quinta-feira, 28 de maio de 2009

A PALAVRA REPROVADA

FALA POR si própria a taxa de reprovação de bacharéis em direito paulistas no exame unificado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): 88%. São Paulo ficou na lanterna, ao lado de Mato Grosso e Amapá. Só em cinco Estados -Sergipe à frente, com 33%- aprovou-se mais de um em cada quatro candidatos.Causa espécie, de todo modo, o mau desempenho de São Paulo. No primeiro ano de adesão da OAB-SP ao exame nacional, frustra-se a expectativa de uma melhora. Quando a seleção no Estado era organizada pela seccional, a última taxa tabulada, a de 2007, registrou 68% de fracassos.Para a OAB-SP, isso está relacionado com a "mercantilização" do ensino de direito -eufemismo para a péssima qualidade das escolas. Nada haveria de errado com a proliferação das faculdades se a grande maioria formasse profissionais aptos.

Faltou dizer que essa é uma herança maldita não só do neonliberalismo demotucano como da nossa própria história político-ecnômica - a do bacharelato das elites latifundiárias que iam estudar em Coimbra ou na França para melhor poder dominar as estruturas burocráticas do país - até alguns inconfidentes o fizeram!

Ruy Barbosa é outro exemplo. A ver.

O vazio da palavra em causa própria.

Ou em causas nem sempre republicanas, éticas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário