sábado, 31 de julho de 2010

Comissão discutirá novo marco regulatório das telecomunicações e radiodifusão

Uma comissão interministerial foi criada ontem (21/7) por decreto do presidente Lula para elaborar estudos e apresentar propostas de revisão do marco regulatório da organização e exploração dos serviços de telecomunicações e de radiofusão no País. A comissão será integrada por representantes da Casa Civil (a quem cabe a coordenação), os ministérios das Comunicações e Fazenda, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência e a Advocacia-Geral da União. A Casa Civil poderá convidar representantes de órgãos e entidades da administração federal, estadual e municipal, além de entidades privadas.

O relatório final da comissão será apresentado ao presidente Lula juntamente com as propostas para revisão do marco regulatório da organização e exploração dos serviços de telecomunicações e de radiodifusão no País. Leia aqui a íntegra do decreto.

Segundo o ministro Franklin Martins (Secretaria de Comunicação Social), “a ideia é deixar para o próximo governo propostas que permitam avançar numa área crucial e enfrentar os desafios e oportunidades abertos pela era digital na comunicação e pela convergência de mídias”.

No discurso que fez na abertura da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), em dezembro de 2009, o presidente Lula destacou que o principal documento da legislação brasileira do setor é o Código Brasileiro de Telecomunicações, editado em 1962 para disciplinar a radiodifusão. Com as mudanças tecnológicas ocorridas de lá para cá, é preciso agora rever os marcos legais da atividade.

Com a digitalização e a internet, as fronteiras entre os diferentes meios estão sendo dissolvidas. Hoje, texto, áudio e imagem não só são tratados com a mesma tecnologia digital como podem ser disseminados pelas mesmas plataformas. Um número crescente de leitores informa-se através da internet. Cada vez mais, as notícias estão disponíveis em tempo real, tanto em computadores pessoais como em aparelhos celulares ou em outros equipamentos portáteis. (Confira aqui o post do Blog do Planalto que traz trecho em vídeo do discurso do presidente na 1ª Confecom e o áudio com a íntegra)

Leia aqui a íntegra do discurso:


Lula destacou que a Confecom, que acontece após eventos de âmbitos estaduais, trata de tema apropriado e atual: “Comunicação: meios para a construção de direitos e cidadania na era digital”. Para o presidente, “o desafio é esse mesmo: como usar e aproveitar as novas tecnologias para abrir caminhos que levem ao fortalecimento da comunicação social, da informação, do entretenimento, das manifestações artísticas e culturais, e do debate público de ideias”.

O presidente destacou também a legislação brasileira que tem como principal documento o Código Brasileiro de Telecomunicações, editado em 1962, para disciplinar a radiodifusão. Em 47 anos, as mudanças tecnológicas trouxeram transformações que não foram acompanhadas a contento. A Constituição Federal de 1988, segundo o presidente, previu alguns avanços, “mas que não foram observados em muitos casos, agravando o descasamento entre a acelerada mudança da realidade e o envelhecimento progressivo dos marcos legais”.

“Com a digitalização e a internet, as fronteiras entre os diferentes meios estão sendo dissolvidas. Hoje, texto, áudio e imagem não só são tratados com a mesma tecnologia digital como podem ser disseminados pelas mesmas plataformas. Um número crescente de leitores informa-se através da internet. Cada vez mais, as notícias estão disponíveis em tempo real, tanto em computadores pessoais como em aparelhos celulares ou em outros equipamentos portáteis”, destacou.

Agora, com a realização da Confecom, a sociedade é instada a debater um dos segmentos mais importantes do País. Segundo Lula, este debate sobre a comunicação social deve ser franco e aberto. “Não será enfiando a cabeça na areia, como avestruz, que enfrentaremos o problema. Não será tampouco fechando os olhos para o futuro ou pretendendo congelar o passado que lideremos corretamente com a nova situação”, enfatizou.

O presidente encerrou o discurso pregando que as entidades busquem verificar as concessões de radiofusão comunitárias. Para o presidente, é possível que algumas pessoas busquem se valer de associações comunitárias para obter emissoras de rádio, por exemplo, para fins diferentes daqueles permitidos pela legislação.


Dilma 3 x 1

'Brasil vai trabalhar pela reconstrução da relação diplomática entre Colômbia e Venezuela

Independentemente da continuação do processo de discussão entre Venezuela e
Colômbia, o governo brasileiro vai trabalhar para reconstruir a relação
diplomática entre os dois países, porque ambos são importantes na relação
da América do Sul e na relação com o Brasil. A afirmação foi feita pelo
presidente Lula em entrevista coletiva concedida juntamente com o presidente do
Paraguai, Fernando Lugo, após visita às obras de terraplanagem da subestação
de Villa Hayes da linha de transmissão de Itaipu, no Paraguai.

Lula afirmou que teve uma relação "extraordinária" com o presidente Álvaro
Uribe nos últimos oito anos e espera ter também com o novo presidente
colombiano, Juan Manuel Santos, acrescentando que espera que o próximo
presidente do Brasil mantenha a sua visão da importância da integração da
América do Sul. Lula se reunirá com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no
próximo dia 6/8, e com o presidente colombiano, Álvaro Uribe, no dia seguinte
(7/8), bem como com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos.
Meu único interesse é que Venezuela e Colômbia entendam a importância que
um país tem para o outro, o tamanho da fronteira que os dois países têm, o
que representa o fluxo de comércio na balança comercial entre os dois países.
E exatamente por isso, eu acho que eles têm que construir a volta à relação
da diplomacia, à volta à tranquilidade, para que os dois países possam
crescer, se desenvolver, gerar empregos.
Lula reafirmou que nunca deu palpite algum sobre a questão das Farc, "porque
é um problema da Colômbia", mas sobre a relação entre Venezuela e Colômbia,
tem interesse como membro da Unasul, que os dois países "tenham a maior
convivência harmônica possível, porque os dois países precisam uns dos
outros".

DILMA: Biografia




A trajetória de Michel Temer
Em 1985, o então secretário de Segurança Pública de São Paulo, Michel Temer, recebeu uma comissão que denunciava o espancamento de mulheres e o descaso de autoridades diante destes crimes. Para coibir esse tipo de violência, ele tomou a decisão inovadora: criou a primeira Delegacia da Mulher no Brasil.

Ainda na secretaria, Temer adotou ideias modernas, posteriormente reconhecidas e tidas como modelo em todo o país. Instituiu a Delegacia de Proteção aos Direitos Autorais, importante instrumento de combate à pirataria de produtos. A passagem bem sucedida pela secretaria projetou esse descendente de libaneses para a carreira política que avançou mais e mais nos anos seguintes.

Michel Miguel Elias Temer Lulia nasceu em Tietê (SP), no dia 23 de setembro de 1940. Sua família, católica, saiu de Betabura, na região de El Koura, Norte do Líbano, e veio para o Brasil em 1925. O pai, Miguel Temer, comprou uma chácara no interior paulista e instalou uma máquina de beneficiamento de arroz e café em sua região.

Enquanto o irmão mais velho, Tamer, ajudava o pai nos negócios, Michel e os outros seis irmãos menores foram estudar na capital paulista. Aos 16 anos, iniciou o clássico (atual ensino médio) e, anos depois, entrou na tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

Começava, então, uma bem sucedida carreira acadêmica. Temer tornou-se doutor pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e, na Faculdade de Direito da mesma instituição, dirigiu o curso de pós-graduação. Lecionou na Faculdade de Direito de Itu e é considerado hoje um dos maiores constitucionalistas do País.

É autor dos livros Constituição e Política, Territórios Federais nas Constituições Brasileiras, Seus Direitos na Constituinte e Elementos do Direito Constitucional, este último na 20ª edição, com 200 mil exemplares vendidos.



Vida Pública
O primeiro trabalho foi como oficial de gabinete de seu ex-professor Ataliba Nogueira, secretário de Educação de Adhemar de Barros. Michel Temer foi procurador-geral do Estado em 1983 e deixou o cargo para ser secretário de Segurança Pública de São Paulo. Voltou a ocupar o mesmo cargo no início dos anos 1990.

Quando secretário estadual, Michel Temer recebeu grande estímulo para disputar um cargo eletivo e confidenciou ao então governador Franco Montoro um grande sonho: participar da Assembléia Nacional Constituinte, em 1986. Montoro incentivou-o a ir em frente.

Elegeu-se deputado constituinte pelo PMDB e participou ativamente das discussões no Congresso Nacional, tendo se destacado pela posição moderada, sobriedade e grande conhecimento de direito constitucional.

Após a Constituinte, foi reeleito deputado federal, já chegando a seis mandatos – todos pelo PMDB. Licenciou-se do cargo somente para reassumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e, depois, a de Estado, durante o governo de Luiz Antonio Fleury, no começo da década de 1990.



Presidente da Câmara
Foi escolhido três vezes presidente da Câmara dos Deputados, em 1997, 1999 e 2009. Sua primeira gestão inovou ao abrir a Casa para a sociedade com a criação de um importante sistema de comunicação social, responsável por noticiar o trabalho dos parlamentares e os grandes debates travados no plenário e nas comissões.

Nesse período, a Câmara discutiu e votou vários projetos que alteraram a estrutura do Estado brasileiro, com mudanças de grande repercussão para a modernização das instituições nacionais.

No comando da Câmara, assumiu a presidência da República interinamente por duas vezes: de 27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999. Desde 2001, Michel Temer é, também, presidente nacional do PMDB.

Em poucos meses do terceiro mandato como presidente da Câmara, marcou sua gestão com debates importantes. Para impedir o trancamento de pauta pelas Medidas Provisórias (MPs) editadas pelo Poder Executivo, Temer ofereceu nova interpretação constitucional. Segundo ele, uma MP somente trava a votação de matérias que podem ser objeto de medida provisória.

Assim, a votação de Propostas de Emenda à Constituição, Resoluções e Projetos de Lei Complementar, entre outras matérias, não poderiam ser barradas. Com essa decisão, amplamente acolhida no meio jurídico e no âmbito legislativo, a Câmara retomou as votações de matérias relevantes para a sociedade.


Lula apela ao líder do Irã para enviar condenada à morte por apedrejamento ao Brasil

DIMITRI DO VALLE
DE CURITIBA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, em Curitiba (PR), que vai pedir ao líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que envie a iraniana condenada à morte por apedrejamento ao Brasil, onde poderá receber asilo. Sakineh Ashtiani já recebeu 99 chibatadas como punição por manter "relacionamento ilícito" com um homem.

"Se vale a minha amizade com o presidente do Irã e se ela [a mulher condenada] estiver causando incômodo lá, nós a receberemos no Brasil de bom grado", disse Lula, acrescentando que vai telefonar para o iraniano e conversar sobre o assunto.

Lula rejeita se envolver em caso de iraniana condenada ao apedrejamento
Petição impulsiona campanha contra condenação de mulher à morte
Condenada à morte por apedrejamento, iraniana Sakineh preocupa Brasil
Chico Buarque, Yoko Ono e outros protestam contra apedrejamento no Irã
Reino Unido pede que Irã cancele execução por apedrejamento
ONG divulga recado de iraniana condenada por adultério

Acho que nada justifica o Estado tirar a vida de alguém. Só Deus pode fazer isso", disse o presidente.

A candidata à Presidência Dilma Roussef, em entrevista também em Curitiba, falou que a decisão do governo de Teerã "fere" a "nós que temos sensibilidade, humanidade".

Os dois participaram no Paraná de um evento da campanha da candidata à Presidência.

MUDANÇA DE OPINIÃO

Ainda na quarta-feira (28) a posição de Lula mantinha-se inalterada. Questionado sobre as campanhas mundial e nacional na internet e no twitter pela libertação da iraniana, o presidente brasileiro disse que se um país passa a desobedecer suas leis para atender a pedidos de outros líderes, poderia ocorrer uma "avacalhação".

AP

Foto divulgado pela Anistia Internacional em Londres mostra Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério
No Palácio do Itamaraty, o presidente opinou sobre a campanha "Liga Lula", dizendo que não poderia passar o dia atendendo a pedidos e que as leis dos países devem ser respeitadas.

"Um presidente da República não pode ficar na internet atendendo todo o pedido que alguém pede de outro país (...) É preciso tomar muito cuidado porque as pessoas têm leis, as pessoas têm regras. Se começarem a desobedecer as leis deles para atender o pedido de presidentes daqui a pouco vira uma avacalhação", disse.

Em seguida, Lula complementou que não acha certo "nenhuma mulher deveria ser apedrejada por conta de traição."

ENTENDA O CASO

Mãe de dois filhos, Ashtiani recebeu 99 chicotadas após ter sido considerada culpada, em maio de 2006, de ter uma "relação ilícita" com dois homens. Depois, foi declarada culpada de "adultério estando casada", crime que sempre negou, e condenada a morte por apedrejamento.

O anúncio de que a aplicação da pena poderia ser iminente despertou uma grande mobilização internacional, e países como França, Reino Unido, EUA e Chile expressaram suas críticas à decisão de Teerã. O governo islâmico disse então que suspenderia a pena, até segunda ordem.

CAMPANHA

Um abaixo-assinado aberto há cerca de um mês na internet deu impulso mundial à campanha pela libertação da iraniana.

O documento conta com mais de 114 mil assinaturas, a maioria sem valor real, como pessoas identificadas apenas pelo primeiro nome, manifestações políticas como "E agora Lula?" e piadas como "Pica Pau".

A lista, contudo, tem também assinaturas verídicas de célebres brasileiros --Fernando Henrique Cardoso, Chico Buarque e Caetano Veloso.

Farshad Hoseini, diretor do Comitê Internacional contra Lapidação e autor do documento, explica que a ideia é que a pressão internacional chegue ao governo iraniano.

voto feminino será decisivo no resultado das eleições deste ano.

Um levantamento divulgado no dia 20 de julho pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que as mulheres representam 51,8% da população votante – o equivalente a 70,3 milhões de mulheres. Em 2006, esse percentual era de 51,6%.

Rondônia, Mato Grosso, Roraima e Pará são os únicos estados onde os homens são maioria. O Distrito Federal e o Rio de Janeiro são os que apresentam os mais altos percentuais de mulheres eleitoras, 53,6% e 53,2%, respectivamente. Além disso, a pesquisa revela que a maior parte do eleitorado é formada por mulheres entre 25 e 34 anos.

Mulheres no poder
Mesmo com o crescimento de eleitoras, o número de candidatas ainda é muito pequeno: somente 21,1% das candidaturas são femininas. Atualmente, apenas 11% das mulheres ocupam Assembléias Legislativas e governos estaduais, 8% a Câmara dos Deputados e 14% o Senado Federal, o que demonstra claramente um índice baixo de mulheres nos espaços de poder.


por Mulheres com Dilma

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10 Comentários até agora ↓
aroldo disse: 21 de julho de 2010 às 21:11Vai indo muito bem,mas, afirmar sempre para as mulheres que não tenham medo de votar em Dilma, que elas ganharão , tendo uma grande representante na Presidencia, para orgulho das mulheres brasileiras.

abraços Aroldo

João Valério dos Santos. disse: 21 de julho de 2010 às 21:230lá o meu comentário é para falar com toda sociedade brasileira,e não brasileira,eleitor(aes) deste país? olhe eu fico lendo tantas mensagens que só parece que são pessoas totalmente sem nem um conhecimento,em que se refere uma administração presidencial,por que os aliados do Candidato do PSDB José Serra só aprenderam é concluirem critícas desonestas,só fica procurando querer enganar os eleitor(aes) procurando coisas que já aconteceu a mais de 60 anos atrás,agora para procurar novamente já estão inventando vasamento de sigilo pessoal de pessoas da receita federal,como é que pode pessoas nestas condições querer ser um presidente do brasil,olhe não tem projetos suficientes para o brasil já está provado que se eles tivesse um bons projetos para o brasil ele deveria ter trabalhados para que o brasil recebesse a mensagem que o brasil saiu de devedor para credor do FMI,está mensagem deveria ter sido divulgada no governo do FHC,eu fico lendo mansagens que só cabe na cabeça de um animal inracional,não podemos colocar em nossas cabeças tantas mensagens sem certeza,olhe o candidato do PSDB é tão sem projetos que ele está querendo ser eleito só através de denúncias qual é o projeto que ele tém para o brasil,veja se uma pessoa na qualidade de um candiato a presidência so sabe é mostrar só critícas ele não vai obter tempo suficiente para administrar o país nos atos de execuções de serviços,ele já está nas mesmas condições de um jogador de baralho que é viciado como é esta frase é por que um jogador viciado ele entra no jogo e perdem todo o dinheiro que ele tém depois o que vai acontecer com aquele jogaro? ele fica desesperado e começa a vender tudo que tém para ver se recupera o que perdeu o que aconteceu com aquele jogador,olhe ele ficou sem rumo e é neste momento que ele vai vender tudo que tém e não vai mais recuperar o que perdeu,um candidato precisa é colocar a cabeça no que é viável para a nação e não ficar só criticando o que vai acontecer é que algumas pessoa que até poderia votar nesta pessoa já não vai querer votar por que o serra já está entrando em desespeiro e asim se ele continuar é possível que ele vai chegar a perder para a Marina Silva,eu estou acreditando que na situação que o serra está cometendo é sinal que ele já vai perder no 1° turno da eleição,ele já está perdendo em toda região nordeste,por o presidente Lula está com uma aprovação de mais de 75% e quem está querendo que o brasil continue crescendo é
claro que quem está querendo ver o brasil crescer obiviamente vão votar na candidata do Lula eu sou um deles,eu não vou votar em quem só sabe critícar e desvalorizar o real que foi o caso do candidato do serra,embora ele já está se envergonhando por que ele disse em mensagens que o FHC é igual ao Lula em que sentido ele fala esta palavra é para ver se vai conseguir induzir alguêm, só que ele pode induzir as pessoas que tém olhos mais não enxerga,te´m boca mais não fala tem pernas mais não andas,tém ouvidos mais não ouvem,te´m mãos mais não apalpa,por que uma pessoa que nunca tiveram a oportunidade de ver o brasil gerando tantos empregos,e em tantas coisas de crescimento está enquadradors nos sistemas que tem todos os membros do corpo mais não tem utilidade visual,o brasil está em um dos melhores mercado mundiais,que é o mercado estável,o mercado estável é aquel mercado que qualquer produtor(aes) consegue colocar mais de 51% do produto e o brasil está neste mercado,eu não estou tendo mais espaço para colocar todos os sistemas de mercados mundiais,o que significa valorização e desvalorização e muitas outras coisas interessantes,eu sou administrador de imóveis a 22 anos,graças ao nosso bom Deus eu aprendir muitas coisas com pessoas de altos nível em connecimento administrativos,estou com 69 anos mais já tenho um bom conhecimentos sobre desenvolvimentos de administração…
21/07/2010

Angélica disse: 21 de julho de 2010 às 21:53Com certeza chegou a vez das mulheres e eu queo fazer parte disso tudo, quero ser vereadora pelo PT, o que devo fazer?

Nilza Funari Alves disse: 21 de julho de 2010 às 22:22sobre o levantamento do tribunal superior eleitoral em que nos mulheres representamos a maioria da população votante e decidimos uma eleição e mesmo com este crescimento somos minoria em assembléias legislativas, temos que mudar ñ votando em candidatas só pq é mulher e sim saber de seus projetos para melhorar o bem comum e fazermos parte ativa da politica.

HORIOSVALDO DA SILVA disse: 22 de julho de 2010 às 0:54mas elas, mulheres, precisam ter CONSCIENCIA POLITICA E ATUAR MAIS POLITICAMENTE, e apoiar sim, candidatas mulheres, pois, dos 513 deputados federais, só 45 são mulheres, menos de 8,5% são mulheres.
mas absurdamente as mulheres são mais de 55% ELEITORAS, VOTOS, mais muito mais….
quer dizer mulheres votam em tudo e em todos menos nas próprias mulheres, e absurdamente, acontece a mesma coisa nas profissões essencialmente mulheres, como por exemplo, a enfermagem, aonde não tem quase nenhum parlamentar oriundo da enfermagem e que atue á favor da enfermagem….não temos quase nenhum parlamentar ENFERMAGEM….quer dizer acontece a mesma coisa com a enfermagem, enfermagem não votava em enfermagem, enquanto POLICIAIS VOTAM EM POLICIAIS, JURÍDICOS VOTAM EM JURÍDICOS, .MÉDICOS VOTAM EM MÉDICOS..ETC…
quer dizer HOMENS VOTAM EM HOMENS, PRINCIPALMENTE NOS DAS SUAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS, HOMENS SÃO MAIS POLITIZADOS QUE AS MULHERES

Mestre Ariano Suassuna junto com Lula e Dilma

O entusiasmo da militância transformou em comício o encontro do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff com prefeitos na cidade de Garanhuns, no agreste pernambucano.

Embalados pelo resultado da pesquisa Vox Populi, que aponta Dilma oito pontos a frente do candidato da oposição, 3 mil militantes fizeram subir a temperatura do ginásio de esportes contrastando com a noite fria de Garanhuns. A cidade natal do presidente Lula registra as menores temperaturas do agreste pernambucano. No inverno, os termômetros marcam, em média, 15º.

Mas o frio passou longe do ginásio de esportes. Lula e Dilma tiveram calorosa recepção. E quando viu subir ao palanque o escritor Ariano Suassuna, a plateia não hesitou e cantou os versos entoados pelas ruas de Olinda em todos os Carnavais desde 1963:

“Queriam ou não queiram os juízes, o nosso bloco é de fato campeão. E se aqui estamos cantando essa canção, viemos defender a nossa tradição. E dizer bem alto que a injustiça dói. Nós somos madeira de lei que cupim não rói.”

Suassuna levantou-se para acompanhar com palmas a plateia. E quando esta silenciou, na arquibancada, alguém comentou: “Mais atual, impossível.”

Dilmaboy com desenho animado

DISCURSO DE DILMA NO PARANÁ 2

DISCURSO DE DILMA NO PARANÁ 3

DISCURSO DE LULA NO PARANÁ 1



lula 2

lula 3

Estratégia é isso: Agricultura familiar trouxe a paz para o campo

A candidata Dilma Rousseff declarou hoje que a existência de um clima atual de paz no campo se deve à execução de um amplo programa de estímulo à agricultura familiar, envolvendo financiamento, assentamento de famílias e assistência técnica.

“Nós construímos a paz no campo através do único jeito que é permanente: através de oportunidades para os pequenos agricultores”, disse a candidata, em entrevista a rádio Guaíba, de Porto Alegre.
Para ela, a combinação de medidas efetivas como o aumento do volume de financiamento para o segmento – de R$ 2 bilhões em 2002 para R$ 16 bilhões neste ano – e o diálogo com os movimentos sociais viabilizou o cenário atual de distribuição e geração de renda na área rural.

“A única eficácia de política social é não tratá-la como questão de polícia; é mudar as condições”, afirmou ao acrescentar, porém, que qualquer ilegalidade deve ser tratada com providências drásticas.
Dilma chegou a Porto Alegre, na tarde de ontem, onde participou, à noite, com a presença do presidente Lula, de um comício, no ginásio Gigantinho. Nesta capital, Dilma viveu parte de sua vida e assumiu cargos políticos antes de vir para Brasília.

Bolsa Família

Ela destacou que o programa Bolsa Família faz parte de um conjunto de ações responsáveis pela saída de 24 milhões de pessoas da pobreza, do campo ou da cidade. No caso da área rural, Dilma lembrou que o programa é combinado com projetos voltados para a agricultura familiar.

“Nós queremos alavancar a renda rural e permitir que se forme uma classe média no campo”, disse, lembrando que os pequenos agricultores têm acesso a crédito, assistência técnica e condições facilitadas de financiamento para a compra de máquinas e tratores.

Pleno emprego

O conjunto de programas sociais desenvolvidos pelo governo federal está permitindo, segundo Dilma, aos brasileiros viver uma situação nova: “ É impossível não perceber que hoje tem uma situação de quase pleno emprego no Brasil”. A meta do atual governo é chegar até o final deste ano com a geração de 16 milhões de empregos com carteira assinada.

É um cenário que, para a candidata, mostra a capacidade e a vontade política do atual governo e de sua candidatura em realizar mudanças. Segundo Dilma, há uma tentativa da oposição de transformar a eleição numa discussão sobre medo, a exemplo do que ocorreu em 2002.

Ela questiona: “sabe como vou responder a essa patética tentativa de transformar essa eleição numa discussão sobre o medo? Nós vamos responder com todas as realizações que fizemos como governo”.
Dilma lembrou que o país deixou para trás uma era de estagnação e está numa situação de progresso, na qual a discussão hoje é se o Brasil cresce de 6,5% a 7,5% ao ano.

Metrô

Dilma concedeu também entrevista a rádio Gaúcha, durante a qual assegurou que se eleita, vai trabalhar para concretizar a implantação do metrô de Porto Alegre, previsto no PAC 2. Além disso, segundo ela, são necessárias obras de duplicação, de forma selecionada, de rodovias importantes para escoamento da produção agricultura e industrial do estado.

O Gre-Nal de Dilma e Lula

O Internacional tem a vantagem de jogar em casa. Tem também a coincidência das cores: a camisa é vermelha, e vem daí o apelido carinhoso de “colorado”, como vermelhas são também as bandeiras do PT, do PCdoB, do PSB. Mas a torcida do Grêmio – que, anuncia o hino, até a pé vai com o Grêmio onde o Grêmio estiver – também lota as arquibancadas. E é assim que o Gigantinho, ginásio de esportes do Inter, com capacidade para 15 mil pessoas, fica pequeno para as duas torcidas eternamente rivais, mas que desta vez estão unidas num só grito de guerra: “1, 2, 3/ 4, 5, mil! É Tarso no Rio Grande e a Dilma no Brasil”.

A responsável pela missão quase impossível de unir as duas torcidas – e isso a menos de três dias de um Gre-Nal, um dos maiores clássicos do futebol brasileiro! – tem os olhos fixos nas arquibancadas. Dilma veste um blazer vermelho, mas fala ao coração de todas as torcidas, de todas as cores.

Primeiro, ela agradece ao Rio Grande e aos riograndenses, que acolheram aquela jovem mineira como se acolhe uma filha, logo que ela saiu da prisão da ditadura. Depois, Dilma olha nos olhos de cada homem e de cada mulher e avisa, reforçando a última sílaba:

“Vou ser a primeira presiden-TA deste país!”.

As duas torcidas que agora formam uma só vibram como se fosse possível comemorar, ao mesmo tempo, um gol do Grêmio e outro do Inter, num Gre-Nal decisivo. Se nesta noite estivesse a serviço, o árbitro gaúcho Carlos Eugenio Simon, do alto do palanque, registraria na súmula imaginária o tento concreto: “Gol do Brasil, gol dos brasileiros e das brasileiras”.

Vibra o metalúrgico Zenildo Moreira da Silva, vibra sua companheira de ataque, a cozinheira Raquel do Rosário, ambos com a camisa vermelha do Inter, ele com a 10 do craque D´Alessandro, ela com a 9 do matador Alecssandro.

“Dilma vai dar continuidade a tudo o que o Lula fez. As mulheres têm toda a capacidade de governar o Brasil, e além disso a Dilma não vai governar sozinha, assim como Lula não governou sozinho: ela vai governar com a gente, com cada um de nós”, vibra Zenildo, que viu a oferta de empregos com carteira assinada explodir durante o governo Lula.

“Chegou a vez das mulheres. E se Lula fez o governo que fez, imagina o que não fará uma mulher, que tem a capacidade de olhar nos olhos do filho e saber se ele está doente, se ele está feliz”, emenda Raquel, que viu o salário mínimo subir como nunca antes na história deste país e agora planeja investir num carrinho de algodão doce, porque o povo agora tem dinheiro para adoçar a vida.

E ali, bem ao lado da dupla colorada, vibra um jovem de 16 anos que acaba de tirar o título de eleitor para votar na Dilma. “Abusado”, como brincam os torcedores do Inter, Gilmar da Silva Jr. veste a camisa do Grêmio, em pleno território outrora inimigo. Gilmar não veio a pé com o Grêmio: fretou um ônibus com amigos gremistas e colorados e veio de São José do Herval engrossar a torcida da Dilma.

“Se Lula melhorou a minha vida? Fez mais do que isso: melhorou a vida da minha cidade, que antes tinha muita pobreza, mas agora os pequenos agricultores têm recursos e apoio para produzir. E eu tenho certeza que a Dilma vai continuar o que Lula começou”, comemora o gremista Gilmar.

E quando acaba o comício, vão embora felizes gremistas e colorados, e saem do Gigantinho e passam em frente ao Beira-Rio, o lendário estádio do Inter. E até os gremistas sorriem ao ler a frase escrita na fachada do campo de batalha dos adversários colorados, estes provocadores que se auto-intitulam “Campeões de Tudo”. A frase – que traduz a esperança de gremistas e colorados, nesse momento em que Lula passa a bola para Dilma – diz o seguinte:

“Queremos tudo de novo.”



lula



DILMA NA FIEP




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o canto de três gerações de militantes : Dona Maria tá com ela, e os filhos e netos também na luta

Há, naquela cabeça, uns muitos fios de cabelo a menos; naquele rosto, algumas rugas a mais. O tempo passou. A moça bonita da campanha de reeleição do Lula virou mulher e ficou mais bonita. O menino que em 2006, meio desajeitado, empunhava uma bandeira maior do que ele, já não é mais menino: tornou-se eleitor e ainda empunha a mesma bandeira, quatro anos mais velha.

O tempo não para, mas é como se girasse em círculos: no meio dessa multidão – que ontem à noite pintou de vermelho o coração de Brasília para a inauguração do comitê da Dilma – existem moças que na campanha passada eram meninas. Existem meninos que eram ainda mais meninos. E existe também a Gabriela, que em 2006 nem existia.

Gabriela tem três anos e veio no colo da mãe, Jaqueline. Jaqueline agora tem 25, mas devia ter a mesma idade da filha quando a mãe, Maria José, a levou no colo pela primeira vez a uma manifestação. Dona Maria José (foto acima), mãe e avó, 60 anos, completa as três gerações de militantes, cantando e sambando de bandeira na mão, como se fosse mais jovem do que quando ajudou a eleger e a reeleger Lula.

Faxineira aposentada, dona Maria José já definiu a data de sua aposentadoria da militância: “É nuuuuuncaaaaa!”, anuncia ela, que veio ver Dilma com quatro dos quatro filhos e sete dos oito netos. “Só não veio o Iúri, porque mora na Bahia”, lamenta.

Lula tá com ela, eu também tô, canta e dança dona Maria José. Só interrompe o canto e o passo quando o repórter faz uma provocação, lembrando aquele político antigo que certa vez decretou: “Vamos acabar com essa raça”.

“Ah, moço. Acaba não, nunca”, ri dona Maria José, como se quisesse dizer que não se extingue raça por decreto, ainda mais uma raça que nem essa, que é feita de todas as raças e que renasce e se renova a cada campanha, a cada dia. Mas o que ela diz é bem mais simples: “A gente não acaba porque a gente luta. A gente sofre, mas a gente acredita. E ninguém engana a gente – nem a televisão

Uma gente que dança, canta e é feliz

A Avenida Rio Branco vira uma pequena passarela do samba. Dança a moça com a camisa do Flamengo, dança o rapaz com a do Botafogo que tem nas costas o nome Loco Abreu e o número... 13! Dançam improvisados e improvisadas porta-bandeiras com bandeiras do PT, do PMDB, do PDT, do PCdoB, das sete cores do arco-íris. Dança só com os braços o moço sentado na cadeira de rodas empurrada por outro moço que dança de corpo inteiro.


Estamos no Rio, mas, como se Salvador fosse aqui, vai todo mundo atrás do trio elétrico que toca sem parar os jingles da Dilma e do Sérgio Cabral – com direito a paradinha do funk e coreografia não ensaiada de moços e moças descendo até o chão. Quem diz que política não combina com alegria?

“Ora”, dirão, “mas qual a vantagem de se ter uma militância que dança em passeata a caminho do comício, se, como disse o poeta da Vila, ao som do samba (e do rock, e do samba-rock, do funk, do forró, do frevo, do maracatu) dança até o arvoredo”? “Ora”, responderão os mesmos que perguntaram desdenhando da militância dançarina, “vantagem não há, pois esta é uma gente que dança de nascença, dança por qualquer motivo, e mesmo sem motivo algum”.

Certo, diremos nós, mas e se esta gente sempre tão dançarina que dança agora debaixo da chuva fina tivesse um motivo concreto para dançar? E se essa gente dançasse hoje porque é hoje uma gente mais feliz?

Talvez os pés e a alma desses passistas que seguem dançando da Candelária até a Cinelândia contem histórias tão felizes que não cabem nos jornais, nem na televisão: o moço que conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada, a moça que entrou para a faculdade, a dona de casa que alimentou e vestiu os filhos e descobriu que agora sobra dinheiro para ficar mais bonita, o pai de família que recuperou a autoestima, o jovem casal que vai morar na casa própria, a comunidade que vê sua favela virando bairro, o povo que começa a perder o medo tanto do traficante quanto da polícia.

E dançam quase juntas as duas mulheres que não se conhecem e moram longe uma da outra, dona Vívian em Bangu, dona Cenira em Duque de Caxias, elas que nunca trocaram uma palavra sequer, mas que resumem com dois substantivos tão parecidos o motivo por que dançam: “Porque antes a gente não podia nem passar na porta da loja de eletrodomésticos, e hoje a gente tem crédito”, explica dona Vívian. “Porque hoje a gente tem credibilidade: nós aprendemos, e ensinamos os outros a acreditarem na gente”, orgulha-se dona Cenira.

Esta gente dançarina talvez seja a mais perfeita tradução das estatísticas: 14 milhões de novos empregos com carteira assinada em sete anos e meio de governo Lula, 24 milhões de brasileiros e brasileiras fora da pobreza absoluta e 31 milhões com os dois pés na classe média, 700 mil jovens bolsistas do ProUni, mais de R$ 1 trilhão em crédito disponível para a população brasileira, meio milhão de moradias populares em construção pelo programa Minha Casa, Minha Vida etc etc etc...

Os números não mentem, mas também não dançam. Quem dança é a gente

uma idéia de carlinhos brown

eu sou o vento
onde a palavra
se o que importa
mesmo é o que sinto?

camói aí, guri

O analista econômico à esquerda
Enviado por luisnassif, qui, 29/07/2010 - 16:06
Do Portal Luís Nassif


Do Blog de ContiBosso

A simplicidade é vero, é Veríssimo: "Camone"

(...) "Tudo teria a ver com a infância de todos nós."

Luís Fernando Veríssimo

Não deixa de ser irônico que o analista econômico mais à esquerda — se é que cabe o termo — da grande imprensa brasileira seja um americano. Paul Krugman é publicado no Brasil porque ganhou um Nobel e escreve bem, mas está na contramão do pensamento econômico dominante do seu país, que é a opinião dominante por aqui também.

Critica o monetarismo clássico, os preceitos da escola de Chicago e os mitos do mercado autorregulador e ultimamente tem batido muito na opção da União Europeia de vencer sua crise atual com medidas de austeridade e cortes em gastos públicos — segundo ele um exemplo da velha prática perversa de fazer os pobres pagarem pelas lambanças dos ricos.

Krugman defende a ação dos governos para estimular economias e desobediência a todas as receitas de autoflagelação vendidas aos pobres como "responsabilidade fiscal" e sacrifício depurador. Quer dizer, é um estranho em dois mundos, o dos economistas ortodoxos americanos que ainda ditam a política do país, mesmo no governo do Baraca, e o dos economistas locais que seguem a linha americana. Sem falar na estranheza de vê-lo publicado nos nossos principais jornais conservadores, no que também pode ser visto como uma admirável demonstração de pluralismo de enfoques.



Mas me lembrei de quando eu era guri e brincava de "mocinho", ou caubói, com outros garotos da vizinhança, todos com reluzentes revólveres de espoleta metidos em seus coldres, até os sacarmos para matar bandidos ou índios. Eu tinha morado nos Estados Unidos e sabia inglês, mas o máximo que os outros sabiam era enrolar a língua e fingir que falavam como nos filmes. Seu vocabulário era "Camone" e pouco mais, mas não importava. Nos comunicávamos naquele inglês imaginário, e vivíamos juntos a glória de ser americanos. Ninguém tinha a pontaria de um americano. Ninguém brigava a socos e saía da briga sem uma marca no rosto como um americano.

Um americano era perfeito. Um americano podia tudo. Depois, claro, crescemos e descobrimos que nem todo americano era "mocinho". Mas daquele tempo ficou a ideia inconsciente de que ser americano é credencial suficiente, de que basta dizer "camone" para dispensar qualquer outro tipo de aferição.

O que tudo isto tem a ver com o Paul Krugman? Talvez o fato de ser americano tenha facilitado sua entrada nas páginas econômicas sem que checassem suas convicções. Tudo teria a ver com a infância de todos nós.

Tarso e a retórica do medo: Serra rememora a linguagem golpista pré-64

Por Marco
Do IG

Tarso Genro: Serra rememora a linguagem golpista pré-64

Serra se aproxima de 'linguagem golpista e fascista', diz Tarso

Em entrevista ao iG, ex-ministro diz que tucano comete 'equívoco' ao endossar acusações feitas pelo vice Indio da Costa ao PT

Ricardo Galhardo, enviado ao Rio Grande do Sul | 29/07/2010 13:23

no IG

Líder nas pesquisas de opinião para o governo do Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) diz que o presidenciável tucano José Serra se aproxima da linguagem golpista e facista que levou ao golpe militar de 1964 ao endossar as declarações de seu vice, Indio da Costa, que acusou o PT de estar ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico.

Por outro lado, Tarso, que trava uma disputa dura com José Fogaça (PMDB), afirma que não pretende explorar na campanha os escândalos que marcaram a gestão da governadora tucana Yeda Crusius, terceira colocada nas pesquisas e que pode ser o fiel da balança em um eventual segundo turno. De olho nos votos tucanos, ele classifica como irracional a polarização que acompanha a política gaúcha desde a Revolução Farroupilha, no século 19.

"Todos sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado", disse Tarso ao iG, em entrevista concedida ao lado da lareira de sua casa no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, na noite de quarta-feira.

iG – Qual é sua opinião sobre as declarações de Serra e seu vice quanto à ligação do PT com as Farc e o narcotráfico?

Tarso Genro – É um equívoco do Serra. Acho que ele tem estatuto político para não rememorar uma linguagem golpista que foi construída em 1964 e naquela época apenas substituía Farc por União Soviética e usava a mesma expressão "república sindicalista". Espero sinceramente que isso seja mais um ato de solidariedade ao seu vice – que é notoriamente uma pessoa atrasada e reacionária – do que uma posição dele, uma pessoa que tem estatuto político para compreender que isso aí não leva a nada, só o desqualifica como figura pública.

iG – Mas o próprio Serra chegou a vincular o governo com o narcotráfico quando citou a Bolívia.

Tarso – Essa visão do Serra sobre vínculos com o narcotráfico de qualquer agremiação política é uma imputação que não condiz com o estatuto democrático do próprio Serra, porque é incriminação e pronto. É uma acusação que tem um corte ideológico facista que não é compatível nem com o Serra nem com o PSDB. O combate que o governo fez ao narcotráfico e às cooperações que fizemos neste sentido com países da América do Sul foram uma característica do governo Lula.

iG – A tentativa de identificar Dilma com a ala radical do PT, como aconteceu no episódio do programa de governo, pode atrapalhar?

Tarso – Isso é o mesmo que nós querermos identificar toda a oposição com aquele coronel facistóide do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. Seria um equívoco. Essa linguagem de apontar os adversários como extremistas é uma linguagem da Guerra Fria. Isso não funciona mais. De uma parte porque aquela visão de Guerra Fria que tinha um inimigo com guizo vermelho do outro lado já não tem mais consistência. De outra parte porque o próprio sistema capitalista mundial, com o seu desenvolvimento globalizado tem disseminado os valores da democracia. Não há mais uma consciência que seja suscetível de ser trabalhada com essa visão da Guerra Fria.

iG – Se eleita, Dilma terá condições de fazer um governo mais à esquerda do que Lula?

Tarso – É inviável hoje qualquer proposta de desenvolvimento de um país e de sustentabilidade política de um governo que não tenha o centro como aliado. Até um dos grandes elementos positivos do projeto político do presidente foi despertar a necessidade do centro no País. Eu diria meio fisiológico, meio desideologizado, mas ainda é o centro político. É quem dá sustentabilidade a qualquer projeto. Creio que a Dilma vá governar com esse mesmo espectro político, com todas as grandezas e limitações que esse espectro possui. Não creio que vá ser mais ou menos radical que o do Lula.

iG –Além de fisiológico e desideologizado, o centro também agrega políticos com histórico de corrupção. O senhor lutou muito contra isso dentro do PT.

Tarso – O problema é que esses desvios existem em todos os partidos e não pode haver uma impugnação dos partidos. Se nós fizermos uma incriminação em grupo estaremos tendo uma posição medieval do ponto de vista do direito. Não podemos incriminar todo um bloco social ou toda uma comunidade. Os partidos reais são estes que estão aí. Qualquer governo precisa estabelecer um sistema de alianças e, seguramente, se o Serra ganhar a eleição – acredito que não vai ganhar – quem governaria com a parte mais difícil de ser contida seria ele e não a Dilma.

iG – Os escândalos que atingiram outros partidos varreram a discussão ética para debaixo do tapete nesta campanha?

Tarso – A questão ética não pode substituir o jogo da política sob pena de nós cairmos em campanhas que sejam concursos de moralismo, às vezes falso moralismo. Um governo tem que se destacar é atuando fortemente contra a corrupção e a ilegalidade como o governo Lula tem feito. É o governo que mais combateu a corrupção na história do País até hoje e me orgulho de ter tido um papel importante nisso.

iG – O pior desempenho de Dilma é na região Sul. Por outro lado o senhor lidera as pesquisas no Estado mais importante da região. É um paradoxo?

Tarso – Eu e a Dilma temos mais ou menos a mesma pontuação aqui. O que diferencia é que os meus adversários têm menos pontuação que o Serra. Não há dicotomia. Temos que crescer. Tanto eu quanto ela precisamos crescer e isso vai ocorrer fortemente quando houver conexão mais forte da minha campanha com a dela com a presença do presidente Lula (que participa nesta quinta-feira de comício em Porto Alegre).

iG – O senhor fica incomodado com o fato de o PMDB, que integra a base de Dilma, ter candidato ao governo em coligação com o PDT, que também integra a aliança de Dilma?

Tarso – Não há problema. Nós queríamos que o PMDB apoiasse a Dilma, que ela tivesse dois palanques ou até três aqui. O PMDB fez uma espécie de logro ao PDT. Prometeu apoio à Dilma, sancionado pelo presidente Carlos Lupi, e depois não apoiou. O PDT foi induzido a erro. Nós queremos que o PMDB apoie a Dilma. Que seja bem vindo. O nosso contencioso com o PMDB aqui no Estado não deveria prejudicar o apoio nacional. O fato é que foi uma escolha do PMDB e não nossa.

iG – Alguns dirigentes do PDT gaúcho acusam o PT de aliciar seus quadros. Isso pode causar turbulências à campanha de Dilma?

Tarso – Isso é uma coisa que não se sustenta. Os quadros do PDT são maduros, experientes, não se deixariam aliciar. As pessoas se inclinaram à minha candidatura e à da Dilma porque o PMDB não está apoiando a Dilma e então se sentiram liberadas. Mesmo que o PDT não nos apóie nós vamos convida-lo para participar do nosso governo porque o PDT tem muito mais identidade programática conosco do que o PMDB.

iG – O senhor pretende explorar os escândalos do governo Yeda Crusius (PSDB) na campanha?

Tarso – Todos nós sabemos que tem diferenças éticas entre nós e todos nós sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado. Mas esta questão está sendo tratada de uma maneira muito elevada. Todos nós estamos apresentando qual é nossa posição para promover o combate à corrupção no Estado sem qualquer tipo de acusação pessoal. Isso é um sinal de mudança política aqui no Estado e de qualificação. É uma renovação no debate político de um estado que sempre esteve muito polarizado, às vezes meio irracional

Genéricos: como vencer uma discussão sem ter razão
Enviado por luisnassif, qua, 28/07/2010 - 17:12
A Internet consagrou uma nova retórica, não propriamente fruto dela, mas vinda da lavra brilhante de Olavo de Carvalho e seu "como ganhar uma discussão sem ter razão".

Esse estilo foi copiado por alguns blogs de esgoto e rapidamente assimilado por José Serra. Dará belo material de pesquisa futuro, para algum linguista ou psiquiatra analisar essas relações, de uma pessoa assumir a personalidade, o estilo e a retórica de outra e incorporar de tal maneira que passa a raciocinar igual. É como se o ventríloquo passasse a ser controlado pelos bonecos.

Um dos recursos é o da minimização ou maximização de um fato, de acordo com as circunstâncias.

Quando fui alvo de ataques desse povo (não do Olavo, esclareça-se), atacavam honra, família, sexualidade, não respeitando nada. Se reagisse, diziam: isso é choradeira sua. E esse mantra era repetido por seguidores na rede.

Exemplo típico de assimilação de estilo é Serra, um dia, brandir a retórica do medo. Quando a estratégia rasa é denunciada e a reação ganha escala, ele diz: «não vim aqui para discutir isso, mas os problemas reais da economia», como se nunca tivesse explorado o assunto.

Tarso e a retórica do medo

Por Marco
Do IG

Tarso Genro: Serra rememora a linguagem golpista pré-64

Serra se aproxima de 'linguagem golpista e fascista', diz Tarso

Em entrevista ao iG, ex-ministro diz que tucano comete 'equívoco' ao endossar acusações feitas pelo vice Indio da Costa ao PT

Ricardo Galhardo, enviado ao Rio Grande do Sul | 29/07/2010 13:23

no IG

Líder nas pesquisas de opinião para o governo do Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) diz que o presidenciável tucano José Serra se aproxima da linguagem golpista e facista que levou ao golpe militar de 1964 ao endossar as declarações de seu vice, Indio da Costa, que acusou o PT de estar ligado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ao narcotráfico.

Por outro lado, Tarso, que trava uma disputa dura com José Fogaça (PMDB), afirma que não pretende explorar na campanha os escândalos que marcaram a gestão da governadora tucana Yeda Crusius, terceira colocada nas pesquisas e que pode ser o fiel da balança em um eventual segundo turno. De olho nos votos tucanos, ele classifica como irracional a polarização que acompanha a política gaúcha desde a Revolução Farroupilha, no século 19.

"Todos sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado", disse Tarso ao iG, em entrevista concedida ao lado da lareira de sua casa no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, na noite de quarta-feira.

iG – Qual é sua opinião sobre as declarações de Serra e seu vice quanto à ligação do PT com as Farc e o narcotráfico?

Tarso Genro – É um equívoco do Serra. Acho que ele tem estatuto político para não rememorar uma linguagem golpista que foi construída em 1964 e naquela época apenas substituía Farc por União Soviética e usava a mesma expressão "república sindicalista". Espero sinceramente que isso seja mais um ato de solidariedade ao seu vice – que é notoriamente uma pessoa atrasada e reacionária – do que uma posição dele, uma pessoa que tem estatuto político para compreender que isso aí não leva a nada, só o desqualifica como figura pública.

iG – Mas o próprio Serra chegou a vincular o governo com o narcotráfico quando citou a Bolívia.

Tarso – Essa visão do Serra sobre vínculos com o narcotráfico de qualquer agremiação política é uma imputação que não condiz com o estatuto democrático do próprio Serra, porque é incriminação e pronto. É uma acusação que tem um corte ideológico facista que não é compatível nem com o Serra nem com o PSDB. O combate que o governo fez ao narcotráfico e às cooperações que fizemos neste sentido com países da América do Sul foram uma característica do governo Lula.

iG – A tentativa de identificar Dilma com a ala radical do PT, como aconteceu no episódio do programa de governo, pode atrapalhar?

Tarso – Isso é o mesmo que nós querermos identificar toda a oposição com aquele coronel facistóide do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro. Seria um equívoco. Essa linguagem de apontar os adversários como extremistas é uma linguagem da Guerra Fria. Isso não funciona mais. De uma parte porque aquela visão de Guerra Fria que tinha um inimigo com guizo vermelho do outro lado já não tem mais consistência. De outra parte porque o próprio sistema capitalista mundial, com o seu desenvolvimento globalizado tem disseminado os valores da democracia. Não há mais uma consciência que seja suscetível de ser trabalhada com essa visão da Guerra Fria.

iG – Se eleita, Dilma terá condições de fazer um governo mais à esquerda do que Lula?

Tarso – É inviável hoje qualquer proposta de desenvolvimento de um país e de sustentabilidade política de um governo que não tenha o centro como aliado. Até um dos grandes elementos positivos do projeto político do presidente foi despertar a necessidade do centro no País. Eu diria meio fisiológico, meio desideologizado, mas ainda é o centro político. É quem dá sustentabilidade a qualquer projeto. Creio que a Dilma vá governar com esse mesmo espectro político, com todas as grandezas e limitações que esse espectro possui. Não creio que vá ser mais ou menos radical que o do Lula.

iG –Além de fisiológico e desideologizado, o centro também agrega políticos com histórico de corrupção. O senhor lutou muito contra isso dentro do PT.

Tarso – O problema é que esses desvios existem em todos os partidos e não pode haver uma impugnação dos partidos. Se nós fizermos uma incriminação em grupo estaremos tendo uma posição medieval do ponto de vista do direito. Não podemos incriminar todo um bloco social ou toda uma comunidade. Os partidos reais são estes que estão aí. Qualquer governo precisa estabelecer um sistema de alianças e, seguramente, se o Serra ganhar a eleição – acredito que não vai ganhar – quem governaria com a parte mais difícil de ser contida seria ele e não a Dilma.

iG – Os escândalos que atingiram outros partidos varreram a discussão ética para debaixo do tapete nesta campanha?

Tarso – A questão ética não pode substituir o jogo da política sob pena de nós cairmos em campanhas que sejam concursos de moralismo, às vezes falso moralismo. Um governo tem que se destacar é atuando fortemente contra a corrupção e a ilegalidade como o governo Lula tem feito. É o governo que mais combateu a corrupção na história do País até hoje e me orgulho de ter tido um papel importante nisso.

iG – O pior desempenho de Dilma é na região Sul. Por outro lado o senhor lidera as pesquisas no Estado mais importante da região. É um paradoxo?

Tarso – Eu e a Dilma temos mais ou menos a mesma pontuação aqui. O que diferencia é que os meus adversários têm menos pontuação que o Serra. Não há dicotomia. Temos que crescer. Tanto eu quanto ela precisamos crescer e isso vai ocorrer fortemente quando houver conexão mais forte da minha campanha com a dela com a presença do presidente Lula (que participa nesta quinta-feira de comício em Porto Alegre).

iG – O senhor fica incomodado com o fato de o PMDB, que integra a base de Dilma, ter candidato ao governo em coligação com o PDT, que também integra a aliança de Dilma?

Tarso – Não há problema. Nós queríamos que o PMDB apoiasse a Dilma, que ela tivesse dois palanques ou até três aqui. O PMDB fez uma espécie de logro ao PDT. Prometeu apoio à Dilma, sancionado pelo presidente Carlos Lupi, e depois não apoiou. O PDT foi induzido a erro. Nós queremos que o PMDB apoie a Dilma. Que seja bem vindo. O nosso contencioso com o PMDB aqui no Estado não deveria prejudicar o apoio nacional. O fato é que foi uma escolha do PMDB e não nossa.

iG – Alguns dirigentes do PDT gaúcho acusam o PT de aliciar seus quadros. Isso pode causar turbulências à campanha de Dilma?

Tarso – Isso é uma coisa que não se sustenta. Os quadros do PDT são maduros, experientes, não se deixariam aliciar. As pessoas se inclinaram à minha candidatura e à da Dilma porque o PMDB não está apoiando a Dilma e então se sentiram liberadas. Mesmo que o PDT não nos apóie nós vamos convida-lo para participar do nosso governo porque o PDT tem muito mais identidade programática conosco do que o PMDB.

iG – O senhor pretende explorar os escândalos do governo Yeda Crusius (PSDB) na campanha?

Tarso – Todos nós sabemos que tem diferenças éticas entre nós e todos nós sabemos qual é o problema que cada partido teve no verão passado. Mas esta questão está sendo tratada de uma maneira muito elevada. Todos nós estamos apresentando qual é nossa posição para promover o combate à corrupção no Estado sem qualquer tipo de acusação pessoal. Isso é um sinal de mudança política aqui no Estado e de qualificação. É uma renovação no debate político de um estado que sempre esteve muito polarizado, às vezes meio irracional

SÓ FALTA O POLANSKI VIR À PAULICÉIA GOLPISTA E DESVAIRADA PRA FILMAR "CAMPANHA MACABRA", ESTRELANDO O VAMPIRO TUITEIRO,MARCHA-LENTA

OUVI E REPASSO: SÓ FALTA O POLANSKI VIR À PAULICÉIA GOLPISTA E DESVAIRADA PRA FILMAR "CAMPANHA MACABRA", ESTRELANDO O VAMPIRO TUITEIRO, OU MARCHA-LENTA...OU GARGAMEL(MUITO CRUEL MESMO!)...

Lula sobre Dilma : "Esse País não pode ser governado apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria com a sensibilidade do coração.

"A elite brasileira não sabia o que era capitalismo. Foi necessário um metalúrgico entrar na Presidência para ensinar como se faz capitalismo.

PORTO ALEGRE - Após cumprir a agenda de Presidente da República durante o dia no Rio Grande do Sul, Luiz Inácio Lula da Silva subiu no palanque como cabo eleitoral na noite dessa quinta-feira, 29, em Porto Alegre. Foi a estrela principal, ao lado da candidata à Presidência, Dilma Rousseff, e do nome petista ao governo gaúcho, Tarso Genro, no terceiro grande comício da campanha e o primeiro da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande (PT, PSB, PCdoB e PR).


Lula iniciou seu discurso com bom humor. Depois de saudar os presentes, pediu à plateia, que empunhava bandeiras e cartazes, que ajudasse os profissionais de imprensa, que tinham dificuldade de visualizar o palco. "Se os pirulitos colaborarem, podemos até sair em uma fotografia, o que está sendo meio difícil."

Lula criticou o que chamou de "elite brasileira". "A elite brasileira não sabia o que era capitalismo. Foi necessário um metalúrgico entrar na Presidência para ensinar como se faz capitalismo. Foi esse metalúrgico que chamou o presidente do FMI e disse: ''estamos cansados de gritar fora FMI." Durante a espera por Lula, um vídeo contando a trajetória de Dilma foi exibido.

A presença de Lula e Dilma no palanque de Tarso cria um desconforto no PMDB e no PDT, dois dos principais aliados do partido no âmbito nacional.

O presidente arrancou gritos e aplausos quando fez um paralelo entre a sua sucessora e o poder da mulher brasileira. "Esse País não pode ser governado apenas com a sabedoria da cabeça. Tem que misturar a sabedoria com a sensibilidade do coração. E ninguém tem mais sensibilidade do que uma mãe."


Lula diz que país encontrou "ponto de equilíbrio" em seu governo



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que o seu governo conseguiu "encontrar um ponto de equilíbrio" na maneira de administrar o Brasil. O presidente avaliou ainda que o governo o país vai dar seguimento a esta prática e que não vê chances de retrocesso.

"Nós estamos encontrando um ponto de equilíbrio neste país e eu acho que nós vamos seguir em frente. A visão que eu tenho é que não tem mais como a gente retornar", disse Lula durante cerimônia de comemoração dos 150 anos dos ministérios dos Transportes e da Agricultura.

Lula atribuiu os resultados de políticas de seu governo ao que ele chamou de "harmonização" das ideologias políticas conquistada durante seu governo. "As coisas estão acontecendo no Brasil por causa dessa harmonização.
SERRA PREFERE O MACARTISMO

Da Folha

Comitê de Serra cria esquadrão antiboato

Partido tem 15 equipes de repórteres e cinegrafistas que viajam pelo país para produzir relatórios sobre acusações

Líder do governo diz que PT não precisa disso para vencer e ressalta que o tucano é quem utiliza o "jogo rasteiro"

JOSIAS DE SOUZA
DE BRASÍLIA

O comitê de campanha do presidenciável José Serra (PSDB) montou um "esquadrão antiboato". É composto por 15 equipes de repórteres e cinegrafistas. Percorrem o país à procura de "boatos".

Produzem relatórios para o núcleo de marketing da campanha, comandado pelo jornalista Luiz Gonzalez.

Em privado, Serra se diz convencido de que o PT, partido de Dilma Rousseff, espalha rumores com o intuito de prejudicar sua campanha.

A opinião é compartilhada pelos operadores do comitê tucano. Num cenário de disputa apertada, decidiu-se priorizar a desmontagem das supostas aleivosias

Lula defende fortalecimento da América do Sul em encontro com Mujica

Agência Brasil

30/07/2010 20:15

BRASÍLIA - Na quarta reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, em um período de cinco meses, os dois mandatários discutiram temas relacionados à integração entre os países e Lula afirmou que ambos buscam uma América do Sul sem conflitos.

"O Uruguai e o Brasil querem uma América do Sul sem conflitos, integrada para alcançar o desenvolvimento, a prosperidade e a justiça social", disse Lula, em declaração à imprensa após reunião entre os presidentes.

O encontro ocorreu hoje na fronteira entre a cidade brasileira de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, e a uruguaia Rivera.

Segundo Lula, para estimular o aumento das trocas comerciais entre Brasil e Uruguai, o comércio entre os dois países será feito usando as moedas locais já este ano, sem o uso do dólar.

"Colocaremos em funcionamento esse ano o sistema de pagamento em moeda local entre os dois países. Será uma alternativa adicional para que nossos empresários possam realizar operações comerciais sem ter que pagar comissões e outros custos associados a contratos de câmbio", afirmou.

Durante a declaração, Lula observou que as quatro economias que mais cresceram na América foram de países que integram o Mercado Comum do Sul (Mercosul). Além de Brasil e Uruguai, o bloco é formado por Argentina e Paraguai.

"Lembramos isso aos que, aqui e ali, propalam ou sustentam o fracasso do Mercosul, prevendo até mesmo seu fim", disse Lula.

O Brasil é o principal parceiro comercial do Uruguai. No primeiro semestre deste ano as trocas bilaterais somaram US$ 1,3 bilhão, o que representa crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2009. O Brasil é também o principal destino das exportações uruguaias

Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/geral/20/6409695/lula-defende-fortalecimento-da-america-do-sul-em-encontro-com-mujica#ixzz0vE4QZbrb

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Globo - Reuters-TV GLOBO: Dilma abre vantagem de 5 pontos sobre Serra, diz Ibope

Plantão | Publicada em 30/07/2010 às 21h13m
Reuters/Brasil Online

SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT, Dilma Rousseff (PT), lidera a corrida presidencial com cinco pontos à frente de José Serra (PSDB), aponta nova pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira pela TV Globo.

De acordo com o levantamento, Dilma tem 39 por cento das intenções de voto, enquanto Serra aparece com 34 por cento. Marina Silva alcança 7 por cento.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Na pesquisa anterior do Ibope, Dilma e Serra estavam empatados com 36 por cento e Marina tinha 8 por cento.

O Ibope desta sexta-feira confirma tendência apontada pelo instituto Vox Populi e divulgada na semana passada. Pelo Vox, Dilma aparecia com oito pontos de vantagem sobre Serra. A petista tinha 41 por cento das intenções de voto, enquanto Serra aparecia com 33 por cento e Marina com 8 por cento.

O Datafolha do último sábado, no entanto, mostrou empate técnico em que Serra aparecia com 37 por cento das intenções de voto contra 36 por cento de Dilma. Marina tinha 10 por cento.

Em um eventual segundo turno, o Ibope divulgado nesta noite indica vitória de Dilma com 46 por cento, enquanto Serra surge com 40 por cento. Ela cresceu seis pontos e ele caiu três em relação ao levantamento anterior.

Para o levantamento, o Ibope fez 2.506 entrevistas em 174 cidades entre os dias 26 a 29 de julho.

Pesquisa Ibope: Dilma lidera com 39% das intenções de voto; Serra tem 34%

30/07/2010 - 20h50

Do UOL Eleições
Em São Paulo

Pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira (30) sobre a intenção de voto para a Presidência da República mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 39% das inteções de voto. José Serra, do PSDB, aparece em segundo, com 34%, seguido de Marina Silva, do PV, com 7%.

Votos em branco e nulos somam 7% e indecisos 12%. Segundo a pesquisa, os demais candidatos que disputam a Presidência não pontuaram. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, a pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 30 de julho e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 24 de julho de 2010, sob o número 20809/2010. Foram ouvidas 2.506 pessoas.

Não há risco Serra porque mercado acha que Dilma vai ganhar

No despacho "No Brasil, Serra está perdendo status de favorito do mercado", a Reuters ouve "diversos investidores" e escreve que ele "levanta dúvidas sobre autonomia do Banco Central", câmbio e juros. "Com histórico de intervenção governamental, é ligado a escola que advoga estado forte e controle de capital." Avisa que "alta nas pesquisas poderia disparar movimentos no mercado".

O sistema financeiro prefere Rousseff ", disse Tony Volpon , chefe pesquisa de mercados emergentes das Américas,
da Nomura Securities em Nova York.

Dilma também se comprometeu a continuar as políticas pró-mercado em grande parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ajudou a impulsionar a economia do Brasil nos últimos anos.
Serra é o risco maior. Ele traz mais incerteza e possibilidade de mudança ", disse Alexandre Barros, um analista político que acompanhou Serra , uma vez que ambos eram activistas estudantis em São Paulo em 1962. " Suas propostas refletem suas crenças - não é marketing. Mas de qualquer forma, gera insegurança ", disse Barros.

O mercado não se preocupa com o risco-Serra porque ele acha que Rousseff vai ganhar ",disse Rafael Cortez, um analista político da Tendências , maior consultora de empresas do país.

PT diz que irá à Justiça quando houver "ofensa"

Dutra afirma que acionará empresa de comunicação que "extrapolar liberdade de expressão"

DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que o partido vai questionar na Justiça "tudo que extrapolar a liberdade de expressão".
Um grupo de técnicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff faz monitoramento diário de notícias com atenção especial para matérias editorializadas.
O petista negou que o trabalho tenha relação com censura ou controle da mídia.
"Nós estamos agindo dentro da lei. A lei prevê que não se pode fazer campanha negativa. Não há nem nunca houve nenhuma intenção do PT em fazer algum controle ou judicializar a campanha. Agora, todas as vezes que nos sentirmos ofendidos, vamos questionar", disse.
Dutra, no entanto, não quis avaliar a cobertura da campanha eleitoral pelos principais veículos de comunicação do país.
"Quando eu faço uma crítica específica, dizem que estou criticando toda a mídia, então é melhor não falar."
Como parte dessa estratégia, o PT entrou na Justiça Eleitoral com três pedidos de direito de resposta.
Uma ação pediu que a Folha.com retirasse um vídeo com acusações feitas contra o partido por Indio da Costa (DEM-RJ), vice do candidato tucano à Presidência, José Serra. A ação foi negada.
O PT entrou com outros dois pedidos de direito de resposta contra a Editora Abril, por reportagens publicadas pela revista "Veja".
Uma delas pelas acusações do candidato a vice na chapa de Serra de que o partido teria ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Para o PT, a revista assumiu, em reportagem, que editorialmente concorda com o deputado.
Na outra ação, o PT sustenta que a revista assume como verdade a existência de um grupo dentro da campanha de Dilma para confeccionar dossiês, o que é negado pela coordenação. (FELIPE SELIGMAN E MÁRCIO FALCÃO)

Campanha de Dilma cria G7 para centralizar decisões

Além da candidata e de Lula, cúpula inclui Dutra, Palocci, Franklin Martins, João Santana e Gilberto Carvalho

ANA FLOR
DE SÃO PAULO

A campanha petista ampliou há poucas semanas sua coordenação política para integrantes de partidos aliados, mas quem dá as cartas na estratégia eleitoral há pelo menos seis meses são apenas sete pessoas.
Sob a liderança do presidente Lula e a chancela da candidata Dilma Rousseff, a cúpula inclui o ex-ministro Antonio Palocci, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o publicitário João Santana, o ministro Franklin Martins (Comunicação Social) e Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente.
Foi nos jantares semanais no Palácio da Alvorada que se decidiu as alianças nos Estados -Minas, por exemplo, consumiu horas de debates.
Na última reunião do grupo, dia 19 -ela não ocorreu nesta semana- ficou definido que o PT não iria entrar com representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra Cureau.
Um dia após o encontro, tanto Dilma como Dutra já apresentavam um discurso mais ameno em relação ao episódio. Cureau fez críticas à participação de Lula na campanha presidencial.
Outra decisão tomada pelo núcleo é a agenda política do presidente durante a campanha, a agenda de Dilma e os compromissos em que ambos participariam juntos.
As reuniões se iniciaram no final de 2009 e desde fevereiro deste ano se tornaram semanais. O encontro ocorre em geral em um jantar no Alvorada no domingo ou na segunda. Entre terça e quarta se reúne o grupo ampliado, com outros petistas e aliados.

LULA
Os jantares são de conhecimento de líderes do PT. Petistas que não fazem parte do grupo justificam dizendo que essa é a única forma de Lula se envolver na campanha.
Desde o início da pré-campanha, quando Dilma começou a viajar pelo país, seus encontros com Lula, que também tem uma agenda de viagens intensa, são garantidos pelo encontro semanal.
As reuniões sempre têm uma análise de conjuntura, onde se debatem pesquisas e comportamento da oposição.
Segundo um líder petista, as reuniões começaram quando a aliança ainda não estava formalizada, por isso se restringiu ao PT.
Outro líder afirma que, com a entrada da coordenação política, que reúne representantes dos outros nove partidos, as decisões tendem a ficar "diluídas".
A principal consequência das reuniões do G7 é enfraquecer os demais grupos -além do conselho político, há a recém-criada "coordenação operativa". Aliados dizem estar insatisfeitos. Eles têm pouco acesso a Lula e Dilma não participa regularmente dos encontros.

G7 é ensaio de Lula para ter protagonismo

Presidente gostaria de ter Antonio Palocci e Gilberto Carvalho num eventual governo de Dilma Rousseff


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EX-TITULAR DA FAZENDA É COTADO PARA A CASA CIVIL; CHEFE DE GABINETE ASSUMIRIA OUTRO POSTO DA LINHA DE FRENTE
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KENNEDY ALENCAR
DE BRASÍLIA

O G7 da campanha de Dilma Rousseff é uma evidência de como deve ser visto com cautela o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva de que será um ex-presidente que não dará palpite no governo da eventual sucessora.
Lula é o número 1 do G7. Escolheu Dilma sem discutir com o PT. Mais: dos integrantes do grupo, ele gostaria que dois fossem ministros do eventual governo Dilma.
Já falou que Antonio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda, seria um bom chefe da Casa Civil de Dilma.
E pediu ao seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, que permaneça no governo caso a petista seja eleita. Carvalho não ficaria em função tão próxima cotidianamente da candidata. O chefe de gabinete seria outro.
Carvalho é cotado para uma pasta na área social ou no Palácio do Planalto, como uma Secretaria Geral mais poderosa do que hoje.
O marqueteiro João Santana tem mais ligações profissionais e afetivas com Lula e Palocci do que com Dilma. Relaciona-se bem com a candidata, mas é homem da confiança de Lula.
O presidente, aliás, atua também como dublê de marqueteiro. Ensinou a candidata a ser mais natural no contato com o povo e a discursar andando de um lado para o outro no palanque. Até foto para divulgação já aprovou.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, é o quarto integrante do G7. Não era o preferido para presidir o partido. Conseguiu a posição porque Lula pediu a Carvalho que ficasse no governo. Mas cresceu ao longo da campanha. Sua atuação é elogiada por Lula e Dilma.
Dutra tem presença constante no noticiário fazendo contraponto aos ataques tucanos à candidata. Representa ainda a ala de moderados petistas que comanda o PT.
Quando aparecem propostas vistas como mais esquerdizantes, logo diz que o discurso tem de ser amplo e levar em conta as sugestões dos aliados.
O ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, chegou ao governo por sugestão de João Santana. Ganhou relevância e assumiu posição próxima à de Lula.
Foi um dos maiores defensores de Dilma quando ela tinha índices de intenção irrisórios nas pesquisas. É muito ouvido pela candidata do PT, que, como ele, foi uma militante da esquerda armada que lutou contra a ditadura militar de 1964.
Por último, integra o G7 a própria candidata. Leal a Lula, tem personalidade forte. Erram os que apostam que será uma marionete. Tendem a acertar aqueles que creem que Dilma poderá ser um caso raro de criatura que não se voltará contra o criador.

"Para quem gosta de frutas e verduras como eu, Ceasa é o paraíso!"

De Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do Paraná, posando para fotos no Ceasa nesta semana

"Bolsa Família é a maior política cultural do governo Lula, e os Pontos de Cultura são a melhor distribuição de renda deste governo."

Políticas culturais e distribuição de renda
GIUSEPPE COCCO


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O Bolsa Família é a maior política cultural do governo Lula, e os Pontos de Cultura são a melhor distribuição de renda feita por este governo
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Há pouco, na saída de um evento no Rio de Janeiro, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, me disse, "escandalizado": "Você falou que o Bolsa Família foi a maior política cultural do governo Lula!". Com isso, ele continuou, "você rebaixou tudo ao mero economicismo".
Com efeito, fiz essa afirmação em um seminário de estudos culturais.
A noção de cultura que eu estava usando era aquela que emerge no relato de um etnógrafo sobre seus primeiros contatos com tribo indígena: "A maneira como eu não entendia (os indígenas) era diferente de como eles não me entendiam".
A cultura de que estamos falando é a própria relação social e sua dinâmica criativa e democrática: a alteridade e a diferença. Acontece que o capitalismo das redes e do conhecimento investe a cultura como relação, formas de vida.
A cultura é o plano de produção do valor: "world making", dizem até os economistas. Uma produção de "mundos" que vai além da indústria cultural, embora dela dependa toda a produção, inclusive aquela do chão de fábrica.
Produção de formas de vida a partir de formas de vida: tempo de vida e tempo de trabalho se misturam. Assim, o capitalismo contemporâneo mobiliza o trabalho diretamente na sociedade e, ao mesmo tempo, o separa da relação (salarial) de emprego; o trabalho se torna prestação de serviço.
Dessa maneira, o capitalismo inclui os excluídos (os pobres) enquanto tais (pobres): incluídos na produção e excluídos dos direitos.
A cultura se encontra duplamente no cerne desse deslocamento: quando é a vida como um todo que é investida, a determinação dos preços se torna arbitrária, e só a cultura pode determinar novos critérios de valor: quanto vale um "pulso" de uma comunicação feita por telefone móvel?
O que determina o preço dos bens culturais que já podem ser reproduzidos a custo zero? Onde está a riqueza, quando o consumo acrescenta valor aos bens de conhecimento? O que o capital captura são mesmo nossos excedentes de vida (nossa cultura).
O debate cruzado sobre (in)sustentabilidade dos Pontos de Cultura e o "assistencialismo" do Bolsa Família pode, enfim, ser radicalmente invertido. Diz-se que só o mercado poderia tornar sustentáveis os Pontos de Cultura.
Da mesma maneira, diz-se que só a entrado no mercado de trabalho (a "porta de saída") mostraria a eficácia do Bolsa Família para os pobres. Pelo contrário, precisamos pensar para além do mercado e do capital: sair do Bolsa Família significa entrar nas políticas dos pontos (de cultura e de trabalho), ao passo que sair dos pontos significa entrar na distribuição de renda.
A distribuição de renda aos mais pobres deve ser reconhecida como terreno de mobilização produtiva e cultural que vai muito além do combate darwinista à pobreza.
O reconhecimento das dimensões produtivas e criativas dos movimentos culturais vai muito além de uma política cultural.
Assim, podemos repetir: o Bolsa Família é a maior política cultural do governo Lula, e os Pontos de Cultura são a melhor distribuição de renda deste governo.



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GIUSEPPE COCCO, cientista político, doutor em história social pela Universidade de Paris, é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autor, entre outras obras, de "MundoBraz: O Devir Brasil do Mundo e o Devir Mundo do Brasil



O pequeno agricultor brasileiro contará com os recursos necessários para
manter as lavouras em ritmo de produção.


A garantia foi dada pelo presidente
Lula em discurso por ocasião do II Encontro Nacional da Agricultura Familiar,
em Feira de Santana (BA). Segundo o presidente, os interessados nas linhas de
crédito do Pronaf [Programa Nacional da Agricultura Familiar] podem comparecer
numa agência do Banco do Brasil, onde serão atendidos de forma mais
simplificada e sem burocracia. Segundo ele, apenas em 2010 estão disponíveis
R$ 16 bilhões no âmbito do Pronaf.

Ciência e fraude no debate da maconha

SIDARTA RIBEIRO, JOÃO R. L. MENEZES, JULIANA PIMENTA e STEVENS K. REHEN


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Causa-nos estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo
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O artigo contra o uso medicinal da maconha de Ronaldo Laranjeira e Ana C. P. Marques ("Maconha, o dom de iludir", "Tendências/Debates", 22/7) contém inverdades que exigem um esclarecimento.
A fim de desqualificar a proposta de criação de uma agência brasileira para pesquisar e regulamentar os usos medicinais da maconha, os autores citam de modo capcioso o livro "Cannabis Policy: Beyond the Stalemate".
Exatamente ao contrário do que o artigo afirma, o livro provém de um relatório com recomendações claramente favoráveis à legalização regulamentada da maconha.
Conclui o livro: "A dimensão dos danos entre os usuários de maconha é modesta comparada com os danos causados por outras substâncias psicoativas, tanto legais quanto ilegais, a saber, álcool, tabaco, anfetaminas, cocaína e heroína (...) O padrão generalizado de consumo da maconha indica que muitas pessoas obtêm prazer e benefícios terapêuticos de seu uso (...)
O que é proibido não pode ser regulamentado. Há vantagens para governos que se deslocam em direção a um regime de disponibilidade sob controle rigoroso, utilizando mecanismos para regular um mercado legal, como a tributação, controles de disponibilidade, idade mínima legal para o uso e compra, rotulagem e limites de potência. Outra alternativa (...) é permitir apenas a produção em pequena escala para uso próprio" (http://www.beckleyfoundation.org/policy/cannabis-commission.html).
Qualquer substância pode ser usada ou abusada, dependendo da dose e do modo como é utilizada.
A política do Ministério da Saúde para usuários de drogas tem como estratégia a redução de danos, que não exige a abstinência como condição ou meta para o tratamento, e em alguns casos preconiza o uso de drogas mais leves para substituir as mais pesadas.
O uso da maconha é extremamente eficiente nessas situações. A maconha foi selecionada ao longo de milênios por suas propriedades terapêuticas, e seu uso medicinal avança nos EUA, Canadá e em outros países.
Dezenas de artigos científicos atestam a eficácia da maconha no tratamento de glaucoma, asma, dor crônica, ansiedade e dificuldades resultantes de quimioterapia, como náusea e perda de peso.
Em respeito aos grupos de excelência no Brasil que pesquisam aspectos terapêuticos da maconha, é preciso esclarecer que seu uso médico não está associado à queima da erva. Diretores da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) afirmam frequentemente que maconha causa câncer. Entretanto, ao contrário do que diz a Abead, a maconha medicinal, nos países onde este uso é reconhecido, é inalada por meio de vaporizadores, e não fumada.
Isso elimina por completo os danos advindos da queima, sem reduzir o poder medicinal dos componentes da maconha, alguns comprovadamente anticarcinogênicos.
Causa, portanto, estranheza que psiquiatras venham a público negar o potencial terapêutico da maconha, medicamento fitoterápico de baixo custo e sem patente em poder de companhias farmacêuticas.
Num momento em que o fracasso doloroso da guerra às drogas é denunciado por ex-presidentes como Fernando Henrique Cardoso, em que a ciência compreende com profundidade os efeitos da maconha e em que se buscam alternativas inteligentes para tirá-la da esfera policial rumo à saúde pública, é inaceitável a falsificação de ideias praticada por Laranjeira e Marques.
O antídoto contra o obscurantismo pseudocientífico é mais informação, mais sabedoria e menos conflitos de interesses.



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SIDARTA RIBEIRO é professor titular de neurociências da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).
JOÃO R. L. MENEZES é professor adjunto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e coordenador do simpósio sobre drogas da Reunião SBNeC (Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento) 2010.
JULIANA PIMENTA é psiquiatra da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.
STEVENS K. REHEN é professor adjunto da UFRJ

O GATO DORMIA EMBAIXO DA MESA E A CONVERSA ERA PRA BOI DORMIR

Depois dessa vou tirar minha soneca na minha caminha...

Temos 14 milhões de empregos criados para vencer o medo’, afirma Dilma

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse nesta quarta-feira, 28, durante evento da Sociedade Brasileira para Progresso da Ciência (SBPC), que o País “tem 14 milhões de empregos criados para vencer o medo outra vez”. “Somos capazes não só de vencer o medo, mas também de construir a esperança”. Dilma ressaltou seu papel na gestão do governo Lula. “Eu também represento a volta da auto-estima do brasileiro nele mesmo. Hoje todos sabem do que somos capazes.”
Leia também:
No Rio Grande do Norte, Dilma afirma que “tática do medo de Serra é risível”
Em visita à universidade do RN, Dilma é recebida por manifestação do MST


Foto: Roberto Stuckert Filho/divulgação
A presidenciável não deixou também de criticar de forma velada a oposição. “Tem uns que dizem em fazer tudo sozinhos, eu digo que faço tudo em equipe. O que vai servir na minha equipe é essa visão de seguimento do governo Lula.”
Dilma expôs seus planos para um eventual governo, focando-se na educação. “O professor brasileiro tem de mudar o seu status social. Sem salário digno, não há status social. Não há milagre nessa área”. A petista apontou que o Brasil pede melhorias no setor, mas que só exigências não resolvem os problemas. “Queremos uma educação melhor. Precisamos pagar melhor os professores. O Brasil pode e tem de exigir professores de qualidade, mas não basta exigir, temos de dar condições para isso”.
Ao levantar as debilidades da educação brasileira, Dilma lançou promessas de criação de bolsas.”Vamos ampliar o financiamento das bolsas de estudo aqui e para o exterior”.
A petista mencionou também a questão do investimento em centros de tecnologia no País. Dilma enfatizou que pretende fortalecer a Embrapa, INPE e o Centro de Tecnologia do Exército. Além disso, prometeu a implantação de 450 centros tecnológicos.
A candidata aproveitou para articular suas propostas na área com problemas enfrentados no País, cujas soluções seriam mais fáceis com o auxílio da tecnologia. Disse que pretende lutar pela independência do Brasil na produção de energia nuclear limpa e desenvolver tecnologia para satélites para monitorar o desmatamento na Amazônia

Dilma: oposição usa a tática do medo para fazer a ‘política de ódio’

Candidata petista volta a criticar o que chamou de ‘tática do medo’ do tucano Serra e lembra Regina Duarte

Maria Lima e Paulo Francisco

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse ontem, em Natal, que a oposição, em época de eleição, quer ser cordeiro em pele de lobo. Dilma também acusou a oposição de fazer uma política de ódio com os países vizinhos.

Anteontem, o presidenciável tucano José Serra disse que o Brasil fazia "filantropia" com o Paraguai, numa crítica à política externa do governo Lula.

— Nós convivemos com aqueles que fazem oposição durante oito anos e depois põem uma pele de cordeiro, mas não deixam de mostrar as patinhas de lobo — afirmou a candidata do PT, durante discurso em comício no bairro do Alecrim, em Natal, no final da tarde de ontem, após participar de uma carreta organizada por PT, PSB, PMDB e PDT.

A candidata petista se referiu ainda a críticas que seu adversário tucano, José Serra, vem fazendo à política externa do governo Lula:

— Nós provamos que o Brasil tinha condições de ser um país respeitado internacionalmente e que respeita seus vizinhos, em vez de fazer uma política de ódio, uma política, enfim, que não cria o diálogo, não cria a paz — disse a candidata petista.

A petista voltou a acusar Serra e a oposição de adotar a "tática do medo" e fazer acusações totalmente "irresponsáveis, infundadas e sem qualquer base de prova". Lembrou o episódio com Regina Duarte, em que a atriz dizia ter medo da eleição de Lula, mas evitou citar seu nome:

— Não é só visível a tática do medo, como ele adotou essa tática em 2002. Num programa de TV, uma atriz disse que tinha medo.

Coligação de Dilma e PT pedem direito de resposta contra revista Veja

A coligação "Para o Brasil Seguir Mudando", que tem Dilma Rousseff como candidata a presidente da República, e o Partido dos Trabalhadores (PT) ajuizaram pedido de direito de resposta contra a revista Veja, alegando que a edição distribuída no último final de semana (nº 2175) “deu eco” à calúnia e injúria praticadas pelo candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, o deputado federal Índio da Costa, contra o partido.

De acordo com o pedido, a revista teria divulgado matéria de quatro páginas com o nítido interesse de “estabelecer vínculo antigo entre o Partido dos Trabalhadores e narcoterroristas, ou seja, a ligação do PT com pessoas envolvidas com o tráfico de entorpecentes e ao terrorismo”.

O pedido é para que a resposta seja divulgada em uma página inteira, tendo em vista que a revista teria utilizado dois terços da página 74 e um terço da página 75 para “estampar sua confirmação da calúnia e injúria”. O pedido será analisado pelo ministro Henrique Neves

Lula diz que País não pode ficar a serviço de uma perereca

Lula participou da assinaturas de contratos no Rio Grande do Sul



Ao criticar novamente o que chama de "poderosa máquina da fiscalização" das obras públicas durante cerimônia de assinatura de contratos de duplicações de rodovias nesta quinta-feira, em Porto Alegre (RS), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil "não pode ficar a serviço de uma perereca". A declaração foi dada em alusão ao episódio do túnel da BR-101, em Osório, no interior do Estado. A obra ficou paralisada por seis meses para órgãos ambientais avaliarem o impacto da infraestrutura sobre a espécie de anfíbio encontrado no local, segundo o governo.

"Nós precisamos poder fazer mais coisas em menos tempo. Não podemos parar tudo por causa de uma perereca, como aconteceu com o túnel em Osório. O País não pode ficar a serviço de uma perereca", disse, provocando risos da plateia na Usina do Gasômetro, ponto turístico da capital gaúcha onde aconteceu o evento. Ao final da cerimônia, ele brincou que retornaria ao Estado no final do ano para trafegar no túnel concluído. "Nem que eu tiver que me atarracar com aquela perereca, vou andar nesse túnel. E peça para a perereca sair de perto, porque eu vou vir meio nervoso."

Em discurso improvisado de cerca de 40 minutos, o presidente se comprometeu a auxiliar em uma reforma política quando deixar o Planalto, no final deste ano. "Quando não for mais presidente deste País, vou ser um leão para que o meu partido assuma a responsabilidade de, junto com outros, fazer uma reforma política. Nós temos que priorizar isso. Temos uma poderosa máquina de fiscalização", disse.

Na cerimônia em Porto Alegre, Lula também defendeu que a política precisa ser realizada com menos empecilhos no Brasil. "Eu não sei quem foi que inventou o curso de cientista político. Foi para criar um pouco de caso, porque a política é a arte do óbvio. Não tem nada mais fácil para você governar do que você apenas fazer o óbvio Aquilo que o povo precisa, sem inventar. É fazer apenas o óbvio: estrada, ponte, escola", afirmou.

Tom de despedida
Apesar de não ser sua última visita ao Rio Grande do Sul como presidente ¿ele disse que retornará até o fim do ano -, Lula deu um tom de despedida ao seu discurso. Repetiu por vários momentos que "já esta em um período de prestar contas". "Estou em uma fase em que eu já tenho que prestar contas, ou seja, eu tenho menos tempo pela frente do que eu já tive de mandato. Então, o que eu fiz, fiz. O que eu não fiz, não fiz, e vai ficar para outros fazerem", afirmou.


Em outro momento, novamente quando falava do fim de seu governo, ironizou a imprensa e desafiou os jornalistas a fazerem um levantamento de qual governo mais investiu no Rio Grande do Sul nos últimos 25 anos . "Estou deixando o mandato. Gostaria que a imprensa, que tanto gosta de mim, tanto fala bem de mim, pudesse me ajudar, a fazer uma pesquisa de qual governo desde Figueiredo trouxeram a quantidade de dinheiro do Orçamento Geral da União, ou a quantidade de financiamentos que em oito anos nós trouxemos para este estado do Rio Grande do Sul".

Ausência estadual
Cinco ministros acompanharam a comitiva do Planalto - Orlando Silva, do Esporte, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, Marcio Fortes, das Cidades, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência. Nenhum representante do governo estadual participou do evento.

Além da assinatura de ordens de serviço, Lula deu o pontapé inicial das obras de reformulação do estádio Beira-Rio para a Copa do Mundo de 2014. Da capital gaúcha, o presidente seguiu para Santa Cruz de helicóptero, onde participa de evento de programas de agricultura familiar. À noite, ele retorna a Porto Alegre para participar de comício com a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo seu partido, o ex-ministro Tarso Genr

Coordenador de campanha de Dilma: "Serra por si só se destrói" Ou: "o mal por si só se destrói"

Direto de Recife
Anunciado nesta quinta-feira (29) como coordenador da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em Pernambuco, o ex-prefeito do Recife e candidato a deputado federal João Paulo (PT) disse que não há interesse em "desconstruir" a campanha à Presidência de José Serra (PSDB) no Estado. "Serra por si só se destrói", alfinetou o petista, nesta quinta-feira (29), fazendo uma alteração no dito popular que diz: "o mal por si só se destrói". "Não estamos preocupados em desconstruir Serra aqui, mas em construir Dilma. Temos que cuidar da nossa vitória e dar o maior resultado do Brasil a ela".

João Paulo acredita que não haverá problemas em assumir a coordenação da campanha de Dilma Rousseff e cuidar de sua candidatura em paralelo. "Coordenei as duas campanhas de Lula no Estado e nunca tive problema. Além dessa experiência, tenho a minha própria de eleição e sucessão", avaliou o ex-prefeito. Segundo o novo coordenador, a primeira etapa é coletar sugestões dos petistas pernambucanos e levar para coordenação nacional da campanha.

A reunião com a direção estadual do PT ainda não tem data, mas pode ocorrer ainda nesta semana. Antes de assumir a candidatura ao cargo de deputado federal, João Paulo tentou a indicação para disputar o Senado. No entanto, o PT nacional, com base em uma pesquisa de intenção de votos, indicou o nome do ex-ministro Humberto Cost

Dilma terá 72 inserções a mais que Serra na TV

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, terá 46% a mais de exposição que seu adversário José Serra (PSDB) nas inserções de propaganda eleitoral - vídeos e áudios de 30 segundos que são considerados os instrumentos mais efetivos de marketing político nas campanhas. Dilma ocupará 115 minutos - terá direito a 230 inserções. Serra ficará com 79 minutos, ou 158 inserções. A desvantagem do tucano, no total, será de 72 inserções ou 36 minutos - quase 50 segundos por dia.



Nos 45 dias do horário eleitoral relativo ao primeiro turno, os brasileiros serão submetidos a um bombardeio de 22 horas e meia de inserções, distribuídas ao longo dos intervalos comerciais de cada uma das emissoras de rádio e televisão. No caso específico da propaganda dos candidatos a presidente, serão 4 horas e meia de inserções ao longo dos 45 dias.


As inserções são vistas pelos marqueteiros políticos como as armas mais poderosas de propaganda porque elas chegam de surpresa aos eleitores, misturadas à publicidade comercial e em horários diversos. Mesmo os espectadores desinteressados em política as assistem.


A candidata do PT terá tempo maior nas inserções porque a legislação determina que dois terços desse tempo sejam distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas dos partidos ou coligações eleitas para a Câmara dos Deputados. O tempo restante é dividido igualmente entre todos os candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, terá 46% a mais de exposição que seu adversário José Serra (PSDB) nas inserções de propaganda eleitoral - vídeos e áudios de 30 segundos que são considerados os instrumentos mais efetivos de marketing político nas campanhas. Dilma ocupará 115 minutos - terá direito a 230 inserções. Serra ficará com 79 minutos, ou 158 inserções. A desvantagem do tucano, no total, será de 72 inserções ou 36 minutos - quase 50 segundos por dia.



Nos 45 dias do horário eleitoral relativo ao primeiro turno, os brasileiros serão submetidos a um bombardeio de 22 horas e meia de inserções, distribuídas ao longo dos intervalos comerciais de cada uma das emissoras de rádio e televisão. No caso específico da propaganda dos candidatos a presidente, serão 4 horas e meia de inserções ao longo dos 45 dias.


As inserções são vistas pelos marqueteiros políticos como as armas mais poderosas de propaganda porque elas chegam de surpresa aos eleitores, misturadas à publicidade comercial e em horários diversos. Mesmo os espectadores desinteressados em política as assistem.


A candidata do PT terá tempo maior nas inserções porque a legislação determina que dois terços desse tempo sejam distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas dos partidos ou coligações eleitas para a Câmara dos Deputados. O tempo restante é dividido igualmente entre todos os candidatos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.