sexta-feira, 29 de abril de 2011

ibge - censo 2010 - Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica

No Brasil, quase 14 milhões com 15 anos de idade ou mais não sabem ler nem escrever
Rafael Targino
Do UOL Educação
Em São Paulo Comentários [8]
O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
O país ainda tem 9,6% da população com 15 ou mais anos analfabeta. A revelação está no Censo 2010, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar da queda de quatro pontos percentuais –no Censo de 2000, o índice era de 13,6%– quase 14 milhões de brasileiros (13.940.729) ainda não sabem ler nem escrever.

A maioria dos analfabetos do país está no Nordeste. Sozinho, ele concentra 53,3% (7,43 milhões) do total de brasileiros que não sabem nem ler nem escrever. Esse percentual é maior do que em 2000, quando era de 51,4%.

Quando são considerados apenas os habitantes da região, o índice de analfabetismo é de 19,1%. O Nordeste também tem o Estado na pior situação: 24,3% dos habitantes de Alagoas (537 mil em 2,21 milhões) são analfabetos. Em 2000, eram 33,4%.

A região Centro-Oeste, no entanto, continua com o menor total de analfabetos dentre todos os habitantes do país –5,5%, apesar do aumento de 0,1 ponto percentual em relação a 2000. A região com menos analfabetos entre a própria população é a Sul, com 5,1% (índice que era de 7,7% há dez anos). O Distrito Federal continua como a unidade da federação com a menor taxa: 3,5% em 2010, 5,7% em 2010.

Os dados de analfabetismo ainda são preliminares. Segundo o IBGE, eles são números puros e podem sofrer alterações.

Taxas de analfabetismo
2000 2010
Brasil 13,6% 9,6%
Norte 16,3% 11,2%
Nordeste 26,2% 19,1%
Centro-Oeste 10,8% 7,2%
Sul 7,7% 5,1%
Sudeste 8,1% 5,5%
Rural x urbano
As maiores taxas de analfabetismo estão nas zonas rurais. Enquanto a taxa nas regiões urbanas chega a 7,3%, no campo ela chega a 23,2%.

Com exceção de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, todas as outras unidades da federação têm taxa de analfabetismo que supera 10%. Alagoas também ostenta o título de "campeã" nesse quesito: 38,6% da população rural com 15 anos ou mais não sabe ler nem escrever.

Nas áreas urbanas, a maior taxa está também em Alagoas, com 19,58% da população das cidades analfabeta. O Distrito Federal também tem a menor taxa urbana, de 3,26%
29/04/2011 - 10h00
Fabiana Uchinaka
Do UOL Notícias
A população brasileira cresceu, ficou menos branca, um pouco mais masculina e envelheceu. Nos últimos dez anos, houve um aumento vertiginoso do número de moradias, dos consumidores com energia elétrica e das casas com distribuição de água. Evoluímos, embora 730 mil pessoas ainda precisem de acesso a luz e 4 milhões de casas não tenham água tratada. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2010 e foram apresentados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

População brasileira:
190,7 milhõesé o tamanho da população brasileira em 2010
600 milé o número de crianças sem certidão de nascimento
A educação também melhorou, mas não o que era esperado. O nível de analfabetismo do brasileiro passou de 12% em 2000 para 9,6% agora, mas o país não conseguirá cumprir a meta de Dakar, estabelecida dez anos atrás no Fórum Mundial de Educação, que pretendia baixar para 6,5% o percentual de pessoas que não sabem ler ou escrever.

Um dado que chamou a atenção foi o de que menos da metade da população se declarar branca. É a primeira vez que isso acontece no Brasil. Ao todo, 91.051.646 habitantes se dizem brancos, enquanto outros 99.697.545 se declaram pretos, pardos, amarelos ou indígenas. Os brancos ainda são a maioria (47,33%) da população, mas a quantidade de pessoas que se declaram assim caiu em relação a 2000. Em números absolutos, foi também a única raça que diminuiu de tamanho.

Já as mudanças na estrutura etária foram substantivas ao longo dos anos. Segundo o levantamento, de 1990 para cá, por conta da queda da mortalidade e dos níveis de fecundidade, houve um aumento constante no número de idosos e uma diminuição significativa da população com até 25 anos.

O BRASIL EM NÚMEROS

População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Até a década de 1940, predominavam os altos níveis de fecundidade e mortalidade. Dez anos depois, o Brasil viu sua população aumentar quase 35%, com um crescimento de cerca de 3% ao ano, maior aceleração já registrada. Na década de 1960, o nível de fecundidade começou a cair e, desde então, a população vem crescendo mais lentamente.

Na comparação com o censo passado, feito em 2000, a população brasileira cresceu 12,3%, uma média de 1,17% ao ano, a menor taxa da série histórica. Hoje, somos 190.755.799 brasileiros.

O crescimento, porém, não foi uniforme. No Amapá, a população quadruplicou nos últimos 30 anos, enquanto o Rio Grande do Sul, Estado que teve menor crescimento do país, vê sua população praticamente estagnar. Os menores municípios foram os que perderam mais moradores e os maiores foram os que mais ganharam --mais de 60% daqueles com menos de 2.000 habitantes em 2010 apresentaram taxa de crescimento negativa.

Nas zonas urbanas, o Brasil acumulou mais 23 milhões de habitantes, duas vezes a população da cidade de São Paulo, o que desperta temores de um saturamento das estruturas.

São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador continuam sendo os municípios mais populosos. Belo Horizonte, que era o quarto mais populoso em 2000, passou para o sexto lugar, Manaus pulou do nono lugar para sétimo, enquanto Brasília subiu do sexto para quarto posto no ranking. Porto Alegre foi o que teve menor crescimento.

Amapá, Roraima, Acre, Amazonas e Pará, todos na região Norte, foram os que tiveram maior expansão no número de habitantes. Surge um movimento migratório importante, de ocupação de um território historicamente esvaziado, a partir da expansão das indústrias madeireira, pecuária, de mineração e extrativa.

Não por acaso, Norte e Centro-Oeste foram as duas únicas regiões onde as populações rurais aumentaram. Em âmbito nacional, 2 milhões de pessoas deixaram o campo entre 2000 e 2010, mas na última década o êxodo rural caiu pela metade.

E, apesar de ainda ter a menor densidade populacional, o Norte possui a maior média de moradores por domicílio: em média, quatro pessoas por casa. Dos 57,3 milhões domicílios existentes no Brasil, apenas 6,9% ficam na região, contra 44% do Sudeste e 26% do Nordeste. Mesmo assim, houve um aumento de mais de 41% no número de habitações dos Estados do Norte entre 2000 e 2010.

A expansão das moradias é um fenômeno importante que foi revelado pelo último Censo. Houve um aumento de quase 28% nos domicílios na década, mais que o dobro do crescimento da população brasileira no mesmo período.

O Censo 2010 registrou 9% dos domicílios particulares vagos, sendo que as regiões Nordeste (10,8%) e Centro-Oeste (9,1%) apresentam os maiores percentuais.

Top 10 - Curiosidades do aumento populacional nos Estados
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (29) os detalhes do Censo 2010. O levantamento apontou que a população brasileira cresceu de 169.590.693, do Censo 2000, para 190.755.799, variação de 12,48%. O crescimento populacional foi maior na região Norte (23,04%), seguida do Centro-Oeste (21,01%), Nordeste (11,29%), Sudeste (11,15%) e Sul (9,15%).

Veja abaixo os principais destaques nos Estados.

Campeão em crescimento, Amapá vê população quadruplicar em 30 anos
O Amapá foi o Estado brasileiro que registrou o maior crescimento populacional na última década. A população saltou de 557.226 habitantes, em 2000, para 733.559, em 2010, aumento de 40,70%, e praticamente quadruplicou desde 1980, quando o Amapá tinha apenas 180.078 habitantes.
Estado mais populoso, São Paulo ganha 4 milhões de moradores na última década
São Paulo continua reinando absoluto como Estado mais populoso da nação, com 41.262.199, segundo o Censo 2010. O Estado foi o que mais cresceu em números absolutos na última década e viu a população aumentar em 4.292.720 (11,61%).
Roraima cresce 40%, mas ainda é o Estado com menor população do país
O Estado com menor população no país continua sendo Roraima, que tem 450.479 habitantes, de acordo com o Censo 2010. Em contrapartida, em termos relativos, Roraima teve o segundo maior crescimento do país, com a população aumentando em 38,97%.
Rio Grande do Sul tem menor crescimento do país e vê população praticamente estagnar
Na última década, o Rio Grande do Sul teve o menor crescimento entre todos os Estados do país, com aumento populacional de 5,03%. A população ficou praticamente estagnada entre 2000 a 2010 - de 10.181.749 para 10.693.929 habitantes.
Maior Estado nordestino, Bahia registra menor crescimento na região
A Bahia, o maior Estado nordestino tanto em área quanto em população, registrou o menor crescimento populacional da região e o segundo menor de todo o país na última década. Entre 2000 e 2010, o número de habitantes no Estado subiu de 13.066.910 para 14.016.906, crescimento de 7,27%.
Exceção sulista, Santa Catarina cresce o triplo do vizinho Rio Grande do Sul
Impulsionada pelo crescimento de Florianópolis, Santa Catarina teve, na última década, crescimento populacional de 16,80% -- 5.349.580 para 6.248.436 habitantes, aumento mais de três vezes maior do que o registrado no Rio Grande do Sul (5,03%) e quase o dobro do verificado no Paraná (9,27%), segundo o Censo 2010.
População do Distrito Federal praticamente dobra em 20 anos
O Distrito Federal foi a Unidade da Federação que mais cresceu no Centro-Oeste na última década (25,79%), e a população de Brasília e das cidades-satélites chegou a 2.570.160 em 2010, número quase duas vezes maior do registrado em 1990 (1.598.415).
Minas Gerais cresce pouco, mas se aproxima dos 20 milhões de habitantes
Entre todos os Estados da região sudeste, Minas Gerais foi o que menos cresceu em termos populacionais entre o Censo 2000 e o Censo 2010. A população do Estado saltou de 17.866.402 para 19.597.330, crescimento de 9,68%.
População do Maranhão, segundo Estado mais pobre da nação, é a que mais cresce no Nordeste
O Maranhão, que tem o segundo pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, atrás somente de Alagoas, registrou o maior crescimento populacional da região Nordeste na última década (16,51%). Entre 2000 e 2010, o número de habitantes do Estado aumentou de 5.642.960 para 6.574.789. O Maranhão tem a quarta maior população do Nordeste, atrás de Bahia, Pernambuco e Ceará.
Vizinho de gigantes, Espírito Santo é o Estado que mais cresce no Sudeste
Menor Estado da região mais populosa do país, o Espírito Santo viu seu número de habitantes crescer de 3.094.390 para 3.514.952 (13,59%) entre 2000 e 2010. A taxa de crescimento foi superior às registradas no Rio de Janeiro (11,29%), Minas Gerais (9,68%) e São Paulo (11,61%).

Sudeste lidera ranking de mortalidade infantil entre 2009 e 2010, segundo IBGE
Hanrrikson de Andrade
Especial para o UOL Notícias
No Rio de Janeiro Seja o primeiro a comentar
A região Sudeste contabilizou 11.984 mortes de crianças menores de um ano entre agosto de 2009 e julho de 2010, a maior taxa de mortalidade infantil neste período de acordo com os resultados do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Nordeste aparece logo atrás com 11.349 mortes.

O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
A pesquisa aponta que, no geral, quando consideradas pessoas de todas as idades, o IBGE contabilizou neste período pouco mais de um milhão de óbitos, dos quais cerca de 35 mil dizem respeito a crianças menores de um ano.

No Sul, o índice de mortalidade infantil ficou em 4.135. Na divisão quantitativa por regiões, o Centro-Oeste se destaca pelo índice mais baixo de óbitos: 2.711. O Norte contabilizou 4.896.

Considerando apenas os Estados, São Paulo registrou 6.111 óbitos, sendo o local onde mais crianças menores de um ano morreram no período de tempo considerado pela pesquisa. A Bahia ocupa a segunda colocação, com 3.083 mortes.

Com apenas 110 casos, Roraima registrou o menor número de crianças menores de um ano mortas entre agosto de 2009 e julho de 2010

Curiosidades do Censo sobre raça no Brasil
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (29) os dados preliminares do Censo 2010 em relação à raça. Dos 190,75 milhões de habitantes, 91 milhões se declararam brancos. O número de pretos foi de 14,5 milhões, enquanto o de pardos foi de 82,2 milhões. Outras 2 milhões de pessoas se classificaram como amarelas e 817,9 mil se consideram indígenas. Veja abaixo os principais destaques sobre raça:

Bahia tem a maior população preta
A Bahia é o Estado brasileiro com o maior número de pessoas que se declaram preta. Ao todo, 2.397.249 habitantes (17,10% da população) disseram, ao Censo 2010, ser pretos.
Amazonas tem a maior população indígena
Nenhum outro Estado tem mais índios do que o Amazonas. De acordo com os resultados preliminares do Censo 2010, 168.680 moradores (4,84% da população) do Amazonas se classificaram como indígenas.
São Paulo tem as maiores populações branca, parda e amarela
Dono da maior população do país (41.262.199 de habitantes), São Paulo também é o Estado que mais tem brancos (26.371.709), amarelos (558.354) e pardos (12.010.079).
Proporcionalmente, Roraima tem a maior população indígena
Se em números absolutos, o Amazonas é o Estado que mais tem população indígena no país, na proporção, o líder é Roraima. De acordo com os resultados preliminares do Censo 2010, 11,01% da população do Estado (49.637 pessoas) se consideram indígenas.
Proporcionalmente, Pará tem a maior população parda
O Pará é o Estado que, proporcionalmente, tem mais pessoas que se consideram pardas (69,51%) no Brasil.
Proporcionalmente, Santa Catarina tem a maior população branca
Em Santa Catarina, 83,97% da população se considera branca. Proporcionalmente é o Estado com mais pessoas que se classificam como brancas no Brasil.
Número de pretos, pardos, amarelos e indígenas ultrapassa o de brancos
De acordo com os resultados preliminares do Censo 2010, a soma entre pretos, pardos, amarelos e indígenas (99,7 milhões) supera a população branca (91 milhões) no Brasil.
Número de amarelos supera o de indígenas
O número de pessoas que se consideram amarelas (2 milhões) ultrapassa, pela primeira vez, a população indígena (817,9 mil) no Brasil.
População branca foi a única que diminuiu
Os brancos ainda são a maioria (47,33%) da população, mas a quantidade de pessoas que se declaram assim caiu em relação ao Censo 2000, quando foi de 53,74% (91.051.646 habitantes). Em números absolutos, foi também a única raça que diminuiu de tamanho. No Censo 2000, 91.298.042 habitantes se consideravam brancos.
No campo, população parda é maior do que a branca
No meio rural, a população parda ultrapassa a branca. Ao todo, 16.118.409 se declaram pardos, enquanto 10.839.117 se dizem brancos


29/04/2011 - 10h00 Êxodo rural cai pela metade em uma década, diz IBGE
Matheus Lombardi
Do UOL Economia
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O censo demográfico 2010 do IBGE mostrou que o número de pessoas que moram em áreas rurais continua diminuindo no país, porém num ritmo menor do que na década anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29).

De acordo com a pesquisa, a população rural no país perdeu 2 milhões de pessoas entre 2000 e 2010, o que representa metade dos 4 milhões que foram para as cidades na década anterior.


No último censo, a média de habitantes que deixavam a zona rural era de 1,31% a cada ano, enquanto na atual amostra a média caiu para 0,65%.

Para o técnico do IBGE Fernando Albuquerque, o movimento de pessoas que saem da zona rural para as cidades, que teve início na década de 1970, está perdendo a força.

O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
“Nas décadas de 1970 e 1980, os grandes movimentos migratórios ocorriam em função da mecanização da agricultura e a consequente expulsão da mão de obra. Agora, esse movimento continua ocorrendo, porém em uma intensidade menor”, disse.

Segundo o estudo, a região Sudeste foi a que mais perdeu população rural, caindo de 6,9 milhões para 5,7 milhões (-17,4%). As regiões Sul e Nordeste também tiveram perda de população do campo. O Nordeste sozinho concentra quase metade da população rural do país (14,3 milhões de um total de 29,8 milhões).

Norte e Centro-Oeste
Nas regiões Norte e Centro-Oeste ocorreram movimentos inversos, com o aumento da população rural (4,2 milhões e 1,6 milhão, respectivamente). A região Norte concentra os quatro Estados que tiveram a maior taxa de crescimento da população rural no período (Roraima, Amapá, Pará e Acre).

“O Norte ainda atrai pessoas para a área rural principalmente pela mineração e, no Centro-Oeste, o movimento ocorre pelo forte desenvolvimento da agricultura da região”, declarou Albuquerque.

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Top 10 curiosidades sobre aumento populacional
Para o especialista do IBGE, esse ritmo de saída de pessoas do campo deve diminuir ainda mais. “Os programas sociais do governo ajudam a manter a população em suas cidades de origem. Devemos ver esse êxodo rural enfraquecer”, afirmou.

Brasil é cada vez mais um país urbano
O aumento de quase 23 milhões de pessoas que vivem nas cidades (num total de 160,9 milhões de pessoas) resultou em um grau maior de urbanização, que passou de 81,2% em 2000, para 84,4% em 2010.

A região Sudeste continua sendo a mais urbanizada do país (92,9%). As regiões Centro-Oeste e Sul têm, respectivamente, 88,8% e 84,9% de população urbana. No Norte, a concentração de pessoas que vivem nas cidades é de 76,6% e, no Nordeste, o número chega a 73,1%.

29/04/2011 - 10h00 Em dez anos, diminui o número de crianças e aumenta o de idosos no Brasil
Do UOL Notícas
Em São Paulo Seja o primeiro a comentar
O Brasil tem menos crianças e mais idosos. Essa é a conclusão do Censo 2010, divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Hoje, 7,6% da população são crianças, com idade até 5 anos, número menor que os registrados pelo levantamento em 2000 (9,8%) e em 1991 (11,5%). Na outra ponta, a população de idosos, acima de 65 anos, cresceu.

Em 1991, os idosos representavam 3,3% da população, em 2000, 4,3%, e agora chegam a 5,8%. Do total de 190.755.799 da população brasileira, 14.081.48 têm 65 anos ou mais.

No levantamento, o IBGE divide os idosos em quatro faixas etárias: de 65 anos a 69, de 70 a 74, de 75 a 79 e acima de 80. Desses grupos, o que possui a maior população é a da primeira faixa, com 4.840.810 pessoas com idade entre 65 e 69.

Entre os Estados com mais idosos, o IBGE lista Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, considerados os mais "envelhecidos" do país.

No meio da pirâmide, observa-se também uma redução na população com idade até 25 anos. O motivo, segundo o IBGE, é o contínuo declínio dos níveis de fecundidade observados no Brasil e, em menor parte, a queda da mortalidade nas últimas décadas.

"Ano passado, o Pnad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE] já revelou que as mulheres estão tendo, em média, apenas um filho, sendo que em outros períodos, por exemplo, na década de 40, a média era de seis", diz Fernando Albuquerque, Gerente de Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE. “Tudo isso freia a evolução da população mais jovem”, completa ele.

199120002010




Sudeste e Sul são as regiões mais "velhas"
No Sudeste, região mais populosa do país e considerada, ao lado do Sul, a região mais velha do Brasil, a população com idade entre 75 a 79 anos e acima de 80 cresceram em mais de 400 mil pessoas cada. Entre os demais grupos de idade, apenas a população infantil [entre 5 e 9 anos], a adolecsente [até 19] não apresentou crescimento.

No Sul, a população mais adulta também foi a que mais cresceu. Entre essas, o número de pessoas com idade entre 55 e 59 anos e entre 60 e 64 superaram a marca de um milhão pela primeira vez nas últimas décadas. Apenas os adolescentes [10 a 19 anos] não apresentarem crescimento em relação a 2000.

No Norte, a população cresceu em todas as faixas etárias, exceto na que inclui a população entre um a 4 anos, que segue o índice nacional e hoje é menor em relação a 1991 e a 2000. Acima dos 50 anos, a população quase dobrou na última década, passando de 380.141, em 2000, para 615.863, em 2010.

A população nortista entre 35 e 39 anos também ultrapassou a marca de um milhão pela primeira vez, somando hoje 1.083.530 habitantes. Já o número de pessoas entre 75 e 79 e acima dos 80 anos superou os 100 mil, número que faz da região uma das mais jovens do país.

No Nordeste, a população entre 65 e 74 anos também superou a marca de 1 milhão. Já entre crianças e adolescentes, houve queda em todas as faixas em relação a 2000.

Por fim, o Centro-Oeste, a população das faixas etárias de 30 a 34, 35 a 39 e 40 a 44 anos também estabeleceram uma nova marca, população superior a 1 milhão.

29/04/2011 - 10h00 Em 20 anos, zonas urbanas do país crescem o equivalente a duas Xangai
Gabriel Souza Elias
Do UOL Notícias
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O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Números do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o crescimento brasileiro nas áreas urbanas em 20 anos é superior ao dobro de habitantes da cidade chinesa de Xangai, considerada a mais populosa do mundo. Segundo levantamento apresentado nesta sexta-feira (29), o Brasil tem 50 milhões de habitantes a mais em suas áreas urbanas em relação aos números divulgados em 1991.

Há 20 anos, eram 110.875.826 as pessoas morando em áreas urbanas do país (ou 75,5% da área total), contra os atuais 160.925.792 habitantes (84,4% da área total). Estimativa oficial da prefeitura de Xangai diz que, no último ano, a cidade chinesa bateu a marca de 22 milhões de habitantes –entre moradores do distrito e subúrbios. Este número representa praticamente o mesmo crescimento apresentado pelo Brasil na última década (23.170.242 em áreas urbanas).

ÁREAS URBANAS
84,4%dos brasileiros vivem em regiões urbanas; nas áreas rurais, índice
é de 15,6%
Em números absolutos, a população brasileira atual supera o dobro do tamanho registrado em 1970, quando o país tinha 93.139.037 habitantes. Apesar disso, o crescimento do país regride a cada década desde os anos 60, quando a média geométrica anual da população foi de 2,89% –hoje, este índice está em 1,17%, o menor registrado na história do Censo.

“A maior taxa de crescimento registrada no país aconteceu nos anos 50, com índice próximo de 3% ao ano. Com a permanência desta taxa, o Brasil iria duplicar sua população em 24 ou 25 anos”, afirma Fernando Albuquerque, pesquisador do IBGE e gerente do projeto Componentes da Dinâmica Demográfica. “Hoje, com a taxa de crescimento em 1,17%, a população só seria duplicada em 60 anos. O ritmo de crescimento está sendo freado.”

TAXA DE CRESCIMENTO
1,17%é a média geométrica anual
do país, a menor da história
Na análise dos dados referentes aos últimos dez anos, são 23 milhões de habitantes a mais em áreas urbanas no país. O número é superior à soma das populações atuais de Seul (Coreia do Sul) e Pequim (China), estimadas em 10.500.000 habitantes cada. “A população urbana cresce em funções vegetativa [nascimentos e óbitos] e migratória. Mas hoje, o crescimento já não acontece de maneira tão intensa como há 40 anos”, diz Albuquerque.

POPULAÇÃO URBANA
23 milhõesé o número de habitantes a mais
no país em áreas urbanas
Dados do Censo 2010 mostram que a diferença de habitantes no Brasil nos últimos dez anos fica pouco acima dos 21 milhões, número inferior ao crescimento observado nas áreas urbanas. “Hoje os níveis de fecundidade são bem menores nas áreas urbanas e o componente migratório ganha maior importância”, completa o pesquisador, que não acredita em alterações significativas nas próximas análises.

29/04/2011 - 10h00 São Paulo concentra maiores densidades demográficas do país; menores estão no Amazonas
Gabriel Souza Elias
Do UOL Notícias
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O BRASIL EM NÚMEROS

Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
De acordo com os números divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) do Censo 2010, o Estado de São Paulo aparece com seis municípios na lista das dez maiores densidades demográficas do país. Mas é de São João do Meriti (Rio de Janeiro) o maior índice encontrado pelos pesquisadores. Conhecido como “formigueiro das Américas” por também ter a maior densidade da América Latina, o município apresentou, no atual levantamento, número superior a 13 mil habitantes/km² -- o índice médio do Brasil é de 22,43 hab/km².

Os municípios paulistas de Diadema, Taboão da Serra, Carapicuíba e Osasco, todos na região metropolitana da capital, nesta ordem, completam o quadro das cinco maiores densidades demográficas do país, todas com mais de 10 mil habitantes/km². Entre as dez maiores, ainda figuram São Caetano do Sul (6ª, com 9.708,79 hab/km²), e a capital São Paulo (10ª, com 7.387,69 hab/km²). Olinda (PE, 6ª), Nilópolis (RJ, 7ª) e Fortaleza (CE, 8ª) completam a lista.

MAIOR DENSIDADE DO PAÍS
13.024,56 hab/km²é o número registrado em São João do Meriti (RJ), conhecida como "formigueiro das Américas"
Na parte inferior da tabela está o Amazonas. Com 7.326 habitantes e área total de 55.791,9 km², o município de Japurá possui a menor densidade demográfica do país: índice de 0,13 habitante/km². No Paraná, a cidade homônima registra 51,75 habitantes/km², e fica com o 4.175º posto na lista crescente.

Outras seis cidades do Amazonas figuram na lista dos dez menores índices calculados pelo IBGE: Atalaia do Norte (2ª), Barcelos (3ª), Tapauá (4ª), Jutaí (6ª), Santa Isabel do Rio Negro (9ª) e Itamarati (10ª), todas com números próximos de 0,3 habitantes/km².

MENOR DENSIDADE DO PAÍS
0,13 hab/km²é o índice apurado em Japurá (AM)
A explicação para os baixos índices no Estado está na área total avaliada pelos pesquisadores. O cálculo é feito em cima de toda a extensão territorial do Amazonas, incluindo rios e florestas.

Os municípios de Mateiros (TO), na quinta colocação, Jacareacanga (PA), sétimo colocado, e Rondolândia (MT), oitavo, completam a listagem dos menos povoados com base nos dados do IBGE.

29/04/2011 - 10h00 Maranhão tem maior proporção de baixa renda; SC registra a menor
Do UOL Economia
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O Maranhão tem proporcionalmente a maior quantidade de domicílios com moradores de baixa renda no Brasil. Entre as casas pesquisadas, 26,51% têm moradores com renda mensal individual de até R$ 127,50, o menor nível de rendimento considerado pelo IBGE.

O BRASIL EM NÚMEROS



Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Esse índice é quase o triplo da média nacional. No Brasil, 9,16% dos domicílios têm habitantes com essa faixa de renda. Os dados são do Censo 2010 e foram divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na outra ponta, de maior renda, o Maranhão também tem o pior desempenho. Apenas 1,47% dos lares apresentam moradores com renda mensal per capita acima de R$ 2.550 (a maior faixa considerada pelo IBGE na pesquisa). A média nacional dessa fatia é de 5,13%.

Piauí e Alagoas são o segundo e o terceiro Estados com pior colocação no ranking. No Piauí, 24,80% das casas têm habitantes com renda individual de até R$ 127,50. Em Alagoas, são 22,57%.

O Estado com menos proporção de baixa renda é Santa Catarina. Só 2,12% de suas casas abrigam habitantes com renda mensal de até R$ 127,50.

Com relação ao topo da renda, Santa Catarina está ligeiramente acima da média nacional, com 5,50% dos imóveis com moradores ganhando mais de R$ 2.550 per capita.

A unidade da Federação que tem proporcionalmente mais moradores de renda alta é o Distrito Federal, onde 18,96% das residências têm moradores com ganhos mensais individuais além de R$ 2.550. Isso representa quase quatro vezes o índice médio nacional.

Rio de Janeiro supera São Paulo e é o segundo Estado com maior proporção de renda alta. É de 8,14% o índice de casas no Rio com moradores que ganham acima de R$ 2.550 por mês. São Paulo vem a seguir com 7,37%.

População do Rio Grande do Sul cresce a "ritmo suíço", aponta IBGE
Flávio Ilha
Especial para o UOL Notícias
Em Porto Alegre Comentário [1]
A população do Estado do Rio Grande do Sul foi a que menos cresceu nos últimos dez anos no país, de acordo com dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De 2000 a 2010, o crescimento populacional médio do Estado ficou em 0,49% ao ano. Na década anterior, a velocidade de crescimento era quase três vezes maior: 1,23%. A média brasileira anual foi de 1,17% na última década.

No mesmo período, o crescimento populacional no Estado foi de 5,03% – o que significa um acréscimo de pouco mais de 512 mil habitantes. A taxa é similar à de países europeus, como Suíça – o país tem a menor taxa do continente, com 0,54% ao ano.

Os números do Rio Grande do Sul
População total (ano 2000) População total (ano 2010) Variação
10.181.749 10.693.929 5,02%
Dados preliminares divulgados no final de 2010 já haviam apontado que o Rio Grande do Sul vivia uma situação de estabilidade populacional. Em muitos casos, segundo o levantamento, houve diminuição: 275 municípios (dos 496 do Estado) registraram menos moradores do que dez anos atrás.

A queda populacional na maior parte dos municípios decorre, de acordo com especialistas, de uma combinação de natalidade mais baixa – influenciada pelos indicadores educacionais e de desenvolvimento humano – com maciças ondas migratórias para novos polos de crescimento, no Estado e fora dele.

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População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Esse elemento pode ser evidenciado pelos casos de Porto Alegre e Caxias do Sul: a capital, que continua sendo o município mais populoso do Estado, passou de 1.360.033 pessoas em 2001 para 1.409.351 no levantamento atual. A taxa de crescimento em dez anos foi de apenas 3,63%.

Já Caxias do Sul, que é um importante polo metal-mecânico da serra gaúcha, teve expansão populacional de 20,8% no mesmo período, passando de 360.419 habitantes para 435.482.

A competitividade econômica está mudando o mapa gaúcho. Em algumas cidades, principalmente nas pequenas, só ficam idosos e crianças. O resto, de acordo com especialistas, está migrando com mais intensidade para polos regionais em busca de renda e segurança econômica.

A queda da natalidade impede muitos municípios de repor a população que migra, como ocorria em décadas passadas. Antes, a alta natalidade compensava. Mas agora, com fecundidade mais baixa e aumento da migração por questões econômicas, o problema tem ficado mais evidente.

Capital
Porto Alegre foi a capital que menos aumentou sua população na década no país, segundo o IBGE – e não se trata de percentual. Em 11 anos, entre os dois últimos grandes censos realizados no país, a capital gaúcha recebeu apenas mais 49 mil moradores.

Os números da capital gaúcha
População total (ano 2000) População total (ano 2010) Variação
1.360.033 1.409.351 3,63%
Só Vitória, capital do Espírito Santo, cresceu menos em termos populacionais: 35,8 mil pessoas. Em termos relativos, porém, a cidade ampliou sua população em 12,3% entre 2000 e 2010. A capital gaúcha avançou apenas 3,63% nesse período.

A estagnação se explica pelo rumo que a cidade tomou e pelo desenvolvimento de polos no interior. No passado, a cidade crescia movida pelos migrantes que chegavam de todos os cantos à procura de emprego na indústria ou de escolas e faculdades.

De lá para cá, as fábricas foram embora e o ensino superior, que também servia como um atrativo, espalhou-se pelo Estado. O fluxo migratório se inverteu. Milhares de moradores de Porto Alegre foram morar em municípios vizinhos, onde estão os empregos industriais.

A capital virou uma espécie de cidade-dormitório para parte de sua população: todos os dias, segundo estudos de especialistas, cerca de 90 mil pessoas viajam a municípios da região metropolitana para trabalhar. A Grande Porto Alegre concentra cerca de 4,5 milhões de habitantes.

Outro fator foi a debandada de pessoas cansadas da violência. Municípios menores da região metropolitana, como Nova Santa Rita, receberam uma avalanche de ex-moradores de Porto Alegre à procura de qualidade de vida.

Caso de Jonas Oliveira dos Santos, 37. Ele saiu com a esposa Michele da Silva e Silva e o filho, Mateus, da periferia de Porto Alegre para viver no município. Sem casa, recebeu ajuda da assistência social da prefeitura para construir um sobradinho de madeira num dos bairros da cidade, de 20 mil habitantes e a 25 quilômetros da capital.

"Vim fugindo da violência e das drogas e encontrei apoio aqui em Nova Santa Rita. É um bom recomeço de vida para toda a família", diz Jonas, que vive como catador. Ele pretende voltar a trabalhar com pecuária, atividade que mantinha antes de desembarcar em Porto Alegre há 15 anos
29/04/2011 - 10h01 Com migração agrícola, Norte é região onde população mais cresce no país, mostra IBGE
Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió Seja o primeiro a comentar
Puxado pela atração agrícola e migração de outros Estados, o Norte apresentou o maior crescimento populacional entre as cinco regiões do país nos últimos dez anos, conforme aponta o Censo 2010, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). A região chegou à marca de 15 milhões de pessoas.

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Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Entre os recenseamentos de 2000 e 2010, a região apresentou crescimento populacional de 2,09%, quase o dobro da taxa nacional, que ficou em 1,17%. Nesse período, a região ganhou mais 2.963.750 moradores –14,1% do total do incremento nacional, enquanto a população da região representa apenas 8,3% dos moradores brasileiros.

A região concentra os cinco Estados com as maiores taxas de crescimento populacional do país. Na primeira década do século, o Estado do Amapá foi o que registrou o maior aumento populacional (3,45%). Já Roraima (3,34%) e Acre (2,78%) aparecem na segunda e terceira posições, respectivamente. Em seguida vêm Amazonas (2,16%) e Pará (2,04%). A única exceção é o Distrito Federal, considerado unidade da federação, que apresentou crescimento de 2,26%.

Outro detalhe da região é que, apesar de ter a menor densidade populacional, o Norte possui a maior média de moradores por domicílio: em média, quatro pessoas por casa. Nas demais regiões, essas taxas variam de 3,1, no Sul, a 3,5, no Nordeste.

O crescimento populacional também ocorre em áreas densamente urbanizadas. Entre as 15 cidades mais populosas do país, Manaus (AM) –cidade mais populosa do Norte– é a que registrou maior aumento (2,5%). Cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, tiveram alta de 0,76% cada, bem menor que a capital amazonense.

Os números da região Norte
Estado População Crescimento
2000-2010
Amapá 669.526 3,45%
Roraima 450.479 3,34%
Acre 733.559 2,78%
Amazonas 3.483.985 2,16%
Pará 7.581.051 2,04%
Tocantins 1.383.445 1,80%
Rondônia 1.562.409 1,25%
TOTAL 15.864.454 2,09%
Migração para o campo
Nos últimos dez anos, ao contrário do restante do país, a região ganhou mais 313.606 moradores na zona rural. Já o país registrou, entre os Censos 2000 e 2010, uma redução de 2 milhões de moradores nas zonas rurais nos Estados. Além do Norte, apenas o Centro-Oeste apresentou superávit populacional rural, mesmo assim em número bem menor: 31.379.

O grau de urbanização do Norte também é bem menor que a média nacional e, em 2010, ficou na casa dos 73,5%, contra 84,4% do restante do país.

Para o doutor em economia popular e professor da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles, o aumento populacional da região está ligado diretamente ao setor agrícola. Ele explica que, como os Estados da região estão conseguindo dinamizar a economia, conseguem atrair mais pessoas de outros Estados.

"Esse fenômeno é a expansão da fronteira agrícola mais recente –e última– do Brasil. As taxas maiores de crescimento da população rural refletem a combinação, por um lado, do avanço da fronteira agrícola, antes mais dinâmica nos Estados do Centro-Oeste; e, de outro, o efeito mais sentido do impacto do deslocamento de migrantes para os Estados que possuem uma população rural relativamente pequena. Mesmo sem formar grandes contingentes de migrantes, esse movimento gera taxas maiores em função das características demográficas da região mais distante, de população rarefeita, de território mais amplo, que é a Amazônia", afirma.

Outra explicação de Péricles é que os preços das terras, em comparação a outras regiões, são mais baratos, o que atrai mais agricultores. "Há uma perspectiva de boa rentabilidade, principalmente a soja e a pecuária. O 'boom' das commodities agrícolas desde o começo da década, a melhoria da infraestrutura e o encarecimento da produção no Centro-Oeste, explicam a expansão em direção à Amazônia. Os Estados de ocupação agrícola mais antiga como Mato Grosso do Sul e Mato Grosso obtiveram taxas altas, mas sem o ritmo das décadas anteriores, revelando a estabilidade de sua estrutura fundiária e de sua produção agrícola", finalizou
29/04/2011 - 10h01 População masculina já é maioria entre menores de 19 anos no Brasil
Andréia Martins
Do UOL Notícias
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Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
Os homens estão começando a reverter a predominância das mulheres no país. Apesar da maioria da população brasileira ser feminina – elas representam 51% da população total do Brasil --, os homens já são a maioria na faixa etária entre um e 19 anos.

Os dados são do Censo 2010 divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostra também que a população masculina permanece sendo maioria em todos os Estados da região Norte, tendência observada há pouco mais de dois anos.

Segundo Fernando Albuquerque, Gerente de Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, a explicação para a maioria masculina no Norte deve-se à atividade local. "Esse número é justificado pela migração de trabalhadores. O tipo de atividade básica da região Norte estão relacionadas à mineração e extração, o que atrai mais a população masculina", diz.

Razão de sexo por região
Norte 102 homens para cada 100 mulheres
Nordeste 95,3 homens para cada 100 mulheres
Centro-Oeste 98,6 homens para cada 100 mulheres
Sudeste 94,6 homens para cada 100 mulheres
Sul 96,3 homens para cada 100 mulheres

Fonte: Censo 2010
Nos demais Estados, as mulheres são maioria, sendo Mato Grosso, no Centro-Oeste, a única exceção fora do Norte. Lá, os homens são maioria. Do total de 3.035.122 habitantes, 1.549.536 são homens, ou seja, uma relação de 104,3 homens para cada 100 mulheres.

O Estado onde há menos homens, comparado com as mulheres, é o Rio de Janeiro, onde a razão de sexo, como o IBGE chama a relação homem/mulher, é de 91,2 homens para cada 100 mulheres.

Segundo o levantamento, com exceção do Amazonas, o número de homens comparado ao de mulheres apresentou uma queda entre 2000 e 2010.

O resultado do Censo sobre a divisão da população brasileira com relação ao sexo – 51% de mulheres, contra 49% de homens -- comprova a predominância histórica das mulheres na população brasileira.

Parte da explicação para a predominância feminina é a queda na fecundidade e o fato de o índice de mortalidade dos homens ser superior.

O número de "óbitos violentos", que atingem majoritariamente os homens, segundo o gerente do IBGE, também colaboram para a predominância das mulheres.

Em 2000, havia 96,9 homens para cada 100 mulheres. Já e 2010, essa relação diminiu para 96 homens para 100 mulheres. Ou seja, hoje, há 3.941.819 mulheres a mais do que homens no Brasil.

Curiosidades sobre a relação homem/mulher no Brasil:
Os homens são maioria nas zonas rurais, e as mulheres nas zonas urbanas.
O único Estado fora do Norte onde os homens são maioria é o Mato Grosso (1.549.536 homens para 1.485.586 mulheres).
No Acre, a população na faixa etária entre 20 e 24 anos é maioria masculina por um diferença de apenas 41 pessoas. Para 35.188 homens, há 35.147 mulheres. No Piauí, os homens são maioria entre 10 e 14 anos por apenas 48 pessoas.
Na faixa etária entre um e 19 anos, os homens são maioria em todo o país.
Cerca de 80% dos municípios com menos de 5.000 habitantes tem mais homens do que mulheres.
Em todos os municípios com mais de 500 mil habitantes as mulheres superam os homens.
Nos municípios com até 2.000 habitantes, há 105 homens para cada 100 mulheres.
Na faixa dos 50 anos, as mulheres são maioria no Brasil: do total de 18.416.621 cinquentões no país, elas são 9.679.282

Brasil tem 661 mil jovens e 132 mil crianças responsáveis pelo próprio domicílio, diz IBGE
Especial para o UOL Notícias
Em Salvador Comentário [1]
Na faixa etária em que a maioria dos jovens ainda está indecisa em relação ao seu futuro, quase 661,2 mil pessoas entre 15 e 19 anos –e outras 132 mil entre 10 e 14 anos– no Brasil são responsáveis por seus próprios domicílios, de acordo com dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A estudante baiana Bruna Luzia da Cruz, 16, e seu marido, Roberson de Jesus, 18, fazem parte desta realidade.

Crianças e adolescentes responsáveis pelo domícilio no Brasil

Em dezembro de 2009, ao perceber que estava grávida, Bruna saiu da casa da mãe para morar com o seu primeiro namorado, um ajudante de marcenaria. “De uma hora para outra a minha vida mudou completamente e passei a garantir o sustento da minha casa, com a comissão que ganhava com a revenda de cosméticos”, afirma a estudante, que mora em Castelo Branco, bairro da periferia de Salvador.

São Paulo lidera ranking
130,4 miladolescentes entre 15 e 19 anos responsáveis pelo lar moram no Estado
36,8 milé o número de crianças entre 10 e 14 anos que respondem pelo sustento do domicílio em São Paulo
A estudante, órfã de pai aos sete anos, conta que resolveu dividir uma pequena casa (45 metros quadrados) com o namorado porque “não aguentava mais discutir com a sua mãe”. “Ela sempre me responsabilizou pela gravidez precoce”, relembra. Desempregado por quase dois anos, Roberson disse que fazia alguns “bicos” para ajudar no orçamento familiar. “Até julho do ano passado, quando minha filha nasceu, minha mulher sempre contribuiu com a maior parte dos custos da casa.”

Segundo o IBGE, a Bahia, onde o casal mora, ocupa o quarto lugar em números absolutos no ranking, com quase 43,5 mil adolescentes responsáveis pelo lar, atrás de São Paulo (130,4 mil), Minas Gerais (53,8 mil) e Rio de Janeiro (50,3 mil). Também em números absolutos, Roraima é o Estado com o menor número de adolescentes chefes de domicílios, com quase 2.450. Já quando consideradas as crianças, de um total de 132 mil entre 10 e 14 que respondem pelo sustento da casa, 36,8 mil estão em São Paulo e 12,2 mil no Rio.

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com menor ritmo da história
Depois do nascimento da filha, Bruna ainda encontrou uma fórmula para garantir parte dos rendimentos com as vendas avulsas. “Para me ajudar, uma prima visita as minhas clientes e nós dividimos a comissão.” A estudante ressalta que, em média, fatura cerca de R$ 200 por mês. “Sei que é pouco, mas o meu marido agora está empregado e ganha um salário mínimo. É com este orçamento que vivemos.”

Bruna afirma ainda que pretende voltar a estudar em 2012 –a estudante abandonou a escola no primeiro ano do ensino médio. “O meu sonho é concluir o ensino médio e fazer faculdade de fisioterapia.” Sem condições de pagar uma babá ou uma creche, a estudante disse que pretende deixar a sua filha com os sogros a partir do ano que vem, durante o período em que estiver na escola. “Poderia deixar a menina com a minha mãe, mas, depois de tudo o que passei, prefiro que ela [a criança] fique com os meus sogros.”

Com poucos amigos e vivendo praticamente somente em casa, Bruna afirma que sente falta de fazer “coisas básicas” de qualquer adolescente, como ir ao shopping ou à praia. “Sou uma pessoa conformada porque, além de não ter dinheiro, ajudo na manutenção de casa e tenho uma filha para criar”, finaliza.

29/04/2011 - 10h02 IBGE aponta que distribuição de água cresceu em todas as regiões do Brasil
Hanrrikson de Andrade
Especial para o UOL Notícias
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O número de domicílios particulares permanentes que têm acesso ao fornecimento de água no Brasil passou de 45 milhões para pouco mais de 57 milhões nos últimos dez anos, de acordo com os resultados preliminares do Censo Demográfico 2010, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
População brasileira cresce
21 milhões em uma década
com menor ritmo da história
A distribuição de água no país cresceu aproximadamente 22% em relação ao Censo Demográfico de 2000, segundo o IBGE. Com isso, cerca de 12,5 milhões de residências passaram a utilizar tal serviço, das quais a maioria pela rede geral de distribuição.

O sistema padrão de fornecimento, que tinha cerca de 35 milhões de domicílios há dez anos, concentra atualmente aproximadamente 47 milhões e meio de consumidores no país.

O índice de brasileiros que necessitam de poços ou nascentes foi reduzido em quase um milhão e meio de pessoas, uma queda de aproximadamente 18%. Os números mostram que a rede geral de distribuição de água está avançando pelo território.

Em 2000, quase sete milhões de brasileiros utilizavam poços e/ou nascentes. Dez anos depois, esse número é de pouco mais de cinco milhões e meio. As regiões que apresentaram queda foram Nordeste e Sudeste. Tais regiões impulsionaram o crescimento geral da distribuição de água.

No Sudeste, cerca de cinco milhões de domicílios passaram a ter acesso ao serviço; já no Nordeste, pouco mais de três milhões e meio. O Sul teve quase dois milhões e Norte e Centro Oeste pouco mais de um milhão.

Dos brasileiros entrevistados pelo IBGE no ano passado, apenas quatro milhões declararam ter acesso ao fornecimento de água por outros meios não especificados.

5 comentários:

  1. estamos aki na escola,sem fazer naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaddddddddddddddddddddddddddddaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa,só pensando na vida,ou melhor,na vida coisa nenhuma,no MS e no S

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  2. eu quero sabe do censo de 2010 pesentual de pessoas.

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  3. idiotas, Eu Quero saber o ultimo Censo para o trabalho da escola e voçe ai igual idiota parado sem fazer nada, Seu Burro, quem naun ker saber idiiota






    ???????

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    1. olha ak se vc naum achou sua resposta procure em outro lugar, isto é um site de explicação e naum de qm descute mais ..... se toca e se quiser chingar , vai chingar outro o site naum tem cupa se vc naum entendeu..... se tivesse lido td nér..... fala a vdd se vc leu, pura mentira qnd for chingar pensa e pergunta primeiro antes de chamar de idiota , pq qm chama é qm é

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  4. olha eu queria saber mais sobre o IBGE e o censo de 2010 poderia completar com mais algumas noticias tbm do significado da frase é q eu naum entendi nds da frase com a explicação do censo os dois naum tem nds a ver eu queria saber mais um pouco coloque um comentario ou me responda qnd completar ou se naum tiver mais como completar o site

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