sábado, 30 de maio de 2009

Dilma sobe nas pesquisas e Serra desce!

Essa conversa de tereiro mandato para Lula só serve aos interesses da oposição, pois desvia do foco do nome de Dilma Roussef.

Pesquisa Datafolha feita entre a terça-feira (26) e a quinta-feira (28) passadas revela que uma emenda constitucional para permitir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concorresse a um terceiro mandato receberia hoje o apoio de 47% dos brasileiros e seria reprovada por 49%.
Em novembro de 2007, a mesma proposta era rejeitada por 63% dos entrevistados e tinha o aval de 34%. A pesquisa mostra ainda que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), possível candidata do PT à Presidência, reduziu em oito pontos a distância de José Serra (PSDB). No principal cenário, ela subiu cinco pontos e foi a 16%; o governador de SP perdeu três pontos e ficou com 38%.

Conceição Tavares defende políticas sociais

A economista Maria da Conceição Tavares, 79, disse ontem não acreditar que o PIB brasileiro encolherá neste ano, mas afirmou que a crise internacional pôs fim a um dos mais longos ciclos de crescimento do país. Para ela, a expansão da economia agora será baseada em outro modelo: o de aumento do consumo do governo."Eu não acho que o Brasil vá ficar em recessão neste ano. Falo não no sentido técnico, de dois trimestres, porque nesse já está, mas sim de recessão prolongada, como muita gente prevê. Acho, como a maioria dos analistas, que o país está retomando o fôlego devagarinho", disse, em seminário promovido pela Fundação Alexandre Gusmão, no Rio, sem estimar taxa de crescimento para este ou o próximo ano.Apesar de considerar que o país já dá sinais de melhora, Conceição, ex-congressista petista e conselheira do presidente Lula, lamentou a interrupção da trajetória de expansão que a economia vinha apresentando desde o segundo semestre de 2003. "Tivemos a infelicidade de abortar um ciclo de crescimento que era o maior desde a década de 70."Na avaliação da economista, o padrão verificado nos últimos anos não se repetirá. "Esse ciclo se apoiou primeiro no crescimento das exportações, depois no crescimento do consumo privado e depois no crescimento do investimento privado. Agora vai ter que se apoiar no consumo público, para espanto dos conservadores."Segundo ela, serão dois os principais eixos que deverão nortear essa nova realidade. "Vamos ter que nos apoiar pesadamente nas políticas sociais, não apenas compensatórias, mas também estruturantes, e nas políticas de infraestrutura", disse.

VENDO SINAIS DE RECUPERAÇÃO

"Quando alguém diz que está vendo sinais de recuperação ou faz qualquer tipo de previsão, na realidade não sabe de nada. Estamos todos em um voo cego"(Charles Morris)

Úlltimo dia da Gazeta Mercantil

O jornal deixou de circular.

É a crise da imprensa, em função, entre outros motivos, pelo crescimento da internet


A empresa Problem Solver, fiel depositária da marca "Gazeta Mercantil", pedirá na próxima segunda que seja remarcado novo leilão da marca. Segundo o advogado Carlo Frederico Müller, que representa a empresa, a expectativa é que o leilão seja marcado em até 30 dias. Nesta semana, Müller diz ter sido procurado por três interessados no título."Como fiel depositária, a Problem Solver tem o dever legal de zelar pela marca e pretendemos pedir também sua propriedade", afirma Müller.Hoje, a marca "Gazeta Mercantil" pertence à Gazeta Mercantil S.A., de Luiz Fernando Levy. Em 2003, foi licenciada à CBM (Companhia Brasileira de Multimídia), de Nelson Tanure, que anunciou nesta semana o rompimento do contrato de uso da marca. A última edição da "Gazeta" sob responsabilidade da CBM circulou ontem.Os funcionários da Gazeta entraram ontem em férias coletivas. A CBM, que também é dona da editora JB e da Peixes, que edita revistas como "Gula" e "Viver Bem", disse que realocará os empregados em outras publicações. A empresa prometeu pagar mais um mês de salário, após as férias coletivas.O clima entre os funcionários, com relação ao recebimento de verbas rescisórias, férias e mês extra, é de ceticismo. "O histórico de mau pagador da CBM tem sido constante nos últimos anos e acentuou-se nos meses recentes", diz Guto Camargo, presidente do sindicato dos jornalistas de São Paulo.Na semana passada, o sindicato entrou com representação no Ministério Público por não recolhimento do FGTS, entre outras supostas irregularidades praticadas pela editora JB, que emprega os funcionários que produzem a "Gazeta".Apesar de acreditarem ser difícil a volta da publicação, os funcionários tentaram evitar o clima pesado no último dia. Após o fechamento da última edição do jornal, na noite de quinta, houve cervejada na Redação. Segundo jornalistas, o clima era de "dever cumprido e cabeça erguida".Em reportagem publicada na edição de ontem, a CBM informou que, por cinco anos, adiantou mais de R$ 100 milhões em pagamentos de royalties que seriam feitos à Gazeta Mercantil S.A.. Os recursos teriam sido usados para saldar obrigações de responsabilidade da Gazeta.Durante a semana, Levy havia dito à Folha que, em caso de rompimento unilateral do contrato, processaria a CBM por perdas e danos. Procurados, nem ele nem a CBM responderam a pedidos de entrevista.

VICTOR JARA, 36 ANOS DEPOIS

A Justiça do Chile informou ontem que o ex-soldado José Paredes Márquez será processado pela acusação de ser um dos assassinos do cantor Víctor Jara, em 16 de setembro de 1973, cinco dias após instaurada a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) no país.Paredes está preso em Santiago desde terça-feira. Ele confessou ter sido, com outros soldados, ordenado a fuzilar Jara com 44 tiros, num estádio (que hoje tem o nome do cantor) onde a ditadura deteve milhares de pessoas. Outros 14 foram mortos com Jara.Segundo testemunhas, antes de ser morto Jara passou por uma sessão de tortura, teve sua língua arrancada e suas mãos trituradas com golpes de culatra de um fuzil.Paredes, hoje um pedreiro de 54 anos, disse à imprensa que a Justiça deve "buscar os altos mandantes" do crime.Víctor Jara era um emblema da esquerda chilena e um opositor do regime militar. Ficou conhecido por suas canções de forte cunho social. Como ele, outras 3.000 pessoas foram mortas durante o regime de Pinochet.

Lhosa, o golpista

Uma briga antiga entre Gabril Garcia Marques e Vargas Lhosa fica explicada agora com a estranha posição do escritor peruano(as más línguas dizem que é ex) que insiste em imiscuir-se na política interna de um outro país, no caso a Venezuela.

Vargas aliou-se aos golpistas venezuelanos e quis debater com o presidente Chavez, que queria mediar o encontro, isto é, que Vargas discutisse com os intelectuais, afinal de contas quem ganhou as eleições foi Chavez!

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, convidou à tarde e desconvidou à noite o escritor Mario Vargas Llosa para a realização de um debate. O mandatário desistiu sob o argumento de que "primeiro ele tem de ser o presidente do Peru".O imbróglio começou quando Chávez propôs um debate entre ele e intelectuais estrangeiros críticos do seu governo, entre eles Vargas Llosa, que estão em Caracas para um seminário da oposição, encerrado ontem."Eu digo seriamente, senhores da direita (...). Como eles dizem que [o debate] é comigo, eu aceito. Às 11h da manhã, eu lhes espero, portanto. "Alô, Presidente" abre as suas portas. Aí no salão Ayacucho. Venham, serão respeitados, sem evadir nenhum tema, qualquer tema é válido. Transmissão ao vivo."A resposta veio uma hora mais tarde, por meio do presidente do Cedice (Centro de Divulgação do Conhecimento Econômico para a Liberdade), Rafael Alfonzo, anfitrião de Vargas Llosa em Caracas. O encontro foi aceito desde que apenas Chávez e o escritor peruano participassem do debate.Alfonzo também disse que o debate entre os dois teria de ser realizado "sem torcidas e com plena igualdade de tempo para os dois participantes".Pouco depois, no entanto, Chávez frustrou o que a imprensa venezuela rapidamente chamou de o "debate do século": "[Vargas Llosa] primeiro deve ganhar as eleições do Peru", afirmou, também em seu programa de TV.

Frases de Obama

"Esta é a grande ironia da era da informação: as mesmas tecnologias que nos dão o poder de criar e construir também dão poder àqueles que querem desfazer e destruir. Todos os dias vemos ondas de ladrões cibernéticos atrás de informações sensíveis""A prosperidade econômica dos EUA no século 21 dependerá da cibersegurança. Nossa vantagem tecnológica é chave. Mas nossas redes de defesa estão sob constante ataque""De agora em diante, nossa infraestrutura digital será tratada como deve ser: um bem nacional estratégico. Proteger essa infraestrutura será uma prioridade de segurança nacional""O ciberespaço é real. Assim como são reais os riscos que derivam dele"

Obama e os jogos cibernéticos do governo

Após dizer que as redes digitais dos EUA são "bens nacionais estratégicos", o presidente Barack Obama anunciou ontem a criação de um departamento específico na Casa Branca para ação em "guerras virtuais". O órgão será coordenado por um "ciberczar", cujo nome ainda não foi selecionado.O novo cibercomando conduzirá não apenas operações de segurança mas também ofensivas contra "computadores inimigos". Membros do governo não quiseram detalhar as potenciais operações ofensivas, mas afirmaram ver o ciberespaço como algo comparável a campos de batalha tradicionais.Obama disse que tecnologias virtuais já são usadas em conflitos reais. "No ano passado, vislumbramos a próxima face da guerra. Enquanto tanques russos entravam na Geórgia, ciberataques prejudicaram sites do governo georgiano; os terroristas que semearam tanta morte e destruição em Mumbai se apoiaram não apenas em armas e granadas, mas também em sistemas GPS e telefones que usavam voz pela internet."Hoje, ações de segurança virtual nos EUA estão descoordenadas e distribuídas entre vários órgãos, como a Agência Nacional de Segurança (NSA) e o próprio Pentágono. Para Obama, o status quo não é eficiente: "Não estamos tão preparados como deveríamos, nem como governo nem como país. O ciberespaço é real, assim como as ameaças que derivam dele". O novo "ciberczar" integrará as políticas governamentais de cibersegurança e coordenará respostas a eventuais ataques virtuais."A Al Qaeda e outros grupos terroristas já falaram de seu desejo de lançar ataques virtuais aos EUA. Atos de terror podem vir não só de extremistas suicidas, mas também de toques em um computador -uma arma de abalo em massa."A Casa Branca estima que nos últimos dois anos a atuação de criminosos virtuais custou mais de US$ 8 bilhões aos americanos. Só em 2008, dados digitais roubados somam valores de até US$ 1 trilhão em todo o mundo. O próprio presidente sofreu consequências dos ataques -sua campanha à Casa Branca teve os computadores invadidos e espionados.Suspeita-se que parte dos ataques não seja ação de hackers isolados, mas sim espionagem por parte de governos estrangeiros, como o da China."Por todas essas razões, está claro que a ameaça cibernética é um dos mais sérios desafios econômicos e de segurança nacional que nosso país enfrenta", resumiu Obama.EscaladaObama se esforçou para apaziguar temores de que abusará das liberdades civis e privacidade digital no país. Ele afirmou que impedirá o governo de monitorar regularmente "redes do setor privado" e que haverá um cargo no novo departamento específico para essa proteção.Esse é um ponto delicado, principalmente após polêmicas do governo de George W. Bush relacionadas a escutas de comunicações sem mandato judicial e espionagem de e-mails.Além da questão da privacidade, a iniciativa de ontem do governo gerou também temores de respostas externas agressivas. "Sem dúvida, a ação vai levar a uma escalada de estratégias para ataques e incidentes por adversários, incluindo Rússia e China, que verão a política dos EUA como um aumento de ameaças e legitimação dessas táticas", disse ao "New York Times" Ron Deibert, cofundador do relatório Monitor de Guerras de Informação e diretor do Laboratório Cidadão da Universidade de Toronto. "Podemos esperar ataques mais debilitantes em serviços e sites."

Satiagraha: a verdade de Demarco

O empresário Luís Roberto Demarco afirmou ontem, em nota distribuída à imprensa, que no processo que investiga vazamento de informações da Operação Satiagraha não consta "nenhum" telefonema do delegado Protógenes Queiroz para a empresa de Demarco, a Nexxy. Também diz não haver nenhuma ligação da empresa para o delegado.A afirmação contradiz o despacho pelo qual o juiz que cuida do caso, Ali Mazloum, acolheu denúncia contra Protógenes. Mazloum afirma que houve "mais de 50" telefonemas entre o delegado e as empresas PHA Comunicação e a Nexxy.Segundo o juiz, os telefonemas deveriam ser "esquadrinhados" pela Polícia Federal, e sugeriu que possam significar tentativa de interferência de "grupos econômicos" na Satiagraha. Demarco é desafeto do banqueiro Daniel Dantas.Após a decisão do juiz, Demarco teve acesso aos autos, que são públicos. Ele disse que "seis advogados" fizeram "inúmeras revisões" nos papéis e não encontraram ligações entre o delegado e a Nexxy.A assessoria de imprensa da Justiça Federal informou que Mazloum não comentaria o assunto.

Justiça condena Folha

A juíza Maria Lucia Boutros Buchain Zoch Rodrigues, de Porto Alegre, condenou a Folha e a jornalista Renata Lo Prete, editora do "Painel", ao pagamento de indenização por danos morais de R$ 139.500,00 a Milton Zuanazzi, ex-presidente da Anac (Associação Nacional de Aviação Civil). Cabe recurso da sentença.Zuanazzi alegou que teve sua honra ofendida. Na edição de 20 de julho de 2007, o "Painel" informou que parlamentares do governo e da oposição, inclusive o relator da CPI do Apagão Aéreo, Marco Maia (PT-RS), viam promiscuidade entre as empresas aéreas e a Anac, fato evidenciado pela pressão para liberação da pista reformada do aeroporto de Congonhas, onde ocorreu o acidente com o Airbus da TAM.Segundo a coluna, "no próprio governo, avalia-se que a Anac é a agência mais rendida aos interesses empresariais do setor que supostamente deveria regular".Zuanazzi sustentou que a pista fora liberada pela Infraero, e que o jornal lhe imputara o crime de corrupção passiva, ao acusá-lo de representar os interesses de uma companhia aérea.Segundo a juíza, a coluna, "em vez de apenas narrar fatos verídicos", "utilizou-se de um sensacionalismo barato, da pior espécie, que causou ao autor [Zuanazzi] um profundo dano moral". A juíza afirmou que não lhe cabia "avaliar se houve, ou não, falhas na atuação dele".


a ver.

A Mídia sem lei de imprensa

Ao julgar o primeiro caso de um suposto abuso jornalístico após o fim da Lei de Imprensa, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que os órgãos de comunicação só devem ser punidos por reportagens falsas se houver provas de que a falsidade já era ou poderia ser conhecida antes de sua publicação.A Terceira Turma do STJ se baseou no Código Civil, na Constituição e no Código de Ética dos Jornalistas para julgar o tema e reverteu duas decisões que haviam condenado a Rede Globo por difamação e calúnia. No final de abril, o Supremo revogou toda a Lei de Imprensa, criada no regime militar (1964-85).Os ministros do STJ analisaram um recurso da Globo, que já havia sido condenada pela Justiça do Espírito Santo por reportagem veiculada em 2002 no "Fantástico".A reportagem mostrou uma organização criminosa que atuava no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e afirmava, baseada em fonte sigilosa, em documento da polícia e no Ministério Público, que o jornalista e empresário Hélio de Oliveira Dórea era suspeito de participar do grupo.Dórea alegou que a reportagem era "fantasiosa" e que teria sofrido danos morais e materiais. A Globo foi condenada a pagar R$ 100 mil por danos morais e R$ 6,5 milhões por danos materiais.No STJ, entretanto, a ministra Nancy Andrighi, relatora do caso, entendeu que a Justiça não deve culpar um meio de comunicação quando este buscou "fontes fidedignas", além de ouvir "as diversas partes interessadas".Andrighi também disse que os jornalistas não precisam ter a certeza plena de que as informações que estão sendo publicadas são verdadeiras. O STJ entendeu que a Globo não extrapolou os limites "impostos à liberdade de informação" e que a suspeita levantada sobre Dórea de fato existia na época em que a reportagem foi ao ar.

A Filha de FHC

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve suspensa a nomeação de Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para um cargo comissionado na Presidência da República.A decisão, unânime, foi da Segunda Turma, que rejeitou o recurso apresentado pela filha de FHC contra a decisão do TRF-1 (Tribunal Regional Federal), que suspendeu a nomeação.Em 1995, o ex-secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, nomeou Luciana para o cargo de secretária-adjunta. Na época, petistas entraram com uma ação popular.Em sua decisão, a ministra-relatora do STJ, Eliana Calmon, ressaltou que o TRF-1 analisou a questão do ponto de vista estritamente constitucional, por isso o mérito do recurso não poderia ser analisado pelo STJ.A ministra citou o voto da Justiça Federal. "Já que agride abertamente a moralidade o presidente da República nomear sua própria filha secretária-geral, busca-se disfarçadamente, nomeá-la de forma oblíqua sob o manto da condição de secretária-adjunta", escreveu o juiz Carlos Alberto Simões.Ao recorrer ao STJ, Luciana alegou que a nomeação foi legal e não havia parentesco. Também argumentou que não havia subordinação direta ao presidente e que a ação popular era perseguição política. A

CPI não tem foco, só holofotes!

A oposição reclama que a Petrobras é uma caixa-preta, mas a maior parte dos dados que usa para questionar sua administração vem do site da empresa na internet. A afirmação foi feita à Folha pelo presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, que criticou a CPI criada para investigá-la, reclamou que a comissão não tem foco e que servirá exclusivamente a interesses políticos. Acusou o TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou irregularidades na empresa, de ser um "órgão formado por pessoas politicamente comprometidas". José Sergio Gabrielli de Azevedo, 59, é presidente da estatal desde julho de 2005. A seguir, trechos da entrevista que ele concedeu à Folha, em seu escritório.

FOLHA - A Petrobras é uma caixa-preta?
JOSÉ SERGIO GABRIELLI - Uma parte substantiva das informações que estão sendo usadas nas denúncias é coletada de sites da Petrobras, de livre acesso. Isso contradiz que a Petrobras seja uma caixa-preta. A Petrobras sofre um processo permanente e contínuo de acompanhamento do TCU, da CGU [Controladoria Geral da União] e tem de estar de acordo com as regras da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] e da SEC [a CVM americana].
FOLHA - Mas é recorrente a crítica a uma autonomia excessiva.
GABRIELLI - Temos um processo de decisão para compras com várias etapas. Praticamente não há decisão isolada. Tem vários portões de decisão na escolha de projetos. Se não fosse assim, não seria possível fazer R$ 15 bilhões de investimento no primeiro trimestre. Não seria possível manter 55 mil contratos. Se isso aqui fosse uma caixa-preta cheia de ladrões e politiqueiros, não funcionaria. Essa empresa tem gestão, governança e profissionais técnicos dedicados. Dado o tamanho da companhia, não se pode dizer que não tem problema. Mas, se tiver, eles vão ser investigados. Mas não se pode generalizar. Fazer a ideia que a Petrobras é uma caixa-preta é ação política.
FOLHA - A Petrobras também não deveria franquear o acesso a informações de seus contratos? GABRIELLI - Deveria ser repensado [o acesso] para evitar manipulação externa. Não vi em nenhum jornal até agora que a fonte original dessas informações foi o site da Petrobras. Que outra empresa tem isso?
FOLHA - A Petrobras é uma empresa com participação estatal.
GABRIELLI - Sim, mas 67% da Petrobras estão nas mãos de 700 mil acionistas. O governo tem um terço. No mercado concorrencial, não podemos passar informações [dos contratos]. Esse é um conflito que a Petrobras vive: é uma empresa controlada pelo governo, com acionistas privados. Aí um jornal diz que a Petrobras tem um sistema próprio [de licitações], como se a gente tivesse definido o sistema licitatório. Existe uma lei, que é a Lei do Petróleo. Não foi a Petrobras que fez. Essa lei remete ao presidente da República editar um decreto que vai definir as condições competitivas, porque a Petrobras, no mercado aberto, compete com muitas empresas. O presidente Fernando Henrique Cardoso fez o decreto 2.745 com base na lei. Esse decreto diz que tem uma série de condições para a contratação, seguidas rigorosamente pela Petrobras. A AGU diz que a Petrobras tem de cumprir o decreto. O TCU, que é um órgão do Legislativo formado por pessoas politicamente comprometidas, tem interpretação diferente, que nós temos de cumprir a lei 8.666 [que estabelece regras para licitações]. Recorremos ao Supremo Tribunal Federal em dez liminares julgadas, e prevaleceu o decreto. Não temos de cumprir a lei 8.666.
FOLHA - Se prevalecer o entendimento do TCU e agora dos proponentes da CPI, a Petrobras perde competitividade?
GABRIELLI - Vai dificultar muito. Não inviabiliza, mas fazer um processo competitivo com rapidez de decisões seguindo a lei 8. 666 não é possível.
FOLHA - Como o sr. justifica as contratações de ONGs ligadas ao PT?
GABRIELLI - Uma reportagem fala em 1.100 contratos e cita um ou dois com problemas, o que mostra que é um sistema eficiente. O volume de problemas é pequeno. Mas, se existem, vamos investigar. Se você pega os apoios da festa de São João, nos últimos quatro anos, vai ver que as prefeituras do PT são minoria. O critério não é ser PT ou não. É ter festa de São João.
FOLHA - A questão fundamental da Bahia é porque a ONG que recebeu dinheiro da Petrobras era de ex-dirigente regional do partido.
GABRIELLI - É uma ilação. Só queria dizer que não sou candidato ao Senado na Bahia. Isso é uma mentira deslavada, desmentida por mim sistematicamente. Não sou candidato. Mais, o Diretório Estadual do PT na Bahia tomou a posição de que o único cargo a que vai concorrer é o de governador.
FOLHA - O que motiva a CPI?
GABRIELLI - O uso político. Não precisa de uma CPI. Ela não tem foco.
FOLHA - O TCU constatou que, devido a aditivos, contratos da Petrobras chegam a dobrar de valor. Esse artifício não dá margem para todo tipo de acréscimo?
GABRIELLI - Existe uma coisa chamada mudança de escopo, adaptação das condições encontradas no local, mudanças no cronograma por fatores externos à Petrobras, como licenciamento ambiental, problemas no fornecimento. O decreto que seguimos, o 2.745, permite os aditivos e nós o seguimos estritamente.
FOLHA - Quanto, em média, aumentam os contratos?
GABRIELLI - Há aumento de 10%, de 25%, tem aditivo que só aumenta prazo, sem custo. São 55 mil contratos.
FOLHA - Não poderia haver um programa para melhorar a execução dos contratos? GABRIELLI - Estamos tentando, acelerando nossas condições para que a gente vá para o mercado com o projeto mais detalhado. Isso significa que podemos atrasar os projetos.
FOLHA - Que projetos?
GABRIELLI - Na [refinaria] Abreu e Lima, estamos com 14 licitações. Dessas, 6 cancelamos por excesso de preço, 8 estão concluídas. O escândalo é em torno de um contrato de terraplanagem. O problema é que estamos falando aqui de um conjunto muito grande de coisas.
FOLHA - O Comperj (complexo petroquímico do Rio) foi orçado, em 2005, em US$ 6 bilhões de dólares e está em US$ 8,6 bi.
GABRIELLI - Não se pode dizer que teve aumento, ainda, por estar em processo de licitação.

Lula aposta em Dilma em 2010

Com as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) nas favelas do Rio na metade do ritmo previsto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem, durante inauguração parcial, ser "a coisa mais fácil governar para os pobres".Para um público de cerca de 200 moradores das favelas de Manguinhos (zona norte), Lula disse que, com o foco nos mais pobres, "com pouca coisa a gente faz muito"."Eu sei qual é o valor para uma mulher que recebeu um apartamento. Mesmo que pequeno, com 40 m2. Eu sei o valor da pessoa ter seu próprio ninhozinho", disse.A Empresa de Obras Públicas do Rio acelerou nas últimas semanas a contratação de funcionários para tentar concluir as obras em setembro de 2010 (o cronograma das empreiteiras prevê gastos até 2011).O novo ritmo de contratação visa intensificar a conclusão das obras. De acordo com o cronograma físico-financeiro dos consórcios responsáveis pelas obras de Manguinhos e Complexo do Alemão (onde Lula inaugurou alguns equipamentos) obtido pela Folha, a esta altura os gastos já deveriam alcançar a metade dos R$ 725 milhões totais previstos. Não superam, porém, 25%.No Alemão, enquanto o Consórcio Rio Melhor previa ter gasto ao final de maio 57,6% dos recursos, apenas 23% foram liquidados. Em Manguinhos, a expectativa era de execução de 49,8% dos custos da obra, enquanto apenas 21% foram usados.Lula inaugurou em Manguinhos uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), unidade de saúde de rápida construção, uma piscina e um centro de capacitação tecnológica. No Alemão, foram entregues 56 apartamentos para moradores removidos em razão das obras.Apesar do atraso nas obras, o público gritou em vários momentos "Lula de novo" e "Fica, fica", em alusão a um possível terceiro mandato -proibido pela Constituição, recusado publicamente pelo presidente, mas articulado por deputados da base do governo.Lula disse que vai "entregar o mandato para outra pessoa" em dezembro de 2010. Em seguida, parte do público gritou "Dilma". Outra, "Fica"."Depois os companheiros da associação vão dizer que o Lula não falou em campanha política. Vocês que se meteram a cantar um nome aí. Eu espero que a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta nesse momento".O presidente afirmou em seu discurso que orienta os investimentos do governo para os mais pobres."Este país pode ser diferente. Se a gente aprender a não eleger mais vigarista nesse país, e aprender a eleger pessoas que têm compromisso com o povo, pessoas que não tenham medo de pegar na mão de um doente, abraçar o pobre, o negro".A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), preferida do presidente para disputar a Presidência pelo PT, seguiu a linha de Lula e afirmou que o PAC é voltado para os mais pobres."O PAC era escolher onde mais precisava [de obras]. Não era a zona sul do Rio que mais necessitava de obras, habitação, saneamento, parques náuticos, escolas, UPAs. É aqui em Manguinhos, que durante os últimos 25 anos não se investiu", disse a ministra.Na cerimônia no complexo do Alemão, Lula foi mais direto ao apontar Dilma como sua candidata. "Eu não posso falar de política aqui. Mas todo mundo sabe que nós vamos ganhar as eleições de 2010", disse o presidente, antes de entregar uma flor amarela para a ministra no palanque, aos gritos de "Dilma, Dilma" do público."Quando chegar a hora certa nós vamos para a disputa. Temos que ver quem é aquele que vai chegar na hora prometendo o céu. E quem é aquele que, vocês sabem, vão estar juntos de vocês. É isso que vai fazer a diferença", completou.

PAC e Dilma 2.010

Com o objetivo de preservar os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em 2010, o governo eliminou exigências e flexibilizou mecanismos de controle no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, com votação marcada para terça na Comissão de Orçamento do Congresso.O texto enviado pelo Ministério do Planejamento acabou com a necessidade de contrapartida financeira de Estados e municípios para a realização de transferências voluntárias da União (na maioria dos casos, convênios para obras).Hoje, a contrapartida exigida é de 2% a 40% do valor da obra, dependendo do tamanho do município e condição socioeconômica.A recessão derrubou a atividade econômica e os repasses obrigatórios de recursos federais para Estados e municípios, o que afetou a capacidade das pequenas cidades de se comprometer financeiramente."Há uma chiadeira de municípios pequenos. O governo tem interesse em executar suas obras no ano eleitoral de 2010 e vai absorver essas contrapartidas", afirma o relator da LDO, Wellington Roberto (PR-PB).Na versão 2010 da LDO, caiu também um artigo que veda a transferência de recursos da União para Estados e municípios que descumprem os limites constitucionais de investimento em educação e saúde.Municípios precisam comprometer pelo menos 15% de sua arrecadação com saúde e 25% com educação. Para Estados, os pisos são, respectivamente, 12% e 25%.No entanto, o Ministério do Planejamento afirma que a retirada deste artigo foi apenas para enxugar a LDO, porque havia redundância com a Lei de Responsabilidade Fiscal.O PAC, carro-chefe das ações do governo federal e uma das alavancas para a provável candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), tem patinado na sua execução.De acordo com levantamento feito nesta semana pela ONG especializada Contas Abertas, apenas 3% das obras do programa foram concluídas nos seus dois primeiros anos."A prioridade são as obras do PAC. É gastar o Orçamento. Não podemos deixar o que não for gasto virar superávit primário", afirma o líder do governo na Comissão de Orçamento, Gilmar Machado (PT-MG).O governo também aumentou a tolerância com cidades e Estados que apresentem problemas na prestação de contas de seus convênios com a União.Hoje, o governo espera 30 dias por um esclarecimento antes de cancelar o repasse. A nova LDO prevê prazo de 45 dias.Foi retirado, por fim, o artigo que exige comprovação de que o município está em situação regular com a União todas as vezes que houver repasses. A exigência se resumirá ao ato de assinatura do convênio e ao primeiro repasse. Muitos municípios tinham problemas ao longo do contrato por exigências burocráticas.No projeto da LDO, o governo eliminou ainda a exigência de contrapartida para convênios com entidades privadas sem fins lucrativos, como cooperativas e ONGs.O problema era o mesmo dos pequenos municípios, segundo o Executivo: entidades sem condições de fornecer contrapartida financeira acabavam sem o recurso.O artigo entrou por decisão direta do presidente Lula, segundo a Folha apurou -mais especificamente, de sua mulher, Marisa Letícia.Ela defende um amplo programa do governo de convênio com cooperativas de catadores de papel, que passariam a estar liberadas de contrapartida.

Frases de Lula

"Eu não posso falar de política aqui. Mas todo mundo sabe que nós vamos ganhar as eleições de 2010"LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
presidente da República, durante inauguração parcial de obras do PAC

Saber lidar com o pc, que sofisticação!

É uma das coisas aparentemente mais misteriosas: como escapar de frequentes problemas
no computador - principalmente no windows, tido como um dos mais problemáticos - todos os especialistas são unânimes em afirmar que o windows vista é uma drogas, mas sem ele o que sobra?

Os chamados sistemas livres - mas aí a questão é de aprendizagem sobre isso.

Complicado!
A ver!
nada a ver?
Haver
De ver!

Eternos conflitos

"A esperança e a previsão, embora inseparáveis, não são a mesma coisa, e toda previsão sobre o mundo real tem que repousar em algum tipo de inferência sobre o futuro, a partir daquilo que aconteceu no passado, ou seja, a partir da história." - Eric Hobsbawm, em "Sobre a História", Companhia das Letras, p. 67

O professor José Luis Fiori parte desse pensamento - da história e seus conflitos, lembrem-se da guera fria, por exemplo - para dizer:

O que "estabiliza" as relações hierárquicas mundiais são os "eixos conflitivos crônicos" e a permanente chance de guerra entre as grandes potências.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

DE CARLI RENUNCIA

O deputado Fernando Carli Filho (PSB), que no início deste mês se envolveu em um acidente de trânsito que resultou em duas mortes no Paraná, renunciou ao mandato nesta sexta-feira. A Assembleia Legislativa do Estado informou que o pedido oficial de renúncia foi entregue pelo seu advogado, Roberto Brzezinski, segundo o UOL.
Carli Filho permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O acidente ocorreu no último dia 7, quando o carro guiado pelo deputado, um Volkswagen Passat, colidiu com um Honda Fit ocupado pelos jovens no bairro Mossunguê, em Curitiba. Gilmar Rafael Souza Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, morreram na hora.

O deputado estava com a carteira de habilitação suspensa porque excedia o total de pontos permitidos --totalizava 130 pontos, enquanto o máximo permitido é de 20. De acordo com informações do Detran, o deputado possuía 30 multas, desde 2003. Destas, 23 eram por exceder limites de velocidade. Carli Filho recorreu de 12 das 30 multas.
Exame realizado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná constatou que Carli dirigia com dosagem alcoólica acima do estabelecido. Segundo o resultado, havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, cerca de três vezes mais o limite permitido, de 2 decigramas. A chamada lei seca (11.705), sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em junho de 2008, considera que se alguém for flagrado com 6 dg por litro de sangue deve ser detido (de seis meses a três anos).
Renúncia
A direção da Assembleia Legislativa do Paraná abriu uma sindicância para averiguar se Carli Filho quebrou decoro parlamentar. O prazo para apresentar a defesa terminaria nesta sexta-feira. Com a renúncia, a sindicância foi extinta.
Em ofício, Carli Filho afirmou que aguardará o processo e julgamento "sem prerrogativas funcionais ou privilégios de qualquer ordem para receber, como cidadão comum, a sentença que as circunstâncias do fato e a sensibilidade da Justiça determinarem".

O presidente da Assembleia, Nelson Justus, afirmou que lerá o documento de renúncia na sessão plenária da próxima segunda-feira e convocará o suplente para assumir o mandato de deputado estadual, que se estende até 31 de janeiro de 2011.
Carli Filho foi eleito em 2006 para o mandato de deputado estadual com 46.686 votos.

O QUE ERA CERTEZA VIROU SUPOSTO MENSALÃO. OU A VERSÃO VIROU AVERSÃO

Pelo menos a Folha de São Paulo se flagrou, de certo modo, e reviu seus arquivos, onde constam a versão (aversão, seria mais correto!) do chamado mensalão.

Tudo à época era certeza, os fatos, segundo a grande mídia, eram irretorquíveis.

Mas agora, na hora de historiar isso, a Folha já fala em suposto mensalão.
Algum advogado, com medo de novas ações - são tantas - contra o jornal por causa das mentiras e meias-verdades que conta, deve ter alertado a empresa.

É por isso, que hoje em dia, você só lê e ouve a palavra suposto. Tudo é suposto!

De tanto supor, supuseram tanto, que agora tudo virou suposto mesmo.

Leia o exemplo da mudança de ponto-de-vista:

"O procurador-geral da República ofereceu a denúncia ao STF (Supremo Tribunal Federal) em abril de 2006 contra 40 suspeitos de participarem de um suposto esquema de compra de votos de parlamentares da base aliada. Em agosto de 2007, os ministros do Supremo acataram a denúncia e transformaram os suspeitos em réus".

Se só depois os suspeitos foram transformados em réus, todas as acusações anteriores criminalizando as pessoas ainda não julgadas, como fez a grande mídia, estava pelo menos equivocada, ou era um exagero.

Ou foi um golpismo típico do esquema udenista-lacerdista, que faz parte a história brasileira (lembrem do suicídio de Vargas e a deposição de Jango e a tentativa de dar o golpe eleitoral em Lula em 2006).

PALAVRA LIVRE

Este é o espaço em que a palavra é livre para os comentaristas.
Levante qualquer assunto, qualquer problema,
e bote a boca no trombone,
desde que não ofenda a ninguém, não é mesmo?

Leia o caso Veja, do Nassif, uma aula de política do jornalismo que virou uma referência histórica

Por falar em Luis Nassif, leia a série ( http://luis.nassif.googlepages.com/teste ) que ele escreveu

sobre o caso Veja, antológica, esse tipo de assunto é que deveria ser oferecido aos alunos nas

escolas para que eles aprendessem a interpretar como funciona a grande imprensa no Brasil,

sempre a favor dos interesses dela e dos seus anunciantes, afinal estes representam a sociedade

do consumo, capitalista na essência, o que importa é vender -

vendo tudo, ninguém acredita!

Daí surgiu o famigerado jornalismo neocon,
tão aterrorizante quanto a ditadura militar.
Nesta, a censura.
No neocon, a mercantilização
levada às últimas consequencias,
a ditadura do mercado.

Educação paulista: a piada atucanalhada

O setor educacional no Estado de São Paulo parece piada atucanalhada.
Chunchos do governo com a iniciativa privada, portanto, a tentativa da privatização e do sucateamento do ensino público, são as as regras no governo tucano.

A editora abril e outras editoras fazem acertos com Serra para não atacá-lo e conseguem contratos milionários sem licitação para distribuirem seus produtos nem sempre pedagógicos - foi distribuída até uma história em quadrinhos meio pornográfica (feita para adultos), a crianças de dez anos, por aí!

O jornalista Luis Nassif, um do maiores blogueiros do país, é quem vem denunciando com maior vigor esse estranho processo dito educacional pelos tucanos.

É bom pesquisar o assunto no site dele porque já li vários muito importantes:

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/ )

O comentário dele, de hoje, é sobre o livro didático em São Paulo :


("Confesso não entender o que se passa com os livros didáticos em São Paulo.
O Ministério da Educação criou um modelo de seleção dos livros didáticos - creio que desde a época de Paulo Renato - que consistiu em definir comitês, provenientes das diversas Universidades, para analisar os livros. Depois monta-se uma publicação com todos os livros selecionados, que é enviada para todos os professores do país, para poderem escolher livremente. O MEC envia os livros sem nenhum custo para os estados.
Nesse ínterim, teve penetração em algumas prefeituras os chamado cursos apostilados - muitas vezes negociado pelas empresas direto com o prefeito, em vez da equipe da Educação. Foi uma luta feroz, em que um dos competidores era a Abril - conforme você pode conferir na série sobre a Veja.
Quando assumiu, a Secretaria Maria Helena, da Educação de São Paulo, me deu uma entrevista garantindo que iria acabar com a farra dos apostilados. A Secretaria contrataria professores, pagaria pelo conteúdo e pelos direitos autorais, e ela mesmo imprimiria e distribuiria, reduzindo substancialmente o custo.
De repente, muda tudo. Pelo Diário Oficial do estado se fica sabendo de compras imensas, periódicas, de livros sem licitação. E, pelos abusos que estão sendo revelados, sem avaliação pedagógica. Aparentemente, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação vai alocando verbas para cada editora e, depois, que se vai atrás de qualquer livro para preencher a cota acertada.
Não adianta José Serra falar em punir os responsáveis ou quem quer que seja. Esses problemas todos estão ocorrendo devido aos negócios montados pela FDE com editoras, com plena aprovação da Secretaria da Educação. Aliás, passando por cima do que era a orientação inicial da Secretaria.
Sem contar venda de notebooks, previamente configurados com Windows Vista e Microsoft Office, ou aluguel de máquinas por preços acima dos de mercado.
O que se passa? Leia mais »)".

quinta-feira, 28 de maio de 2009

As viagens de Gilmar Mendes

VIAGENS, VIAGENS
congressoemfoco.com.br
Na manchete do site Congresso em Foco, célebre pela série recente sobre as viagens pagas dos parlamentares brasileiros, "Gilmar gastou R$ 114 mil em diárias desde 2008". Diz que as "despesas do presidente do Supremo em viagens nos 13 primeiros meses de gestão superam em 3,6 vezes o dinheiro usado durante todo o mandato de 24 meses pela antecessora, Ellen Gracie" (quadro acima). Na média mensal, "o atual recebe aproximadamente R$ 8.700 em diárias, seis vezes o valor registrado a cada mês por Ellen, R$ 1.300".

PT - o demônio preferido do PIG

Olha só essa matéria da FSP - é a prova de que o negócio dela é demonizar o PT e o governo Lula, sempre. Sem dó nem piedade. Pautado pelos demotucanos. Cruel essa elite, como diz o Mino Carta.

Nessa matéria, ao invés de abordar o assunto inteiro, com todos os nomes e números, para que o leitor tome conhecimento total do assunto, a FSP aborda, portanto, só 50% dos fatos, lembrando e esquecendo o que lhe interessa, um velho esquema de perda de memória conforme os interesses das classes dominantes.

É a confissão textual de que a grande mídia usa de meias-verdades, até matematicamente!

Veja só a confissão desse jeito estranho de fazer jornalismo:

"Sistema Petrobras privilegia PT em doações a candidatos

Como é proibida por lei de doar a campanhas, estatal usa empresas nas quais tem capital Partido do presidente Lula obteve 55% dos R$ 8,53 mi que companhias ligadas à estatal deram a políticos nas eleições de 2006 e 2008

FÁBIO ZANINIALAN GRIPPDA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pelo menos nove empresas ligadas à Petrobras doaram R$ 8,53 milhões para campanhas eleitorais em 2006 e 2008, a maior parte em benefício de petistas, embora a estatal seja proibida por lei de financiar candidatos e partidos.As empresas integram o que a estatal chama de "Sistema Petrobras": na maioria delas, a petrolífera tem participação acionária, indica diretores e participa de conselhos. Em pelo menos uma, a petroquímica Braskem, representantes da Petrobras no conselho de administração participaram da aprovação de doações. A estatal tem 23,78% do capital da empresa.A legislação eleitoral proíbe estatais de doar, mas é omissa quanto às contribuições das empresas das quais elas são acionistas minoritárias. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, para que a corte tenha uma posição firmada sobre o assunto será preciso que seja provocada em um caso específico.Outra empresa ligada à Petrobras, a Petroquímica União, foi a responsável pelo maior valor doado a um candidato em 2008: R$ 800 mil. O beneficiado foi o petista Luiz Marinho, eleito prefeito de São Bernardo do Campo (SP). Indústria de plásticos sediada na região do ABC, a Petroquímica União é uma subsidiária da Quattor Participações, na qual a Petrobras tem 40% do capital. Outras três subsidiárias da Quattor fizeram doações menores.Nas duas últimas eleições, a Petroquímica União repassou R$ 3,91 milhões a políticos. Em 2006, foram R$ 504 mil para o presidente Lula e R$ 251 mil para Geraldo Alckmin (PSDB).Já a Braskem deu R$ 3,02 milhões para campanhas nas duas últimas eleições. O PT recebeu 37% desse montante (R$ 1,12 milhão), partido mais beneficiado pela empresa. O PSDB, em segundo, teve R$ 765 mil.A estatal tem hoje grande influência na direção da Braskem. Indicou um vice-presidente, além de membros do conselho de administração.Recentemente, a Braskem, com sede na Bahia, anunciou a incorporação da petroquímica Triunfo (RS), o que fará dela líder do setor no Brasil. A operação só foi possível em razão da participação da Petrobras.Nas eleições de 2006, além das campanhas majoritárias, a Braskem fez doações para nove deputados federais eleitos por sete partidos diferentes. As contribuições seguiram a média de R$ 40 mil, com exceção de Manuela D"Ávila (PC do B-RS), que recebeu R$ 10 mil.No Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP) foi o único destinatário de doações de empresas com relação societária com a Petrobras: teve R$ 100 mil da Utingás, de Santo André (SP).Do capital da Utingás, 31% é pertencente à Liquigás, outra subsidiária da Petrobras. A Liquigás indicou inclusive um dos diretores da Utingás. Líder de seu partido na Casa, Mercadante chegou a ser cotado para presidir a CPI da Petrobras, mas ficou de fora da comissão.A relação de doações de empresas do "Sistema Petrobras" mostra que 54,86% dos recursos foram destinados ao PT, com uma atenção especial à campanha de Marinho, eleição acompanhada de perto pelo Planalto. A cidade é o berço político de Lula e do partido. São da Petroquímica União (R$ 800 mil) e da Quattor Petroquímica (R$ 430 mil) as duas maiores doações ao petista."

Mensalão não existiu

Bastos e Rebelo dizem que não exisitiu.

Na verdade, segundo se deduz de tudo o que ocorreu, houve o caixa dois, esquema de todos os partidos.

Quem denominou esse processo de mensalão foi o chamado Partido da Imprensa Golpista - Pig. Mesmo com os desmentidos dos entrevistados, a grande mídia insiste em manter em seus arqivos o título mensalão, com a mesmas mentiras e lengalengas, sem na verdade, portanto, editá-lo, segundo os fatos mais recentes.

Veja a matéria em que Bastos e Rebelo desmentem isso.
Dois ex-ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva que foram ouvidos ontem como testemunhas de defesa no processo do mensalão, Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Aldo Rebelo (Coordenação Política), disseram acreditar que o esquema de pagamento a congressistas da base em troca de apoio ao governo não existiu.Bastos e Rebelo foram convocados como testemunhas do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP). "Minha convicção é de que não [existiu]", disse Bastos, ao ser questionado sobre o mensalão.Segundo ele, sua convocação foi para um "depoimento sobre imagens, sobre pessoas". Bastos elogiou Dirceu. "É um sujeito disciplinado, preparado, nunca o vi trabalhar menos de 12 horas na Casa Civil."O deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) disse que "nunca ouviu de jornalista, de deputado ou de ninguém algo relacionado com um esquema que desse dinheiro a deputados". Ele também foi ouvido como testemunha do deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que denunciou o mensalão. "Para mim, pelo menos, o esquema não existiu", afirmou Rebelo.O advogado de Jefferson, Luiz Francisco Corrêa Barbosa, disse que vai requerer uma acareação entre Rebelo e Bastos. Segundo ele, houve contradição nos depoimentos.Em entrevista à Folha em 2005, Jefferson revelou que deputados recebiam do PT um "mensalão" de R$ 30 mil.Durante as investigações, o publicitário Marcos Valério de Souza afirmou que o dinheiro repassado aos deputados indicados pelo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, era de caixa dois alimentado com empréstimos nos bancos Rural e BMG.A CPI dos Correios contestou essa versão e sustentou que o esquema foi abastecido com dinheiro do Banco do Brasil, por meio do fundo Visanet.Em 2007, o Supremo Tribunal Federal abriu processo contra 40 acusados.

jogar luz na CPI

é a especialidade demotucana e do pig, mas só os holofotes que lhes pertencem, luzes privadas, jamais o sol que é o melhor detegente - e é cientifica e divinamente público!

Opinião Pública - de quem mesmo?

Esse artigo tem a ver com a questão da opinião pública - quando a imprensa não publica, nada existe?
E quando publica, o fato representa a opinião pública do que será publicado ou a opinião pública
da sociedade como um todo.

Quando um personagem histórico é ou não lembrado - o que isso representa?
Leia:


Um ilustre (quase) desconhecido
CÁSSIO SCHUBSKY
A imprensa, as organizações da sociedade civil e a opinião pública, como um todo, vão escolhendo fatos e pessoas para jogar luz ou escamotear
A HISTÓRIA serve não apenas ao entretenimento, ao deleite, ao prazer de quem a conhece. A experiência histórica, seja ela individual, seja coletiva, constitui patrimônio imaterial de valor inestimável. Isso porque a vivência de pessoas ou instituições integra um balanço contábil simbólico e pode ser considerada um ativo ou um passivo, conforme o peso negativo ou positivo que se atribua aos fatos -que o diga a ditadura implantada em 1964, por exemplo, que ainda provoca tanta celeuma e debates apaixonados, protestos e, inclusive, esdrúxulas comemorações militares. A trajetória histórica é um bem e tem, portanto, viés jurídico e econômico. E, como tal, precisa ser, além de compreendida, preservada e protegida. A pesquisa histórica, quando publicada e divulgada, torna tangível, concreta, a importância das sagas de grupos ou indivíduos, as biografias ou narrativas sociais. Presta-se não só ao desfrute, mas à afirmação da identidade grupal, que redunda na construção de projetos coletivos. E, nessa contabilidade simbólica, ainda se prestam contas com o passado. De outro lado, boa parte dos acervos artísticos e documentais integra o patrimônio público. Vale dizer, desde logo, que o descaso generalizado dos poderes constituídos com arquivos históricos lesa o interesse coletivo -eis aí, pois, uma senha para a ação do Ministério Público, para responsabilizar a criminosa dilapidação, o desdém governamental aqui e alhures, no país inteiro. Afinal, objeto de arte, prédio ou documento histórico corroídos e danificados transformam-se, em muitos casos, em perda irreparável para as gerações atuais e futuras. Muitos governantes -e empresas privadas...- não se mexem para implantar em larga escala, por exemplo, programas de digitalização de documentos, que são uma maneira relativamente rápida, barata e eficaz de preservar acervos e salvá-los do descalabro. De libertá-los de latas enferrujadas, da ação deletéria de insetos, da corrosão inexpugnável do tempo. Sonho com o dia em que se anunciará programa do tipo "1 bilhão de documentos digitalizados". E lanço a campanha: "Digitalize Já!" (senhores governantes, tem alguém aí?!). Nem só de governo, evidentemente, vive a pesquisa histórica. Também os historiadores, claro, têm sua cota de responsabilidade na preservação, a começar do momento em que elegem objetos de estudo, análise e interpretação. E a imprensa, as organizações da sociedade civil e a opinião pública, como um todo, vão escolhendo fatos e pessoas para jogar luz ou escamotear. Veja-se o caso de Clóvis Beviláqua (1859-1944). Em outubro próximo, completam-se 150 anos de seu nascimento. Um dos maiores juristas do país, deveria estar merecendo festas e efemérides desde logo, o ano inteiro. Afinal, é ele o autor do projeto do primeiro Código Civil brasileiro, aprovado em 1916, depois de longos anos de debate no Congresso Nacional. Após muitas tentativas de codificação frustradas, desde meados do segundo reinado, Clóvis logrou êxito, sepultando, de vez, as antiquadas Ordenações do Reino. Professor, filósofo, historiador, sociólogo, civilista, romanista, criminalista, internacionalista, literato, jornalista... Muitos são os títulos e as qualificações para se referir ao grande cearense de Viçosa. Um adjetivo talvez explique a atual falta de notoriedade de Clóvis: modesto. De fato, ele era alheio às badalações, vivia recluso em casa ao lado da família, sem ostentação de qualquer tipo, imune à vaidade. Recusou, inclusive, por duas vezes, indicação para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Não fez marketing pessoal, nem seus muitos admiradores trataram de fazê-lo. Lamentavelmente, não temos nenhuma fundação de fôlego voltada a cultuar o legado desse grande brasileiro e democrata de todas as horas, exemplo de retidão de caráter e pertinácia no trabalho. De tal modo a memória vai se perdendo que poucos saberão, inclusive, como já lembrou alguém, onde está localizada a praça Clóvis Beviláqua, no centro de São Paulo. Pois a grande praça, à altura do homenageado, é contígua à praça da Sé, em frente ao Palácio da Justiça, onde está instalado o Tribunal de Justiça de São Paulo. A muita gente pode parecer que aquilo tudo é praça da Sé. Não é. Enfim, sem culto à sua memória, que sobreviva, ao menos, em referência ao mestre da cultura e do direito brasileiro, o samba de Paulo Vanzolini: "Na praça Clóvis/ Minha carteira foi batida/ Tinha 25 cruzeiros/ E o teu retrato/ vinte e cinco/ Eu, francamente, achei barato/ Pra me livrarem/ Do meu atraso de vida".

Opinião Pública - que é isso?

o cientista político Leonardo Avritzer faz um bom artigo sobre opinião pública e reforma política.
Mas ao não esclarecer o que disse o deputado Moraes, ele comprometeu todo o artigo. Moraes destinguiu a opinião pública da sua base como a opinião pública DA imprensa. Essa é uma diferença histórica do que seja opinião pública, é a própria história da imprensa brasileira, que sempre pretendeu-se monitora da população, pauteira dos políticos, manipuladora do poder econômico e político, talvez algo inerente à própria mídia, que se diz o quarto poder.

Leia o texto do cientista político:

"Aqui está, provavelmente, a raiz do atual problema no Brasil: a opinião pública não partilha as regras pelas quais se rege o sistema político
A IDEIA de opinião pública ou de espaço público supõe que os sistemas políticos modernos operam com uma noção mais ampla de representação do que a legitimidade da autorização dada pelo eleitorado. Ao lado da autorização pelos eleitores, que é a base do sistema representativo em vigor em todas as democracias contemporâneas, existe também um processo informal de formação da opinião pública sem o qual a democracia não pode sobreviver. O papel da opinião pública é discutir questões políticas em geral, estabelecer novos padrões de moralidade política, avaliar e criticar os governantes, de forma tal que possa se estabelecer entre os representantes e os representados algum tipo de convergência nos momentos não eleitorais. Afinal, ainda que as eleições justifiquem os mandatos, quatro anos é um período longo, e há a necessidade de criar legitimidade entre os períodos eleitorais. Para tanto, é preciso que os representantes atribuam à opinião pública importância. Caso contrário, continuará havendo representação, mas a sua legitimidade será baixa, e a democracia passará por aquilo que se convencionou chamar de "crise da representação política", um fenômeno certamente em vigor no Brasil hoje. O Brasil é um país que teve uma formação tardia da opinião pública. A urbanização tardia, ao lado da persistência de níveis de escolaridade relativamente baixos, permitiu que o sistema político se acostumasse com um baixo grau de controle pela opinião pública e pela sociedade civil. Essa situação mudou com a modernização acentuada a partir dos anos 1950, com a constituição de uma sociedade civil mais organizada e com a redemocratização em 1985. Hoje, o país tem uma sociedade civil com práticas políticas mais avançadas do que o seu sistema político, e a opinião pública percebe tal fato. Em pesquisa por nós realizada no ano passado para o livro "Corrupção: Ensaios e Crítica", colocamos a pergunta sobre quais são as instituições consideradas mais corruptas no país. A Câmara dos Deputados apareceu em segundo lugar nesse ranking (com nota 8,34 em um máximo de 10), atrás apenas dos Legislativos municipais. Vale a pena mencionar também que instituições da sociedade civil, tais como ONGs e associações de bairro, foram consideradas sistematicamente menos corruptas do que as instituições políticas, situando-se em um patamar em torno de 6,32. q Aqui está, provavelmente, a raiz do problema que o Brasil enfrenta: a opinião pública não partilha as regras pelas quais se rege o sistema político -e cabe a esse último se adaptar a essa nova situação. A frase recente de um obscuro deputado pelo Rio Grande do Sul ("Estou me lixando para a opinião pública") dá uma dimensão da dissociação entre sistema político e opinião pública no país. Na medida em que a opinião pública vai refletindo novos padrões de moralidade política e cobrando mudança de comportamento por parte dos parlamentares, duas possibilidades aparecem: a adaptação do sistema político a esse novo padrão e uma reação no interior do próprio sistema político contra a opinião pública. Aí está a raiz do conflito em curso entre imprensa e sistema político. A afirmação do deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) expressa uma posição no interior do Congresso Nacional de desconsiderar a opinião pública. Essa posição se refletiu também no adiamento da proposta de reforma política ocorrido nesta semana. Ambas as atitudes expressam uma visão de autonomização do Parlamento em relação à opinião pública. Essa é uma posição equivocada, porque supõe que apenas a autorização eleitoral pode legitimar o exercício da representação. É hora de a opinião pública reagir, e a maneira correta de reagir é por meio de uma ampla campanha pela reforma política. Para além de questões que estão na pauta, tais como financiamento público das campanhas políticas e lista fechada nas eleições proporcionais, é preciso tratar dos elementos que fazem os congressistas se sentirem um grupo privilegiado em relação à sociedade. Entre os elementos dessa reforma devem estar o fim da imunidade para delitos civis cometidos pelos parlamentares (tal como o duplo atropelamento ocorrido no Paraná) e a retirada do poder dos parlamentares de julgar os crimes ou delitos cometidos por seus colegas. O Parlamento com certeza sairá reforçado de uma reforma política que institua a ideia de que a representação não implica privilégios, mas responsabilidades assumidas perante os eleitores e a opinião pública."

Frase do Lula

MURALHA
"Se a construção da Muralha da China levasse o mesmo tempo que a Petrobras e a PDVSA [levam para se acertar], a humanidade acabaria e a gente não teria o primeiro quilômetro da muralha"
O articulista Luis Fernando Vianna é um dos primeiros a levantar a questão dos interesses verdadeiros que dominam os políticos conservadores demotucanos na CPI da Petrobrás.

A frase: O Pré-Sal é nosso, é contundente. Será dita pelo vencedor em 2.010. Os demotucanos querem a estatal privatizada, é o seu programa favorito. O governo Lula quer uma empresa estatal só para o pré-sal.

Veja o artigo dele:

Gente muito mais qualificada já falou e escreveu que a CPI da Petrobras não deve dar em nada. Mas, se o tema ocupa tanto a imprensa, é porque há o risco de alguma coisa acontecer.Para a oposição (sic), o pior cenário são as mexidas no papelório remontando aos tempos em que a empresa estava nas mãos de tucanos e "demos" -então pefelistas, mas sempre "demos". Nem tudo que subiria à tona seria belo. Por saber disso, a chamada base aliada (sic) dá as cartas.Do lado do governo, o desastre seria ver a locomotiva que levará o Brasil rumo à terra do "nunca antes" se engasgar em superfaturamentos, licitações obscuras, uso político farto. Se a oposição (sic) encontrar um veio nessa floresta negra, poderá segui-lo até a uma vitória em 2010 e, consequentemente, ao grito "O pré-sal é nosso!".E ainda tem aquela hidra que jamais é oposição nem aliada: o PMDB. Mas todos sabem que este partido (sic) sairá sempre ganhando, porque é formado, em sua maioria, por profissionais bons no que fazem. Não convém ofender o recato e a inteligência do leitor com elucubrações pretensamente sérias se o assunto não o é.Isto posto, parece realmente provável que as partes envolvidas achem melhor só fazer mau teatro em vez de investigar algo com profundidade. O problema é que, como ensinava Ulysses Guimarães, sabe-se como uma CPI começa, não como ela acaba.E, em algumas, surgem personagens que não conhecem bem o script, não dominam o uso das máscaras. É um motorista aqui, um caseiro ali... E pronto: cai um presidente, cai um ministro da Fazenda, acontece o que a etiqueta de Brasília não prevê.Não se devem temer muito os políticos na CPI da Petrobras. O culpado pode ser o mordomo.

PIG OU SIC - tanto faz?

Partido da Imprensa Golpista ou Serviço de Informações dos Canalhas ou os mesmos de sempre - dá tudo na mesma coisa?

Nem tudo que subiria à tona seria belo!

farto dos fardos da terra do "nunca antes" que sempre vem depois, engole sapos e vomita serpentes.

Veio da terra, mas não era dourado.

Se um tema ocupa tanto a imprensa, é porque há o risco de alguma coisa acontecer!

A PALAVRA REPROVADA

FALA POR si própria a taxa de reprovação de bacharéis em direito paulistas no exame unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): 88%. São Paulo ficou na lanterna, ao lado de Mato Grosso e Amapá. Só em cinco Estados -Sergipe à frente, com 33%- aprovou-se mais de um em cada quatro candidatos.Causa espécie, de todo modo, o mau desempenho de São Paulo. No primeiro ano de adesão da OAB-SP ao exame nacional, frustra-se a expectativa de uma melhora. Quando a seleção no Estado era organizada pela seccional, a última taxa tabulada, a de 2007, registrou 68% de fracassos.Para a OAB-SP, isso está relacionado com a "mercantilização" do ensino de direito -eufemismo para a péssima qualidade das escolas. Nada haveria de errado com a proliferação das faculdades se a grande maioria formasse profissionais aptos.

Faltou dizer que essa é uma herança maldita não só do neonliberalismo demotucano como da nossa própria história político-ecnômica - a do bacharelato das elites latifundiárias que iam estudar em Coimbra ou na França para melhor poder dominar as estruturas burocráticas do país - até alguns inconfidentes o fizeram!

Ruy Barbosa é outro exemplo. A ver.

O vazio da palavra em causa própria.

Ou em causas nem sempre republicanas, éticas.

O LACERDISMO REVISITADO

o udenismo - ou o lacerdismo - é um movimento político que marcou a nossa história. Carlos Lacerda, um dos maiores oradores brasileiros, o que disse que era que nem o Pelé, jogava em todas as posições, era um golpísta típico do conservadorismo brasileiro (Lacerda unia a isso à credibilidade de ter sido "comunista"!). Através de seu jornal Tribuna da Imprensa, ninguém estava imune às suas críticas.

Fez o que h0je uma parte da grande imprensa - aquela chamada de Partido da Imprensa Golpísta, Pig - insiste em fazer: criticar o governo baseado na pauta dos conservadores demotucanos.

Lacerda pretendia derrubar governos - fossem quais fossem!
Por isso ficou famoso, por isso esse rótulo do lacerdismo se confunde como o do udenismo e o golpísmo. Sabe-se qual tara o dominava - talvez o sonho de ser presidente, a manutenção do poder econômicoe político nas mãos do mesmos de sempre, sem nenhuma participação popular.

Agora, como antes, confundia-se liberdade da imprensa, da empresa, como oliberdade de imprensa, para todos, não somente para um grupo que costuma sempre apropriar-se do Estado, da coisa pública, para espoliar com mais liberdade a maioria da população. Simples. Ou simplista, como diriam os acadêmicos. Mas vedrdadeiro - pelo menos uma parte da verdade.


Agora leia o editorial da FSP sobre mais ou menos isso:

"Além do moralismo
Julgar o caráter de quem comete desvios éticos é menos importante que fortalecer instituições capazes de punir o abuso
INDIGNAÇÃO e desalento alternam-se na opinião pública a cada nova revelação de abuso e falta de compostura no Legislativo brasileiro.Ainda assim, persiste em alguns setores a tese de que seria excessivamente "moralista" (ou, pior ainda, "udenista") a reação geral diante dos descalabros.Trazendo, em sua conotação negativa, o eco do oportunismo que tantas vezes pautou a disputa entre a UDN (União Democrática Nacional) e o populismo varguista, nas décadas de 1950 e 1960, termos como "udenismo" e "moralismo" ainda encontram ressonância na cultura política contemporânea. Carecem entretanto de definição mais precisa, que os desvincule das circunstâncias específicas do passado.Importa distinguir entre o que é legítima preocupação ética e o que pode apenas transformar-se em histriônica vociferação contra este ou aquele figurante, ocasional e desprezível, no vasto palco do descontrole institucional republicano.A rigor, o que tornava criticável a atitude "udenista" não era a sua defesa da honestidade no trato da coisa pública, mas sim o que nisso pudesse haver de hipocrisia. O "udenista", nessa acepção pejorativa, é sobretudo aquele que atribui apenas a um setor do espectro político as mazelas que, na verdade, atravessam todo o sistema, e das quais ele próprio não está dissociado.Nesse sentido, o termo ainda conserva atualidade. Nada mais comum, hoje em dia, do que determinado partido acusar o seu adversário de imoralidades que, a seu turno, também comete.Como diferenciar, por outro lado, a crítica puramente "moralista", no sentido estreito, de uma autêntica reação contra o mau uso da verba e das prerrogativas públicas?Uma das possíveis respostas para a questão estaria no grau com que se atribui ao caráter individual, e não ao sistema como um todo, a origem dos escândalos que se acumulam.Obviamente, não se trata de ignorar o nível, francamente delinquencial, a que chega a atuação de alguns políticos brasileiros. Mas a convicção do "moralista", em sua acepção mais rudimentar, pode ser resumida numa famosa frase de Capistrano de Abreu (1853-1927).Meio por blague, meio por desabafo, o historiador cearense disse desejar que nossa Constituição se limitasse a um único artigo: "Todo brasileiro está obrigado a ter vergonha na cara".De uma ótica menos exacerbada, pode-se justamente louvar o fato de que a Constituição preveja vários instrumentos capazes de coibir a corrupção. Trata-se de aplicá-los e aperfeiçoá-los; é também no campo da legislação eleitoral e do acesso público às contas do governo que a questão da ética política poderá encontrar algum progresso.A prevenção e a punição dos abusos nessa área vão muito além do "moralismo". Se um pouco mais de "vergonha na cara" seria certamente desejável no Congresso, eis entretanto algo que não depende de súbitas conversões individuais. Mas sim de instituições e sistemas capazes de -sem as ilusões do "moralismo" mais estreito- fortalecer de fato a ética na vida pública."

quando me perdi eu perdi quanto tempo?

quando mudou o endereço do google eu não entendi mais nada.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Lula quer abrir a caixa preta do Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (27) lei complementar que obriga os governos federal, estaduais e municipais a tornarem disponíveis na internet receitas e gastos.

O texto determina a disponibilização, em tempo real, de informações sobre a execução orçamentária e financeira da União, Estados, Distrito Federal e municípios. Um dos objetivos é dar transparência à administração pública, além de incentivar a participação popular e a realização de audiências públicas na elaboração de planos e diretrizes orçamentárias. Os entes federativos terão de disponibilizar o acesso a informações, para qualquer pessoa física ou jurídica, sobre a execução de despesas (bem ou serviço fornecido, nome do beneficiário do pagamento, processo licitatório) e a arrecadação (lançamento e recebimento de toda receita, inclusive recursos extraordinários).A lei também diz que, para assegurar a transparência na gestão fiscal, deve haver incentivo à participação popular na elaboração dos orçamentos públicos, com a realização de audiências públicas, e adoção de sistema integrado de administração financeira e controle. A lei prevê prazos para os entes federados colocarem a medida em prática: um ano para União, Estados, Distrito Federal e cidades com mais de cem mil habitantes, dois anos para municípios de 50 a 100 mil habitantes e quatro anos para cidades com até 50 mil habitantes.

O gestor que não divulgar as informações poderá ter congelado o repasse de verbas federais. Qualquer cidadão, partido político, sindicato ou associação pode denunciar aos tribunais de contas e Ministério Público quem não estiver cumprindo a lei.

meio cego para ver

A gente passa, toma conhecimento de que existe, mas nem sempre é fácil "ve

Segundo o crítco Marcelo Coelho, " fotógrafo brasileiro Alécio de Andrade (1938-2003) pertencia a uma categoria mais rara de visitantes. Durante 39 anos, frequentou o Museu do Louvre. Não para ver as obras, mas para fotografar quem as via.É uma fauna e tanto."

Sobre 30, diz Coelho:

Síntese de toda a humanidade. labirinto de imagens, de percepções, de personalidades e de momentos Todos os homens pareciam iguais nas fotos daquela época, porque os chapéus tendiam a uniformizá-los. Antes da crise, chapéus eram sinais de prosperidade e de igualdade. As fotos de 1930 passam a revelar outras coisas: concentração de força política numa manifestação de operários; penúria extrema a pesar sobre a cabeça de um lavrador; anonimato, desistência; último instrumento de trabalho de um mendigo, à espera de esmolas numa esquina.O mendigo, numa foto de John Vachon tirada em 1937, era cego. O fascínio dos fotógrafos pelos cegos é mais do que compreensível. Os turistas do Louvre, retratados por Alécio Andrade, não são muito diferentes desses cegos; de resto, na maior parte do tempo somos todos um bocado cegos diante do mundo. Mas os fotógrafos servem exatamente para nos ensinar a ver". Perfeito.

Capetas Bursáteis

E esses capetas empetecados e bursáteis que teimam em demonizar-nos?

Zumbi dos Palmares

zoomzoomzoom, zunzunzun, ziriguidum

que zumbidos palmares são esses impossíveis de esquecer?

O jazz, o blues e as raízes

A jazzista Cassandra Wilson faz releituras de clássicos de Robert Johnson e Muddy Waters. "Tudo parece levar a que eu me aproxime mais do blues, este que foi um dos componentes primários do jazz. Como o blues é uma música bastante emocional, quanto mais eu amadureço, melhor entendo como essa emoção pode ser poderosa".

Canta "Caravan" (Duke Ellington) e a romântica "The Very Thought of You" (Ray Noble). Ou até um clássico da bossa nova, como "Black Orpheus" (versão de "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá).

Os atletas da bola e das letras

A inserção da pesquisa na área de sociologia não é casual. A prática do esporte no Brasil realça problemas fundamentais, ligados à histórica desigualdade social, à má formação educacional, ao patrimonialismo arraigado, ao mau hábito de transformar a coisa pública em bem privado etc.", segundo Maurício Stycer, ao lançar a história do jornal esportivo Lance!

O livro procura mostrar, em sua primeira parte, como a imprensa brasileira, em particular a esportiva, refletiu e refratou historicamente essas questões.

Acho também que essa história reflete a própria história da imprensa, um espelho de todas essas mazelas sociais.

O que move a arte não é a morte, mas o artista também morre

Frases de Archangelo Ianelli, que morreu ontem aos 86 anos.

"Eu não persigo a beleza; se ela ocorre, é involuntária. Busco fazer um trabalho profundo ao depurar a cor".

Mário Pedrosa (1900-1981) -considerado seu padrinho pelo artista,via sua obra como um "estado contemplativo à beira de perturbar-se, em face das contradições da vida.

"O que move o artista é a insatisfação, o dia em que eu ficar plenamente satisfeito com minha obra, não tenho mais razão para pintar".

As mudanças que o neonliberalismo não quer ver

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou ontem que programas sociais como o Bolsa Família funcionam como um "guarda-chuva" contra a crise e deixam o país numa situação bem mais confortável do que no passado, quando os governantes costumavam recorrer ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e "já iam desabotoando o cinto"."Antes, o governo sempre quebrava e tinha que adotar medidas como aumentar impostos, cortar gastos de maneira profunda, paralisando certos programas. Para resolver o problema, tinha que buscar ajuda no FMI, no Banco Mundial."O ministro afirmou que o governo atual, porém, inverteu essa lógica ao ampliar benefícios sociais como o seguro-desemprego e desonerar alguns setores da economia.

Bons sinais

Após um ano e meio de resultados negativos, as contas externas brasileiras voltaram a ter superávit em abril. Graças a uma melhora na balança comercial, a conta de transações correntes -que contabiliza a negociação de bens e serviços com outros países- ficou positiva em US$ 146 milhões, segundo o Banco Central.O resultado não foi suficiente para reverter o saldo negativo no acumulado do ano, já que o déficit apurado entre janeiro e abril ficou em US$ 4,874 bilhões. Além disso, nem o próprio BC diz esperar que o país volte a ter superávit nessa conta nos próximos meses. "É um resultado bom [o de abril], mas não significa uma mudança de tendência. A expectativa para maio é de um déficit de US$ 2,3 bilhões", afirma o chefe do Departamento Econômico da instituição, Altamir Lopes.O desempenho do comércio exterior, um dos itens de maior peso na conta de transações correntes, foi um dos principais responsáveis pelo resultado do mês passado: entre março e abril, o superávit da balança passou de US$ 1,772 bilhão para US$ 3,712 bilhões.Mesmo com números negativos esperados para os próximos meses, a expectativa é que as contas externas tenham, em 2009, déficit menor que o registrado em 2008. Entre janeiro e abril deste ano, o saldo negativo acumulado (US$ 4,874 bilhões) é bem menor que os US$ 13,304 bilhões do mesmo período do ano passado.

Conversa pra boi dormir! No pasto dos banqueiros!!!

Leia este texto de ALEXANDRE SCHWARTSMAN , 46, economista-chefe do Grupo Santander,
parta entender o que um especialista vinculado a interesses dos banqueirs pensa sobre a economia. Muito instruitivo, pouco refrescante para a maioria. A ser desenvolvido.

"MAIS UMA vez aproxima-se o momento de definição da meta de inflação (no caso, para 2011) e, como de hábito, os argumentos equivocados contra sua redução já começam a aparecer. Os suspeitos de sempre se opõem à meta menor alegando que a busca por um patamar mais baixo de inflação imporia limites à queda dos juros. Lembram, ademais, que a política monetária do segundo semestre do próximo ano -precisamente o período eleitoral- já será calibrada com base na meta para 2011, elevando os riscos de juros maiores num momento politicamente delicado. Esse problema, porém, é falso. Fosse verdadeiro, os mesmos que defendem que uma meta mais baixa de inflação implicaria juros maiores deveriam também concluir que uma meta mais alta possibilitaria uma redução mais pronunciada da taxa de juros. Mas, se acreditam nisso, parecem manter silêncio obsequioso a respeito. O que é positivo, diga-se, pois se trata de visão muito errada. Para entender o porquê, imagine que seja anunciada uma meta de inflação mais elevada, digamos, 8%. Nesse caso, sabendo que o Banco Central teria que acelerar a inflação relativamente aos níveis atuais, a população não iria ficar passiva; pelo contrário, revisaria para cima suas expectativas e, com elas, a inflação. Delírios de economista? Não. Peço ao leitor que observe no gráfico a evolução das expectativas de inflação para 2009, estimadas a partir do comportamento das taxas nominais e reais de juros dos títulos públicos federais no período anterior e posterior à definição da meta de inflação para este ano, que ocorreu em meados de 2007. Antes da escolha (o ponto zero no eixo horizontal), as expectativas relativas a 2009 se encontravam em níveis bastante reduzidos, convergindo para patamares próximos a 4%, quando esse valor foi ventilado como a possível meta. Após a decisão de manter a meta em 4,5%, as expectativas se ajustaram, não por coincidência, em torno desse mesmo valor. Vale dizer, a escolha de uma meta de inflação acima das expectativas correntes não foi (nem é) capaz de ganhar nenhum espaço adicional para a redução da taxa de juros. Apenas convidou ao ajuste para cima das expectativas, convite esse prontamente aceito. Será que teríamos uma reação assimétrica no caso de uma redução da meta, isto é, expectativas não se ajustando para baixo? Dificilmente, à luz da conquista de credibilidade pelo BC. Mais importante, todavia, é que as expectativas de inflação relativas a 2011 já se encontram em valores inferiores a 4,5%, como mostra a segunda linha no gráfico. Não haveria sequer a necessidade de convencer os formadores de expectativas daquilo em que já acreditam. Enquanto nas tragédias gregas é a tentativa de fugir do destino que leva à fatalidade, na versão local é a insistência em buscar metas "fáceis", fixando-as acima das expectativas, que acaba levando à sua deterioração. Não devemos, portanto, surpreender-nos quando as expectativas de inflação relativas a 2011 começarem a subir. Há quem nunca perca a chance de perder uma oportunidade."

Brasil sai bem da crise

Dados do mercado financeiro que devem ser preservados para entender o Brasil.

Mesmo antes do final do mês, maio já aparece como um dos meses com maior entrada de investidores estrangeiros no mercado acionário do Brasil, de acordo com dados até o último dia 21. Esse crescente apetite pelas ações brasileiras levou a Bovespa a atingir ontem o seu maior nível (51.840 pontos) desde 19 de setembro passado, logo após a agudização da crise global, no dia 15 daquele mês.Em 2009, os ganhos acumulados pela Bolsa brasileira chegam a 38%. Para analistas, o comportamento da Bolsa indica que o país pode sair da crise maior do que entrou."O Brasil se destaca porque, se existe um sentimento de que o pior já passou, também há a impressão de que o pior passou longe do país", afirma Alan Gandelman, diretor-presidente da filial local da corretora britânica Icap."A Bovespa alcançou o patamar máximo de 73 mil pontos em maio de 2008 por causa da percepção de que a economia brasileira havia mudado. E agora se chegou à conclusão de que as transformações sofridas de fato ajudaram o país a atravessar as turbulências com menos sobressaltos. As estratégias adotadas pelo governo e pelo Banco Central mostraram-se muito acertadas", segundo Gandelman.Quando a crise internacional se complicou, os grandes investidores internacionais, em pânico, correram para tirar seu dinheiro de aplicações mundo afora para cobrir as perdas sofridas nos EUA e na Europa e comprar títulos do Tesouro americano, considerados como um porto seguro na crise. A Bovespa, que havia atingido seu pico em maio, caiu a 29,4 mil pontos em 27 de outubro.Passado o nervosismo exacerbado, os investidores voltam a procurar opções mais rentáveis, e o Brasil se destaca, com um dos juros reais mais altos do mundo e moeda em alta.O saldo de aplicação de estrangeiros (diferença entre compra e venda de ações) na Bovespa estava positivo em R$ 4,221 bilhões até o dia 21 de maio. Se o mês acabasse ali, seria, apesar da crise global, o segundo maior saldo da série histórica da Bovespa, que começa em abril de 1993.As Bolsas e as moedas dos países emergentes são as que mais têm se valorizado com a melhora de humor dos mercados internacionais.A política de juros baixos adotada pelos países ricos para tentar combater os efeitos da crise estimula o investidor a pegar dinheiro emprestado nesses mercados para aplicar em países emergentes.Grandes produtores de commodities, como o Brasil e a Austrália, e empresas do setor se beneficiam ainda das políticas de estímulo econômico da China, grande consumidor desses produtos básicos.

Construção civil: aumento do emprego

O emprego formal na construção civil cresceu 0,85% em abril em relação a março, de acordo com levantamento do SindusCon-SP e da FGV Projetos feito em todo o país. Com a abertura de 18.028 vagas no mês passado, o setor passou a empregar 2.139.718 pessoas.O resultado praticamente repete a expansão de 0,87% no emprego do setor em março. Nos quatro primeiros meses do ano, a construção civil já abriu quase 55 mil vagas.Apesar do saldo positivo, o número não repõe a perda de cerca de 110 mil postos de trabalho nos dois últimos meses do ano passado.Segundo o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, a expansão do emprego na construção civil neste ano ainda reflete contratos assinados antes de a crise se agravar no Brasil.O setor está preocupado com a atividade no segundo semestre, já que houve uma redução no volume de lançamentos a partir do final de 2008 que deve se refletir no período.

Olhe para o copo cheio, não para o vazio!!!

Apesar de a Vale ter reduzido seu plano de investimento de US$ 14,2 bilhões para US$ 9 bilhões, ele ainda será o maior do mundo no setor de mineração. Os cálculos da Vale são que a crise tenha feito os investimentos em mineração no mundo caírem de US$ 110 bilhões para US$ 60 bilhões. A Vale responde hoje por 15% desse total, e antes, por apenas 9%."Apesar da revisão, nós mantemos o maior plano de investimento mineral do mundo", diz Eduardo Bartolomeu, diretor-executivo de logística e de implantação de novos projetos da Vale. "As pessoas têm que olhar para o copo cheio também, e não só para o copo vazio." No Brasil, o plano de investimentos da Vale perde apenas para o da Petrobras.

Tevês Públicas - e as privadas?

veja na matéria da maior autoridade sobre telecomunicações no país na área de reportagem, Elvira Lobato, as contradiçõers do setor num encontro das tevês públicas.

Um fato interessante é que a maioria admite que o modelo criado por Lula para o setor é o melhor.

"As TVs educativas reconheceram, ontem, no 2º Fórum Nacional de TVs Públicas, que estão em situação ilegal, por veicularem propaganda comercial. A propaganda é proibida pelo decreto-lei 236/67, que continua em vigor.As emissoras propõem trocar a propaganda por patrocínios culturais e recursos públicos."Estamos na ilegalidade cínica e consciente", afirmou Jorge da Cunha Lima, presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura, que se comprometeu com o governo estadual a eliminar a propaganda comercial -que hoje representa 20% de seu orçamento- no prazo de dois anos."A publicidade é incompatível com a linguagem de uma televisão pública independente", disse o presidente da ABCCom (Associação Brasileira dos Canais Comunitários), Edivaldo Farias, ao anunciar a posição das organizadoras do fórum.Uma alternativa a ser apresentada é que TVs educativas, canais comunitários, legislativos e universitários tenham acesso ao Fundo de Fomento da Radiodifusão Pública, aprovado na criação da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), do governo federal.A EBC tem, por lei, 75% dos recursos do fundo, que é formado com 10% da taxa de arrecadação para fiscalização das telecomunicações cobrada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).O setor recolhe cerca de R$ 2,2 bilhões por ano para o Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) e vai repassar cerca de R$ 220 milhões para o fomento da radiodifusão.As TVs que se autodenominam emissoras do campo público querem uma fatia desse bolo para ajudar a financiar sua migração para a tecnologia digital. Há um movimento para que o governo destine mais recursos do Fistel à radiodifusão pública.O Fistel foi criado para custear a fiscalização do setor de telecomunicações, mas a Anatel recebe só R$ 300 milhões do arrecadado. O grosso vai para o Tesouro Nacional.O 2º Fórum Nacional de TVs Públicas termina amanhã, com a divulgação da "Carta de Brasília", com os pontos de consenso. A carta defenderá que as emissoras se tornem editorialmente independentes de mercados e de governos, o que exige nova regulamentação.As TVs gostariam de ter legislação igual à da TV Brasil, que tem fonte definida de recursos e conselho com maioria de representantes da sociedade civil que aprova a programação.Nos debates, ontem, houve consenso de que o decreto-lei 236/67, no regime militar, precisa ser enterrado. O Ministério das Comunicações considera que o decreto, mesmo desrespeitado, ainda está em vigor.

O Rei da Privataria Domina o NYT

O melhor colunista de mídia comparativa da FSP Nelson de Sá resume implicitamente a
o perfil de um privativista convicto.

Diz:
A New Yorker perfilou Carlos Slim, o bilionário das privatizações no México que se tornou "o maior credor" do "NYT". Afirma que "ninguém dominou uma economia como ele dominou o México", com 200 grandes empresas, de banco a mineradora.Mas "nacionalismo, humildade e hábitos relativamente modestos" amenizam a imagem de "oligarca". Sobre o "NYT", diz Slim: "Nós achamos que é o melhor jornal. A melhor marca... Nós acreditamos em conteúdo de mídia. Achamos que o papel vai desaparecer, mas não o conteúdo."

ABSTRACT: PROFILE of Mexican billionaire Carlos Slim. Writer describes how Slim came to lend two hundred and fifty million dollars to the New York Times Company in 2008. In return, the Times awarded him stock-purchase warrants on 15.9 million shares. Slim became the company’s largest creditor and was poised to become one of its largest stockholders. In modern history, no one has dominated a major economy the way Carlos Slim does that of Mexico. Slim and his heirs control more than two hundred companies. His portfolio contains Inbursa, one of Mexico’s most prominent banks, Volaris, an airline; a mining company, a cigarette manufacturer, and much valuable real estate. The foundation of his empire is Telmex, the telecommunications company, which he acquired in 1990, and the cell-phone business, América Móvil, which is now the third-largest company in Latin America. Although Slim has often been described as a merciless predator, he has never been caught in one of the scandals that periodically spill onto the front pages of Mexican newspapers. His nationalism, humility, and relatively modest personal habits stand as a kind of rebuke to the image that Mexicans typically have of their oligarchs. Tells about Slim’s father, Khalil, who emigrated to Mexico from Lebanon and became a successful merchant. Describes Slim’s childhood and his early interest in numbers and money. He invested from a youthful age and abandoned engineering to go into business. Discusses Slim’s visit to the 1964 World’s Fair and its influence on his interest in technology. Writer gives a brief history of the Times’s recent economic difficulties and considers why Slim would be interested in the paper. Also tells about David Geffen’s bid for the Times. Writer chronicles the growth of Slim’s business holdings from the mid-sixties to his acquisition of Telmex. Slim has often used recessions as an opportunity to buy businesses at reduced prices. Writer interviews Randall Stephenson, who worked for Slim in the nineties. “He’s probably the most intelligent businessman I’ve met,” Stephenson says. Discusses how Slim challenged the established ideas on pricing wireless service and spun off América Móvil, one of the most profitable telecom companies in the world. Tells about the Mexican government’s efforts to reform the telecom sector and allow for greater competition and its attempt to broker a deal with Slim that would allow him access to the television market. Mentions Slim’s acquisition of substantial amounts of Saks Fifth Avenue stock. Discusses criticism of Slim by the writer Denise Dresser, who believes that Slim is emblematic of crony capitalism in Mexico. Mentions Slim’s charitable activities and his comments on the Bush and Obama plans to rescue the faltering U.S. economy.

Golden State, não República das Bananas

Olha só a expressão do prêmio Nobel de Economia Paul Krugman. sobre a crise fiscal que levou a Califórnia à "ingovernabilidade", por uma lei que "estabeleceu teto e tornou extremamente difícil elevar impostos".

O extremismo republicano transformou o "Golden State" em "república de bananas".

No Brasil se diuscute muito sobre oo impostômetro, a elite critica, mas sempre mamou nas tetas do governo; e quem paga mais impostos é a maioria da população e não a minoria - muito menos os banqueiros!

O artigo de Krugman serve para pensar sobre o assunto e sobre o desespero político dos conservadores demotucanos e sua pretensa dominação sobre a grande economia brasileira - São Paulo, por exemplo,, que tem o grande demolidor do futuro, José Serra.

"A Califórnia, como há muito dizem, é onde o futuro acontece primeiro. Mas isso ainda é verdade? Se for, que Deus ajude a América.A recessão atingiu duramente o "Estado Dourado". A bolha imobiliária foi maior lá do que na maioria dos outros lugares, assim como seu estouro. A taxa de desemprego na Califórnia, em 11%, é a quinta maior do país. E a receita do Estado está sofrendo de acordo.O que é realmente alarmante à respeito da Califórnia, entretanto, é a incapacidade do sistema político de se erguer à altura da ocasião.Apesar da recessão, apesar das políticas irresponsáveis que dobraram o fardo da dívida do Estado desde que Arnold Schwarzenegger se tornou governador, a Califórnia tem recursos humanos e financeiros imensos. Ela não deveria estar em crise fiscal; ela não deveria estar à beira de cortar serviços públicos essenciais e negar atendimento de saúde a quase um milhão de crianças. Mas está - e é preciso se perguntar se a paralisia política da Califórnia prenuncia o futuro do país como um todo.As sementes da atual crise da Califórnia foram plantadas há mais de 30 anos, quando os eleitores aprovaram por grande maioria a Proposta 13, uma medida que colocava o orçamento do Estado em uma camisa de força. Foi estabelecido um teto à alíquota do imposto sobre propriedade e os donos de imóveis foram protegidos de aumentos em seus impostos mesmo com a valorização de suas propriedades.O resultado foi um sistema tributário tanto injusto quanto instável. É injusto porque proprietários mais antigos de imóveis frequentemente pagam bem menos do que seus vizinhos mais jovens. É instável porque a limitação do imposto forçou a Califórnia a depender muito mais do que outros Estados do imposto de renda, que cai muito durante as recessões.Ainda mais importante, entretanto, a Proposta 13 tornou extremamente difícil aumentar os impostos, mesmo em emergências. Nenhum imposto estadual pode ser aumentado sem uma maioria de dois terços em ambas as casas do Legislativo estadual. E esta lei interagiu desastrosamente com as tendências políticas do Estado.Pois a Califórnia, onde os republicanos iniciaram sua transformação de o partido de Eisenhower para o partido de Reagan, também é o local onde eles iniciaram sua próxima transformação, no partido de Rush Limbaugh. À medida que a maré política se volta contra os republicanos da Califórnia, os membros remanescentes do partido se tornaram ainda mais extremistas, cada vez menos interessados em de fato governar.E apesar do crescente extremismo do partido aparentemente condená-lo ao permanente status minoritário - Schwarzenegger foi e é sui generis- o refugo republicano mantém cadeiras suficientes no Legislativo para bloquear qualquer ação responsável diante da crise fiscal.O mesmo acontecerá ao país como um todo?Na semana passada, Bill Gross, da Pimco, o fundo gigante de títulos, alertou que o governo americano pode perder sua classificação de dívida AAA em poucos anos, graças aos trilhões gastos no resgate à economia e aos bancos. Esta é uma possibilidade real?Bem, em um mundo racional o alerta de Gross não faria nenhum sentido. Os déficits projetados dos Estados Unidos podem soar grandes, mas bastaria um modesto aumento de impostos para cobrir o aumento esperado no pagamento de juros -e no momento os impostos americanos estão bem abaixo dos da maioria dos outros países ricos. As consequências fiscais da atual crise, em outras palavras, devem ser administráveis.Mas isso presume que conseguiremos, politicamente, agir de forma responsável. O exemplo da Califórnia mostra que isto está de longe de ser garantido. E os problemas políticos que atormentam a Califórnia há anos agora estão cada vez mais aparentes na esfera nacional.Para ser direto: eventos recentes sugerem que o Partido Republicano está enlouquecendo pela falta de poder. Os poucos moderados restantes foram derrotados, fugiram ou estão sendo expulsos. O que restou é um partido cujo comitê nacional acabou de aprovar uma resolução declarando solenemente que os democratas estão "dedicados a reestruturar a sociedade americana segundo ideais socialistas" e divulgou um vídeo comparando a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a Pussy Galore.E esse partido ainda conta com 40 senadores.Logo, os Estados Unidos seguirão a Califórnia até a ingovernabilidade? Bem, a Califórnia tem algumas fraquezas especiais que não são compartilhadas pelo governo federal. Em particular, os aumentos de impostos federais não exigem uma maioria de dois terços e podem, em alguns casos, contornar uma obstrução. Assim, agir de forma responsável deve ser mais fácil em Washington do que em Sacramento. Mas o precedente da Califórnia ainda me preocupa. Quem imaginaria que o maior Estado americano, um Estado cuja economia é maior do que a de todos exceto alguns poucos países, poderia tão facilmente se transformar em uma república de bananas?Por outro lado, os problemas que atormentam a política da Califórnia também se aplicam à esfera nacional."

Lula é diferente porque tem coragem em suas convicções, diz cientista chinês

He has defied conventions and many a popular theory. For example, he won the presidential election in October 2002 in his fourth attempt, rubbishing the "either you win at the third attempt, or you quit" theory. He is the first Brazilian president who comes from the working class.
A landslide victory in October 2006 saw him retain his office, and his effective governance made the Newsweek declare him the 18th most influential and powerful person in the world. In the list of 50 people, he scored over Warren Buffet, Bill Gates, Dominique Strauss-Kahn and Steve Jobbs. The Newsweek said Lula had built Brazil into one of the most economically stable emerging markets. And at the G20 Summit in London in April, Barack Obama called him one of the most popular politicians in the world.
In December 2008, an opinion poll by Datafolha, a trusted Brazilian poll agency, showed 70 percent of the people rated Lula's policies as "very good" or "good". That made him the president with the highest approval rating in Brazil's history.
On the political front, despite being a former radical leftist, Lula unified about 10 parties - from the left as well as the right - after being re-elected to form the largest ruling coalition in Brazil's history. His coalition strategy has focused on maintaining administrative stability and consistency in policies.
Brazil's economy has grown at an annual average of 4 percent in the last six years, 1 percent higher than that of his predecessor Fernando Cardoso's eight-year rule. The growth rate in 2004 was 5.7 percent, the highest since 1994.
Lula's policies have facilitated the fast and stable economic boom that has helped Brazil resume its position among the 10 largest economies in the world. The country's per capita GDP was $2,800 when he assumed power in 2002, but by last year it had crossed $7,000.
His tenure has seen an improvement in all macro-economic indices of the country. Inflation has been curbed, foreign debts are at a historic low, foreign direct investment has surged, and foreign exchange reserves have jumped from $37 billion in 2002 to a staggering $200 billion last year.
In the first half of 2008, credit rating institutes such as Standard & Poor's, DBRS and Fitch raised Brazil's rating to "investment grade" because its macro-economic situation had "improved fundamentally", and it had fairly optimistic medium-term prospects of economic growth.
Lula has achieved a lot on the social front, too. During his campaign in 2002, he made "helping the poor have three meals a day" his biggest mission. Since assuming office, his administration has implemented a series of social projects, topped by "Fome Zero" (Zero Hunger) and "Bolsa Familia" (Family Stipend), which have achieved brilliant results.
The income of the poor has grown by 22 percent in the past five years compared with 4.9 percent growth for the rich. The 1991-2001 decade saw 3.2 million jobs being created, but during Lula's first four years alone, the country offered 4.65 million new jobs. The minimum wage has surged from 200 real a month in 2003 to 465 real earlier this year, and the income gaps between men and women and among different ethnic groups have narrowed.
The country's demography has changed, too, with the proportion of the middle class increasing from 42 percent in 2005 to 52 percent now. The number of the poor shrunk by 27.7 percent during Lula's first tenure, more than what Cardoso could achieve during his two tenures.
Lula has tried to extend the "Fome Zero" project to other countries, too, making him a leader in the global anti-poverty movement.
He has used "presidential diplomacy", "trade diplomacy", "cultural diplomacy", "generous diplomacy" and "ethanol diplomacy" to improve Brazil's foreign relations. He has presided over the diversification of foreign trade, bolstered the country's independent economic development, raised the level of Brazil's leadership in Latin America, and promoted the regional integration of the continent.
By actively participating in UN reforms, the Doha round of WTO talks and other global forums, Brazil has strengthened its position on the global stage. Driven by his active diplomatic strategy, the country has enhanced its influence in the international community.
Lula was lucky to inherit the basic framework of many policies from his predecessor Cardoso. But he has succeeded in his efforts because he always tries to reach his goals and honor the promises he made during his election campaigns.
His political and financial farsightedness have helped Brazil weather the global financial crisis without much harm. In fact, the Organization of Economic Cooperation and Development has described Brazil as a "model country for economic stability".
As a Brazilian has said, Lula "is the representative of the poor, and a president who cares for the people. His achievements (till now) are enough to make him one of the greatest presidents in Brazil's history. The Brazilian people will remember him forever."

The author is a researcher with the Institute of Latin American Studies, the Chinese Academy of Social Sciences.

veja a tradução do google! (Deus existe!)
Coragem de condenação torna-o tão diferente Ele desafiou convenções e muitos teoria popular. Por exemplo, ele ganhou a eleição presidencial em outubro de 2002 na sua quarta tentativa, o rubbishing "você quer ganhar a terceira tentativa, ou você fecha" teoria. Ele é o primeiro presidente brasileiro, que vem da classe trabalhadora. Uma vitória em Outubro de 2006 viu-lhe manter seu escritório, e sua governação eficaz Newsweek fez a declarar-lhe a 18a pessoa mais influente e poderoso do mundo. Na lista de 50 pessoas, ele marcou mais de Warren Buffet, Bill Gates, Dominique Strauss-Kahn e Steve Jobbs. A Newsweek disse Lula Brasil havia construído em um dos mais economicamente estáveis mercados emergentes. E na Cimeira do G20, em Londres, em abril, Barack Obama chamou-o um dos mais populares políticos em todo o mundo. Em Dezembro de 2008, uma sondagem pelo Datafolha, um confiável brasileiro sondagem agência, mostrou 70 por cento das pessoas Populares Lula políticas como "muito boa" ou "bom". Isso fez dele o presidente com maior aprovação na história do Brasil. Na frente política, apesar de ser um ex-esquerdista radical, Lula unificado de cerca de 10 partidos - a partir da esquerda, bem como à direita - depois de ter sido reeleito para formar a maior coligação da história no Brasil. Sua coligação estratégia concentrou-se em manter a estabilidade administrativa e coerência nas políticas. A economia brasileira tem crescido a uma média anual de 4 por cento nos últimos seis anos, 1 por cento mais elevados do que a de seu antecessor Fernando Cardoso de oito anos de regra. A taxa de crescimento em 2004 foi de 5,7 por cento, a mais elevada desde 1994. Lula políticas têm facilitado o desenvolvimento económico rápido e estável que o Brasil tem contribuído para retomar a sua posição entre as 10 maiores economias do mundo. O PIB per capita do país foi de US $ 2.800, quando ele assumiu o poder em 2002, mas até o ano passado que tinha atravessado $ 7.000. Seu mandato tem observado uma melhoria em todos os índices macro-económico do país. A inflação foi controlada, dívida externa encontram-se em uma baixa histórica, o investimento directo estrangeiro tem subiram, e as reservas cambiais têm saltou de US $ 37 bilhões em 2002 para um escalonamento $ 200 bilhões no ano passado. No primeiro semestre de 2008, tais como institutos de notação Standard & Poor's, Fitch e DBRS levantadas rating do Brasil para "investment grade", pois a sua situação macro-económica tinha "melhorou substancialmente", e tinha bastante optimista perspectivas de médio prazo da economia crescimento. Lula tem conseguido um lote no domínio social, também. Durante a sua campanha em 2002, ele fez "ajudar os pobres têm três refeições por dia" a sua maior missão. Desde assumindo escritório, seu governo tem vindo a implementar uma série de projetos sociais, encimado por "Fome Zero" (Fome Zero) e "Bolsa Família" (bolsa família), que têm alcançado resultados brilhantes. A renda dos mais pobres cresceu 22 por cento nos últimos cinco anos, em comparação com 4,9 por cento do crescimento para os ricos. A década 1991-2001 viu 3,2 milhões de empregos a serem criados, mas durante o primeiro governo Lula quatro anos apenas, o país ofereceu 4,65 milhões de novos empregos. O salário mínimo já subiu de 200 reais por mês em 2003 para 465 reais, no início deste ano, as receitas e as lacunas entre homens e mulheres e entre diferentes grupos étnicos têm diminuído. A demografia do país mudou, também, com a proporção da classe média cada vez maior de 42 por cento em 2005 para 52 por cento agora. O número de pobres diminuiu de 27,7 por cento durante o primeiro mandato do Lula, mais do que aquilo que poderia alcançar Cardoso durante seus dois tenures. Lula tem tentado alargar o "Fome Zero" projecto a outros países, também, fazendo dele um líder no movimento mundial anti-pobreza. Ele usou "diplomacia presidencial", "diplomacia comercial", "diplomacia cultural", "generoso diplomacia" e "etanol diplomacia" para melhorar as relações externas do Brasil. Ele presidiu a diversificação do comércio externo, reforçou o país independente do desenvolvimento económico, elevou o nível de liderança do Brasil na América Latina, e promovida a integração regional do continente. Ao participar activamente nas reformas da ONU, a ronda de Doha de negociações da OMC e de outros fóruns mundiais, o Brasil tem reforçado a sua posição na cena mundial. Impulsionada por sua ativa estratégia diplomática, o país tem melhorado a sua influência na comunidade internacional. Lula foi sorte de herdar a estrutura básica de muitas políticas de seu antecessor Cardoso. Mas ele teve sucesso em seus esforços, porque ele sempre tenta alcançar suas metas e honrar as promessas que fez durante suas campanhas eleitorais. Sua política e financeira clarividência Brasil meteorológicas têm ajudado a crise financeira mundial sem grandes danos. De fato, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico Brasil tem descrito como "um país modelo para a estabilidade económica". Como um brasileiro disse, Lula "é o representante dos pobres, e um presidente que cuida do povo. Suas realizações (até agora) são suficientes para fazer dele um dos maiores presidentes da história do Brasil. O povo brasileiro vai se lembrar dele para sempre. "

O autor é um investigador do Instituto de Estudos Latino-Americanos, a Academia Chinesa de Ciências Sociais.