Parte do desenvolvimento econômico brasileiro nos últimos anos se deve à inclusão das famílias de baixa renda às instituições bancárias, que aumentou signifitivamente entre 2003 e 2010. Segundo balanço de Gilson Bittencourt, secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, o número de pessoas físicas com vínculo a um banco ou cooperativa de crédito passou de 70 milhões para 115 milhões, uma ampliação de 40% para 59% da população com ligação a alguma instituição do Sistema Financeiro Nacional.
“O resultado dessa política ajuda a explicar parte do próprio desenvolvimento econômico do país”, afirmou Bittencourt ao Blog do Planalto, lembrando que, no período da crise financeira mundial, no último trimestre de 2008, a concessão de crédito, seja pessoal ou industrial, teve importância no enfrentamento deste momento crítico. “As políticas de baixa renda contribuíram para o aumento da massa de consumo. Isso pode ser constatado nos 10 milhões de operações de crédito realizadas no País.”
Atualmente existem no Brasil 6,5 milhões de contas correntes simplificadas, a grande maioria em bancos públicos federais. Essas contas foram criadas para a população de baixa renda, cuja vantagem é a ausência de cobrança de tarifas e comprovação de rendimento por parte do correntista. Boa parte dessas contas são de beneficiários do Bolsa Família (2,85 milhões deles) na Caixa Econômica Federal (CEF). Do total dos beneficiários do programa, 580 mil tiveram acesso a microcréditos produtivos por meio dos programas AgroAmigo/Pronaf e Crediamigo, do Banco do Nordeste. Os beneficiários têm também acesso a cursos sobre educação financeira.
A inclusão de famílias de baixa renda ao sistema financeiro provocou o aumento dos pontos de atendimento bancário e correspondentes bancários (ex.: lotéricas) – de 70 mil pontos em 2002 para mais de 180 mil em 2010. De acordo com Bittencourt, os correspondentes bancários já são os principais meios utilizados pela população para efetuar as transações de pagamento de contas, tributos e para transferência de crédito.
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