segunda-feira, 22 de junho de 2009

A privatização da ética ou o jogo das chantagens privadas

O neonliberalismo pretende minimiar sempre o Estado e liberar e privatizar todo o resto, inclusive a ética.

Veja a decisão do ministro Gilmar Mendes, que acaba com a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Isso é o de menos.
O demais é que ele privatiza a ética não para toda a sociedade, ]mas para um grupo de privilegiados donos do poder e dos meios de comunicação.

"tal atividade prescinde de controle ético
por um órgão público, o que acaba sendo
realizado pelos próprios leitores das matérias
jornalísticas e ainda por editores e outros
responsáveis pelas empresas jornalísticas.
(...) De fato, a regulamentação de atividades
profissionais decorre do poder de polícia do
Estado, mostrando-se irrazoável no caso da
profissão de jornalista, pois o jornalismo
constitui uma atividade intelectual,
desprovida de especificidade que exija diploma
para seu exercício” (fl. 1658). Conclui então
o MPF que “os requisitos principais para ser
um bom jornalista, quais sejam, bom caráter,
ética e o conhecimento sobre o assunto
abordado, não são matérias a serem aprendidas
na faculdade, mas no cotidiano de cada
indivíduo, nas suas relações intersubjetivas,
de forma que o exercício da profissão em
comento prescinde de formação acadêmica
específica” (fl. 1663)."

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