sexta-feira, 30 de julho de 2010

PT diz que irá à Justiça quando houver "ofensa"

Dutra afirma que acionará empresa de comunicação que "extrapolar liberdade de expressão"

DE BRASÍLIA

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que o partido vai questionar na Justiça "tudo que extrapolar a liberdade de expressão".
Um grupo de técnicos da campanha presidencial de Dilma Rousseff faz monitoramento diário de notícias com atenção especial para matérias editorializadas.
O petista negou que o trabalho tenha relação com censura ou controle da mídia.
"Nós estamos agindo dentro da lei. A lei prevê que não se pode fazer campanha negativa. Não há nem nunca houve nenhuma intenção do PT em fazer algum controle ou judicializar a campanha. Agora, todas as vezes que nos sentirmos ofendidos, vamos questionar", disse.
Dutra, no entanto, não quis avaliar a cobertura da campanha eleitoral pelos principais veículos de comunicação do país.
"Quando eu faço uma crítica específica, dizem que estou criticando toda a mídia, então é melhor não falar."
Como parte dessa estratégia, o PT entrou na Justiça Eleitoral com três pedidos de direito de resposta.
Uma ação pediu que a Folha.com retirasse um vídeo com acusações feitas contra o partido por Indio da Costa (DEM-RJ), vice do candidato tucano à Presidência, José Serra. A ação foi negada.
O PT entrou com outros dois pedidos de direito de resposta contra a Editora Abril, por reportagens publicadas pela revista "Veja".
Uma delas pelas acusações do candidato a vice na chapa de Serra de que o partido teria ligações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Para o PT, a revista assumiu, em reportagem, que editorialmente concorda com o deputado.
Na outra ação, o PT sustenta que a revista assume como verdade a existência de um grupo dentro da campanha de Dilma para confeccionar dossiês, o que é negado pela coordenação. (FELIPE SELIGMAN E MÁRCIO FALCÃO)

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