quinta-feira, 31 de março de 2011

economia - china - Em visita, Dilma levará à China moda, tecnologia e alimentos

Pão de queijo e vinho nacional serão servidos em jantar no país

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

De olho na manutenção do saldo comercial positivo com a China, o governo estabeleceu cinco áreas consideradas estratégicas para selecionar a comitiva de cerca de 300 empresários que acompanhará a presidente Dilma Rousseff na sua primeira viagem ao país, em abril.
Além de setores estratégicos, como energia e infraestrutura, foram incluídos moda, indústria alimentícia e tecnologia.
A indústria alimentícia aproveitará o almoço que será servido para cerca de 800 empresários no país para divulgar seus produtos. Vinho, carne e pão de queijo nacionais estão previstos no menu do encontro.
"Vamos montar uma mostra, porque não adianta falar que temos capacidade de exportação e não mostrar", afirmou o embaixador Norton Rapesta, diretor do departamento de promoção comercial do Itamaraty.
Um dos principais objetivos da viagem é combinar o aumento das vendas brasileiras para a China com uma maior variedade de produtos, sobretudo os que têm mais inovação tecnológica.
Hoje, a pauta de exportação do Brasil para a China está tomada por produtos básicos, como minério de ferro, soja e petróleo.
"O desafio dos nossos empresários será identificar quais são os produtos de mais alto valor agregado que podemos exportar para a China", afirmou a embaixadora Maria Edileuza Reis, uma das responsáveis pela organização da viagem. "Não é um mercado muito fácil, mas há possibilidades."
Nos últimos anos, o Brasil conseguir reverter sua relação comercial com os chineses. Além de torná-los o maior parceiro comercial, passou a vender mais do que comprar da China.
No passado, as importações somaram US$ 25,6 bilhões, um crescimento de mais de 60%. As exportações do Brasil alcançaram US$ 30,8 bilhões, alta de 46,6%. O Brasil luta para manter essa relação equilibrada, evitando a volta de saldos comerciais negativos.
Outro ponto de interesse do Brasil é ampliar os investimentos chineses em novos setores. De acordo com levantamento do Conselho Empresarial Brasil-China, cerca de 90% dos US$ 29 bilhões em investimentos anunciados pela China no Brasil, no ano passado, foram nos setores de energia, mineração e siderurgia.
Desses total, US$ 8,6 bilhões ainda estão em negociação. A maior parte dos recursos que ingressou efetivamente no país veio por meio de fusões ou compras parciais de empresas.

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