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domingo, 12 de junho de 2011

donos do poder

O show diário mundial da mídia-espetáculo
Enviado por luisnassif, sab, 11/06/2011 - 08:56
Por Stanilaw Calandreli
Querida Grande Mídia, Nós Pensávamos Que Você Poderia Querer Cobrir Esse...

Steve Watson

From Infowar.com




Os detratores rotineiramente alegam que as reuniões anuais da elite Bilderberg, são nada mais que um desatualizado e irrelevante encontro daqueles que “já foram”, cujo poder no cenário internacional há muito tempo murchou.
Dê só uma olhada nos participantes da confabulação deste ano, em St. Moritz, na Suíça, e, portanto, verás que se trata, absolutamente, do pólo oposto da verdade.

Para debater política na reunião deste ano estarão Jeff Bezos, fundador e presidente da Amazon.com; Chris R. Hughes, co-fundador do Facebook; Eric Schmidt, presidente executivo do Google; J. Craig Mundie, chefe de Pesquisa e Estratégia da Microsoft Corporation; e Reid Hoffman, co-fundador e Presidente Executivo do LinkedIn.

Só aí você tem os cabeças das cinco maiores companhias online, na verdade, cinco das maiores empresas do mundo, todos participando juntos em um refúgio isolado nos Alpes suíços neste final de semana.

Só isso já deveria ser suficiente para chamar a atenção da grande mídia.
Infelizmente, aparentemente não, isso não é suficiente para levantar o seu interesse coletivo.

Então vamos adicionar que também estão presentes o Vice-Presidente da Comissão Européia, o Presidente do Conselho Europeu, o Diretor Geral da Organização Mundial do Comércio, o Presidente do Banco Central Europeu, o Presidente do Banco Mundial, e o Diretor Executivo do Programa de Alimentação Mundial das Nações Unidas.

Não. Ainda não é nada para a grande mídia mundial.

OK, que tal o Subsecretário de Estado dos EUA, o Comandante do USCYBERCOM e o Diretor da Agência Nacional de Segurança?

Talvez representantes de todos os principais "think tank" órgãos de pesquisas dos EUA? Você gostaria de tê-los em seus noticiários todos os dias, certo dona grande mídia? Você conhece os caras do Instituto Hudson, da Instituição Brookings, do American Enterprise Instituto de Pesquisa de Política Publica, do Conselho das Relações Exteriores, da Comissão Trilateral, do Instituto de Pesquisa Demográfica - todos no Bilderberg.

Ligue a TV e lá estão 24 horas de cobertura jornalística sobre a crise econômica em curso. Imagine se todos os altos representantes dos principais bancos do mundo estivessem reunidos no mesmo lugar, juntamente com os chefes das finanças de vários países mais importantes do mundo ocidental. Oh espere, eles estão, no Bilderberg.

Bilderberg tem figurões do Banco Nacional da Bélgica, do Nordea Bank da Dinamarca, do Deutsche Bank da Alemanha, do banco Investor AB da Suécia, do Oesterreichische

Eles têm o Presidente do banco Barclays, o presidente do HSBC, o presidente do Goldman Sachs, o Presidente da TD Bank Financial Group, o vice-presidente do Citigroup e o ex-presidente do Chase Manhattan Bank.

Respira fundo ...

Eles têm o antigo Ministro das Finanças da Alemanha, o atual Chanceler do Tesouro Britânico, o atual Ministro das Finanças da Grécia (não é um grande show no momento), o atual Ministro da Economia e Finanças da Itália, o Diretor Geral do Banco do Canada, o ex- Secretário do Tesouro Americano e o ex-Diretor Geral do Federal Reserve Board.

Dando um conhecimento superficial da nobreza da Holanda, Espanha e Noruega, e alguns políticos de alto ranking e chefes de Estado da Bélgica, Áustria, China, Grã-Bretanha, Irlanda, Suécia, Suíça e Turquia, e você ainda está realmente só arranhando a superfície do quem é quem entre os participantes do Bilderberg.

É evidente que seria uma estupidez sugerir que este grupo de pessoas não detém poder e não têm qualquer influência no cenário internacional. Sua influência é irrefutável. Quem faz este argumento e, em seguida, lhe diz que você está delirando é mais do que estúpido.

Onde você está grande mídia? Por que você está ignorando isso e preferindo reportar escândalos de uma semana atrás sobre as fotos do pênis de um congressista?

Steve Watson é o escritor com sede em Londres e editor da Infowars.net and Prisonplanet.com. Ele tem um mestrado em Relações Internacionais da Escola de Política da Universidade de Nottingham.

sábado, 26 de março de 2011

Donos usam laranjas em licitações de rádios e TVs



Levantamento feito pela repórter especial da Folha no Rio Elvira Lobato mostra que empresas abertas em nomes de outras pessoas (laranjas) são frequentemente usadas por especuladores, igrejas e políticos para comprar concessões de rádio e TV em licitações do governo federal.

Entre os "proprietários" há funcionários públicos, donas de casa e enfermeiro, pessoas com renda incompatível com os negócios. A reportagem analisou casos de 91 empresas; 44 não funcionam nos endereços registrados. De 1997 a 2010, o Ministério das Comunicações ofereceu 1.872 concessões de rádio e 109 de TV.

A pasta diz não ter como identificar se os nomes nos contratos são de laranjas. Afirma também que não pode contestar a veracidade de documentos emitidos por carórios e juntas comerciais.

fsp´
Laranjas compram rádios e TVs do governo federal

Donas de casa e cabeleireira são proprietárias de concessões milionárias

Por trás das empresas há igrejas, políticos e especuladores que, assim, conseguem ocultar a participação

ELVIRA LOBATO
DO RIO

Empresas abertas em nome de laranjas são usadas frequentemente para comprar concessões de rádio e TV nas licitações públicas realizadas pelo governo federal, aponta levantamento inédito feito pela Folha.
Por trás dessas empresas, há especuladores, igrejas e políticos, que, por diferentes razões, ocultaram sua participação nos negócios.
Durante três meses, a reportagem analisou os casos de 91 empresas que estão entre as que obtiveram o maior número de concessões, entre 1997 e 2010. Dessas, 44 não funcionam nos endereços informados ao Ministério das Comunicações.
Entre seus "proprietários", constam, por exemplo, funcionários públicos, donas de casa, cabeleireira, enfermeiro, entre outros trabalhadores com renda incompatível com os valores pelos quais foram fechados os negócios.
Alguns reconheceram à Folha que emprestaram seus nomes para que os reais proprietários não figurem nos registros oficiais. Nenhum, porém, admitiu ter recebido dinheiro em troca.
Há muitas hipóteses para explicar o fato de os reais proprietários lançarem mão de laranjas em larga escala.
Camuflar a origem dos recursos usados para adquirir as concessões e ocultar a movimentação financeira é um dos principais.
As outras são evitar acusações de exploração política dos meios de comunicação e burlar a regra que impede que instituições como igrejas sejam donas de concessões.
Não há informação oficial de quanto a venda das concessões públicas movimentou. De 1997 a 2010, o Ministério das Comunicações pôs à venda 1.872 concessões de rádio e 109 de TV. Licitações analisadas pela reportagem foram arrematadas por valores de até R$ 24 milhões.
Também não existem dados oficiais atualizados sobre as licitações disponíveis para consulta. As informações do ministério deixaram de ser atualizadas em 2006.
Para chegar aos donos das empresas, a Folha cruzou informações fornecidas pelo governo com dados de juntas comerciais, cartórios, da Anatel e do Senado, que tem a atribuição de chancelar as concessões.

EM NOME DE DEUS
Pessoas que admitiram ter emprestado seus nomes dizem que o fizeram por motivação religiosa ou para atender a amigos ou parentes.
Donos, respectivamente, das Rádio 630 Ltda. e Rádio 541 Ltda., João Carlos Marcolino, de São Paulo, e Domázio Pires de Andrade, de Osasco, disseram ter autorizado a Igreja Deus é Amor a registrar empresas em seus nomes para ajudar a disseminar o Evangelho.
Políticos também podem estar por trás de empresas. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, é apontado pelo sócio no papel da Paraviana Comunicações como o real dono da empresa, que comprou duas rádios FM e uma TV em licitação pública.
Em e-mail enviado à Folha, João Francisco Moura disse que emprestou o nome a pedido do amigo Geraldo Magela Rocha, ex-assessor e hoje desafeto de Jucá.
Magela confirmou a versão. O senador foi procurado quatro vezes pela reportagem para responder à acusação, mas não se pronunciou.
O radialista e ex-deputado estadual Paulo Serrano Borges, de Itumbiara (GO), registrou a Mar e Céu Comunicações em nome da irmã e do cunhado. A empresa comprou três rádios e duas TVs por R$ 12,7 milhões e, em seguida, as revendeu.
Borges disse apenas que usou o nome da irmã por já ter outras empresas em seu nome, sem dar mais explicações. E que revendeu as concessões por não ter dinheiro para montar as emissoras.
Chama a atenção o fato de que algumas concessões são adquiridas com ágio de até 1.000%. Empresários do setor ouvidos pela Folha dizem que as rádios não são economicamente viáveis pelos valores arrematados. O setor não tem uma explicação comum para esse fenômeno.
A rádio de Bilac (SP), por exemplo, foi vendida por R$ 1,89 milhão, com 1.119% de ágio sobre o preço mínimo do edital. A empresa está registrada em nome de uma cabeleireira moradora de Itapecerica da Serra (SP).

OUTRO LADO

Ministério diz não ter como saber se donos são laranjas

Secretário da pasta diz que investigação cabe à PF e que não há lei que impeça desempregado de abrir uma empresa

DO RIO

O secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins de Albuquerque Neto, diz não ter meios de identificar se os nomes que aparecem nos contratos sociais das empresas são laranjas ou proprietários de fato, e que essa é tarefa para a Polícia Federal e para o Ministério Público Federal.
"Seria preciso quebrar o sigilo fiscal da empresa e dos sócios e fazer escuta telefônica para saber se há um sócio oculto por trás dos proprietários declarados", afirmou.
Alega ainda que não pode contestar a veracidade de documentos emitidos por instituições de fé pública, como os cartórios e as juntas comerciais que registram os contratos das empresas.
"Não há lei que impeça um soldado, um desempregado ou um funcionário público subalterno de abrir empresa. Não tenho como obrigá-los a comprovar, antes da licitação, se têm ou não o dinheiro para pagar a concessão."
A prioridade, segundo o secretário, é colocar em dia os processos de concessão atrasados -após a licitação há um longo caminho até a aprovação definitiva.
Ele prometeu zerar o estoque de rádio e TV acumulados no prazo de um ano e meio. Até lá, está suspensa a abertura de novas licitações.
"Entre a licitação pública de venda da concessão e a emissão de licenciamento da emissora há uma via crucis administrativa. Os procedimentos são lentos e burocratizados. Cada processo passava três vezes pelo gabinete do ministro até a aprovação da outorga. A partir de agora, só irá ao ministro uma vez."
Ele avalia que os editais de licitação foram malfeitos e deixaram brechas para as empresas adiarem o pagamento das outorgas e a assinatura dos contratos.

ATRASOS
Os processos de concessão se arrastam por mais de dez anos. Cerca de 890 licitações feitas entre 1997 e 2001, no governo Fernando Henrique, ainda não foram concluídas.
Licitações feitas até 2002 juntavam concessões em diversos locais num só edital. Como as empresas disputavam em regiões diferentes, quando um candidato era inabilitado em uma delas, os demais processos paravam.
Mesmo com os processos se acumulando, novas licitações foram abertas, agravando o problema. Em 2000 e 2001, sem ter concluído licitações anteriores, o ministério pôs à venda 1.361 concessões. Até hoje, 40% desses processos viraram contratos.
Não foi criado um filtro que impedisse o candidato de vencer mais concessões do que o limite legal. A legislação diz que nenhuma empresa ou acionista pode ter mais de seis rádios FM, quatro AM e dez geradoras de TV comercial em todo o país.
Há casos de empresas e pessoas físicas declaradas vencedoras de mais concessões do que o permitido.
Também há problemas com prazos. O ministério teria dez dias, a contar da aprovação no Congresso, para convocar o vencedor, e 60 dias para assinar contrato de concessão. Há 336 processos aprovados pelo Congresso sem assinatura do contrato de concessão.
(ELVIRA LOBATO)


"Só dei o meu nome para a igreja arrumar emissoras", diz evangélico

Sócio de rádio, Domázio diz não ter dinheiro para pagar concessão
DA ENVIADA A OSASCO (SP)

O evangélico Domázio Pires de Andrade, 74, vive da pensão de um salário mínimo numa casa humilde em terreno público invadido.
No papel, é sócio da empresa Rádio 541 Ltda., com Antonio Ribeiro de Souza, ex-vice-presidente da Igreja Deus é Amor. A empresa comprou quatro rádios em Minas, por R$ 200 mil. Após trabalhar por 24 anos na igreja, Domázio foi demitido e aderiu à Clamor dos Fiéis.
A direção da Deus é Amor não quis falar sobre o registro de empresas em nome de fiéis. (EL)





Folha - O senhor é dono da empresa Rádio 541 Ltda.?
Domázio Pires de Andrade - Só dei meu nome para a igreja arrumar emissoras.

Quem lhe pediu o nome?
A direção da igreja.

O senhor tem recursos para pagar as concessões?
De jeito nenhum.

De onde virá o dinheiro?
Disseram para eu não me preocupar. A igreja arca com toda a responsabilidade.

O senhor sabe qual é a situação atual de sua empresa?
Não tenho ideia. Todos os documentos ficaram no departamento jurídico.

O senhor vai reclamar a propriedade das rádios?
De maneira alguma. Dei minha palavra.

Por que saiu da Deus é Amor?
Me mandaram embora há cinco anos, porque eu estava de idade (velho). No início, eu vivi da ajuda dos meus amigos. Depois, fui para a Justiça do Trabalho. Na semana passada, eles me ofereceram R$ 3.000, e aceitei.

fsp
Laranjal de concessões

Fraudes nas aquisições de emissoras de rádio e TV dão enésimo argumento a favor de marco regulador que vede utilização política dos meios

A revelação de que testas de ferro são utilizados regularmente para a aquisição de concessões de rádio e TV nas licitações do governo federal vem reforçar a necessidade de reforma urgente do sistema.
Levantamento desta Folha mostrou que funcionários públicos, donas de casa e até uma cabeleireira e um enfermeiro constam como donos de rádios e TVs. Nada contra essas profissões, claro, tão dignas como quaisquer outras.
O problema reside no fato de a renda desses supostos proprietários ser incompatível com os valores das transações feitas em seus nomes. São, no jargão da delinquência, meros "laranjas".
O objetivo da fraude é ocultar os verdadeiros donos das emissoras. São especuladores, igrejas e políticos que, por motivos vários, não podem ser a face visível dessas empresas de comunicação. Driblam, assim, proibições legais e têm liberdade para agir em prol dos próprios interesses, raramente condizentes com os do público.
Quase tão chocante quanto constatar a burla é ver o Ministério das Comunicações admitir, com candura, que não teria meios de identificar o uso de laranjas. "Seria preciso quebrar o sigilo fiscal da empresa e dos sócios e fazer escuta telefônica para saber se há um sócio oculto por trás dos proprietários declarados", disse o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do ministério.
Ora, a reportagem da Folha, sem fazer uma coisa nem outra, apontou 44 laranjas em 91 concessões conferidas de 1997 a 2010.
A incapacidade de identificar fraudes, no entanto, é apenas uma das muitas deficiências do processo de concessão. Há quase 900 licitações feitas entre 1997 e 2001 ainda não concluídas. Assim, fica claro que não só falta celeridade às concessões no país como o longo tempo gasto não se traduz em processo mais criterioso.
O governo discute, desde o ano passado, um novo marco regulador para a mídia eletrônica. Um anteprojeto que veio a público em dezembro proibia políticos de receberem concessões de rádio e TV. A medida é acertada, uma vez que o controle de meios de comunicação de massa confere uma vantagem indevida a seus proprietários no processo eleitoral.
É muito improvável que o Congresso vá nessa direção. O próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, favorável à proibição, já admitiu que é mais fácil o Parlamento votar o impeachment de um presidente que rejeitar a renovação de uma concessão. Nada menos que 61 eleitos em 2010 informaram ter rádio ou TV -fora os que se valem de laranjas.
O ministro Paulo Bernardo anunciou que pedirá a cassação das concessões em poder de laranjas, mandará investigar outras irregularidades e tornará mais rígidas as regras das licitações. O público começará a acreditar nesse tipo de promessa quando ocorrer, de fato, a primeira cassação

Governo retomará rádios e TVs em nome de laranjas

Ministro anuncia medidas para coibir fraudes em concessões, reveladas pela Folha

Paulo Bernardo diz que pode anular concessão revendida ilegalmente e pedirá investigação ao Ministério Público

ELVIRA LOBATO
DO RIO

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou ontem que o governo cassará as concessões de rádio e TV que foram adquiridas em licitações públicas por empresas registradas em nome de laranjas.
A decisão foi tomada um dia depois de a Folha revelar que entre os vencedores de concessões milionárias estão funcionários públicos, donas de casa, cabeleireira, entre outros trabalhadores com renda incompatível com o valor dos negócios.
Alguns admitiram ter emprestado os nomes para que os reais proprietários não aparecessem. De 91 empresas analisadas pela reportagem, 44 não funcionam nos endereços oficiais.
Segundo Paulo Bernardo, o ministério já tinha conhecimento de parte das "ocorrências", embora desconhecesse detalhes sobre o uso em larga escala de laranjas.
O ministro disse que pedirá ao Ministério Público Federal que investigue também a revenda de concessões pela internet, revelada pela Folha na edição de ontem.
"A legislação proíbe a revenda das concessões até que a emissora complete cinco anos de funcionamento. Quem comprou e revendeu para ganhar dinheiro pode perder a concessão", disse.

QUEBRA DE SIGILO
Paulo Bernardo comentou o caso da Empresa Ursa Maior, registrada em nome da cabeleireira Neide Maria Pedroso, da Itapecerica da Serra (SP), que venceu licitações para três concessões de rádio, por R$ 8,19 milhões.
Afirmou que há indícios de que "há algo muito errado" e que o Ministério Público tem poder para pedir a quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico e descobrir se existe um proprietário oculto por trás das empresas.
Outras medidas anunciadas foram a suspensão da abertura de novos editais de licitação enquanto o ministério não concluir a tramitação dos processos que estão acumulados e a modificação dos próximos editais para inibir o uso de laranjas.
Ele defendeu a exigência de que os candidatos depositem uma garantia de 20% do valor de mínimo de venda estabelecido pelo governo.
Os perdedores receberão o dinheiro de volta ao final da licitação e o ganhador o usará como parte do pagamento pela concessão.

ACÚMULO
A reportagem da Folha mostrou ainda que 890 licitações feitas de 1997 a 2001 ainda não foram concluídas. Bernardo admitiu que a tramitação dos processos pelo ministério é lenta e prometeu concluir todos os processos acumulados em 18 meses.
Ele anunciou ainda que encaminhará à AGU (Advocacia-Geral da União) vários processos parados porque o comprador não pagou o prometido. E defendeu que as concessões licitadas há mais de dez anos, e ainda não concluídas, sejam canceladas e feitas novas licitações.
Outras providências anunciadas foram as mudanças de regras para a emissão de outorgas de emissoras educativas e de retransmissoras de TV, que são autorizadas gratuitamente pelo governo.
Segundo o ministro, para tornar "mais transparente" a distribuição das outorgas será feita uma consulta pública ainda nesta semana.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

midia e poder - Donos da mídia já se agitam no Congresso - blog do miro

Por Altamiro Borges


Os donos da mídia no Brasil já dão sinais de preocupação diante da possibilidade da presidenta Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de novo marco regulatório das comunicações. Na semana passada, em debate realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que a proposta de regulação da mídia “não foi enterrada” pelo Palácio do Planalto, conforme andaram alardeando certos veículos.

Ele relatou que o ex-ministro Franklin Martins deixou um projeto “ainda não acabado” de regulamentação do setor, com base nas resoluções da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), de dezembro de 2009, e nas contribuições do Seminário Internacional sobre Convergências de Mídia, de novembro passado. O esboço já foi encaminhado para estudo de outros órgãos, como a Secom e o Ministério da Cultura, e deverá em breve ser analisado pela presidenta Dilma Rousseff – prometeu o ministro.

A influente “bancada do PIG”

Avessos a qualquer debate democrático sobre regulamentação do setor, os donos da mídia já teriam iniciado suas articulações de bastidores no Congresso Nacional. Segundo matéria publicada na semana passada pela Agência de Notícias da Câmara Federal, “o novo marco regulatório das comunicações já desperta movimentação” em Brasília. A meta inicial da “bancada da radiodifusão” é a de ocupar os postos chaves que discutirão o tema, em especial na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a bancada do PIG (Partido da Imprensa Golpista) tem mais de 100 deputados e senadores, entre donos diretos de emissoras de televisão e rádio ou agentes indiretos, como familiares e “laranjas”. Mas ela não se reduz a este contingente. Muitos congressistas mantêm estreitas relações com os barões da mídia; e vários outros temem que suas biografias sejam maculadas por reportagens e manchetes denuncistas.

Privilégios e entraves às mudanças

Com essa conformação viciada, a batalha por um novo marco regulatório não encontrará terreno fértil no Congresso Nacional. Até as restrições já previstas em lei – como a que proíbe que membros do Executivo e do Legislativo sejam donos de concessões públicas de rádio e televisão – tendem a ser descartadas. Os parlamentares da “bancada do PIG” querem manter o privilégio de legislar em causa própria no que se refere à concessão e renovação de outorgas da radiodifusão.

É o caso do deputado Arolde de Oliveira (DEM/RJ), dono de uma emissora de rádio, que já anunciou que pretende se reconduzido à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Em recente entrevista, ele disse que se considera “isento” para discutir as regras do setor, defendeu o “direito” de o parlamentar usufruir de concessões públicas de radiodifusão e manifestou ser contra qualquer regulação mais ampla da mídia, defendendo apenas ajustes decorrentes das inovações tecnológicas.

Outro que pretende integrar a cobiçada comissão é o agora deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG). O grão-tucano sempre teve uma relação privilegiada com os donos da mídia, que evitaram espinafrá-lo no episódio do “mensalão mineiro” – bem diferente do bombardeio deflagrado contra parlamentares petistas. O parlamentar já foi dono de uma rádio em Minas Gerais, mas garante que se desfez da sociedade. Entre outras medidas de interesse dos impérios midiático, Azeredo é autor do projeto de restringe o uso da internet, que já foi batizado de AI-5 Digital numa lembrança ao ato autoritário da ditadura militar.

A urgência da pressão social

Apesar destes entraves, o líder da bancada do PT na Câmara Federal, deputado Paulo Teixeira, garante que a casa não se omitirá no debate sobre o novo marco regulatório. Diplomático, ele afirma que “há uma chiadeira dos proprietários dos conglomerados de comunicação, mas a matéria não pode ser mais adiada... A bancada de radiodifusão é cerca de 1/5 do Congresso, mas resta 4/5, e não quer dizer que este 1/5 seja todo contrário a mudanças, se elas forem boas para o país".

Mas é bom não contar com tanto “patriotismo”. Paulo Teixeira sabe que a pressão social será fundamental para garantir o envio do projeto de regulação da mídia e, na sequência, para permitir avanços no Legislativo. Nem um nem outro estão garantidos. Daí a importância da atividade realizada em Fortaleza na última sexta-feira, dia 18. Cerca de mil pessoas se mobilizaram para o debate sobre “mídia, regulação e democracia”. Essa voz das ruas é que precisa se manifestar em todo o país e de imediato!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O jogo sujo do atraso e da ineficácia

Viés. Chamou a atenção, no relatório do TCU que resultou na paralisação de 13 obras do PAC, a ausência do Rodoanel de São Paulo, vitrine do presidenciável José Serra. Os mentores do índex são dois ministros originários do DEM: Aroldo Cedraz e José Jorge.

domingo, 26 de julho de 2009

ONDA MORALISTA E A MÍDIA DEMOTUCANA E GOLPISTA


A onda moralista que a mídia desencadeou contra o Senado e em especial contra determinado senador lembra a virulência udenista que, expressando a indignação das grandes parcelas da classe média, criaram as condições objetivas para o movimento militar de 1964.


CARLOS HEITOR CONY

Até quando?
RIO DE JANEIRO - Com a queda de Getulio Vargas em 1945, por deliberação dos militares que depuseram o ditador, o poder foi entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Linhares.
Naquele tempo e como parte ainda hoje, o funcionalismo público em seus vários graus (federal, estadual e municipal) era a espinha dorsal do mercado de trabalho brasileiro.
Linhares nomeou muita gente, inclusive parentes, o que fez o Barão de Itararé reclamar: "Não são Linhares, são milhares".
Quando Juscelino nomeou um parente com o nome de sua família para importante cargo em estatal, o "Correio da Manhã" publicou o editorial mais curto da imprensa mundial: "O presidente da República nomeou um Kubitschek. Este nome não nos é estranho".
O nepotismo é hoje condenado e com razão, mas na escala dos crimes institucionais, é venial, como a gula, a preguiça e a soberba em relação aos pecados mortais, como o homicídio e o roubo.
Ao visitar José Alencar no hospital, Lula encontrou-se com o senador Eduardo Suplicy e reclamou: "Você está há 18 anos no Congresso e não sabia de nada?!" Não somente Suplicy, mas centenas de congressistas nesses últimos anos nada sabiam do que se passava nos porões da Câmara ou do Senado.


A onda moralista que a mídia desencadeou contra o Senado e em especial contra determinado senador lembra a virulência udenista que, expressando a indignação das grandes parcelas da classe média, criaram as condições objetivas para o movimento militar de 1964.
Lembro uma foto publicada do guarda-roupa da mulher de João Goulart com a legenda: "Até quando vamos suportar isso?"

quinta-feira, 23 de julho de 2009

LULA: "Dependendo da carga de manchetes da imprensa, a pessoa já está condenada".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem ao novo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que os procuradores, ao realizarem uma investigação, também pensem "na biografia dos investigados". Em discurso, Lula criticou a imprensa por julgar as pessoas antes do processo finalizado.
"Uma instituição que tem o poder que tem o Ministério Público brasileiro, garantido pela Constituição, tem o direito e a obrigação de agir com a máxima seriedade, não pensando apenas na biografia de quem está fazendo a investigação, mas pensando, da mesma forma, na biografia de quem está sendo investigado", disse.

Segundo o presidente, "dependendo da carga de manchetes da imprensa, a pessoa já está condenada".


Lula disse que jamais fará pedidos pessoais ou impedirá investigações e que a instituição precisa atuar de forma responsável, sob pena de sofrer "castramento" de sua liberdade por alguém que se sinta atingido.
O presidente afirmou, ainda, que a corrupção tem aparecido mais no seu governo porque passou a ser mais combatida. "Você pode engavetar processo, aceitar pressão do Poder Legislativo, do Poder Executivo, da imprensa que às vezes quer condenar antes do processo ser feito corretamente", afirmou.

COMO DEUS,
O PIG EXISTE!!!


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, discordou de Lula. Segundo ele, a imprensa nunca atua de forma isolada, mas com respaldo de autoridades.: "É um delegado que precipita uma conclusão, é um promotor, às vezes é um juiz".


(Como fez o judiciário no golpe de Honduras?)



Acho que essa declaração de Gilmar Mendes no meio de uma informação sobre a posse de um procurador revela várias hipóteses que comprova(ra)m a existência do chamado Partido da Imprensa Golpista - o PIG.

Ou: por que o redator colocaria essa opinião ali no meio?


Para livrar-se de possíveis argumentos de que o Pig existe?

Redimir-se do que disseram antes?

Ou continuar as denúncias sob o manto protetor de parte da Justiça?

Por que até agora nada foi explicado sobre a farsa do grampo do Gilmar Mendes e do senador Demóstenes Torres publicada na revista Veja?

Releia a frase de Mendes e compare com o que o judiciário fez em Honduras:


"É um delegado que precipita uma conclusão, é um promotor, às vezes é um juiz".


Até as pedras sabem que existe um esquema de golpismo contra o governo Lula.

Demotucanos e parte da grande mídia autopautam-se.

Um dá ao outro a dica para a próxima jogada.

Fornecem dados e informações - afinal os congressistas têm acesso privilegiado aos dados do governo.

MONTA-SE A FÁBRICA DE DENÚNCIAS E ESCÂNDALOS DE SUPOSTAS CORRUPÇÕES.

CONDENA-SE À PRIORI.

COM O APOIO DE CERTA PARTE DA JUSTIÇA, COMO MENDES.

E POR AÍ VÃO, IMUNES E IMPUNES.

GRANDE MÍDIA: FIAPOS DE HONRA OU O ENREDO DE PRECONCEITO E DESINFORMAÇÃO

Justiça, mídia e ficção
GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO


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A liberdade literária não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas
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A LIBERDADE de expressão artística é valor constitucional irrefragável. Não se concebe a ideia mesma de Estado democrático de Direito sem que se assegure aos artistas em geral o direito de obviar, debater, criticar, censurar ou mesmo escarnecer. Mas haverá limites?
Essa é uma indagação secular, talvez atemporal: era atual nos tempos de Gregório de Matos, crítico atroz da Igreja Católica e dos desgovernos da "cidade da Bahia" no século 17, e continua atual em tempos de José Simão, quando a sátira recai sobre os dotes da bela estrela de novelas.
Decerto que há limites. Nem sempre bosquejados com a precisão que se desejaria, mas há limites.
No plano individual, vamos encontrá-los na integridade do chamado "conteúdo essencial" (os alemães diriam "Wesensgehalt") de direitos fundamentais como a honra, a imagem ou a intimidade. Isto é, a liberdade de expressão ou de informação não pode ser exercida em níveis tais que recuse à pessoa o fiapo de honra ou de privacidade sem o qual ninguém -rico ou pobre, anônimo ou famoso- poderia (con)viver dignamente.
No plano coletivo, vamos encontrar os limites nas boas práticas de comunicação social. É o ponto que me interessa ferir.
A crítica social é sempre bem-vinda e cumpre importante papel na conscientização dos povos. Imbuídos dessa saudável convicção, não é de hoje que os autores de folhetins inserem em seus roteiros personagens, cenas e contextos que concitam a uma conduta socialmente positiva ou politicamente correta. Podem fazê-lo diretamente (incorporando a ação valiosa ao leque de atitudes do galã) ou indiretamente (estabelecendo um vínculo de identidade entre a ação desvalida e certa personagem, que adiante será escarnecida ou malfadada).
Quando, porém, essa última estratégia não se basta na crítica pontual e faz generalização preconceituosa, a medida desproporcional transforma o remédio em veneno. Planta-se no imaginário popular uma falsa percepção de mundo, não raro com efeitos nocivos para a própria sociabilidade.
É o que ocorre, hoje em dia, com algumas novelas de grande audiência que resvalam na imagem do Judiciário e de algumas das chamadas funções essenciais à administração da Justiça (como a advocacia). E, de todas, a que mais agride é justamente a mais vista, em pleno horário nobre.
Ali, um personagem de caráter duvidoso -que as resenhas definem como "advogado trabalhista" que "aposta sempre no jeitinho brasileiro"- convence trabalhadores da construção a se ferirem ou se automutilarem com a promessa de polpudas indenizações. Insinua-se até que o "esquema" já teria exitosos precedentes. O que dizer dessa visão de mundo?
Não se nega que haja, entre advogados trabalhistas, maus profissionais que se prestem a semelhantes fraudes. Mas esses não são meros cafajestes bravateiros, como poderia sugerir a história. São criminosos. Não merecem o olhar de simpatia que a figura do "malandro" geralmente inspira. E não são, em absoluto, a regra. Perfazem uma franca e execrável minoria.
Importa lembrar que o Brasil já ocupou por seguidos anos a pouca honrosa liderança do ranking mundial de acidentes de trabalho. Dados da OIT apontam que, em 2008, cerca de 6.000 pessoas morriam por dia no mundo em razão de acidentes e doenças ligadas a atividades laborais. É uma chaga mundial, que vitima especialmente as populações dos países em desenvolvimento.
Quando, porém, generaliza-se a imagem do engodo, transmite-se ao empresário, ao cidadão e até ao trabalhador moralmente débil a ideia de que não temos uma legião de mutilados, mas uma legião de espertalhões.
Esteriliza-se o sentimento de repúdio, convola-se em regra a exceção e transforma-se a vítima em algoz.
Em tais casos, se a liberdade de expressão artística é malconduzida e inspira cuidados, o que há de fazer?
Os mais exaltados acorreriam às barras dos tribunais para obstaculizar a sequência narrativa do folhetim.
A mim, contudo, parecem suficientes o esclarecimento e o protesto públicos pelo mesmo veículo da agressão: a mídia. Deixa-se livre o artista para refletir com os seus botões. Para isso, este artigo.
A liberdade literária, nos folhetins de TV ou em todas as demais manifestações dramatúrgicas, não pode servir de pretexto para desfigurar a realidade, desautorizando instituições legítimas e democráticas. Vale aqui, como lá, a advertência atribuída aos irmãos Goncourt: "No teatro das coisas humanas, o cartaz é quase sempre o contrário da peça".
Pois bem: que o cartaz da livre expressão não oculte, nesses tempos confusos, um enredo de preconceito e desinformação.



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GUILHERME GUIMARÃES FELICIANO , 36, juiz do trabalho, é vice-presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra-XV) e professor da Faculdade de Direito da USP. Publicou, entre outras obras, "Direito à Prova e Dignidade Humana".

quarta-feira, 22 de julho de 2009

CUIDADO, NÃO SE EVANESÇA: O DELETADOR - OU O VIGILANTE CIBERNÉTICO QUE UNE MAS PUNE

Nova tecnologia pretende extinguir dados digitais, de propósito

Autodestruição de mensagens eletrônicas aumentaria segurança.
Ainda é preciso resolver questões legais associadas à técnica.


John Markoff
Do 'New York Times'

Um grupo de cientistas da computação da Universidade de Washington desenvolveu uma forma de fazer com que mensagens eletrônicas se "autodestruam" depois de certo tempo, como mensagens escritas na areia, varridas pela onda do mar.

Os pesquisadores acham que o novo software, chamado Vanish, que exige criptografia de mensagens, será cada vez mais requisitado, à medida que as informações pessoais e comerciais são armazenadas em máquinas centralizadas ou servidores, não em computadores pessoais. Atualmente, isso é chamado de "computação na nuvem", e as nuvens consistem nos dados – incluindo e-mail, documentos e calendários baseados na web – armazenados em vários servidores.

A ideia de desenvolver tecnologias para fazer desaparecer dados digitais, depois de um período específico, não é nova. Vários serviços que realizam essa função existem na web, e alguns dispositivos eletrônicos, como chips de memória Flash, acrescentaram essa capacidade de proteger dados armazenados ao apagá-los automaticamente após certo tempo. No entanto, os pesquisadores disseram ter se deparado com uma abordagem única que confia na "destruição" de uma chave de criptografia que não é mantida por nenhuma das partes em trocas de e-mail, mas amplamente espalhada por um sistema de compartilhamento de arquivo peer-to-peer.

A criptografia de chave pública torna possível que duas partes que nunca se encontraram fisicamente compartilhem um segredo digital e, como resultado, participem de uma conversa eletrônica segura, protegida de possíveis "bisbilhoteiros". A tecnologia está no centro dos sistemas de comércio eletrônicos mais modernos.

Vanish
- DESVANESCEDOR

O Vanish usa o sistema de criptografia baseado em chave de uma forma diferente. Ele faz com que uma mensagem decodificada seja automaticamente re-criptografada num momento específico no futuro, eliminando o medo de que terceiros possam acessar a chave necessária para ler a mensagem.

As peças da chave, pequenos números, tendem a "erodir" com o tempo, enquanto gradualmente caem em desuso. Para fazer com que as chaves sofram erosão, ou expirem, o Vanish tira vantagem da estrutura de um sistema de arquivos peer-to-peer. Essas redes são baseadas em milhões de computadores pessoas, cujo endereço na Internet muda enquanto eles entram e saem da rede. Isso torna extremamente difícil para que um bisbilhoteiro ou espião una as peças da chave, pois ela nunca é mantida num único local.

A tecnologia Vanish é aplicável em mais que apenas e-mails ou outras mensagens eletrônicas. Tadayoshi Kohno, professor assistente da Universidade de Washington e um dos criadores do Vanish, diz que o programa torna possível controlar o "tempo de vida" de qualquer tipo de dado armazenado na nuvem, incluindo informações do Facebook, documentos do Google ou blogs. O valor potencial dessa tecnologia foi recebido com grande alívio na semana passada, quando um hacker roubou dados pertencentes ao Twitter, empresa de mídia social, e os enviou por e-mail para empresas de publicações na web dos Estados Unidos e da França.

O significado desse avanço é que o "modelo de confiança" do Vanish não depende da integridade de terceiros, como ocorre com outros sistemas. Os pesquisadores citam um incidente no qual um fornecedor comercial de serviços de e-mail criptografados revelou o conteúdo de comunicações digitais quando intimado por uma agência de cumprimento da lei no Canadá. Os cientistas reconheceram a existência de questões legais inexploradas envolvendo o uso de sua tecnologia. Por exemplo, algumas leis exigem que as empresas arquivem seus e-mails e os tornem acessíveis.

Eles desenvolveram um protótipo do sistema Vanish baseado num módulo plug-in para o navegador Mozilla Firefox. Usar o sistema exige que ambas as partes da comunicação tenham uma cópia do módulo, que é um dos limites da tecnologia. Kohno disse não visualizar o Vanish sendo usado em todos os tipos de comunicação, mas somente nos casos mais delicados

terça-feira, 21 de julho de 2009

OS ESTATUTOS DO HOMEM

Os Estatutos do Homem
Thiago de Mello

Ato Institucional Permanente


A Carlos Heitor Cony



Artigo I.
Fica decretado que agora vale a verdade.

que agora vale a vida,

e que de mãos dadas,

trabalharemos todos pela vida verdadeira.


Artigo II.
Fica decretado que todos os dias da semana,

inclusive as terças-feiras mais cinzentas,

têm direito a converter-se em manhãs de domingo.


Artigo III.
Fica decretado que, a partir deste instante,

haverá girassóis em todas as janelas,

que os girassóis terão direito

a abrir-se dentro da sombra;

e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,

abertas para o verde onde cresce a esperança.


Artigo IV.
Fica decretado que o homem

não precisará nunca mais

duvidar do homem.

Que o homem confiará no homem

como a palmeira confia no vento,

como o vento confia no ar,

como o ar confia no campo azul do céu.


Parágrafo Único:
O homem confiará no homem

como um menino confia em outro menino.


Artigo V.
Fica decretado que os homens

estão livres do jugo da mentira.

Nunca mais será preciso usar

a couraça do silêncio

nem a armadura de palavras.

O homem se sentará à mesa

com seu olhar limpo

porque a verdade passará a ser servida

antes da sobremesa.


Artigo VI.
Fica estabelecida, durante dez séculos,

a prática sonhada pelo profeta Isaías,

e o lobo e o cordeiro pastarão juntos

e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.


Artigo VII.
Por decreto irrevogável fica estabelecido

o reinado permanente da justiça e da claridade,

e a alegria será uma bandeira generosa

para sempre desfraldada na alma do povo.


Artigo VIII.
Fica decretado que a maior dor

sempre foi e será sempre

não poder dar-se amor a quem se ama

e saber que é a água

que dá à planta o milagre da flor.


Artigo IX.
Fica permitido que o pão de cada dia

tenha no homem o sinal de seu suor.

Mas que sobretudo tenha sempre

o quente sabor da ternura.


Artigo X.
Fica permitido a qualquer pessoa,

a qualquer hora da vida,

o uso do traje branco.


Artigo XI.
Fica decretado, por definição,

que o homem é um animal que ama

e que por isso é belo.

muito mais belo que a estrela da manhã.


Artigo XII.
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido.

tudo será permitido,

inclusive brincar com os rinocerontes

e caminhar pelas tardes

com uma imensa begônia na lapela.


Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:

amar sem amor.


Artigo XIII.
Fica decretado que o dinheiro

não poderá nunca mais comprar

o sol das manhãs vindouras.

Expulso do grande baú do medo,

o dinheiro se transformará em uma espada fraternal

para defender o direito de cantar

e a festa do dia que chegou.


Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade.

a qual será suprimida dos dicionários

e do pântano enganoso das bocas.

A partir deste instante

a liberdade será algo vivo e transparente

como um fogo ou um rio,

e a sua morada será sempre

o coração do homem.



Santiago do Chile, abril de 1964


Publicado no livro Faz Escuro Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar 1965.


In: MELLO, Thiago de. Vento geral, 1951/1981: doze livros de poemas. 2.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 198

sábado, 18 de julho de 2009

Enquanto a mídia seleciona seus escândalos os bancos sonegam bilhões em impostos

Bancos lideram em autuações da Receita
e há uma disputa jurídica sobre o pagamento desses impostos que envolve a cobrança de cerca de R$ 20 bilhões.


Instituições financeiras foram alvo de punições no valor de R$ 4,3 bi aplicadas pelo fisco no 1º semestre em SP, 34% do total

Resultado reflete ação da Receita sobre grandes grupos; Febraban aponta casos de multas relativas a PIS e Cofins, tema controverso na Justiça

FÁTIMA FERNANDES
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O setor financeiro lidera o ranking de autuações aplicadas às empresas paulistas pela Receita Federal. No primeiro semestre deste ano, essas instituições foram autuadas em R$ 4,319 bilhões. Esse valor representa cerca de 34% do valor total das autuações aplicadas às empresas no Estado no mesmo período, de R$ 12,6 bilhões.

O setor industrial ocupa a segunda colocação na lista das empresas mais autuadas no primeiro semestre deste ano, com R$ 3,19 bilhões. Em seguida estão o setor de serviços, com R$ 2,12 bilhões, e o de comércio, com R$ 1,28 bilhão. No caso de outras pessoas jurídicas, as autuações somam R$ 1,66 bilhão no período.

As autuações decorrem principalmente da omissão de receita -proposital ou não- das empresas e na falta de recolhimentos de PIS/Cofins e contribuições previdenciárias, segundo a Folha apurou. No setor financeiro, as autuações resultam de mudanças contábeis para redução do lucro tributável. A Receita discorda das mudanças e aplica autuações.
O Santander foi um dos bancos autuados no primeiro semestre deste ano devido a operações feitas na compra do Banespa, em 2000. O Santander informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que "as operações envolvendo a aquisição do Banespa foram realizadas com estrita observância da legislação e que recorreu administrativamente do auto de infração e tem plena confiança nas instituições brasileiras".
O valor das autuações feitas pela Receita em São Paulo nos primeiros seis meses deste ano foi cerca de 160% maior do que o registrado em igual período de 2008, de R$ 4,6 bilhões.


Esse crescimento das autuações às pessoas jurídicas é resultado de mudanças nas regras de fiscalização do fisco conduzidas pela ex-secretária Lina Maria Vieira para intensificar o combate à sonegação de tributos federais, como o IR (Imposto de Renda), o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
(DIZ-SE QUE ELA CAIU POR CAUSA DESSAS PRESSÕES)

A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) informa que não faz o acompanhamento de autuações aplicadas aos bancos e que as fiscalizações e as autuações são tratadas individualmente pelas instituições.

"A fiscalização sobre os bancos foi sempre atuante. Existe uma delegacia específica para acompanhar o setor financeiro, já que a legislação do setor é complexa", diz Carlos Pela, coordenador da comissão tributária e jurídica da Febraban.

As autuações no setor financeiro podem estar relacionadas, segundo afirma Pela, à discussão sobre a cobrança do PIS e da Cofins no setor bancário.
Há uma disputa jurídica sobre o pagamento desses impostos que envolve a cobrança de cerca de R$ 20 bilhões. Para as instituições financeiras, a cobrança deve ser feita sobre as tarifas bancárias cobradas de seus clientes e, para a Receita Federal, sobre a atividade principal dos bancos: a intermediação de recursos financeiros.
"A Receita já inscreveu alguns bancos na dívida ativa da União, apesar de não haver ainda uma decisão do Supremo Tribunal Federal", diz Pela.

A Fecomercio SP (federação do comércio paulista) informa que a legislação tributária no país é complexa e que nem sempre as autuações aplicadas estão corretas. "O fato de terem aumentado as autuações não significa que elas estejam corretas. Apesar de os autos de infração terem sido lavrados, o contribuinte pode ainda discutir esses autos no âmbito administrativo. Encerrada essa etapa, pode haver ainda a discussão na Justiça", afirma Luis Antonio Flora, diretor jurídico da Fecomercio SP.
Procurada pela Folha para comentar as autuações feitas às indústrias, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) informa, por meio de sua assessoria, que não faria comentários sobre autuações feitas às empresas do setor.



Auditores fazem protesto contra a saída de Lina

MATHEUS MAGENTA

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Um protesto contra a demissão da ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira reuniu ontem, segundo os organizadores, cerca de cem auditores fiscais de quatro Estados em frente à sede do órgão, em Salvador. A categoria considera que ela foi exonerada por pressão de grandes grupos econômicos autuados durante sua gestão.
Manifestantes da Bahia, de Minas, do Rio Grande do Sul e do Rio penduraram faixas, colaram esparadrapos na boca, distribuíram panfletos e amarraram as próprias mãos como sinais de protesto.
"A Receita vinha se tornando um instrumento que trata todos os contribuintes sem privilégios, daí nossa preocupação para que essa mudança não se perca com a saída de Lina", disse Vera Balieiro, presidente da delegacia do Unafisco no Rio.
No panfleto distribuído pelos manifestantes, a categoria diz não aceitar que "pressões políticas venham reduzir a capacidade que o órgão tem de fiscalizar ilícitos tributários".


Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou pra tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O USO DA PALAVRA: CONTEXTOS E INTERESSES

A palavra sempre é usada com algum interesse - não existe fala imparcial, cada um defende um ponto-de-vista, uma opinião, um mode de ser ou de dizer as coisas.

O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.

Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.

A palavra sempre é usada com algum interesse - não existe fala imparcial, cada um defende um ponto-de-vista, uma opinião, um mode de ser ou de dizer as coisas.

O histórico de cada pessoa, portanto, é fundamental para saber-se quais os objetivos e as intenções dessa pessoa.

Sem conhecermos as implicações históricas, individuais e sociais dos fatos, entre outros inúmeros fatores - inclusive genealógicos, antropológicos, filosóficos, etc.etc.etc - não saberemos contextualizar, interpretar esses fatos.



Esse assunto vai longe.

Precisa ser desdobrado.

Aliás, como tudo na vida - até que a morte nos separe!

Até
que
a
morte
nos
separe
de
nós
mesmos!

TRADUTORE, TRADITORE!

oi, teste. um teste sem querer que deu certo. vamos ver no que vai dar. jamais pensei que com amplas tentativas de erro e acerto pudesse chegar aos mesmos erros de sempre. ainda bem
Que eu não saiba, tudo bem, mas que erre e varra as possibilidades tantas vezes parece burrice sacrossanta mas ensandecida.



The major difference between a thing that might go wrong and a thing that cannot possibly go wrong is that when a thing that cannot possibly go wrong goes wrong it usually turns out to be impossible to get at or repair.

A principal diferença entre uma coisa que poderia dar errado e uma coisa que não pode dar errado é que quando uma coisa que não pode dar errado dá errado, geralmente, acaba por ser impossível chegar a uma temperatura igual ou reparação.
- Douglas Adams



put in so many enigmas and puzzles that it will keep the professors busy for centuries arguing over what I meant, and that's the only way of insuring one's immortality.

Invente um monte de enigmas e quebra-cabeças. Esta é a única maneira de segurar a imortalidade: manter os professores ocupados durante séculos argumentando sobre o que eu quis dizer.
James Joyce



A man is in general better pleased when he has a good dinner upon his table, than when his wife talks Greek.
Um homem fica, em geral, mais satisfeito quando ele tem um bom jantar à sua mesa, do que quando a mulher fala grego.
Samuel Johnson


I have yet to see any problem, however complicated, which, when you looked at it in the right way, did not become still more complicated.
Quanto mais você sae aproxima do problema para resolvê-lo mais complexo ele fica!!!
Poul Anderson


It pays to be obvious, especially if you have a reputation for subtlety.
Paga-se para ser óbvio, especialmente se você tem uma reputação de sutileza.
- Isaac Asimov


If one could only teach the English how to talk, and the Irish how to listen, society here would be quite civilized.
Wilde

Se alguém pudesse ensinar ao inglês como conversar e ao irlandês como ouvir, a sociedade aqui seria muito civilizada.(!)


Matthew 24:29

Immediately after the tribulation of those days shall the sun be darkened, and the moon shall not give her light, and the stars shall fall from heaven, and the powers of the heavens shall be shaken:
Logo depois da atribulação daqueles dias o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, as estrelas devem cair do céu, e os poderes dos céus serão abalados:

goethe
Divide and rule, a sound motto. Unite and lead, a better one.


Dividir para reinar, um som lema. Unidade e comando, (outro!) melhor.


Sê paciente; espera
Eugénio de Andrade

Sê paciente; espera
que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto
ao passar o vento que a mereça.


que a palavra apareça
ao vento que a mereça

e o diálogo aí cresça
sem que desmereça
nem se desfaleça

UM DIA DE MANIPULAÇÃO E DE EDIÇÃO DE PALAVRAS E NOTÍCIAS

FRASES

"Enquanto a arrecadação cai, o governo aumenta os
gastos de qualidade duvidosa, como os com o funcionalismo".

(Frase com que o redator conta, sempre com uma opinião de um especialista
em economia que fale a mesma língua dos neonliberais).


Lembra daquela frase do economista do Estadão na época da ditadura: o problema do Brasil é o povo - ou coisa sssim!


A VERDADE NO MEIO DO REDEMOINHO

A grande mídia e os demotucanos dizem que a CPI da Petrobrás foi criada por motivos de corrupção da empresa e não pagamento de impostos.

Mas no meio de uma notícia da economia aparece o seguinte:

No meio do ano passado, a Petrobras mudou de regime tributário e, com isso, calcula que ficou com crédito de R$ 2,14 bilhões. A empresa usou o valor para quitar a Cide-Combustíveis em janeiro. A compensação foi efetuada pela empresa no auge da crise econômica, quando a arrecadação registrou os piores resultados do ano.


Pôncio Pilatos lavou as mãos para se proteger da gripe.


Ponto cego: costurar o texto independe dos olhos, mas das intenções e interesses em jogo.


Pode sossegar!

O PIB chinês cresceu a uma taxa anualizada de 16,5% entre abril e junho passados. Nos três primeiros meses do ano, o gigante asiático havia crescido 6,1%, e, no último trimestre de 2008, apenas 1,5%.

É só um aviso do perigo,
o paraíso será o postigo
do inferno, meu amigo!


Enquanto o dito partido da imprensa golpista caça seletivamente as bruxas que lhe interessam,
os perseguidos coronéis riem mídia e de todos.


O articulista Clóvis Rossi diz que só pode ser deboche "a eleição de Paulo Duque para presidir o Conselho de Ética do Senado, a julgar pela entrevista que deu à Folha. Espremendo bem as declarações, seu conceito de ética é mais ou menos assim:

roubar pouco é ético.

Só se roubar muito pode, assim mesmo eventualmente, ser investigado pelo Conselho de Duque. Aliás, o conceito de muito ou pouco também é relativo, já que o ínclito senador orgulha-se de ter nomeado 5.000 pessoas para cargos públicos e ainda acrescenta que todas estão felizes. Pudera.

Trata-se, claramente, de um caso único no mundo de caçador de talentos republicanos, um disseminador de felicidade às custas do seu, do meu, do nosso dinheirinho. "

Ironicamente, uns caçam bruxas, outros caçam talentos!


CHANTAGEM VERSUS CHANTAGEM

Para uma chantagem midiático-política dos demotucanos para alcançar o poder em 2010, outra chantagem?


A articulista Elaine Cantanhêde confessa que os demotucanos
pautam-se pela mídia, que enorme cara-de-pau: "no duro, no duro,

quem faz a CPI é a imprensa".

Isto é, a grande mídia (pig)é um braço político dos demotucanos, no mínimo!

"A intenção é forçar uma batalha na base da chantagem:


tudo que tucanos e democratas apresentarem contra a Petrobras terá, imediatamente, um contraponto com o que era antes, na era FHC.

A CPI, assim, é considerada "sob controle" pelo governo, mas isso não significa tranquilidade. Petróleo é altamente inflamável, a Petrobras mexe com empresas e contratos bilionários, há um mundo desconhecido nas suas entranhas e 54 senadores são candidatos à reeleição, doidos por holofotes.

Como comparação, a CPI dos cartões corporativos remexia mesquinharias que caíam no terceiro escalão e murchavam. A CPI da Petrobras é como um balão: tudo que aparecer ali sobe na hierarquia, e ninguém sabe onde pode parar.
Portanto, não dá para o governo baixar a guarda. A oposição é desarticulada e pouco aplicada, mas, se houver bombas-relógio, elas tendem a explodir.

No duro, quem faz as CPIs é a imprensa. Hoje o foco está em Sarney. Mas até quando?"

(Em negrito, a sugestão aos demotucanos: não esqueçam de atingir Lula!!!)



Fernando Gabeira, que defende os interesses dessa grande mídia:

"O que eram apenas defeitos colaterais, como a teimosia e a perda de contato com a realidade, hoje prevalecem. Ouço senadores clamando por um gesto de grandeza, a renúncia. Cercado por uma alcateia, faminta de cargos e vantagens, Sarney não renuncia.
Não se trata só de um constrangimento ao ver o Senado definido como casa de horrores. Mas o de conviver um grupo de homens idosos, movendo-se com uma desenvoltura criminosa, unindo nos lábios do povo as palavras velho e safado, como se fossem gêmeas que nascem ligadas. Tempo de tormentas."


PAPAGAIO DE PIRATA:

...E toda manhã dava um beijo na língua da papagaiada que tinha em casa...



PIZZA 1

"Todos eles são bons pizzaiolos."
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
sobre senadores de oposição, quando questionado se a CPI da Petrobras, controlada por governistas, poderia acabar em pizza, ontem na Folha.


PIZZA 2
"Para cassar um mandato é preciso que haja algo de extrema gravidade. Não pode ser uma coisa pequena dessas [contratar parentes por meio de atos secretos], tem que cassar o mandato por algo grandioso, por uma coisa seriíssima. "
PAULO DUQUE
senador eleito presidente do Conselho de Ética, sobre julgar o presidente da Casa, José Sarney, por quebra de decoro, ontem na Folha.

Riu da mídia e disse que a grande imprensa está acabando!



JOSÉ SIMÃO

Pizzaiolos! O Senado é massa!


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O presidente chamou os senadores de bons pizzaiolos! Quando elogia, eles se ofendem!
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BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador-Geral da República! Direto do País da Piada Pronta!
E avisa pro Romário, ops, pro VÔmário, que o amor é uma delícia: começa no motel e acaba na polícia! E essa manchete: "PF indicia filho do Sarney por formação de quadrilha". Errado. É FORMAÇÃO DE FAMÍLIA!
E continuo com a minha campanha FICA SARNEY. Se o Sarney sair, acaba o assunto! E eu só quero que o Sarney saia se puder escolher quem vai ficar no lugar dele! E o Lula chamou os senadores de bons pizzaiolos! E eles ficaram ofendidos. Quando elogia, eles se ofendem! Eles não gostaram de pizzaiolo. Então chama de ROUBAIOLOS!
E são pizzaiolos mesmo. CPI quer dizer Calabresa, Portuguesa e Italiana. CPI quer dizer Cheiro de Pizza Iminente. CPI quer dizer Coma a Pizza Inteira. E, como se diz na Bahia: o Senado é massa. Rarará! Aliás, o Senado tá parecendo uma padaria: atacam em massa e retrancam em bolo!
E Cruzeiro e Estudiantes?! Como disse o sábio Galvão Urubueno: "Ganhar da Argentina é bom, perder é pior ainda". Rarará. Diz que a derrota foi pé-frio: Galvão na narração, Serra e Aécio no Mineirão. Estudiantes campeão! E veja como brasileiro gosta tanto de argentino. Um amigo foi comer em uma churrascaria e lá ofereceram um contrafilé argentino. E ele: não tem um filé contra argentino? Rarará! E como disse uma amiga minha: se argentino enxergasse direito, não teria casado com a Marta! Rarará!
E o site "Éramos Seis" tá promovendo uma Palestra Motivacional! Com o Rubinho! Existe sempre alguém atrás de você: é o terceiro. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! OU como disse aquele outro: é mole, mas rela pra ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão! Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que em Arapiraca, Alagoas, tem um inferninho chamado Quixó da Perseguida. Parece Dias Gomes! Mais direto impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. O Orélio do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. Hoje não tem. O Lula continua em férias escolares. Há uns 200 anos. Rarará! O lulês é mais fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!
E vai indo que eu não vou!




Aos amigos, a grande mídia
oferece a publicidade e a isenção
- ou a imparcialidade
que se omite e os favorece :


Vitrine.
Ex-tesoureiro do PSDB e cotado para comandar o caixa da campanha presidencial em 2010, o ex-deputado Márcio Fortes assumiu o comando da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano de São Paulo), vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento.



José Sarney, o "perseguido", o selecionado da vez como vítima preferida pela mídia e pelos demotucanos de olho em 2010:

"E, aos vencedores, as batatas."




O ORÁCULO AQUI DOS BACANINHAS FAZ O SEU CÁLCULO
E DIZ QUE O DRÁCULA CHEGARÁ SÓ NO PRÓXIMO SÉCULO

PARA VAMPIRIZAR E CATAPULTAR DO PODER TODOS OS
CORONÉIS DAS SE(I)MARIAS E CAPITANIAS HEREDITÁRIAS



ONEROSOS E MUITO HILÁRIOS,

OS PODEROSOS PERDULÁRIOS


O FIM DO APOCALIPSE

A "Economist" elogia Nouriel Roubini como um dos poucos que "avisaram do perigo".
Mas o economista já estava às voltas ontem com outro oráculo. Reuters e até o "Financial Times" noticiaram que ele previu o fim da recessão americana no fim do ano, num evento em Nova York, e que seu otimismo ergueu Wall Street.
Segundo a Bloomberg, também a Bovespa. Roubini correu no fim do dia e postou, em seu site RGE Monitor, um "comunicado" dizendo que, ao contrário do que noticiaram, ele não "melhorou" seu prognóstico, que não é diferente de meses atrás.
Ou seja, sim, a recessão termina no fim do ano, nos EUA.


DE COMO MANIPULAR OS TEXTOS RETIRANDO-OS DO CONTEXTO:

"Getúlio Vargas criou a CLT em boa hora, pois as próprias empresas de então estabeleciam as regras ao contratar um trabalhador. E nós sabemos que conquistas desse tipo nunca são espontâneas no regime nada socialista da livre-iniciativa.".
ROBERTO MUYLAERT, que defende justamente o contrário, uma carga menor de impostos e "flexibilizar" a CLT !

Além da saúva, os males do Brasil são:


a elite usa uma lupa seletiva para arrumar culpados dos seus bens e seus males.

Como dizia o sem-teto: vivo a mercê de bens e de males. Ou: só ouvindo Janes Joplin.


...E AS PASTORINHAS
VÃO CANTANDO NA LUA
SUAS NUAS VERDADES!

"Deus deu dinheiro pro Real Madrid contratar o Kaká"

"Enquanto papai tá fazendo gol, a gente
vai aqui pisar na cabeça do Diabo, né?

Em nome de Jesus." Foi assim que a bispa Sônia Hernandes, fundadora da Igreja Renascer em Cristo, recebeu no palco de um culto, nos Estados Unidos, o filho do craque Kaká, Luca, e a mulher do jogador, a "pastora Carol, de Milão".
(TÔNICA BÉRGAMO)



EU : ENQUANTO O SOL NÃO VEM
EU CANTO A NOITE DO MEU BEM

CADA UMA...
E
CADA UMA
MELHOR QUE A OUTRA!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

CORONÉIS AGORA ELETRÔNICOS MAS PATRIMONIALISTAS CONTRA UMA OLIGARQUIA

Qual é a diferença entre um oligarca latifundiário e outro agora eletrônico?

Oswald de Andrade, herdeiro da oligarquia cafeeira, criou a metáfora da antropofagia para designar a sua plataforma estética. Cabia devorar a tradição, como os caetés devoraram o bispo Sardinha, para dar à luz algo novo e vigoroso -no caso, uma cultura nacional. Na relação entre Lula e os velhos oligarcas, não se sabe ao certo quem é devorado e quem devora.


OU: A DIALÉTICA VOS DEVORARÁ?


Eliane Cantanhêde pergunta:

"Desvios? Corrupção? Bobagens, meros instrumentos contra adversários, peças a serem sacadas quando convém e logo esquecidos?

A pergunta da articulista da FSP Eliane Cantanhede é para questionar o suposto apoio da situação aos "farsantes e corruptos".

Esqueceu de perguntar-se a mesma coisa: por que a grande mídia seleciona seus adversários e esquece de seus "amigos" também denunciados - os demotucanos - e da privataria crimimosa de FHC?

Quem são os coronéis, afinal, senão esses que reduzem o
debate político a mero moralismo?

A mero purismo interesseiro no golpe contra o governo Lula?

E, acima de tudo, não têm nenhuma alternativa político-econômica para o país a não ser espinafrar o governo?

Onde estão os pensadores demotucanos?
Entredevoram-se na mídia
e autopautam-se na insensatez
envernizada por expressões
como pureza, moralidade,
mais uma farsa lacerdista-udenista historicamente comprovada
como um dos maiores males do país,
tanto quanto o coronelismo latifundiário e agora eletrônico
e seu patrimonialismo que se assemelha ao das capitanias hereditárias
- se(i)smarias, as seis famílias que dominam,
manda(va)m e desmanda(va)m,
pressionam e chantageiam
as instituições,
escraviza(va)m corpos,
mentes e corações.

O coronel eletrônico José Sarney concedeu mais de uma centena de veículos de comunicação para esses mesmos que agora o detratam - por que antes ( alguns poucos meses) o mimoseavam com elogios?

Ah, sim, os interesses coronelísticos de então - como sempre - eram favoráveis a ambos, é isso?


Sem perguntar-se, Cantanhêde termina o seu comentário assim:

"Para que todo o purismo dos tempos de oposição (agora demotucana) não esfarele como a mais reles farsa."

Outro articulista, Clóvis Rossi, disse que
ainda não percorreu o longo percurso do ceticismo ao cinismo
e foi logo ao ponto, pediu a dissolução da Casa e a convocação
imediata de novos eleições.

"Não há dispositivos legais que permitam essa saída? Ok, então, tudo vai ficar no clássico engana-trouxa em que os políticos brasileiros se especializaram."

Rossi também disse na época do eufemístico termo mensalão criado pelo farsante e denunciante Roberto Jerferson, cassado:

O jornalista não é um canalha total - ou algo semelhante.

Parafraseando-o, alguns deles percorrem ainda o caminho ao encontro do cinismo, em busca de uma auto-análise.



AO ABRAÇAR COLLOR, LULA
ABRAÇA A HISTÓRIA E TENTA MUDÁ-LA
DESNUDANDO OS VERDADEIROS INTERESSES.
E TENTA FAZER AS PAZES COM ELA.




Cantanhêde diz: - Cada um tem "o cara" que merece. O de Barack Obama é Lula. O de Lula agora é Collor, disputado a tapa entre governo e oposição, entre Lula e os senadores José Agripino e Arthur Virgílio, nesses tempos de CPI da Petrobras. Mais uma vez, Lula não está sendo educativo, não leva em conta o efeito de suas palavras e seus atos sobre milhões, consolidando a percepção cada vez mais generalizada de que a política é uma farsa e os políticos são todos farsantes.
Os ataques contra Lula na eleição de 1989, em que até filha entrou no meio, foram uma farsa? Os ataques contra Collor nas CPIs de 1992, em que um Fiat Elba virou símbolo de escândalo, também? Tudo não passa de jogo político, de um vale-tudo sem ética, sem moral, para vencer e aniquilar o adversário?"

Do monte de denúncias contra Collor levantadas principalmente pela imprensa e os interesses que representava à
época só restou a lembrança do Fiat?


Memória seletiva?

Collor foi absolvido pela justiça pelos seus supostos crimes. Caiu por pressão política - e os corruptores de sempre foram absolvidos à priori, ninguém falou deles (observe-se que os corruptores de hoje são denunciados à justiça, a PF já prendeu muitos deles, essa é a diferença).

Ao radicalizar a democracia,
ao desnudar esses interesses,
Lula usa a simples dialética
que, ao fim e ao cabo,
desvenda-os com maior clareza.

Os intreresses da grande mídia que pressionou Collor são os mesmos de hoje que pretendem desestabilizar Lula?
São os mesmos contrários à Petrobrás que "suicidaram" Vargas?

O artigo do escritor Carlos Heitor Cony (que experientou vários tempos históricos) aproxima-se dessa dialética:


"Acredito que muitos se escandalizaram com a foto publicada ontem, na qual dois políticos, um presidente da República e um ex, Lula e Collor exatamente, estão abraçados, sorrindo, dividindo o mesmo palanque. Não se precisa ir tão longe no passado para lembrar a campanha em que os dois se engalfinharam, inclusive com o baixo recurso usado por um deles, que desencavou uma filha bastarda do outro. Coisas.
Política é assim mesmo -dizem os políticos. Citam a famosa foto de Luiz Carlos Prestes, recém-saído da prisão do Estado Novo, ao lado de Getúlio Vargas, que para todos os efeitos históricos ficou sendo o seu carcereiro. Queiramos ou não, os dois estavam certos, como Lula e Collor politicamente estavam certos quando brigavam e estão certos quando voltam à cordialidade que se espera dos homens públicos.
Mas nem todo mundo é político -graças a Deus. Em outros setores da faina humana, as coisas são diferentes. Dou um exemplo: Monteiro Lobato queria entrar na Academia Brasileira de Letras, tentou três vezes, retirando a candidatura que já lançara.
Numa das vezes, tinha tudo para ser eleito, inclusive com o voto de Getúlio Vargas, que tomara posse após uma reforma no regimento da ABL. Com o prestígio, a popularidade e o valor literário consagrados, Lobato já podia encomendar o fardão. Mas o jornalista Júlio Mesquita, seu amigo e admirador, ponderou: "Você vai sentar ao lado do homem que o prendeu e o manteve preso tantos anos!" No mesmo dia, Lobato retirou sua candidatura. Coisas.
No enterro de Magalhães Jr., no complicadíssimo cemitério São João Batista, cheio de degraus e buracos, vi o comunista Dias Gomes levando praticamente no colo o general da Junta Militar, Lyra Tavares. Mais uma vez: coisas."



MÍDIA INGLESA: QUALQUER SEMELHANÇA COMO O JORNALISMO
BRASILEIRO NEOCONSERVADOR NÃO É MERA COINCIDÊNCIA!!!

No Brasil a verdade jornalística é indiscutível.

É como se fosse questão de gosto, de religião, de futebol: não se discute.

Quem contrariar essa norma, entra na lista negra dos jornais e da mídia em geral, que só ouve, aliás, sempre os
mesmos, os que como verdadeiros papagaios de pirata papagueiam só o que interessa aos grandes grupos econômicvos que financiam através da ilusão publicitária as fábricas de ilusões e meias-verdades midiáticas.

Na Itália, aliás praticamente no Ocidente inteiro (por tabela, portanto, em todo o mundo, a mídia é dominada por Berlusconis da vida - ele é dono de toda a mídia privada da Itália,logo, o dono do poder absoluto.

Murdoch, nos EUA e na Inglaterra. Conservador, claro. Pra que mudar se dá lucro?



Leia o artigo do economista de Kenneth Maxwell sobre as

Imprudências da imprensa

"A imprensa se tornou assunto importante. No Reino Unido, o "Guardian" saiu ao ataque, alegando que o "News of the World" estava investigando de maneira inescrupulosa astros do esporte e outras celebridades.
As manchetes que o "News of the World" trazia em uma edição desta semana bastam para mostrar o problema: "Os Beckham: veja fotos das férias de Posh e Becks". Abaixo, a revelação de que a irmã de Michael Jackson acredita que ele foi assassinado. Depois, "Topless: foto do terceiro mamilo de Lily Allen".
Mas a acusação mais séria do "Guardian" era que o "News of the World" não havia deixado de lado suas operações de pirataria telefônica e de obtenção de informações sob falsos pretextos. E tampouco havia deixado de utilizar investigadores particulares para obter acesso ilegal a dados pessoais como registros tributários, extratos bancários e contas telefônicas detalhadas de ministros, parlamentares, atores e figuras do esporte.
A história se estende a Nova York. O "News of the World" é controlado pela News International., de Rupert Murdoch, que controla o "Wall Street Journal" e o "New York Post". Executivos do império mundial de mídia vêm sendo intercambiáveis. Les Hinton, por exemplo, ex-presidente do conselho da News International, agora trabalha em Nova York como presidente-executivo da Dow Jones, a controladora do "Wall Street Journal".
As acusações do "Guardian" tem implicações políticas. O líder do Partido Conservador, David Cameron, alardeado como futuro primeiro-ministro britânico pela revista do "New York Times", contratou o executivo Alan Coulson, antigo editor do "News of the World". Coulson deixou o jornal em 2007 depois de revelações sobre as técnicas de reportagem escusas utilizadas entre 2003 e 2007. O "editor de assuntos da realeza", Clive Goodman, e o investigador particular Glenn Mulcaire foram detidos e condenados à prisão por escutas ilegais em telefones de membros da família real. O "Guardian" acusa o News Group Newspapers, subsidiária da News International que publica o "News of the World", de ter pago US$ 1,6 milhão em um recente acordo extrajudicial para encerrar processos movidos por pessoas contra as quais praticou espionagem.
O jornal "Washington Post" também sofreu embaraços. Planejava realizar "saraus" na casa da diretora editorial Katherine Weymouth. Por US$ 25 mil, profissionais de lobby e executivos receberam a promessa de acesso privilegiado a membros do governo Obama, do Congresso e a repórteres da publicação. Quando a oferta chegou ao conhecimento do público, o jornal rapidamente recuou."

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CAPITALISTAS CRUEIS E SELVAGENS APROPRIAM-SE DA MAIS-VALIA, DAS PROPINAS E ATE DAS GORJETAS!!!

Os capitalistas selvagens e crueis brasileiros apropriam-se das proprinas e ate das gorjetas dos garcons!!!
Apropriam-se da mais-valia, da propina e da gorjeta.

E nas horas vagas reunem uma elite falida para tentar derrubar io governo democratico e popular de Lula - lembre-se do movimento "Cansei", que cara de pau, que cinismo reunidos num mesmo movimento escrachador do tesouro brasileiro, muitos amigos da empresaria da Daslu, que como outras confiscam o dinheiro do fisco manipulando os valores dos produtos importados para suas chiques clientes dessa elite falida moralmente.

Essa mesma elite que fala em democracia e copia os modelos do imperialismo norte-americano mas esquece de aplica-los no Brasil.

Machado de Assis ja dizia: os escravocratas sabiam tudo do iluminismo e das coisas da europa, mas aqui chicoteavam seus escravos. - Trabalha, negro!!!

Esse editorial da FSP - representante da elite paulista que tambem copia e pretende sofisticar nosso capitalismo selvagem - critica essa postura expropriatoria, mas esquece de criticar sua propria postura politica, quando chama a ditadura de ditabranda e por ai vai...

...E todo o dia e sempre igual na pauta reciproca com os demotucanos para pressionar o governo Lula!!!

Gorjeta para quem?
NÃO DEIXA DE ser uma pitoresca evidência da verdadeira compulsão nacional para o regulamento o fato de a gorjeta para garçons ter se tornado tema de um projeto de lei recentemente aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Decerto a elaboração do diploma não é fruto de mera gratuidade ou de capricho parlamentar. Tem justificativas, sendo a mais enfática delas uma outra especialidade da casa: o desvio da finalidade original de um montante. Trata-se da transferência para os donos de estabelecimentos da gratificação oferecida de boa-fé por clientes a funcionários.
Para surpresa de muitos, reportagens publicadas por esta Folha sobre o assunto mostraram que é comum proprietários de bares e restaurantes, em especial os frequentados por gente de poder aquisitivo mais elevado, se apropriarem em parte ou integralmente das gratificações.
No Estado de São Paulo há pelo menos 7.000 ações judiciais sobre a questão. Na tentativa de sanar o abuso, o projeto prevê a obrigatoriedade do repasse da gorjeta aos funcionários, ficando o estabelecimento autorizado a reter 1/5 do valor para eventual pagamento de encargos.
A proposta provocou frenética reação de donos de alguns dos mais caros restaurantes do país. Um deles, passando clamorosamente do ponto, chegou mesmo a prever "quebradeira" no setor.
Melhor seria que nada disso estivesse acontecendo. Que os bares e restaurantes cumprissem as obrigações trabalhistas e cobrassem pelo que oferecem de acordo com as oportunidades do mercado. E que os clientes, seguindo a tradição, pagassem, se assim desejassem, gratificação aos atendentes -cabendo a estes gerir coletiva ou individualmente os recursos. Mas isso seria simples demais para o Brasil.



Está todo mundo cansado de saber que
a corrupção, o trambique, a cara-de-pau,
não são uma exclusividade dos políticos.


CLÓVIS ROSSI

Valores
SÃO PAULO - A seção brasileira do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) informa que o próximo relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil terá como tema "valores". O tema surgiu de uma pesquisa que envolveu 500 mil brasileiros, a partir da pergunta "O que deve mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?".
As respostas majoritárias foram: respeito, justiça, paz, ausência de preconceito, humanidade, amor, honestidade, valor espiritual, responsabilidade e consciência -conjunto de conceitos afinal reunido no tema "valores".
Surpreso com esse tipo de preocupação em um país tão escandalosamente macunaímico? Até o coordenador do relatório, Flávio Comim, se diz surpreso, mas atribui o resultado ao fato de que, pela primeira vez, esse tipo de pesquisa continha uma pergunta aberta, com o que "as pessoas falaram o que quiseram".
Para mim, o resultado é absolutamente surpreendente. Juraria que, fora um punhado de indignados, uma parcela importante, talvez majoritária, dos brasileiros tivesse incorporado exatamente o oposto, ou seja, a ausência de qualquer tipo de respeito a valores do tipo honestidade, responsabilidade e consciência.
Está todo mundo cansado de saber que a corrupção, o trambique, a cara-de-pau, não são uma exclusividade dos políticos. Com perdão por recorrer a um desgastado lugar-comum, cristalizou-se a ideia de que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, como dizia antiga propaganda de cigarro.
Vai ver que o brasileiro cansou da esculhambação. Talvez tenha percebido que a esperteza, no fim do dia, come o esperto. Vai ver descobriu que quem suborna o guarda da esquina ganha bem menos do que quem suborna gente mais graúda.
Tomara. Aguardemos o relatório do IDH em 2010.

DE COMO APONTAR O ERRO DE MUITOS
MAS ESCOLHER SEUS CULPADOS PREFERIDOS

OU:

OU A NARRAÇAO SELETIVA DO MUNDO

VALDO CRUZ

Você sabia?
BRASÍLIA - Você sabia que todo funcionário terceirizado do Senado tem de registrar presença diária num moderno sistema de controle de ponto acionado por digitais? E que os servidores contratados, com estabilidade e salários bem mais elevados, não têm de passar por esse tipo de controle?
Você sabia que, depois da crise no Senado, está faltando vaga na garagem da Casa porque servidores que não apareciam decidiram dar o ar da graça? E que alguns ficam ali, aguardando uma vaguinha, até por uma hora, sem fazer nada?
Você sabia que há TVs de LCD espalhadas pelo Senado com pouca serventia? Uma delas instalada no canto de um corredor, onde ninguém para. Você, com certeza, gostaria de saber o autor da ideia genial de fazer essas comprinhas.
Você sabia que há registro de um servidor, num determinado mês, ter recebido contracheque somando R$ 80 mil? E que muita gente costuma receber contracheques extras sem saber o motivo?
Você sabia que o setor de segurança do Senado conta com 158 funcionários do quadro de pessoal? E mesmo assim contrataram quatro empresas para prestar serviços de... segurança.
Você sabia que há muita gente no Senado louquinha para essa crise acabar logo e não dar em nada? Gente que está se fazendo de morta pelos corredores da Casa e que não quer perder suas boquinhas.
Por fim, você sabia que tudo isso, e muito mais, é bancado pelos impostos que paga ao final de cada mês? E fica irritado em pagar por saber que não recebe de volta pelo menos parte em benefícios bancados pelo governo.
E, no final, ainda tem de ouvir do presidente Lula que nossa carga tributária não é tão alta assim e que na Suécia ela é maior. Se ele nos garantisse os mesmos direitos dos contribuintes suecos e prometesse uma geral no Senado, tudo bem. Mas estamos longe disso.

DE COMO USAR NUMA ENTREVISTA A ÚNICA FRASE
EM QUE O ENTREVISTADO CRITICA O ADVERSÁRIO
QUE A GRANDE MÍDIA ESCOLHEU COMO CULPADO
DE QUASE TUDO DE RUIM QUE OCORRE NO PAÍS


FIASCO
"É uma convicção de que essa operação [no Araguaia] será um fiasco sem as informações dos militares que sabem os locais onde ocorreram os sepultamentos clandestinos. Se isso ocorrer, será ruim para o governo do presidente Lula e para as Forças Armadas"
ALDO ARANTES
observador independente da comissão que busca ossadas, ontem na Folha.





CORRUPTOS SISTEMATICOS: DE COMO MAMAR NAS TETAS DO TESOURO E CONTINUAR LIVRE, LEVE E SOLTO

Isso eh que eh corrupcao sistemica.

Existe uma mafia que usa a justica e agora o Congresso brasileiros para continuar mamandoo nas tetas do Tesouro a custa do dinheiro publico que deveria ser aplicado em beneficio da maioria da populacao.

A conclusao que se tira eh que essas denuncias seletivas da midia contra os congressistas e os patrimonialistas que servem-se do dinheiro publico para aumentar suas posses (aumentando os poderes economico e politico) sao fichinha diante das acoes que sao verdadeiros contrabandos e crimes contra o Tesouro.

Ate a conservadora Folha de Sao Paulo, que defende os empresarios, assustou-se com a cara de pau dessa mafia das acoes contra o Tesouro.

Veja o editorial de hoje:

Mais um contrabando
Cabe à Câmara derrubar manobra do Senado que, à custa do contribuinte, cria dívida tributária do Tesouro com exportador

NO MÊS passado, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou que não mais aceitaria emendas parlamentares que se desviassem do tema da medida provisória em avaliação. Apenas reafirmou um princípio que a Constituição consagra -mas que era sistematicamente burlado no Congresso e no Planalto.
Não deu tempo de a mudança de conduta evitar, se é que evitaria, um dos mais preocupantes contrabandos pendurados em MPs em trâmite. O texto do programa habitacional batizado de "Minha Casa, Minha Vida", que começou a vigorar antes do anúncio de Temer, recebeu no Senado um corpo estranho: o reconhecimento de uma dívida do Tesouro com empresas exportadoras que pode chegar a R$ 288 bilhões, quase 40% do que o governo federal arrecada com tributos em um ano.
O objetivo dessa traficância legislativa evoca a "boutade", do ex-ministro Pedro Malan, de que no Brasil nem sequer o passado é previsível. A demanda dos exportadores remonta a um benefício fiscal instituído no final da década de 1960. A fim de incentivar a atividade, o governo permitiu que até 15% do valor de uma venda externa fosse utilizado para abater o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) a ser recolhido pela empresa.
Em 1979, com uma década de vigência, programou-se uma redução gradual do benefício, até sua extinção, em 1983. O lobby dos exportadores afirma, porém, que o subsídio não foi formalmente sepultado; brechas legais o teriam mantido em vigor. Baseado nesse argumento, o grupo de interesse conduz uma batalha nos tribunais e no Congresso para que os créditos sejam reconhecidos de modo retroativo.
Como ministros do Supremo Tribunal Federal dão sinais de que restabelecerão a leitura menos tortuosa -de que o incentivo acabou em 1983, como estabelecia o decreto de 1979-, os exportadores apostam cada vez mais na via política. Inocularam a "bondade", à custa do contribuinte, numa MP sobre habitação na expectativa de que o governo federal negocie com o segmento uma solução intermediária para a sua demanda.
Não é o caso de negociar. Mesmo na versão benigna dos grupos empresariais interessados, de que o prejuízo ao erário não passaria de R$ 34 bilhões, o montante equivaleria aos investimentos feitos pelo governo federal na área de saúde em 2008.
Companhias que obtiveram na Justiça o direito de utilizar seus créditos tributários alegam que correm o risco de um revés agora. Se o Supremo decidir que o benefício foi extinto em 1983, argumentam, poderão ser intimadas pela Receita a quitar o tributo que deixou de ser recolhido.
Ora, esse é um risco de toda ação judicial -cujas implicações, no caso, só serão conhecidas após decisão final do STF. É injusto transferi-lo para o conjunto dos cidadãos, sob a forma de mais impostos e menos serviços públicos. Cabe à Câmara livrar a MP do contrabando bilionário.

...E OS DEMOTUCANOS QUEREM A CPI PARA PEGAR A SUA PARTE NO PRE-SAL
OU ENTREGA-LA A INICIATIVA PFRIVADA!!!

Há um ano uma comissão do governo debate como tratar, do ponto de vista fiscal e econômico, a promissora área que dista 300 km da costa, estende-se do Espírito Santo a Santa Catarina e cuja exploração requer perfurações de até 8.000 metros em solo oceânico. A intenção era só produzir cortina de fumaça, pois nenhuma novidade foi divulgada.
O governo confirmou sua proposta já conhecida: pretende criar uma estatal para gerir os novos campos e adotar, ali, um modelo denominado partilha de produção. Nenhuma definição foi divulgada acerca do que mais importa: que parcela da riqueza extraída ficará com o Estado e como esses recursos públicos serão aplicados.
Há tanta variação de modelos de exploração no mundo que é impossível dizer qual o mais adequado ao Brasil. Desde que o país defina o essencial, como o nível de taxação, é possível atingir o objetivo por mais de uma via. Por isso alguns especialistas argumentam que o formato atual, baseado em concessões de áreas para o grupo empresarial que fizer a maior oferta no leilão, deveria ser mantido -com ajustes que aumentem a fatia recolhida ao governo, a título de royalties e participações especiais.
A administração Lula optou por uma mudança maior. A partilha de produção se assemelha, no conceito, aos tradicionais contratos agrícolas em que o dono da terra a cede a um agricultor e este, por sua vez, se obriga a dividir a produção agrícola com o proprietário. No caso do petróleo, o "dono da terra" é a União, e o "agricultor" é a empresa escolhida para explorar o poço.
Há uma ligeira vantagem teórica nesse modelo para países que possuem grandes reservas. Ele permite que o governo nacional dose com mais autonomia o fluxo da exploração e da venda do petróleo. Não se pode ignorar que grandes reservas do combustível fóssil despertam cobiça internacional; é prudente, portanto, que o país mantenha algum tipo de controle de oferta e se defenda, contratualmente, de possíveis ações predatórias.
A tentativa de apropriar-se dessa vantagem teórica, contudo, pode implicar, no caso brasileiro, custos muito altos. A opção tomada pelo governo Lula requer mudanças importantes na legislação, o que depende de negociações duríssimas no Congresso. Infelizmente, nossos parlamentares, salvo exceções de praxe, tendem a vislumbrar nessa tramitação um grande butim -os recursos extraordinários do pré-sal-, a ser esquartejado e destinado a fins estapafúrdios.

O Brasil não deveria imitar nações que afogam seu futuro no petróleo abundante do presente. É preciso assegurar hoje que o dinheiro do petróleo ajude a modernizar o país -para que se torne mais rico, justo e produtivo mesmo quando os poços do pré-sal estiverem exauridos.


Está todo mundo cansado de saber que
a corrupção, o trambique, a cara-de-pau,
não são uma exclusividade dos políticos.


CLÓVIS ROSSI

Valores
SÃO PAULO - A seção brasileira do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) informa que o próximo relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil terá como tema "valores". O tema surgiu de uma pesquisa que envolveu 500 mil brasileiros, a partir da pergunta "O que deve mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?".
As respostas majoritárias foram: respeito, justiça, paz, ausência de preconceito, humanidade, amor, honestidade, valor espiritual, responsabilidade e consciência -conjunto de conceitos afinal reunido no tema "valores".
Surpreso com esse tipo de preocupação em um país tão escandalosamente macunaímico? Até o coordenador do relatório, Flávio Comim, se diz surpreso, mas atribui o resultado ao fato de que, pela primeira vez, esse tipo de pesquisa continha uma pergunta aberta, com o que "as pessoas falaram o que quiseram".
Para mim, o resultado é absolutamente surpreendente. Juraria que, fora um punhado de indignados, uma parcela importante, talvez majoritária, dos brasileiros tivesse incorporado exatamente o oposto, ou seja, a ausência de qualquer tipo de respeito a valores do tipo honestidade, responsabilidade e consciência.
Está todo mundo cansado de saber que a corrupção, o trambique, a cara-de-pau, não são uma exclusividade dos políticos. Com perdão por recorrer a um desgastado lugar-comum, cristalizou-se a ideia de que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo, como dizia antiga propaganda de cigarro.
Vai ver que o brasileiro cansou da esculhambação. Talvez tenha percebido que a esperteza, no fim do dia, come o esperto. Vai ver descobriu que quem suborna o guarda da esquina ganha bem menos do que quem suborna gente mais graúda.
Tomara. Aguardemos o relatório do IDH em 2010.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A IMPRENSA É FOLHETINESCA, DETETIVESCA, GUILHOTINESCA!?

Os jornalistas "estenderam sobre a sociedade uma teia assombrosa que absorve denúncias vindas de fontes anônimas, lembrando os comitês de salvação pública da Revolução Francesa que alimentaram de sangue a guilhotina nos anos do terror."

O artigo de hoje na Folha de São Paulo do escritor Carlos Heitor Cony corajosamente expõe a força descomunal da imprensa no Brasil. Confessa que vários segmentos sociais sentem desconforto (certamente um eufemismo) em relação à atuação detetivesca da grande mídia que lembra "1984", de Orwel.

FOLHETINESCA, DETETIVESCA, GUILHOTINESCA


CARLOS HEITOR CONY
Eu, pecador, me confesso
RIO DE JANEIRO - Antes, no melhor das festas, se alguém duvidasse, a imprensa já era tida como quarto poder, uma instituição que exercia um poder paralelo. Na verdade, não é um poder, mas uma força. Com as novas técnicas de comunicação e com a sacralidade das fontes, ela se transformou no escoadouro dos descontentamentos (lícitos ou não), dos ressentimentos (pessoais ou grupais), das pressões e compressões de uma sociedade heterogênea que inclui desde índios e menores inimputáveis até políticos e empresários que podem roubar.
Esse caldo em ebulição seria a matéria que justificaria a existência e a expressão do Estado que, no caso brasileiro, antecedeu a Nação.
Abriu-se um vácuo e, nele, a força da comunicação encontrou o seu espaço. E o fez com exuberante boa vontade. Não é a vida nacional que pauta a imprensa. É a imprensa que pauta a vida nacional, através de seus órgãos mais excitáveis.
Dá a régua e o compasso. A classe política empacou, ataca e se defende a esmo, desarticuladamente, de acordo com a direção e a intensidade dos petardos que recebe.
Mas quem acusa a imprensa? Quem se atreve a mostrar e demonstrar que o gigante também tem, como todos os gigantes, os seus pés de barro? Há desconforto em todas as classes, juízes, militares, empresários e policiais em relação aos jornalistas. Eles se transformaram em detetives, em esmiuçadores de contas de luz e telefone, de depósitos bancários, declarações de Imposto de Renda, despesas nos postos de gasolina e nas agências dos Correios.
Estenderam sobre a sociedade uma teia assombrosa que absorve denúncias vindas de fontes anônimas, lembrando os comitês de salvação pública da Revolução Francesa que alimentaram de sangue a guilhotina nos anos do terror.


(ACHO QUE O CONY SÓ ESQUECEU DE CITAR OS MAIS PREJUDICADOS PELA GRANDE MÍDIA, OS MOVIMENTOS SOCIAIS E POPULARES COMO O MST, POR EXEMPLO, SINDICATOS,PARTIDOS POLÍTICOS QUE NÃO ACEITAM A PAUTA SELETIVA DESSA MÍDIA DITA GOLPISTA).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

VOCÊ JÁ É VIGIADO, MAS O AI-5 DIGITAL QUER PUNIR E AMEAÇAR A LIBERDADE E CRIAR ATÉ UMA POLÍCIA CIBERNÉTICA!

("Neste governo é proibido proibir. (...) A lei que está aí não visa proibir abuso de internet. Ela quer fazer censura").
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, presidente da República, sobre a Lei Azeredo, que trata de
crimes de informática, durante o 10º Fisl (Fórum Internacional do Software Livre),
em Porto Alegre, duas semanas atrás


Mas alguns governos e principalmente políticos
com interesses nem sempre confessados tentam controlar
o que pode e não pode ser visto ou visitado,
já que a internet é também alvo de leis
que procuram controlar o que é feito na rede.


No Brasil, quem tem inspirado discussões inflamadas é a chamada Lei Azeredo -nome pelo qual ficou conhecido o PL 84/99 (Projeto de Lei nº 84 de 1999). Apresentado pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), o texto substitutivo aglutina três projetos de lei criados para caracterizar e punir crimes de informática.
Aprovado no Senado em julho de 2008, o projeto tramita atualmente na Câmara dos Deputados. Se aprovado nessa Casa, dependerá da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para entrar em vigor -mas o petista já condenou o projeto (leia ao lado).
Críticos apontam ambiguidades no texto da lei, que poderiam tornar puníveis com prisão atos como baixar música ou desbloquear um celular.
Já os defensores afirmam que o projeto nada tem a ver com direitos autorais, e sim com o combate de delitos como clonagem de cartões de crédito e invasão de bancos de dados, hoje impunes por falta de legislação adequada.
Enquanto ainda há controvérsias quanto ao teor da Lei Azeredo, causou polêmica na França uma lei cujas intenções são bastante explícitas. Conhecida como Hadopi, pretendia banir da internet por até um ano quem baixasse pirataria. Apoiada pelo presidente Nicolas Sarkozy, a lei foi aprovada pelo Senado, mas invalidada pelo Conselho Constitucional.
A Hadopi serviu de inspiração ao deputado federal Bispo Gê Tenuta (DEM-SP) para propor um projeto semelhante na Câmara.
Na contramão das alegações da indústria do entretenimento, um estudo feito por pesquisadores da Harvard Business School aponta que não há evidências de que o compartilhamento de arquivos tenha desencorajado a produção artística. A pesquisa defende que a tecnologia digital incentivou a produção cultural e ainda reduziu seus custos de produção.

O GRANDE IRMÃO VIGIA
E, A LEI, É PARA PUNIR
(LEMBRA fOUCAULT!)

O PL 84/99 (Projeto de Lei nº 84 de 1999), conhecido como Lei Azeredo, tem como alvo poucas centenas de criminosos, e não os milhões de pessoas que fazem uso legítimo de seus computadores.
O projeto modifica cinco leis brasileiras e tipifica 13 delitos, entre eles difusão de vírus, guarda de material com pornografia infantil, roubo de senhas, estelionato eletrônico, clonagem de cartões e celulares e racismo praticado pela internet.
Partidários da lei temem que, se ela não for aprovada, infrações que não estão previstas pela legislação atual seguirão impunes.
Os defensores da Lei Azeredo também refutam as acusações de que o projeto seria uma ameaça à liberdade e à privacidade na rede. Afirmam, ainda, que ela nada tem a ver com a questão de direitos autorais -uma das alegações mais frequentes dos detratores.
"Os que insistem nessa questão estão agindo de má fé", afirmou à Folha o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do texto substitutivo que aglutina três projetos de lei contra crimes de informática.
Aprovado por unanimidade no Senado, em julho de 2008, com parecer de 23 emendas consensuais propostas pelo líder do PT, senador Aloizio Mercadante, o projeto tramita na Câmara e pode ser votado ainda nesta semana. De lá, seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente chamou o projeto de "censura".
Como o texto do projeto já foi examinado por ambas as Casas, não pode sofrer mais alterações -a única possibilidade é a retirada de trechos.
Essa medida é dada como certa pelo deputado federal Julio Semeghini (PSDB-SP), relator do projeto na Câmara.
Na quarta-feira passada, em uma longa reunião em Brasília, foi acordada a supressão de pontos que poderiam permitir interpretação dúbia, como os que caracterizam o acesso não autorizado a sistemas informatizados e a difusão de código malicioso. Esses assuntos serão tratados posteriormente em um novo projeto complementar, afirma Semeghini.
Os presentes à reunião não chegaram a um consenso quanto à obrigatoriedade dos provedores de internet de manterem os registros de acesso, questão que deve ser discutida novamente antes de a lei seguir para a sanção.
Segundo José Henrique Portugal, assessor técnico de Azeredo, as críticas ao projeto partem de "pessoas que não entendem de tecnologia nem de direito". Para ele, o Brasil está ficando para trás no combate aos crimes digitais

VIGIA, PUNE
E AMEAÇA
A LIBERDADE

Críticos da Lei Azeredo veem nela ameaças à liberdade e à privacidade na internet. Consideram-na ineficaz para combater os crimes virtuais e apontam brechas no texto que poderiam levar à prisão quem baixa música ou desbloqueia um celular, por exemplo.
Oona Castro, do Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social, defende que, antes da criação de uma lei penal, seja feito um marco civil regulatório focando os direitos e as responsabilidades dos agentes e dos usuários da rede.
Um dos pontos do projeto que têm sido alvo de críticas é a rigidez das penas, consideradas desproporcionais em relação a outras do Código Penal.
Para dano a dados ou programas de computador, a Lei Azeredo prevê detenção de até três anos, punição mais severa do que a por invasão domiciliar, compara Castro.
Por conta de "sérias imprecisões nos conceitos empregados e na tipificação dos crimes" na Lei Azeredo, o Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas) do Rio criou um estudo propondo modificações ao projeto.
O objetivo, segundo a instituição, é "evitar uma criminalização massiva de condutas corriqueiras na rede, que pode levar a decisões discrepantes e casuísticas ou, em último caso, a uma baixa eficácia da lei, algo que também não é positivo para a segurança jurídica e para o processo de disciplinamento legal da internet no Brasil".
A íntegra do estudo pode ser baixada em bit.ly/azeredofgv.
Contra o projeto, apelidado de "AI-5 Digital", foram organizados um abaixo-assinado virtual,
que teve mais de 140 mil adesões, e atos públicos em São Paulo e no Rio.

MEDO DO VIGIA

O Google iniciou a captura de imagens no Brasil para o serviço de mapas Street View. Em parceria com a Fiat, a empresa anunciou que começará a fazer fotos panorâmicas das cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Nenhuma das empresas informou quando o serviço será disponibilizado para os internautas. A Folha apurou que o processo deve levar entre seis meses e um ano.
"O processo é fisicamente demorado, devido à necessidade de processamento e ao trabalho com a privacidade", disse Marcelo Quintela, gerente de produtos do Google Maps.
A associação das empresas levará 30 veículos equipados com máquinas fotográficas para percorrer cerca de 1 milhão de quilômetros de vias urbanas, disseram os executivos.
Cada carro terá nove câmeras fotográficas (uma para capturar imagens do alto e oito para compor imagens das ruas). Os veículos contarão, também, com GPS e computador.
Depois de capturadas, as imagens serão processadas e tratadas em centros de dados pelo mundo. O valor do investimento no Street View brasileiro não foi divulgado

É O SERVIÇO, ESTÚPIDO!


Troca de arquivos
impulsiona economia


Ouvir, baixar e comprar música na internet é um hábito cada vez mais comum. Difícil é chegar a um modelo de negócios que agrade a artistas, produtores, gravadoras e, claro, internautas que nem sempre querem pagar pelo conteúdo.
Ao contrário das alegações da indústria do entretenimento, a troca de arquivos digitais causa menos prejuízo do que se pensa -a afirmação é de um estudo publicado pela Harvard Business School.
Conduzida pelos economistas Felix Oberholzer-Gee e Koleman Strumpf, a pesquisa aponta que, apesar de a venda de discos ter caído desde 2000, o número de álbuns criados mais que dobrou -em 2000, foram lançados 35,5 mil títulos, enquanto, em 2007, o número chegou a 79,6 mil, incluindo 25,1 mil álbuns digitais.
O estudo também aponta que a troca de arquivos protegidos por direitos autorais não tem efeitos econômicos drásticos. "Não vemos evidência alguma de que o compartilhamento de arquivos desencorajou a produção artística. (...) A tecnologia digital diminuiu os custos de produção de filmes e músicas e permitiu que os artistas alcançassem seu público de novas maneiras", diz o texto.
O download não representaria, portanto, uma venda perdida -remixes e mashups (músicas misturadas) podem até incentivar a venda de canções originais. Além disso, aumentou a demanda por shows.
Na conclusão, os pesquisadores apontam que o maior acesso do público às músicas e uma proteção mais fraca dos direitos autorais, aparentemente, beneficiaram a sociedade.
Para Ronaldo Lemos, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e diretor do Creative Commons no Brasil, o consumidor de hoje quer preço baixo, catálogo ilimitado e portabilidade. "Uma vez que esses três itens sejam oferecidos, a indústria finalmente terá condições de competir com a pirataria, pois terá migrado do modelo de mercadoria para o de serviço, que é o que faz sentido econômico desde 2001 [quando o Napster foi fechado]", diz.

MUDANÇA RADICAL: EVOLUÇÃO

Ao longo dos últimos cinco anos, a venda de música on-line e por dispositivos móveis passou de zero a US$ 2,9 bilhões -representando 15% das vendas da indústria fonográfica, aponta o Digital Music Report de 2008, divulgado pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica, na tradução do inglês).
"O negócio fonográfico no Brasil e no mundo passa por um período de transição e reinvenção", afirma Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos).
Em relatório sobre o desempenho em 2008, a ABPD apontou que o mercado de música digital, que engloba internet e telefonia móvel, cresceu 79,1%, em comparação a 2007.
As companhias que reportam estatísticas para a ABPD faturaram R$ 45,3 milhões nesse segmento -sendo R$ 9,68 milhões (22%) representados por receitas vindas da internet e R$ 33,82 milhões (78%) por vendas de música digital via telefone.

QUEM NÃO É DEMIURGO
E NEM UBÍQUO TEM VIGIA!

Como um músico não tem como estar em vários lugares ao mesmo tempo para saber quando suas canções são executadas, o Ecad (Escritório Central de Arrecadação de Direitos) realiza a tarefa -e cobra os direitos autorais pela transmissão e execução.
O departamento de novas mídias pesquisa na internet, acompanha publicações e identifica usuários que utilizam músicas, afirma Márcio Fernandes, gerente nacional de arrecadação do Ecad.
Depois, é feito o contato com o usuário para "conscientizá-lo sobre a necessidade do pagamento". Quem paga, diz, são rádios on-line, que fazem transmissão simultânea, sites institucionais, de instituições públicas, universidades e pessoas físicas que possuem blogs com sonorização ou podcasting. Em 2008, a arrecadação em todos os meios foi de R$ 332 milhões.
"A internet é um ambiente um tanto anárquico, mas temos que trabalhar para que ela tenha um maior controle. Não é censura, mas um controle para localizar músicas e fazer com que seus autores recebam", afirma.

LIBERDADE SEM FILTROS DE CONTROLE NEM PARAÍSOS ARTIFICIAIS

Controlar a internet é uma tarefa difícil, pois ela é baseada em múltiplos protocolos de comunicação. Mas impor restrições, bloqueando acesso a sites, é uma tarefa menos complexa.
"Há países, como Síria, Irã e China, que filtram conteúdo, sites e até o que aparece nas buscas feitas por mecanismos", afirma Pedro Paranaguá, professor de direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e mestre em propriedade intelectual pela Universidade de Londres.
"Isso tudo acaba por mostrar meias-verdades, um mundo artificial, que não corresponde à realidade. Além disso, cerceia a liberdade de expressão das pessoas e o acesso à informação."
Ele afirma que a internet deve ser livre. "Não que seja uma terra de ninguém. Mas devemos ter a liberdade de acessar o que quisermos. De nos manifestar, de expressar nossa opinião. De ter acesso imparcial, sem filtros. E até de ter acesso anônimo, se quisermos."

Direitos autorais
Em relação aos direitos autorais na internet, Paranaguá afirma que, em certos casos, eles vão na contramão do avanço tecnológico. "Hoje em dia, os mecanismos de troca de arquivos digitais, como as redes ponto a ponto (P2P), podem gerar rios de dinheiro para a indústria e para os autores, além de beneficiar seus consumidores."
Entre as opções para reverter a situação, estaria a oferta de produtos personalizados. "Poder-se-ia cobrar, por exemplo, um valor fixo para quem acessa banda larga e liberar o down- load ilimitado de tudo, desde que o consumidor ateste que irá usar o serviço para baixar conteúdo protegido por direitos autorais. Isso é uma oportunidade e tanto."


CUIDE-SE:CRIMES, CALÚNIAS, DIFAMAÇÕES
E ASSASSINATOS DE REPUTAÇÃO AUMENTAM!

De janeiro a março deste ano, foram reportados 218.074 incidentes de segurança na internet ao Cert.br (www.cert.br), grupo do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) especializado nesse tipo de ocorrência. Quando comparado aos 222.528 registros no ano passado inteiro, o número dá a dimensão da escalada dos crimes virtuais no país.
A maioria dos delitos cometidos na internet são crimes de meio, em que a rede é usada como ferramenta para executar práticas ilícitas.
Entre os crimes mais comuns cometidos pela rede estão os de calúnia, difamação, injúria, estelionato, dano e violação de direitos autorais.
A Lei Azeredo, em tramitação na Câmara, pretende combater infrações que hoje estão impunes, como destruição de dados eletrônicos.
Se enquadrados no Código Penal, delitos cometidos pela rede podem ser punidos da mesma forma que aqueles perpetrados no mundo real.
Além disso, peritos de informática da polícia atuam em casos em que a tecnologia é coadjuvante, como os de assassinato, suicídio e pedofilia, analisando discos rígidos ou páginas na internet que pertençam a vítimas ou a suspeitos.

O PERIGO DO GRANDE IRMÃO TIRANO.
OU:QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
OU: SERÁ O FIM DA PRIVACIDADE?

Entre as propostas que circulam no legislativo dos EUA, uma aumentaria o poder do presidente sobre a rede, enquanto a outra tiraria poder de governos estrangeiros.
O Cybersecurity Act de 2009, introduzido em abril no Senado, daria poderes ao presidente para desconectar da rede computadores públicos e privados frente a uma "crise de cibersegurança". Sem nenhuma amarra judicial ou do Congresso, o presidente poderia ordenar que os grandes provedores retirassem da rede seus usuários em caso de uma crise.
Para a Electronic Frontier Foundation, a proposta "não resolve problemas de segurança" e tem "potencial para enfraquecer a privacidade na rede".
No fim de junho, uma representante do comitê de comércio, ciência e transporte do Senado respondeu às críticas. Ela disse que a linguagem da proposta é "imperfeita" e que seus autores aguardam sugestões.
Enquanto isso, os deputados trabalham em uma proposta que diminuiria o poder de governos estrangeiros sobre empresas americanas de tecnologia que atuam fora do país.
Com o Gofa (Global Online Freedom Act), as empresas seriam proibidas de entregar diretamente dados de seus usuários em outros países aos governos locais. Para que isso acontecesse, o Departamento de Justiça dos EUA teria que validar o pedido como "legítimo para o cumprimento da lei".
A proposta mira países conhecidos por práticas restritivas aos seus internautas.
Mas, se o seu princípio fosse aplicado a todos, gente no Orkut investigada no Brasil,
por exemplo, teria seus dados entregues à polícia brasileira somente após aprovação dos EUA.
O Gofa ainda não foi discutido na Câmara dos Representantes.

O MEDO DA POLÍCIA CIBERNÉTICA

Vigiado pelo provedor de internet, o usuário baixa em seu computador conteúdo protegido por direitos autorais.
Por isso, é advertido por e-mail. Ao reincidir, recebe uma carta registrada. Se insistir em uma terceira infração, pode ser banido da internet por até um ano. Nesse período, o usuário fica proibido de contratar um novo provedor.
A situação descrita acima se concretizaria se entrasse em vigor, na França, a lei que pretendia criar a polícia cibernética chamada Hadopi.
Com o apoio engajado do presidente do país, Nicolas Sarkozy, o projeto foi aprovado pelo Senado, mas invalidado pelo Conselho Constitucional da França no mês passado.
O conselho, autoridade constitucional máxima do país europeu, considerou que a lei viola o direito à privacidade, o princípio da presunção de inocência e o direito de ser julgado por um juiz antes de receber alguma punição.
Além disso, a instituição afirmou que o acesso à internet é um direito fundamental e que só pode
ser suprimido em caso de decisão judicial.

Liberdade de expressão versus
indústria do entretenimento

Segundo o texto da decisão do conselho, "considerando o desenvolvimento da internet e sua importância para a participação na vida democrática e a expressão de ideias e opiniões, [o direito à liberdade de expressão implica] a liberdade do público para acessar esses serviços de comunicação".
Com a derrota da lei, apoiada por associações que defendem os interesses da indústria de entretenimento, o governo ainda estuda submeter uma nova proposta.

ESSES PIRATAS NÃO SÃO CAOLHOS!

THE VIDEO BAY

Fundadores do Pirate Bay criaram o Video Bay (thevideobay.org) para competir
com o YouTube. A ideia é piratear programas de TV e filmes de Hollywood e torná-los
disponíveis em alta definição
para serem assistidos no navegador, sem necessidade de down- load.