais de independência editorial contra interesses partidários e comerciais. O órgão regulador do setor também deve ser composto por integrantes escolhidos em processo transparente e democrático, e deve prestar contas à população.
Na terceira categoria de indicadores prevista no documento, a Unesco questiona se o conteúdo da mídia – seja ela pública, privada ou comunitária – reflete a diversidade de opiniões na sociedade, inclusive de grupos marginalizados.
A Unesco também considera essencial para o fortalecimento da democracia o desenvolvimento da mídia comunitária; a capacitação dos profissionais da área; e o avanço da infraestrutura de comunicação, para recepção da radiodifusão, acesso a telefones e à internet
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), lancou o estudo “Indicadores de desenvolvimento da mídia: marco para a avaliação do desenvolvimento dos meios de comunicação”. Segundo o documento da Unesco o Estado deve impedir a concentração indevida no setor de mídia e assegurar a pluralidade. “Os governos podem adotar regras para limitar a influência que um único grupo pode ter em um ou mais setores”, diz o estudo.
A organização afirma que os responsáveis pelas leis antimonopólio precisam atuar livres de pressões políticas. “As autoridades devem ter, por exemplo, o poder de desfazer operações de mídia em que a pluralidade está ameaçada”, destaca.
O estudo recomenda ainda a divisão equitativa das frequências de rádio e televisão entre as emissoras públicas, privadas e comunitárias, e entre as estações nacionais, regionais e locais.
Para a Unesco, a distribuição de concessões deve ser transparente e aberta ao público. “O processo deve ser supervisionado por órgão isento de interferência política ou interesses particulares”, afirma.
Na primeira categoria de indicadores proposta para avaliar a mídia de um país, a Unesco questiona se a liberdade de expressão e o direito à informação são garantidos por lei e respeitados na prática.
A publicação ressalta ainda a importância de se preservar a independência editorial e o sigilo das fontes jornalísticas. Além disso, conforme o texto, é preciso averiguar se a população e as organizações da sociedade civil participam da formulação de políticas públicas relativas à mídia.
A Unesco recomenda que o Estado não imponha restrições legais injustificadas à mídia e que as leis sobre crimes contra com a honra (como a difamação) imponham restrições o mais específicas possível para proteger a reputação dos indivíduos.
“Restrições à liberdade de expressão, o discurso do ódio, a privacidade, o desacato a tribunal e a obscenidade têm de ser definidas com clareza na lei e devem ser justificáveis em uma sociedade democrática”, diz o estudo.
Segundo o documento, a mídia não pode estar sujeita à censura prévia – ou seja, qualquer violação às regras para o conteúdo da mídia deve ser punida apenas após sua publicação ou divulgação.
Além disso, o Estado não deve tentar bloquear ou filtrar conteúdo da internet considerado sensível ou prejudicial. “Os provedores, sites, blogs e empresas de mídia na internet não têm a obrigação de registrar-se em um órgão público ou obter uma permissão dele”, informa.
Com relação ao sistema de rádio e televisão, a Unesco recomenda que haja às emissoras garantias legais de independência editorial contra interesses partidários e comerciais. O órgão regulador do setor também deve ser composto por integrantes escolhidos em processo transparente e democrático, e deve prestar contas à população.
Na terceira categoria de indicadores prevista no documento, a Unesco questiona se o conteúdo da mídia – seja ela pública, privada ou comunitária – reflete a diversidade de opiniões na sociedade, inclusive de grupos marginalizados.
A Unesco também considera essencial para o fortalecimento da democracia o desenvolvimento da mídia comunitária; a capacitação dos profissionais da área; e o avanço da infraestrutura de comunicação, para recepção da radiodifusão, acesso a telefones e à internet
quinta-feira, 23 de julho de 2009
GRANDE MÍDIA: FIAPOS DE HONRA OU O ENREDO DE PRECONCEITO E DESINFORMAÇÃO
Justiça, mídia e ficção
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO
--------------------------------------------------------------------------------
A liberdade literária não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas
--------------------------------------------------------------------------------
A LIBERDADE de expressão artística é valor constitucional irrefragável. Não se concebe a ideia mesma de Estado democrático de Direito sem que se assegure aos artistas em geral o direito de obviar, debater, criticar, censurar ou mesmo escarnecer. Mas haverá limites?
Essa é uma indagação secular, talvez atemporal: era atual nos tempos de Gregório de Matos, crítico atroz da Igreja Católica e dos desgovernos da "cidade da Bahia" no século 17, e continua atual em tempos de José Simão, quando a sátira recai sobre os dotes da bela estrela de novelas.
Decerto que há limites. Nem sempre bosquejados com a precisão que se desejaria, mas há limites.
No plano individual, vamos encontrá-los na integridade do chamado "conteúdo essencial" (os alemães diriam "Wesensgehalt") de direitos fundamentais como a honra, a imagem ou a intimidade. Isto é, a liberdade de expressão ou de informação não pode ser exercida em níveis tais que recuse à pessoa o fiapo de honra ou de privacidade sem o qual ninguém -rico ou pobre, anônimo ou famoso- poderia (con)viver dignamente.
No plano coletivo, vamos encontrar os limites nas boas práticas de comunicação social. É o ponto que me interessa ferir.
A crítica social é sempre bem-vinda e cumpre importante papel na conscientização dos povos. Imbuídos dessa saudável convicção, não é de hoje que os autores de folhetins inserem em seus roteiros personagens, cenas e contextos que concitam a uma conduta socialmente positiva ou politicamente correta. Podem fazê-lo diretamente (incorporando a ação valiosa ao leque de atitudes do galã) ou indiretamente (estabelecendo um vínculo de identidade entre a ação desvalida e certa personagem, que adiante será escarnecida ou malfadada).
Quando, porém, essa última estratégia não se basta na crítica pontual e faz generalização preconceituosa, a medida desproporcional transforma o remédio em veneno. Planta-se no imaginário popular uma falsa percepção de mundo, não raro com efeitos nocivos para a própria sociabilidade.
É o que ocorre, hoje em dia, com algumas novelas de grande audiência que resvalam na imagem do Judiciário e de algumas das chamadas funções essenciais à administração da Justiça (como a advocacia). E, de todas, a que mais agride é justamente a mais vista, em pleno horário nobre.
Ali, um personagem de caráter duvidoso -que as resenhas definem como "advogado trabalhista" que "aposta sempre no jeitinho brasileiro"- convence trabalhadores da construção a se ferirem ou se automutilarem com a promessa de polpudas indenizações. Insinua-se até que o "esquema" já teria exitosos precedentes. O que dizer dessa visão de mundo?
Não se nega que haja, entre advogados trabalhistas, maus profissionais que se prestem a semelhantes fraudes. Mas esses não são meros cafajestes bravateiros, como poderia sugerir a história. São criminosos. Não merecem o olhar de simpatia que a figura do "malandro" geralmente inspira. E não são, em absoluto, a regra. Perfazem uma franca e execrável minoria.
Importa lembrar que o Brasil já ocupou por seguidos anos a pouca honrosa liderança do ranking mundial de acidentes de trabalho. Dados da OIT apontam que, em 2008, cerca de 6.000 pessoas morriam por dia no mundo em razão de acidentes e doenças ligadas a atividades laborais. É uma chaga mundial, que vitima especialmente as populações dos países em desenvolvimento.
Quando, porém, generaliza-se a imagem do engodo, transmite-se ao empresário, ao cidadão e até ao trabalhador moralmente débil a ideia de que não temos uma legião de mutilados, mas uma legião de espertalhões.
Esteriliza-se o sentimento de repúdio, convola-se em regra a exceção e transforma-se a vítima em algoz.
Em tais casos, se a liberdade de expressão artística é malconduzida e inspira cuidados, o que há de fazer?
Os mais exaltados acorreriam às barras dos tribunais para obstaculizar a sequência narrativa do folhetim.
A mim, contudo, parecem suficientes o esclarecimento e o protesto públicos pelo mesmo veículo da agressão: a mídia. Deixa-se livre o artista para refletir com os seus botões. Para isso, este artigo.
A liberdade literária, nos folhetins de TV ou em todas as demais manifestações dramatúrgicas, não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas. Vale aqui, como lá, a advertência atribuída aos irmãos Goncourt: "No teatro das coisas humanas, o cartaz é quase sempre o contrário da peça".
Pois bem: que o cartaz da livre expressão não oculte, nesses tempos confusos, um enredo de preconceito e desinformação.
--------------------------------------------------------------------------------
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO , 36, juiz do trabalho, é vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra-XV) e professor da Faculdade de Direito da USP. Publicou, entre outras obras, "Direito à Prova e Dignidade Humana".
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO
--------------------------------------------------------------------------------
A liberdade literária não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas
--------------------------------------------------------------------------------
A LIBERDADE de expressão artística é valor constitucional irrefragável. Não se concebe a ideia mesma de Estado democrático de Direito sem que se assegure aos artistas em geral o direito de obviar, debater, criticar, censurar ou mesmo escarnecer. Mas haverá limites?
Essa é uma indagação secular, talvez atemporal: era atual nos tempos de Gregório de Matos, crítico atroz da Igreja Católica e dos desgovernos da "cidade da Bahia" no século 17, e continua atual em tempos de José Simão, quando a sátira recai sobre os dotes da bela estrela de novelas.
Decerto que há limites. Nem sempre bosquejados com a precisão que se desejaria, mas há limites.
No plano individual, vamos encontrá-los na integridade do chamado "conteúdo essencial" (os alemães diriam "Wesensgehalt") de direitos fundamentais como a honra, a imagem ou a intimidade. Isto é, a liberdade de expressão ou de informação não pode ser exercida em níveis tais que recuse à pessoa o fiapo de honra ou de privacidade sem o qual ninguém -rico ou pobre, anônimo ou famoso- poderia (con)viver dignamente.
No plano coletivo, vamos encontrar os limites nas boas práticas de comunicação social. É o ponto que me interessa ferir.
A crítica social é sempre bem-vinda e cumpre importante papel na conscientização dos povos. Imbuídos dessa saudável convicção, não é de hoje que os autores de folhetins inserem em seus roteiros personagens, cenas e contextos que concitam a uma conduta socialmente positiva ou politicamente correta. Podem fazê-lo diretamente (incorporando a ação valiosa ao leque de atitudes do galã) ou indiretamente (estabelecendo um vínculo de identidade entre a ação desvalida e certa personagem, que adiante será escarnecida ou malfadada).
Quando, porém, essa última estratégia não se basta na crítica pontual e faz generalização preconceituosa, a medida desproporcional transforma o remédio em veneno. Planta-se no imaginário popular uma falsa percepção de mundo, não raro com efeitos nocivos para a própria sociabilidade.
É o que ocorre, hoje em dia, com algumas novelas de grande audiência que resvalam na imagem do Judiciário e de algumas das chamadas funções essenciais à administração da Justiça (como a advocacia). E, de todas, a que mais agride é justamente a mais vista, em pleno horário nobre.
Ali, um personagem de caráter duvidoso -que as resenhas definem como "advogado trabalhista" que "aposta sempre no jeitinho brasileiro"- convence trabalhadores da construção a se ferirem ou se automutilarem com a promessa de polpudas indenizações. Insinua-se até que o "esquema" já teria exitosos precedentes. O que dizer dessa visão de mundo?
Não se nega que haja, entre advogados trabalhistas, maus profissionais que se prestem a semelhantes fraudes. Mas esses não são meros cafajestes bravateiros, como poderia sugerir a história. São criminosos. Não merecem o olhar de simpatia que a figura do "malandro" geralmente inspira. E não são, em absoluto, a regra. Perfazem uma franca e execrável minoria.
Importa lembrar que o Brasil já ocupou por seguidos anos a pouca honrosa liderança do ranking mundial de acidentes de trabalho. Dados da OIT apontam que, em 2008, cerca de 6.000 pessoas morriam por dia no mundo em razão de acidentes e doenças ligadas a atividades laborais. É uma chaga mundial, que vitima especialmente as populações dos países em desenvolvimento.
Quando, porém, generaliza-se a imagem do engodo, transmite-se ao empresário, ao cidadão e até ao trabalhador moralmente débil a ideia de que não temos uma legião de mutilados, mas uma legião de espertalhões.
Esteriliza-se o sentimento de repúdio, convola-se em regra a exceção e transforma-se a vítima em algoz.
Em tais casos, se a liberdade de expressão artística é malconduzida e inspira cuidados, o que há de fazer?
Os mais exaltados acorreriam às barras dos tribunais para obstaculizar a sequência narrativa do folhetim.
A mim, contudo, parecem suficientes o esclarecimento e o protesto públicos pelo mesmo veículo da agressão: a mídia. Deixa-se livre o artista para refletir com os seus botões. Para isso, este artigo.
A liberdade literária, nos folhetins de TV ou em todas as demais manifestações dramatúrgicas, não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas. Vale aqui, como lá, a advertência atribuída aos irmãos Goncourt: "No teatro das coisas humanas, o cartaz é quase sempre o contrário da peça".
Pois bem: que o cartaz da livre expressão não oculte, nesses tempos confusos, um enredo de preconceito e desinformação.
--------------------------------------------------------------------------------
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO , 36, juiz do trabalho, é vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra-XV) e professor da Faculdade de Direito da USP. Publicou, entre outras obras, "Direito à Prova e Dignidade Humana".
quarta-feira, 22 de julho de 2009
CUIDADO, NÃO SE EVANESÇA: O DELETADOR - OU O VIGILANTE CIBERNÉTICO QUE UNE MAS PUNE
Nova tecnologia pretende extinguir dados digitais, de propósito
Autodestruição de mensagens eletrônicas aumentaria segurança.
Ainda é preciso resolver questões legais associadas à técnica.
John Markoff
Do 'New York Times'
Um grupo de cientistas da computação da Universidade de Washington desenvolveu uma forma de fazer com que mensagens eletrônicas se "autodestruam" depois de certo tempo, como mensagens escritas na areia, varridas pela onda do mar.
Os pesquisadores acham que o novo software, chamado Vanish, que exige criptografia de mensagens, será cada vez mais requisitado, à medida que as informações pessoais e comerciais são armazenadas em máquinas centralizadas ou servidores, não em computadores pessoais. Atualmente, isso é chamado de "computação na nuvem", e as nuvens consistem nos dados – incluindo e-mail, documentos e calendários baseados na web – armazenados em vários servidores.
A ideia de desenvolver tecnologias para fazer desaparecer dados digitais, depois de um período específico, não é nova. Vários serviços que realizam essa função existem na web, e alguns dispositivos eletrônicos, como chips de memória Flash, acrescentaram essa capacidade de proteger dados armazenados ao apagá-los automaticamente após certo tempo. No entanto, os pesquisadores disseram ter se deparado com uma abordagem única que confia na "destruição" de uma chave de criptografia que não é mantida por nenhuma das partes em trocas de e-mail, mas amplamente espalhada por um sistema de compartilhamento de arquivo peer-to-peer.
A criptografia de chave pública torna possível que duas partes que nunca se encontraram fisicamente compartilhem um segredo digital e, como resultado, participem de uma conversa eletrônica segura, protegida de possíveis "bisbilhoteiros". A tecnologia está no centro dos sistemas de comércio eletrônicos mais modernos.
Vanish
- DESVANESCEDOR
O Vanish usa o sistema de criptografia baseado em chave de uma forma diferente. Ele faz com que uma mensagem decodificada seja automaticamente re-criptografada num momento específico no futuro, eliminando o medo de que terceiros possam acessar a chave necessária para ler a mensagem.
As peças da chave, pequenos números, tendem a "erodir" com o tempo, enquanto gradualmente caem em desuso. Para fazer com que as chaves sofram erosão, ou expirem, o Vanish tira vantagem da estrutura de um sistema de arquivos peer-to-peer. Essas redes são baseadas em milhões de computadores pessoas, cujo endereço na Internet muda enquanto eles entram e saem da rede. Isso torna extremamente difícil para que um bisbilhoteiro ou espião una as peças da chave, pois ela nunca é mantida num único local.
A tecnologia Vanish é aplicável em mais que apenas e-mails ou outras mensagens eletrônicas. Tadayoshi Kohno, professor assistente da Universidade de Washington e um dos criadores do Vanish, diz que o programa torna possível controlar o "tempo de vida" de qualquer tipo de dado armazenado na nuvem, incluindo informações do Facebook, documentos do Google ou blogs. O valor potencial dessa tecnologia foi recebido com grande alívio na semana passada, quando um hacker roubou dados pertencentes ao Twitter, empresa de mídia social, e os enviou por e-mail para empresas de publicações na web dos Estados Unidos e da França.
O significado desse avanço é que o "modelo de confiança" do Vanish não depende da integridade de terceiros, como ocorre com outros sistemas. Os pesquisadores citam um incidente no qual um fornecedor comercial de serviços de e-mail criptografados revelou o conteúdo de comunicações digitais quando intimado por uma agência de cumprimento da lei no Canadá. Os cientistas reconheceram a existência de questões legais inexploradas envolvendo o uso de sua tecnologia. Por exemplo, algumas leis exigem que as empresas arquivem seus e-mails e os tornem acessíveis.
Eles desenvolveram um protótipo do sistema Vanish baseado num módulo plug-in para o navegador Mozilla Firefox. Usar o sistema exige que ambas as partes da comunicação tenham uma cópia do módulo, que é um dos limites da tecnologia. Kohno disse não visualizar o Vanish sendo usado em todos os tipos de comunicação, mas somente nos casos mais delicados
Autodestruição de mensagens eletrônicas aumentaria segurança.
Ainda é preciso resolver questões legais associadas à técnica.
John Markoff
Do 'New York Times'
Um grupo de cientistas da computação da Universidade de Washington desenvolveu uma forma de fazer com que mensagens eletrônicas se "autodestruam" depois de certo tempo, como mensagens escritas na areia, varridas pela onda do mar.
Os pesquisadores acham que o novo software, chamado Vanish, que exige criptografia de mensagens, será cada vez mais requisitado, à medida que as informações pessoais e comerciais são armazenadas em máquinas centralizadas ou servidores, não em computadores pessoais. Atualmente, isso é chamado de "computação na nuvem", e as nuvens consistem nos dados – incluindo e-mail, documentos e calendários baseados na web – armazenados em vários servidores.
A ideia de desenvolver tecnologias para fazer desaparecer dados digitais, depois de um período específico, não é nova. Vários serviços que realizam essa função existem na web, e alguns dispositivos eletrônicos, como chips de memória Flash, acrescentaram essa capacidade de proteger dados armazenados ao apagá-los automaticamente após certo tempo. No entanto, os pesquisadores disseram ter se deparado com uma abordagem única que confia na "destruição" de uma chave de criptografia que não é mantida por nenhuma das partes em trocas de e-mail, mas amplamente espalhada por um sistema de compartilhamento de arquivo peer-to-peer.
A criptografia de chave pública torna possível que duas partes que nunca se encontraram fisicamente compartilhem um segredo digital e, como resultado, participem de uma conversa eletrônica segura, protegida de possíveis "bisbilhoteiros". A tecnologia está no centro dos sistemas de comércio eletrônicos mais modernos.
Vanish
- DESVANESCEDOR
O Vanish usa o sistema de criptografia baseado em chave de uma forma diferente. Ele faz com que uma mensagem decodificada seja automaticamente re-criptografada num momento específico no futuro, eliminando o medo de que terceiros possam acessar a chave necessária para ler a mensagem.
As peças da chave, pequenos números, tendem a "erodir" com o tempo, enquanto gradualmente caem em desuso. Para fazer com que as chaves sofram erosão, ou expirem, o Vanish tira vantagem da estrutura de um sistema de arquivos peer-to-peer. Essas redes são baseadas em milhões de computadores pessoas, cujo endereço na Internet muda enquanto eles entram e saem da rede. Isso torna extremamente difícil para que um bisbilhoteiro ou espião una as peças da chave, pois ela nunca é mantida num único local.
A tecnologia Vanish é aplicável em mais que apenas e-mails ou outras mensagens eletrônicas. Tadayoshi Kohno, professor assistente da Universidade de Washington e um dos criadores do Vanish, diz que o programa torna possível controlar o "tempo de vida" de qualquer tipo de dado armazenado na nuvem, incluindo informações do Facebook, documentos do Google ou blogs. O valor potencial dessa tecnologia foi recebido com grande alívio na semana passada, quando um hacker roubou dados pertencentes ao Twitter, empresa de mídia social, e os enviou por e-mail para empresas de publicações na web dos Estados Unidos e da França.
O significado desse avanço é que o "modelo de confiança" do Vanish não depende da integridade de terceiros, como ocorre com outros sistemas. Os pesquisadores citam um incidente no qual um fornecedor comercial de serviços de e-mail criptografados revelou o conteúdo de comunicações digitais quando intimado por uma agência de cumprimento da lei no Canadá. Os cientistas reconheceram a existência de questões legais inexploradas envolvendo o uso de sua tecnologia. Por exemplo, algumas leis exigem que as empresas arquivem seus e-mails e os tornem acessíveis.
Eles desenvolveram um protótipo do sistema Vanish baseado num módulo plug-in para o navegador Mozilla Firefox. Usar o sistema exige que ambas as partes da comunicação tenham uma cópia do módulo, que é um dos limites da tecnologia. Kohno disse não visualizar o Vanish sendo usado em todos os tipos de comunicação, mas somente nos casos mais delicados
Marcadores:
ciência e tecnologia,
Donos do Poder,
Filosofia,
Internet,
midia e educacao,
Política
sexta-feira, 17 de julho de 2009
O USO DA PALAVRA: CONTEXTOS E INTERESSES
A palavra sempre é usada com algum interesse - não existe fala imparcial, cada um defende um ponto-de-vista, uma opinião, um mode de ser ou de dizer as coisas.
O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.
Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.
A palavra sempre é usada com algum interesse - não existe fala imparcial, cada um defende um ponto-de-vista, uma opinião, um mode de ser ou de dizer as coisas.
O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.
Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.
Esse assunto vai longe.
Precisa ser desdobrado.
Aliás, como tudo na vida - até que a morte nos separe!
Até
que
a
morte
nos
separe
de
nós
mesmos!
TRADUTORE, TRADITORE!
oi, teste. um teste sem querer que deu certo. vamos ver no que vai dar. jamais pensei que com amplas tentativas de erro e acerto pudesse chegar aos mesmos erros de sempre. ainda bem
Que eu não saiba, tudo bem, mas que erre e varra as possibilidades tantas vezes parece burrice sacrossanta mas ensandecida.
The major difference between a thing that might go wrong and a thing that cannot possibly go wrong is that when a thing that cannot possibly go wrong goes wrong it usually turns out to be impossible to get at or repair.
A principal diferença entre uma coisa que poderia dar errado e uma coisa que não pode dar errado é que quando uma coisa que não pode dar errado dá errado, geralmente, acaba por ser impossível chegar a uma temperatura igual ou reparação.
- Douglas Adams
put in so many enigmas and puzzles that it will keep the professors busy for centuries arguing over what I meant, and that's the only way of insuring one's immortality.
Invente um monte de enigmas e quebra-cabeças. Esta é a única maneira de segurar a imortalidade: manter os professores ocupados durante séculos argumentando sobre o que eu quis dizer.
James Joyce
A man is in general better pleased when he has a good dinner upon his table, than when his wife talks Greek.
Um homem fica, em geral, mais satisfeito quando ele tem um bom jantar à sua mesa, do que quando a mulher fala grego.
Samuel Johnson
I have yet to see any problem, however complicated, which, when you looked at it in the right way, did not become still more complicated.
Quanto mais você sae aproxima do problema para resolvê-lo mais complexo ele fica!!!
Poul Anderson
It pays to be obvious, especially if you have a reputation for subtlety.
Paga-se para ser óbvio, especialmente se você tem uma reputação de sutileza.
- Isaac Asimov
If one could only teach the English how to talk, and the Irish how to listen, society here would be quite civilized.
Wilde
Se alguém pudesse ensinar ao inglês como conversar e ao irlandês como ouvir, a sociedade aqui seria muito civilizada.(!)
Matthew 24:29
Immediately after the tribulation of those days shall the sun be darkened, and the moon shall not give her light, and the stars shall fall from heaven, and the powers of the heavens shall be shaken:
Logo depois da atribulação daqueles dias o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas devem cair do céu, e os poderes dos céus serão abalados:
goethe
Divide and rule, a sound motto. Unite and lead, a better one.
Dividir para reinar, um som lema. Unidade e comando, (outro!) melhor.
Sê paciente; espera
Eugénio de Andrade
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
que a palavra apareça
ao vento que a mereça
e o diálogo aí cresça
sem que desmereça
nem se desfaleça
O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.
Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.
A palavra sempre é usada com algum interesse - não existe fala imparcial, cada um defende um ponto-de-vista, uma opinião, um mode de ser ou de dizer as coisas.
O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.
Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.
Esse assunto vai longe.
Precisa ser desdobrado.
Aliás, como tudo na vida - até que a morte nos separe!
Até
que
a
morte
nos
separe
de
nós
mesmos!
TRADUTORE, TRADITORE!
oi, teste. um teste sem querer que deu certo. vamos ver no que vai dar. jamais pensei que com amplas tentativas de erro e acerto pudesse chegar aos mesmos erros de sempre. ainda bem
Que eu não saiba, tudo bem, mas que erre e varra as possibilidades tantas vezes parece burrice sacrossanta mas ensandecida.
The major difference between a thing that might go wrong and a thing that cannot possibly go wrong is that when a thing that cannot possibly go wrong goes wrong it usually turns out to be impossible to get at or repair.
A principal diferença entre uma coisa que poderia dar errado e uma coisa que não pode dar errado é que quando uma coisa que não pode dar errado dá errado, geralmente, acaba por ser impossível chegar a uma temperatura igual ou reparação.
- Douglas Adams
put in so many enigmas and puzzles that it will keep the professors busy for centuries arguing over what I meant, and that's the only way of insuring one's immortality.
Invente um monte de enigmas e quebra-cabeças. Esta é a única maneira de segurar a imortalidade: manter os professores ocupados durante séculos argumentando sobre o que eu quis dizer.
James Joyce
A man is in general better pleased when he has a good dinner upon his table, than when his wife talks Greek.
Um homem fica, em geral, mais satisfeito quando ele tem um bom jantar à sua mesa, do que quando a mulher fala grego.
Samuel Johnson
I have yet to see any problem, however complicated, which, when you looked at it in the right way, did not become still more complicated.
Quanto mais você sae aproxima do problema para resolvê-lo mais complexo ele fica!!!
Poul Anderson
It pays to be obvious, especially if you have a reputation for subtlety.
Paga-se para ser óbvio, especialmente se você tem uma reputação de sutileza.
- Isaac Asimov
If one could only teach the English how to talk, and the Irish how to listen, society here would be quite civilized.
Wilde
Se alguém pudesse ensinar ao inglês como conversar e ao irlandês como ouvir, a sociedade aqui seria muito civilizada.(!)
Matthew 24:29
Immediately after the tribulation of those days shall the sun be darkened, and the moon shall not give her light, and the stars shall fall from heaven, and the powers of the heavens shall be shaken:
Logo depois da atribulação daqueles dias o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas devem cair do céu, e os poderes dos céus serão abalados:
goethe
Divide and rule, a sound motto. Unite and lead, a better one.
Dividir para reinar, um som lema. Unidade e comando, (outro!) melhor.
Sê paciente; espera
Eugénio de Andrade
Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.
que a palavra apareça
ao vento que a mereça
e o diálogo aí cresça
sem que desmereça
nem se desfaleça
quinta-feira, 2 de julho de 2009
A MÍDIA E AS VÁRIAS MORTES DE MICHAEL JACKSON
"A imprensa deve desculpas a Michael Jackson.A forma como o trataram é horrível.
Os problemas dele se agravaram pela forma irresponsável com que a imprensa lidou com as acusações de abuso sexual que pesavam sobre ele.
Morreu difamado antes de ter morrido."
A opinião é do criador do new journalism norte-americano Gay Talese.
Diz que, seja qual for a razão que o legista der para a morte, "não vai fazer diferença.
Ele começou a morrer quando as acusações ganharam as manchetes.
Em conluio com os acusadores, estava a mídia americana.
Agora que Michael Jackson está morto todos se lamentam,
como se sua morte fosse uma tragédia nacional.
Mas ele já era uma tragédia nacional todos esses anos e ninguém o ajudou.
Viveu em infâmia."
SER JORNALISTA
Ele diz que o jornalista deve se formar na busca obsessiva pela verdade,
como se fosse uma religião.
Atualmente todos podem ser jornalistas. Antes a profissão era associada a credibilidade,
as pessoas estudavam para praticá-la.
Há 25 anos, o jornalismo passou a ficar
competitivo da forma errada.
Virou uma competição por furos.
Esse foi o primeiro erro.
Tentar ser o primeiro a dar a notícia, acima de tudo.
O problema é que você acaba cometendo erros."
Acho que ele brincou quando disse que, no "New York Times", nos anos 50,
havia "o menor número de mentirosos" do país. Mas isso é passado."
Ou é muito cínico ou acha que todo mundo é idiota.
Isso é ficção, claro, é o que supõe que fosse verdade.
Para ele, se a imprensa tradicional já é ruim
- imagine a Internet, "nem vale a pena discutir."
(Seria caleidoscópio da relação do homem com a cidade,
figuras que coexistem, mas não se relacionam?
Palavras sumidas,
silêncios assumidos,
vidas desvividas
caleidoscópio
da relação do homem
com o mundo virtual
Cada um faz seu começo
nesse meio, sem fim.
Uma velha moldura
de solidão e invisibilidade
questiona-se, rompe-se.
Em vão vem e vão,
as portas (no chão)
não mais abrem, não,
a janela não dá, vão,
em vão para lugar nenhum.
Como nos velhos aquários,
À frente da cena, pelo vidro,
um peixe espia a dor, como dói,
a dor de todos os figurantes
em tantas cópias fulgurantes.)
Voltemos ao Talese.
Ele escreve sobre pessoas anônimas e diz que faz isso de forma realista.
Confunde realismo com verdade.
ESTE É O GRANDE PROBLEMA DO JORNALISMO, A TRAGÉDIA JAMAIS EXPLICITADA.
As pautas são antigas receitas passadas a limpo
Um velhíssimo tratado de cozinha revisitado,
todas as receitas, o passado servindo ao futuro.
porque
como
quando
onde
por que
as mentiras passadas a limpo servem ao futuro?
só porque são lembranças das palavras que aturo?
Os problemas dele se agravaram pela forma irresponsável com que a imprensa lidou com as acusações de abuso sexual que pesavam sobre ele.
Morreu difamado antes de ter morrido."
A opinião é do criador do new journalism norte-americano Gay Talese.
Diz que, seja qual for a razão que o legista der para a morte, "não vai fazer diferença.
Ele começou a morrer quando as acusações ganharam as manchetes.
Em conluio com os acusadores, estava a mídia americana.
Agora que Michael Jackson está morto todos se lamentam,
como se sua morte fosse uma tragédia nacional.
Mas ele já era uma tragédia nacional todos esses anos e ninguém o ajudou.
Viveu em infâmia."
SER JORNALISTA
Ele diz que o jornalista deve se formar na busca obsessiva pela verdade,
como se fosse uma religião.
Atualmente todos podem ser jornalistas. Antes a profissão era associada a credibilidade,
as pessoas estudavam para praticá-la.
Há 25 anos, o jornalismo passou a ficar
competitivo da forma errada.
Virou uma competição por furos.
Esse foi o primeiro erro.
Tentar ser o primeiro a dar a notícia, acima de tudo.
O problema é que você acaba cometendo erros."
Acho que ele brincou quando disse que, no "New York Times", nos anos 50,
havia "o menor número de mentirosos" do país. Mas isso é passado."
Ou é muito cínico ou acha que todo mundo é idiota.
Isso é ficção, claro, é o que supõe que fosse verdade.
Para ele, se a imprensa tradicional já é ruim
- imagine a Internet, "nem vale a pena discutir."
(Seria caleidoscópio da relação do homem com a cidade,
figuras que coexistem, mas não se relacionam?
Palavras sumidas,
silêncios assumidos,
vidas desvividas
caleidoscópio
da relação do homem
com o mundo virtual
Cada um faz seu começo
nesse meio, sem fim.
Uma velha moldura
de solidão e invisibilidade
questiona-se, rompe-se.
Em vão vem e vão,
as portas (no chão)
não mais abrem, não,
a janela não dá, vão,
em vão para lugar nenhum.
Como nos velhos aquários,
À frente da cena, pelo vidro,
um peixe espia a dor, como dói,
a dor de todos os figurantes
em tantas cópias fulgurantes.)
Voltemos ao Talese.
Ele escreve sobre pessoas anônimas e diz que faz isso de forma realista.
Confunde realismo com verdade.
ESTE É O GRANDE PROBLEMA DO JORNALISMO, A TRAGÉDIA JAMAIS EXPLICITADA.
As pautas são antigas receitas passadas a limpo
Um velhíssimo tratado de cozinha revisitado,
todas as receitas, o passado servindo ao futuro.
porque
como
quando
onde
por que
as mentiras passadas a limpo servem ao futuro?
só porque são lembranças das palavras que aturo?
Marcadores:
mídia,
midia e educacao,
Mídia ou Partido da Imprensa Golpista,
Política
quarta-feira, 1 de julho de 2009
ESTÁGIO - OU A EXPROPRIAÇÃO DA MAIS-VALIA
A comissão de especialistas que analisa mudanças no curso de jornalismo irá propor um estágio obrigatório para quem quiser obter o diploma.
A ideia será levada na semana que vem ao ministro Fernando Haddad (Educação) pelos oito professores universitários que ele convocou para analisar o currículo do jornalismo.
A comissão quer também ampliar a carga horária do curso de 2.700 horas para 3.200, já com 200 horas do estágio obrigatório.
Também será recomendado às universidades que abram mais mestrados profissionais (com mais ênfase na prática) após o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. Serão propostas diretrizes curriculares específicas para o curso de jornalismo, hoje tratado apenas como uma habilitação da área de comunicação social.E
A ideia será levada na semana que vem ao ministro Fernando Haddad (Educação) pelos oito professores universitários que ele convocou para analisar o currículo do jornalismo.
A comissão quer também ampliar a carga horária do curso de 2.700 horas para 3.200, já com 200 horas do estágio obrigatório.
Também será recomendado às universidades que abram mais mestrados profissionais (com mais ênfase na prática) após o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. Serão propostas diretrizes curriculares específicas para o curso de jornalismo, hoje tratado apenas como uma habilitação da área de comunicação social.E
Marcadores:
Conferência Nacional de Mídia,
economia política,
mídia,
midia e educacao
quarta-feira, 17 de junho de 2009
PODER MIDIÁTICO MUDA ATÉ FUSO HORÁRIO
Jamais esqueço a manchete de um jornal puxa-saco da da ditadura
que mancheteou no dia 22 de setembro um release do governo, dizendo:
PRESIDENTE GEISEL INAUGURA A PRIMAVERA(!!!)
Eram os donos do tempo e do poder!
Hoje a grande mídia da época mantém o poder de mudar até fuso horário:
veja matéria da Folha:
Projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado unifica os três fusos horários do Brasil, ordenando que todo o país seja regido pelo horário de Brasília.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Relações Exteriores. Depois, pode ser votado no plenário do Senado. Se aprovado, segue para tramitação na Câmara. Poderá virar lei se for aprovado e sancionado pelo presidente Lula.
Um dos argumentos do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), autor do projeto, é que a unificação dos fusos facilitará as transmissões de TV e rádio, que em 2007 trabalharam para reduzir de quatro para três os fusos horários no país.
A eventual unificação dos fusos atende ao lobby das TVs. Em 2007, uma portaria federal obrigou as emissoras a respeitarem os fusos do país na veiculação dos programas. Uma novela com classificação indicativa para 14 anos, por exemplo, não pode ser levada ao ar antes das 21h, seja no horário de Brasília ou do Acre (uma hora atrasado em relação à capital).
Para as emissoras, porém, é comercialmente mais vantajoso unificar a programação. O lobby das TVs é capitaneado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), entidade que congrega Globo, SBT e Record.
Na justificativa do projeto, Arthur Virgílio argumenta que o atraso de uma hora em Estados do Norte e do Centro-Oeste dificulta a integração econômica e causa "descompasso no ritmo de progresso nas comunicações e nos transportes".
Ainda segundo a justificativa do projeto, um único fuso horário "se justifica ante a unificação e informatização do sistema financeiro, o desenvolvimento dos transportes aéreos e das comunicações via satélite".
Danos ao sono
Segundo o neurologista Flávio Alóe, do centro de sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP, a unificação causará sono nas pessoas que terão de adiantar o relógio ao horário de Brasília.
"Anos atrás, estudos no Canadá mostraram que, nos dias após a mudança de horário, aumentavam os acidentes relacionados a dormir no volante."
Os fusos brasileiros foram definidos em 1913: o Acre ficou cinco horas atrás do meridiano de Greenwich (que passa pela Inglaterra); AM, MT, MS, RO e RR ficaram quatro horas atrás; o resto do país ficou com três horas de atraso; e Fernando de Noronha, com duas horas.
Em abril do ano passado, o fuso do Acre foi incorporado ao de MT, MS, AM, RO e RR.
que mancheteou no dia 22 de setembro um release do governo, dizendo:
PRESIDENTE GEISEL INAUGURA A PRIMAVERA(!!!)
Eram os donos do tempo e do poder!
Hoje a grande mídia da época mantém o poder de mudar até fuso horário:
veja matéria da Folha:
Projeto de lei aprovado ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado unifica os três fusos horários do Brasil, ordenando que todo o país seja regido pelo horário de Brasília.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Relações Exteriores. Depois, pode ser votado no plenário do Senado. Se aprovado, segue para tramitação na Câmara. Poderá virar lei se for aprovado e sancionado pelo presidente Lula.
Um dos argumentos do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), autor do projeto, é que a unificação dos fusos facilitará as transmissões de TV e rádio, que em 2007 trabalharam para reduzir de quatro para três os fusos horários no país.
A eventual unificação dos fusos atende ao lobby das TVs. Em 2007, uma portaria federal obrigou as emissoras a respeitarem os fusos do país na veiculação dos programas. Uma novela com classificação indicativa para 14 anos, por exemplo, não pode ser levada ao ar antes das 21h, seja no horário de Brasília ou do Acre (uma hora atrasado em relação à capital).
Para as emissoras, porém, é comercialmente mais vantajoso unificar a programação. O lobby das TVs é capitaneado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), entidade que congrega Globo, SBT e Record.
Na justificativa do projeto, Arthur Virgílio argumenta que o atraso de uma hora em Estados do Norte e do Centro-Oeste dificulta a integração econômica e causa "descompasso no ritmo de progresso nas comunicações e nos transportes".
Ainda segundo a justificativa do projeto, um único fuso horário "se justifica ante a unificação e informatização do sistema financeiro, o desenvolvimento dos transportes aéreos e das comunicações via satélite".
Danos ao sono
Segundo o neurologista Flávio Alóe, do centro de sono do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de SP, a unificação causará sono nas pessoas que terão de adiantar o relógio ao horário de Brasília.
"Anos atrás, estudos no Canadá mostraram que, nos dias após a mudança de horário, aumentavam os acidentes relacionados a dormir no volante."
Os fusos brasileiros foram definidos em 1913: o Acre ficou cinco horas atrás do meridiano de Greenwich (que passa pela Inglaterra); AM, MT, MS, RO e RR ficaram quatro horas atrás; o resto do país ficou com três horas de atraso; e Fernando de Noronha, com duas horas.
Em abril do ano passado, o fuso do Acre foi incorporado ao de MT, MS, AM, RO e RR.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Lula quer democratizar ainda mais o Estado e a Mídia
A partir do dia 7 de julho (uma terça-feira), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responderá perguntas de leitores de jornais impressos em uma coluna semanal intitulada “O Presidente Responde”.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República abriu hoje (15) as inscrições para os jornais interessados em publicar o material. De acordo com a secretaria, a coluna terá o formato de perguntas e respostas e será publicada sempre às terças-feiras.
Os leitores deverão enviar as perguntas para os jornais com nome completo, idade, profissão e cidade onde residem. Por sua vez, os jornais encaminharão as perguntas à Presidência da República, que irá selecionar três, a cada semana.
Conforme comunicado da Secretaria de Imprensa, as perguntas devem tratar de temas relacionados às políticas do governo federal, “considerando que a coluna visa ser mais um instrumento de prestação de contas à sociedade das ações do governo federal”. A coluna ficará disponível ao público no site da Presidência da República depois da publicação nos jornais cadastrados.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República abriu hoje (15) as inscrições para os jornais interessados em publicar o material. De acordo com a secretaria, a coluna terá o formato de perguntas e respostas e será publicada sempre às terças-feiras.
Os leitores deverão enviar as perguntas para os jornais com nome completo, idade, profissão e cidade onde residem. Por sua vez, os jornais encaminharão as perguntas à Presidência da República, que irá selecionar três, a cada semana.
Conforme comunicado da Secretaria de Imprensa, as perguntas devem tratar de temas relacionados às políticas do governo federal, “considerando que a coluna visa ser mais um instrumento de prestação de contas à sociedade das ações do governo federal”. A coluna ficará disponível ao público no site da Presidência da República depois da publicação nos jornais cadastrados.
Marcadores:
c,
mídia,
midia e educacao,
Mídia e Internet,
Política
Grande Mídia: a quebra da hegemonia do poder
De como distorcer o dito e o texto
By altamiro
a grande mídia nacional nesses tempos de neonliberalismo envergonhado e deslegitimado pela crise econômica munidal do capitalismo está cada vez mais cruel em relação às políticas dos governos democráticos que pretendem governar para todos e não para os interesses de uma minioria de sempre capitaneada e pautada por essea grande mídia – por isso chamada já de partids da imprensa golpísta;
Para atingir seus objetivos e desses grupos de poder a que defende,
essa grande mídia edita o que é dito e quem disse.
Isto é, edita textos e imagens conforme os seus interesses.
Uma foto do presidente Lula pode aparecer carrancuda – num momento determinado de uma conversa o fotógrafo capta um momento que depois é editado como se fizessse parte de todo o contexto.
A arte desses editores e pinçar um dado e descontextualizá-lo para prejudicar a quem querem – geralmente os movimentos populares e seus representantes, nesse caso desses tempos no Brasil o presidente Lula e o PT.
No caso da Petrobrás e das CPIs do Congresso, essa grande mídia pauta os demotucanos (DEM e PSDB) ou vice-versa, um abastece o outro de informações para atuem em conjunto, sempre unidos, sempre contra os que não se curvam a seus interesses.
LACERDISMO
A história do jornalismo brasileiro está recheado de casos em que os poderosos de sempre, os conservadores, os donos do poder, aqueles patrimonialistas colocados por Raymundo Faooro como um dos segmentos mais cuéis – a dita elite conservadora e coronelística brasileira – do mundo.
É aquela elite ( que Machado de Assis percebeu em sua sutileza genial )
conservadora que se diz intelectualizada, mas sabe tudo da cultura de fora, diz-se democrática, tipo européia, mas aqui dentro escraviza seus subalternos. Exemplo: a escravatura.
Essa elite em certa época da nossa história da imprensa foi representada por Carlos Lacerda – noutros tempos por Ruy Barbosa, quem diria, grande nacionalista mas que defendia os interesses como advogados dos que queriam rapinar a nação, vide caso Farcquat.
É a verborragia em defesa dos interesses escursos geralmente contra os intgeresses da maioria da população.
Lacerda era um exímio elocutor de golpes e tramas.
Lembrem dos tempos de Getúlio Vargas, eleito democraticamente em 1950. Lacerda e seu grupo udenista érturbou tanto o governo Vargas – a grande mídia apoiando-o, claro – que ele foi acuado, chegando ao lance final do suicídio que levou a multidão a quebrar máquinas de jornais e virar o jogo, pois todos perceberam as jogadas lacerdistas e de seus grujpos representados pela grande mídia e esses interesses conservadores.
Em 64, derrubaram Jango, também eleito democraticamente.
Tentaram contra Lula várias vezes, 2006 quase conseguiram, mas houve um corte nesse processo, por vários motivos.
Lula venceu apesar da pressão midiática e dos conservadores que, com a conversa falsa da pureza ética levantam a questão da corrupção para alcançar seus objetivos.
Tudo conversa. Que há corrupção, isso qualquer cidadão de qualquer país sabe.
O problema é inventar outras e outras incansavelmente e por aí derrubar os governos ( o caso Collor foi mais ou mes]nos isso: o presidente acabou cainda por uma prova de um recebimento de um carro!).
Enquanto eram hegemônicos na comunicação e na política esses setores conservadores conseguiam derrubar os governos que quisessem.
As ditas se(i)smarias são os seis grandes donos da grande mídia que monopolizam o mercado da informação no Brasil coronelisticamente
como se fossem capitanias hereditárias.
LULA EQUILIBRA HEGEMONIAS
Com a política do maior estadista brasileiro de todos os tempos – Lula - esses segmentos continuam hegemônicos, mas não totalmente. Os movimentos sociais e o PT que ops representa passaram a ter maior poder no jogo político.
Outro avanço democrático é o das novas mídias – a Internet passou
a ter uma importância decisiva no jgo político e da informação.
Além disso, o governo Lula não luta contra eles, coopta-os para tentar ensinar a eles como se governo uma Nação. Essa elite que despreza o povo, chama os índios de preguiçosos e êm preconceito contra os negros e outras minorias, é que precisa de educação política.
Assim, há cada vez maior radicalização da democratização da informação e do poder, com a tentativa de Lula de retirar os entulhos autoritários do Estado brasileiro, tentando unir empresários e trabalhadores para fazer com que o país se desemvolva.
Por isso, aquela hegemonia anterior dos conservadores já não se sustenta mais, precisa dialogar com os movimentos, com o outro, respeitar as diferenças.
Mesmo porque o povo já percebeu como funciona essa grande mídia, pelo menos os que tem acesso a ela. A maioria está preocupada mesmo é com a questão econômica, onde houve avanços inegáveis.
By altamiro
a grande mídia nacional nesses tempos de neonliberalismo envergonhado e deslegitimado pela crise econômica munidal do capitalismo está cada vez mais cruel em relação às políticas dos governos democráticos que pretendem governar para todos e não para os interesses de uma minioria de sempre capitaneada e pautada por essea grande mídia – por isso chamada já de partids da imprensa golpísta;
Para atingir seus objetivos e desses grupos de poder a que defende,
essa grande mídia edita o que é dito e quem disse.
Isto é, edita textos e imagens conforme os seus interesses.
Uma foto do presidente Lula pode aparecer carrancuda – num momento determinado de uma conversa o fotógrafo capta um momento que depois é editado como se fizessse parte de todo o contexto.
A arte desses editores e pinçar um dado e descontextualizá-lo para prejudicar a quem querem – geralmente os movimentos populares e seus representantes, nesse caso desses tempos no Brasil o presidente Lula e o PT.
No caso da Petrobrás e das CPIs do Congresso, essa grande mídia pauta os demotucanos (DEM e PSDB) ou vice-versa, um abastece o outro de informações para atuem em conjunto, sempre unidos, sempre contra os que não se curvam a seus interesses.
LACERDISMO
A história do jornalismo brasileiro está recheado de casos em que os poderosos de sempre, os conservadores, os donos do poder, aqueles patrimonialistas colocados por Raymundo Faooro como um dos segmentos mais cuéis – a dita elite conservadora e coronelística brasileira – do mundo.
É aquela elite ( que Machado de Assis percebeu em sua sutileza genial )
conservadora que se diz intelectualizada, mas sabe tudo da cultura de fora, diz-se democrática, tipo européia, mas aqui dentro escraviza seus subalternos. Exemplo: a escravatura.
Essa elite em certa época da nossa história da imprensa foi representada por Carlos Lacerda – noutros tempos por Ruy Barbosa, quem diria, grande nacionalista mas que defendia os interesses como advogados dos que queriam rapinar a nação, vide caso Farcquat.
É a verborragia em defesa dos interesses escursos geralmente contra os intgeresses da maioria da população.
Lacerda era um exímio elocutor de golpes e tramas.
Lembrem dos tempos de Getúlio Vargas, eleito democraticamente em 1950. Lacerda e seu grupo udenista érturbou tanto o governo Vargas – a grande mídia apoiando-o, claro – que ele foi acuado, chegando ao lance final do suicídio que levou a multidão a quebrar máquinas de jornais e virar o jogo, pois todos perceberam as jogadas lacerdistas e de seus grujpos representados pela grande mídia e esses interesses conservadores.
Em 64, derrubaram Jango, também eleito democraticamente.
Tentaram contra Lula várias vezes, 2006 quase conseguiram, mas houve um corte nesse processo, por vários motivos.
Lula venceu apesar da pressão midiática e dos conservadores que, com a conversa falsa da pureza ética levantam a questão da corrupção para alcançar seus objetivos.
Tudo conversa. Que há corrupção, isso qualquer cidadão de qualquer país sabe.
O problema é inventar outras e outras incansavelmente e por aí derrubar os governos ( o caso Collor foi mais ou mes]nos isso: o presidente acabou cainda por uma prova de um recebimento de um carro!).
Enquanto eram hegemônicos na comunicação e na política esses setores conservadores conseguiam derrubar os governos que quisessem.
As ditas se(i)smarias são os seis grandes donos da grande mídia que monopolizam o mercado da informação no Brasil coronelisticamente
como se fossem capitanias hereditárias.
LULA EQUILIBRA HEGEMONIAS
Com a política do maior estadista brasileiro de todos os tempos – Lula - esses segmentos continuam hegemônicos, mas não totalmente. Os movimentos sociais e o PT que ops representa passaram a ter maior poder no jogo político.
Outro avanço democrático é o das novas mídias – a Internet passou
a ter uma importância decisiva no jgo político e da informação.
Além disso, o governo Lula não luta contra eles, coopta-os para tentar ensinar a eles como se governo uma Nação. Essa elite que despreza o povo, chama os índios de preguiçosos e êm preconceito contra os negros e outras minorias, é que precisa de educação política.
Assim, há cada vez maior radicalização da democratização da informação e do poder, com a tentativa de Lula de retirar os entulhos autoritários do Estado brasileiro, tentando unir empresários e trabalhadores para fazer com que o país se desemvolva.
Por isso, aquela hegemonia anterior dos conservadores já não se sustenta mais, precisa dialogar com os movimentos, com o outro, respeitar as diferenças.
Mesmo porque o povo já percebeu como funciona essa grande mídia, pelo menos os que tem acesso a ela. A maioria está preocupada mesmo é com a questão econômica, onde houve avanços inegáveis.
Marcadores:
economia política,
Lula,
midia e educacao,
Mídia e Internet,
Movimentos Sociais,
Política
sexta-feira, 5 de junho de 2009
The Economist desconfia que Deus não é brasileiro!
A melhor revista semanal do mundo, a The Economist, desconfia novamente que Deus, por enquanto, não é brasileiro, pelo menos no que se refere ao seu sistema educacional. Antes, no caso Battisti, afirmara que nem o Cristo Redentor mereceria estar aqui, tamanha seria a injustiça de não deportar Battisti.
Agora fala principalmente da educação paulista - por ser o Estado mais desenvolvido do país, teria, segundo a revista, de ser muito melhor, mas o que se vê são ilicitações absurdas - gastos ilegais com a Revista Nova Escola, da editora abril, que ganhou na moleza 3,74 milhões para distribuir 220 mil exemplares aos professores, obrigados a receber meio na marra porque nada decidiram sobre isso e sabem que há revistas talvez melhores no mercado.
E, mesmo porque, quem é profissional do ramo sabe que essas revistas raramente são consultadas pelos professores porque não refletem a realidade do ensino. Na verdade, um exemplar na sala dos professores e outro na biblioteca já seriam suficientes - antes eram distribuídas 18 mil revistas à rede pública de São Paulo.
Acho que o que deveria existir mesmo no currícuoo escolar, em todos os níveis, seria uma matéria tipo Mídia e Educação, já que a mídia interfere amplamente no sistema educacional (até ilegalmente!) com seus programas e conteúdos que nada educam, ao contário.
Quem vem denunciando isso também é o blogo do nassif
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/05/o-caso-nova-escola/
Veja o texto da Economist:
Brazil's poor schools
Still a lot to learn
Brazil’s woeful schools, more than perhaps anything else, are what hold it back. They are improving—but too slowly
GOD may be Brazilian, as citizens of South America’s largest country like to say, but he surely played no part in designing its education system. Brazil has much going for it these days—stable politics, an open and fairly harmonious society, an economy that has remembered how to grow after decades of stagnation—but when it comes to the quality of schools, it falls far short even of many other developing countries despite heavy public spending on education.
In the OECD’s worldwide tests of pupils’ abilities in reading, maths and science, Brazil is near the bottom of the class (see chart). Until the 1970s South Korea was about as prosperous as Brazil but, helped by its superior school system, it has leapt ahead and now has around four times the national income per head. World domination, even the friendly and non-confrontational sort Brazil seeks, will not come to a place where 45% of the heads of poor families have less than a year’s schooling.
Moisés Zacarias, who is 14, goes to school in Diadema, a poor suburb of São Paulo that sprang up when millions of people migrated from the countryside to the country’s biggest metropolis, starting in the 1960s. Most of the houses are thrown together, clinging to steep hills and set along narrow alleys. At his school, which has 2,000 pupils, there are three separate shifts of students every day to get the most out of the buildings and teachers. Last year some pupils beat up others during a lesson and posted a video of the attack on the internet. Teachers often fail to show up for work. But Moisés’s school is better than it was five years ago.
Brazil began its education late. When the country was a Portuguese colony even the elite had little access to education at home. The first printing press did not arrive until the 19th century, hundreds of years after books were first printed in the region’s Spanish-speaking countries. Before then presses were illegal. In 1930 just one in five children went to school. When Brazil did decide to build a nationwide education system, the wants of the elite came first. As in India, Brazil still spends a lot on its universities rather than on teaching children to read and write.
President Luiz Inácio Lula da Silva came to power criticising his predecessor’s achievements and promising rapid improvements. In fact, his successes have largely come from continuing and expanding the initiatives he inherited. He renamed and enlarged Fundef, the previous government’s programme to supplement local funding for teachers’ pay and schools in poor districts. Cash transfers to poor families, conditional on their children attending school, became more generous and were rolled together with other programmes under the brand name Bolsa Família. After two bad appointments, the president picked a good education minister, Fernando Haddad, who enjoys the backing of educational reformers.
Thanks to these programmes 97% of children aged 7-14 now have access to schooling and attendance is good. Yet the federal government can do only so much in a country with around 50m in education. The task of improving schooling falls to state and municipal governments. They face many problems, but two stand out.
First, Brazil suffers from teacher truancy. Teachers enjoy a “right” to five days’ absence a year with no warning or explanation, but some take many more. In schools run by state governments, 13% of all school days were lost owing to absent teachers in 2006. On a bad day in bad schools in bad states, teachers’ absenteeism can reach 30%. There are meant to be substitutes who can fill in for missing colleagues but this means that teaching lacks continuity—and there may not be enough stand-ins to go around.
Second, too many pupils repeat whole school years over and over. And after a long time spent getting nowhere, lots of children drop out early. Just 42% complete high school. Improving the quality of schools so that more children pass would lead to a marked increase in the amount of money available for each pupil. To accomplish this Brazil needs qualified teachers, who are in short supply. Many have two or three different jobs in different schools and complain that conditions are intimidating and the pay is low.
In São Paulo, which does particularly badly for a rich state, the institutions that administer education are depressed and chaotic, says Norman Gall of the Braudel Institute of World Economics, a think-tank that runs reading circles in ten schools in poor urban districts. The São Paulo state bureaucracy tries to administer its 5,000 schools and 230,000 teachers with a thin staff on low pay. Transferring responsibility for schools to municipalities seems to help, and this has been happening across the country in recent decades.
As elsewhere, teachers’ unions present a huge obstacle to improvement. Almost anything that disturbs their peace brings on strikes. At the moment São Paulo’s teachers are striking over a proposal to make new recruits take tests before they start work to ensure they are qualified; last year they were up in arms when the state government asked them to teach from standard textbooks. They opposed a plan to pay staff bonuses depending on their schools’ performance but have gone quiet on this since 70% of the state’s teachers received a bonus a few months ago.
Doing a little better
Not everywhere is as bad as São Paulo, and even there you can see some signs of improvement. The state has cut the number of teaching days lost to supposed ill-health (the biggest cause of no-shows) by 60% in a year after changing the law. Reforms in the state could spread across the country if its governor, José Serra, becomes Brazil’s next president in the 2010 election, as opinion polls suggest.
In Brazil’s north-east, hardly associated with enlightened public policy, a network of schools called Procentro and run by professional managers rather than unsackable political hacks, is proving successful and expanding. In other places state governments have shown a willingness to work with the private sector to improve schools. Across the country, money follows pupils to schools and children are tested—two of the ingredients for a market in public education.
At Moisés’s school in Diadema a new head teacher has instilled some discipline and classes are now a bit more orderly. Jonathan Hannay, who runs Support for Children at Risk, a local charity, and has four children in public schools in the area, says things have improved in the past year, if only because teachers and pupils now work from matching sets of teaching manuals and exercise books. Such small changes can make a difference. But, if it is ever to live up to its potential, Brazil needs to keep reforming its schools, bearing down on the teaching unions and spending more on basic education.
Agora fala principalmente da educação paulista - por ser o Estado mais desenvolvido do país, teria, segundo a revista, de ser muito melhor, mas o que se vê são ilicitações absurdas - gastos ilegais com a Revista Nova Escola, da editora abril, que ganhou na moleza 3,74 milhões para distribuir 220 mil exemplares aos professores, obrigados a receber meio na marra porque nada decidiram sobre isso e sabem que há revistas talvez melhores no mercado.
E, mesmo porque, quem é profissional do ramo sabe que essas revistas raramente são consultadas pelos professores porque não refletem a realidade do ensino. Na verdade, um exemplar na sala dos professores e outro na biblioteca já seriam suficientes - antes eram distribuídas 18 mil revistas à rede pública de São Paulo.
Acho que o que deveria existir mesmo no currícuoo escolar, em todos os níveis, seria uma matéria tipo Mídia e Educação, já que a mídia interfere amplamente no sistema educacional (até ilegalmente!) com seus programas e conteúdos que nada educam, ao contário.
Quem vem denunciando isso também é o blogo do nassif
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/06/05/o-caso-nova-escola/
Veja o texto da Economist:
Brazil's poor schools
Still a lot to learn
Brazil’s woeful schools, more than perhaps anything else, are what hold it back. They are improving—but too slowly
GOD may be Brazilian, as citizens of South America’s largest country like to say, but he surely played no part in designing its education system. Brazil has much going for it these days—stable politics, an open and fairly harmonious society, an economy that has remembered how to grow after decades of stagnation—but when it comes to the quality of schools, it falls far short even of many other developing countries despite heavy public spending on education.
In the OECD’s worldwide tests of pupils’ abilities in reading, maths and science, Brazil is near the bottom of the class (see chart). Until the 1970s South Korea was about as prosperous as Brazil but, helped by its superior school system, it has leapt ahead and now has around four times the national income per head. World domination, even the friendly and non-confrontational sort Brazil seeks, will not come to a place where 45% of the heads of poor families have less than a year’s schooling.
Moisés Zacarias, who is 14, goes to school in Diadema, a poor suburb of São Paulo that sprang up when millions of people migrated from the countryside to the country’s biggest metropolis, starting in the 1960s. Most of the houses are thrown together, clinging to steep hills and set along narrow alleys. At his school, which has 2,000 pupils, there are three separate shifts of students every day to get the most out of the buildings and teachers. Last year some pupils beat up others during a lesson and posted a video of the attack on the internet. Teachers often fail to show up for work. But Moisés’s school is better than it was five years ago.
Brazil began its education late. When the country was a Portuguese colony even the elite had little access to education at home. The first printing press did not arrive until the 19th century, hundreds of years after books were first printed in the region’s Spanish-speaking countries. Before then presses were illegal. In 1930 just one in five children went to school. When Brazil did decide to build a nationwide education system, the wants of the elite came first. As in India, Brazil still spends a lot on its universities rather than on teaching children to read and write.
President Luiz Inácio Lula da Silva came to power criticising his predecessor’s achievements and promising rapid improvements. In fact, his successes have largely come from continuing and expanding the initiatives he inherited. He renamed and enlarged Fundef, the previous government’s programme to supplement local funding for teachers’ pay and schools in poor districts. Cash transfers to poor families, conditional on their children attending school, became more generous and were rolled together with other programmes under the brand name Bolsa Família. After two bad appointments, the president picked a good education minister, Fernando Haddad, who enjoys the backing of educational reformers.
Thanks to these programmes 97% of children aged 7-14 now have access to schooling and attendance is good. Yet the federal government can do only so much in a country with around 50m in education. The task of improving schooling falls to state and municipal governments. They face many problems, but two stand out.
First, Brazil suffers from teacher truancy. Teachers enjoy a “right” to five days’ absence a year with no warning or explanation, but some take many more. In schools run by state governments, 13% of all school days were lost owing to absent teachers in 2006. On a bad day in bad schools in bad states, teachers’ absenteeism can reach 30%. There are meant to be substitutes who can fill in for missing colleagues but this means that teaching lacks continuity—and there may not be enough stand-ins to go around.
Second, too many pupils repeat whole school years over and over. And after a long time spent getting nowhere, lots of children drop out early. Just 42% complete high school. Improving the quality of schools so that more children pass would lead to a marked increase in the amount of money available for each pupil. To accomplish this Brazil needs qualified teachers, who are in short supply. Many have two or three different jobs in different schools and complain that conditions are intimidating and the pay is low.
In São Paulo, which does particularly badly for a rich state, the institutions that administer education are depressed and chaotic, says Norman Gall of the Braudel Institute of World Economics, a think-tank that runs reading circles in ten schools in poor urban districts. The São Paulo state bureaucracy tries to administer its 5,000 schools and 230,000 teachers with a thin staff on low pay. Transferring responsibility for schools to municipalities seems to help, and this has been happening across the country in recent decades.
As elsewhere, teachers’ unions present a huge obstacle to improvement. Almost anything that disturbs their peace brings on strikes. At the moment São Paulo’s teachers are striking over a proposal to make new recruits take tests before they start work to ensure they are qualified; last year they were up in arms when the state government asked them to teach from standard textbooks. They opposed a plan to pay staff bonuses depending on their schools’ performance but have gone quiet on this since 70% of the state’s teachers received a bonus a few months ago.
Doing a little better
Not everywhere is as bad as São Paulo, and even there you can see some signs of improvement. The state has cut the number of teaching days lost to supposed ill-health (the biggest cause of no-shows) by 60% in a year after changing the law. Reforms in the state could spread across the country if its governor, José Serra, becomes Brazil’s next president in the 2010 election, as opinion polls suggest.
In Brazil’s north-east, hardly associated with enlightened public policy, a network of schools called Procentro and run by professional managers rather than unsackable political hacks, is proving successful and expanding. In other places state governments have shown a willingness to work with the private sector to improve schools. Across the country, money follows pupils to schools and children are tested—two of the ingredients for a market in public education.
At Moisés’s school in Diadema a new head teacher has instilled some discipline and classes are now a bit more orderly. Jonathan Hannay, who runs Support for Children at Risk, a local charity, and has four children in public schools in the area, says things have improved in the past year, if only because teachers and pupils now work from matching sets of teaching manuals and exercise books. Such small changes can make a difference. But, if it is ever to live up to its potential, Brazil needs to keep reforming its schools, bearing down on the teaching unions and spending more on basic education.
sábado, 30 de maio de 2009
Saber lidar com o pc, que sofisticação!
É uma das coisas aparentemente mais misteriosas: como escapar de frequentes problemas
no computador - principalmente no windows, tido como um dos mais problemáticos - todos os especialistas são unânimes em afirmar que o windows vista é uma drogas, mas sem ele o que sobra?
Os chamados sistemas livres - mas aí a questão é de aprendizagem sobre isso.
Complicado!
A ver!
nada a ver?
Haver
De ver!
no computador - principalmente no windows, tido como um dos mais problemáticos - todos os especialistas são unânimes em afirmar que o windows vista é uma drogas, mas sem ele o que sobra?
Os chamados sistemas livres - mas aí a questão é de aprendizagem sobre isso.
Complicado!
A ver!
nada a ver?
Haver
De ver!
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Leia o caso Veja, do Nassif, uma aula de política do jornalismo que virou uma referência histórica
Por falar em Luis Nassif, leia a série ( http://luis.nassif.googlepages.com/teste ) que ele escreveu
sobre o caso Veja, antológica, esse tipo de assunto é que deveria ser oferecido aos alunos nas
escolas para que eles aprendessem a interpretar como funciona a grande imprensa no Brasil,
sempre a favor dos interesses dela e dos seus anunciantes, afinal estes representam a sociedade
do consumo, capitalista na essência, o que importa é vender -
vendo tudo, ninguém acredita!
Daí surgiu o famigerado jornalismo neocon,
tão aterrorizante quanto a ditadura militar.
Nesta, a censura.
No neocon, a mercantilização
levada às últimas consequencias,
a ditadura do mercado.
sobre o caso Veja, antológica, esse tipo de assunto é que deveria ser oferecido aos alunos nas
escolas para que eles aprendessem a interpretar como funciona a grande imprensa no Brasil,
sempre a favor dos interesses dela e dos seus anunciantes, afinal estes representam a sociedade
do consumo, capitalista na essência, o que importa é vender -
vendo tudo, ninguém acredita!
Daí surgiu o famigerado jornalismo neocon,
tão aterrorizante quanto a ditadura militar.
Nesta, a censura.
No neocon, a mercantilização
levada às últimas consequencias,
a ditadura do mercado.
Educação paulista: a piada atucanalhada
O setor educacional no Estado de São Paulo parece piada atucanalhada.
Chunchos do governo com a iniciativa privada, portanto, a tentativa da privatização e do sucateamento do ensino público, são as as regras no governo tucano.
A editora abril e outras editoras fazem acertos com Serra para não atacá-lo e conseguem contratos milionários sem licitação para distribuirem seus produtos nem sempre pedagógicos - foi distribuída até uma história em quadrinhos meio pornográfica (feita para adultos), a crianças de dez anos, por aí!
O jornalista Luis Nassif, um do maiores blogueiros do país, é quem vem denunciando com maior vigor esse estranho processo dito educacional pelos tucanos.
É bom pesquisar o assunto no site dele porque já li vários muito importantes:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ )
O comentário dele, de hoje, é sobre o livro didático em São Paulo :
("Confesso não entender o que se passa com os livros didáticos em São Paulo.
O Ministério da Educação criou um modelo de seleção dos livros didáticos - creio que desde a época de Paulo Renato - que consistiu em definir comitês, provenientes das diversas Universidades, para analisar os livros. Depois monta-se uma publicação com todos os livros selecionados, que é enviada para todos os professores do país, para poderem escolher livremente. O MEC envia os livros sem nenhum custo para os estados.
Nesse ínterim, teve penetração em algumas prefeituras os chamado cursos apostilados - muitas vezes negociado pelas empresas direto com o prefeito, em vez da equipe da Educação. Foi uma luta feroz, em que um dos competidores era a Abril - conforme você pode conferir na série sobre a Veja.
Quando assumiu, a Secretaria Maria Helena, da Educação de São Paulo, me deu uma entrevista garantindo que iria acabar com a farra dos apostilados. A Secretaria contrataria professores, pagaria pelo conteúdo e pelos direitos autorais, e ela mesmo imprimiria e distribuiria, reduzindo substancialmente o custo.
De repente, muda tudo. Pelo Diário Oficial do estado se fica sabendo de compras imensas, periódicas, de livros sem licitação. E, pelos abusos que estão sendo revelados, sem avaliação pedagógica. Aparentemente, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação vai alocando verbas para cada editora e, depois, que se vai atrás de qualquer livro para preencher a cota acertada.
Não adianta José Serra falar em punir os responsáveis ou quem quer que seja. Esses problemas todos estão ocorrendo devido aos negócios montados pela FDE com editoras, com plena aprovação da Secretaria da Educação. Aliás, passando por cima do que era a orientação inicial da Secretaria.
Sem contar venda de notebooks, previamente configurados com Windows Vista e Microsoft Office, ou aluguel de máquinas por preços acima dos de mercado.
O que se passa? Leia mais »)".
Chunchos do governo com a iniciativa privada, portanto, a tentativa da privatização e do sucateamento do ensino público, são as as regras no governo tucano.
A editora abril e outras editoras fazem acertos com Serra para não atacá-lo e conseguem contratos milionários sem licitação para distribuirem seus produtos nem sempre pedagógicos - foi distribuída até uma história em quadrinhos meio pornográfica (feita para adultos), a crianças de dez anos, por aí!
O jornalista Luis Nassif, um do maiores blogueiros do país, é quem vem denunciando com maior vigor esse estranho processo dito educacional pelos tucanos.
É bom pesquisar o assunto no site dele porque já li vários muito importantes:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ )
O comentário dele, de hoje, é sobre o livro didático em São Paulo :
("Confesso não entender o que se passa com os livros didáticos em São Paulo.
O Ministério da Educação criou um modelo de seleção dos livros didáticos - creio que desde a época de Paulo Renato - que consistiu em definir comitês, provenientes das diversas Universidades, para analisar os livros. Depois monta-se uma publicação com todos os livros selecionados, que é enviada para todos os professores do país, para poderem escolher livremente. O MEC envia os livros sem nenhum custo para os estados.
Nesse ínterim, teve penetração em algumas prefeituras os chamado cursos apostilados - muitas vezes negociado pelas empresas direto com o prefeito, em vez da equipe da Educação. Foi uma luta feroz, em que um dos competidores era a Abril - conforme você pode conferir na série sobre a Veja.
Quando assumiu, a Secretaria Maria Helena, da Educação de São Paulo, me deu uma entrevista garantindo que iria acabar com a farra dos apostilados. A Secretaria contrataria professores, pagaria pelo conteúdo e pelos direitos autorais, e ela mesmo imprimiria e distribuiria, reduzindo substancialmente o custo.
De repente, muda tudo. Pelo Diário Oficial do estado se fica sabendo de compras imensas, periódicas, de livros sem licitação. E, pelos abusos que estão sendo revelados, sem avaliação pedagógica. Aparentemente, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação vai alocando verbas para cada editora e, depois, que se vai atrás de qualquer livro para preencher a cota acertada.
Não adianta José Serra falar em punir os responsáveis ou quem quer que seja. Esses problemas todos estão ocorrendo devido aos negócios montados pela FDE com editoras, com plena aprovação da Secretaria da Educação. Aliás, passando por cima do que era a orientação inicial da Secretaria.
Sem contar venda de notebooks, previamente configurados com Windows Vista e Microsoft Office, ou aluguel de máquinas por preços acima dos de mercado.
O que se passa? Leia mais »)".
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Os atletas da bola e das letras
A inserção da pesquisa na área de sociologia não é casual. A prática do esporte no Brasil realça problemas fundamentais, ligados à histórica desigualdade social, à má formação educacional, ao patrimonialismo arraigado, ao mau hábito de transformar a coisa pública em bem privado etc.", segundo Maurício Stycer, ao lançar a história do jornal esportivo Lance!
O livro procura mostrar, em sua primeira parte, como a imprensa brasileira, em particular a esportiva, refletiu e refratou historicamente essas questões.
Acho também que essa história reflete a própria história da imprensa, um espelho de todas essas mazelas sociais.
O livro procura mostrar, em sua primeira parte, como a imprensa brasileira, em particular a esportiva, refletiu e refratou historicamente essas questões.
Acho também que essa história reflete a própria história da imprensa, um espelho de todas essas mazelas sociais.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
midia eh assim por falta de educacao!
a midia eh assim no brasil porque nao ha desde os primeiros anos escolares o ensino e a interpretacao do que sejam os meios de comnunicacao de massa...
Assinar:
Postagens (Atom)