quarta-feira, 24 de junho de 2009

PARA ONDE VAI O NOSSO DINHEIRO?

Enquanto a grande mídia está preocupada com a corrupção no varejo, jamais aborda a questão crucial das taxas de juros no país, que beneficia só os rentistas de sempre.

O Brasil tem os maiores juros do mundo, que os beneficia.

Veja os números das dívidas e tire a sua conclusão:

Custo da dívida pública tem recuo em maio
Resultado no mês ocorreu devido à queda da inflação e dos juros e à desvalorização do dólar ante o real

A melhora dos indicadores de inflação, câmbio e juros levou à redução dos custos da dívida pública federal em maio. Os juros médios pagos no mês passado foram de 14,36% ao ano -em abril, haviam sido de 15,13% ao ano.
A redução de 0,77 ponto do custo médio da dívida ocorreu principalmente porque o dólar se desvalorizou em 9,4% em relação ao real. Embora a dívida indexada ao câmbio seja pequena, a variação fez diferença no juros pagos pelo Tesouro Federal. A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e os juros básicos (Selic) também caíram no mês passado.
"A redução da taxa básica de juros obviamente teve impacto no custo menor da dívida pública. Mas os vários indicadores que compõem os títulos públicos também tiveram melhora", afirmou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Guilherme Pedras.
Segundo Pedras, os juros que serão pagos no futuro pelos títulos emitidos no mês passado também caíram, cerca de 0,5 ponto. Ele crê que essa redução foi possível graças à perspectiva de redução da Selic e de melhora da economia brasileira.
A rentabilidade de cada título vendido pelo Tesouro Nacional é composto por um indicador (Selic, inflação ou câmbio), mais uma taxa de juros. No caso dos prefixados, o rendimento é definido no momento da emissão, por isso independe da variação dos indexadores.
No mês passado, a dívida pública federal somou R$ 1,388 trilhão -R$ 4 bilhões a menos que em abril, uma diferença de 0,31%. Apesar do aumento da dívida em maio, o valor é menor se comparado com o nível do final do ano passado, de R$ 1,397 trilhão.
A dívida externa caiu, beneficiada pela valorização do real em comparação com o dólar. Como essa dívida aparece nas estatísticas em reais, sempre que a moeda nacional se valoriza, o estoque de dívida externa cai. Em maio, a redução foi de 6,70% em comparação com abril, para R$ 114 bilhões.
A dívida interna aumentou 1% no mês passado em comparação com abril, para R$ 1,274 trilhão, por causa da despesa com juros de R$ 10,03 bilhões e da emissão de novos papéis em valor R$ 2,45 bilhões maior do que os resgates.
Mesmo com a redução da Selic, em maio aumentou a participação dos títulos indexados à taxa básica de juros para 39,24% do total da dívida interna. No mês anterior, esses papéis representavam 37,06% do total da dívida.
A participação dos títulos prefixados passou de 28,51% para 29,83%. Os títulos que perderam espaço na composição da dívida total foram os indexados à inflação, de 30,59% para 28,44%.

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