Enquanto Clóvis Rossi critica o PT porque o partido teria mania de perseguição, o comentarista político Fernando Rodrigues é o próprio perseguidor do mesmo tema: massacrar os políticos e a política brasileira. Tudo é culpa dos políticos -os verdadeiros donos do poder no país sequer são lembrados por ele, parece que a síndrome do esquecimento ou do oportunismo afetou-o mais do que a criadora desse mostrengo histórico da mania de querer reeescrever os fatos da nossa história conforme nossos interesses - mania muito praticada pelas organizações (!) Globo e a grande mídsia brasileira chamada de PIG - Partido da Imprensa Golpista.
Olha só o texto do Fernando Rodrigues - e não é um dos seus piores dias!
"Ciro, erros e acertos
BRASÍLIA - Ciro Gomes despejou palavrões a granel na Câmara no dia 22 do mês passado. Negava o uso de dinheiro público na compra de passagens aéreas internacionais para sua mãe. Nesta semana, a TAM soltou uma nota na qual assume um erro operacional. Segundo a companhia aérea, houve uma inversão inadvertida de faturas na hora de emitir as passagens de Ciro Gomes e de sua mãe num mesmo voo para Nova York. O bilhete do deputado aparece como tendo sido pago por ele. O de sua mãe caiu na conta da Câmara. O certo seria o oposto. O episódio ficou esclarecido, mas revelou-se mais um indesculpável descontrole gerencial quando se manipula dinheiro público. A TAM demorou um mês até identificar um erro banal. A Câmara não tinha registros para esclarecer o caso. E Ciro Gomes não mantinha documentos acessíveis para debelar o mal entendido. Antes da publicação do fato, no mês passado, o deputado foi procurado. Preferiu não responder. Se tivesse dito "por favor, espere um dia enquanto eu verifico meus arquivos", a história teria sido outra. Cada deputado federal tem R$ 60 mil por mês para contratar funcionários no gabinete em Brasília. A Câmara emprega cerca de 15 mil servidores. Ninguém foi capaz de apresentar papéis com rapidez para explicar como foi comprada uma única passagem aérea. Pode-se argumentar que até sistemas gerenciais rígidos são passíveis de falhas. É verdade. Mas na Câmara -e no Senado- esse tipo de deslize é a praxe, não a exceção. Por fim, tomado da indignação dos justos, Ciro soltou aqueles vitupérios todos. Sabe-se agora que ele não fez parte da farra das passagens. Foi vítima de um modelo administrativo caótico. Mas, registre-se, um sistema cuja existência é de responsabilidade direta de Ciro e dos outros 512 deputados. "
Esse texto confessa, na verdade, o que a grande mídia jamais confessa ou admite: não aceita o diálogo sobre seus próprios erros. Publica, para depois ver no que dá. A mídia não quis nem saber quando Ciro negou o fato que a imprensa fez questão de dar, sem perguntar se aquilo era mentira ou verdade.
Incapaz de se enxergar, a saída é culpar sempre os políticos.
sábado, 23 de maio de 2009
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