quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Como a Folha tratou o relatório da CGU

blog do
luisnassif, qui, 30/09/2010 - 16:46

O relatório da CGU (Controladoria Geral da União) não conseguiu confirmar nenhuma das acusações contra Erenice Guerra, veiculada pela velha mídia nas últimas semanas.

Em apenas um ítem sinalizou indícios de irregularidade: o contrato do Ministério das Cidades com a FUB (Fundação Universidade de Brasília). Erenice não tem nenhuma participação no contrato. As denúncias a envolveram pelo fato de um irmão ser assessor da Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, e contratado
pela Editora UnB em períodos próximos. Apenas isso.

Aqui, o trecho do relatório que trata da questão:

Ministério das Cidades e FUB

Já na análise dos processos relativos à contratação da Fundação Universidade de Brasília (FUB) pelo Ministério das Cidades (MCid), para a elaboração de planos diretores integrados de mobilidade urbana em áreas metropolitanas, a auditoria da CGU, embora ainda não esteja concluída, encontrou indícios de irregularidades relacionadas, sobretudo, à escolha da instituição para a realização dos serviços e ao pagamento de R$ 2,1 milhões por produto que aparentemente não atendeu à demanda estabelecida pelo MCid. Em vista disso, a CGU está notificando o MCid, para que se manifeste e esclareça se tomou as providências cabíveis. Depois disso, será concluído o relatório.

Quanto ao possível envolvimento de José Euricélio Alves de Carvalho nesses fatos, o que se tem até o momento é constatação de que ele foi assessor na Secretaria Nacional de Transportes e Mobilidade Urbana (Semob) do Ministério das Cidades, e contratado pela Editora UnB, em períodos próximos e seguidos, na época dos fatos.

Aqui, a manchete da Folha Poder Online


CGU conclui auditoria de contratos ligados a Erenice e aponta irregularidades de R$ 2 mi
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FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A CGU (Controladoria-Geral da União) finalizou nesta quinta-feira quatro das nove auditorias sobre os contratos citados nos casos de tráfico de influência que envolveram familiares da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Segundo a auditoria do governo, a atuação do irmão de Erenice na Universidade de Brasília tem indícios de irregularidade em contratos de R$ 2 milhões. Conforme a Folha mostrou, José Euricélio era coordenador-executivo de projetos na editora da UnB que, segundo o próprio governo e a UnB, não houve comprovação de que o serviço foi feito
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A análise dos contratos que passaram por José Euricélio, contudo, ainda não foi concluída. "A auditoria da CGU, embora ainda não esteja concluída, encontrou indícios de irregularidades relacionadas, sobretudo, à escolha da instituição para a realização dos serviços e ao pagamento de R$ 2,1 milhões por produto que aparentemente não atendeu à demanda estabelecida pelo Ministério das Cidades".

A auditoria diz ainda que Euricélio trabalhava, "em períodos próximos e seguidos", tanto no Ministério das Cidades e na editora da UnB. O ministério teve 15 dias para apresentar justificativas antes de a CGU concluir a análise.

Outro ponto analisado pela CGU foi relacionado aos pedidos de financiamento da empresa de energia solar EDRB junto ao BNDES. Como a Folha mostrou, o representante da EDRB, Rubnei Quícoli, afirma que o negócio não foi viabilizado porque não pagou a "taxa de sucesso" nem R$ 5 milhões, que disse ter sido cobrado pelo ex-diretor dos Correios Marco Antonio de Oliveira, para quitar supostas dívidas de campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT).

Segundo a CGU, o financiamento do BNDES foi rejeitado por questões técnicas. "Após analisar a documentação disponibilizada, a CGU concluiu que o pleito de financiamento teve o tratamento técnico previsto nas normas internas do BNDES e que o mesmo não foi aprovado por não atender aos requisitos exigidos pelos normativos internos", diz o texto.

O governo federal analisou ainda o processo de compra do remédio Tamiflu, usado para combater a gripe suína. Segundo a revista "Veja", o ex-assessor da Casa Civil, Vinícius Castro, recebeu R$ 200 mil de propina no caso.

"Sem possibilidade de disputa entre fornecedores, com preços previamente estabelecidos e internacionalmente divulgados pelo único laboratório fabricante, não se vislumbrou qualquer oportunidade para a alegada cobrança de propina", diz a CGU.

Segundo a CGU, também não foram encontradas irregularidades na contratação de escritório de advocacia ligado ao irmão de Erenice e na aplicação de multas de uma empresa de mineração do marido da ex-ministra
eu:é assim que funciona: a denúncia falsa continua na cronologia dos dados e jamais são retirados, apesar das informações que os desmentem...

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