INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
É possível ver "O Homem do Prego" como uma espécie de "A Lista de Schindler" de cabeça para baixo.
Claro, o filme de Sidney Lumet é bem característico dos anos 1960, quando o cinema se concebia não só como arte adulta, mas como a que resumia todas as artes.
Existe a história de um homem que sobrevive aos campos de extermínio, mas para quem viver não é um privilégio, é uma pena. Existe o lado do teatro: a magnífica interpretação de Rod Steiger. E, ainda, a fotografia de Boris Kaufman, sufocante.
Enquanto "A Lista de Schindler" vende otimismo, Lumet não vê motivos para isso. Mas aborda o Holocausto sem sair de uma loja de penhores. Aí está sua grandeza.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário